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DOENÇAS PARASITÁRIAS P3 Tripanossomose (1)

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Tripanossomose
Salivaria – transmissão por inoculação por moscas hematófagas, através da saliva
Trypanozoon
Trypanossoma brucei
Trypanossoma gaubrese, Trypanossoma rhudesiense
Trypanossoma evansi (equídeos), Trypanossoma equiperdum
Dutonella
Trypanossoma vivax (ruminantes)
Nanommonas
Trypanossoma congolense
Estercoraria – transmissão por contato com as fezes
Schizotryforum
Trypanossoma cruzi (humanos e animais silvestres, exclusivo das Américas).
É um parasito que passa despercebido aos olhos do veterinário. Possui uma fase intracelular em algumas das espécies e parasita mamíferos a nível plasmático, a multiplicação é por divisão binária simples. Tem uma estrutura conhecida como cinetoplasto, que é importante no diagnostico em esfregaço sanguíneo; e flagelo na sua porção posterior. O T. evansi não é exclusivo de equídeos: parasita também cães e outras espécies, produz doença severa em equídeos. O T. vivax é exclusivo de ruminantes. As espécies de tripanosoma presentes no país são originadas da África. 
Protozoário de hemípteros e quitófagos, além de outros artrópodes – por isso tem relação com a ocorrência de Tripanossomose nas plantas. A fase evolutiva de promastigota é essencial no processo reprodutivo, pois é a que faz a divisão binária e se multiplica na corrente sanguínea do hospedeiro intermediário. A tripomastigota é a forma circulante e possui um flagelo na parte posterior. A forma amastigota é intracelular, além de ser aflagelada. 
Os agentes: T. brucei, T. gaubrese e T. rhudesiense só sobrevivem na presença de um artrópode, como a mosca Glossina (Tsé-Tsé), que é extremamente patogênica: pica o mamífero e inocula as tripomastigotas, que se replicam na corrente sanguínea do animal. Esses protozoários fazem multiplicação no hospedeiro, enquanto o T. vivax não faz multiplicação (se adaptou em qualquer artrópode hematófago, não precisa da Glossina para se multiplicar) e o T. evansi só se multiplica em uma porção do trato gastrointestinal. O T. brucei só causa doença em bovinos, enquanto o T. rhudesiense é exclusivo de humanos (causa a Doença do Sono, que pode chegar a ser fatal), e por fim o T. gambiense que é mais “benigno”. Essas três espécies são indistinguíveis morfologicamente, se diferenciando apenas pela sua geografia e biologia.
Equinos 
O T. equiperdum tem sua transmissão pelo coito e é exclusivo de equídeos, teve grande ocorrência na Ilha de Marajó, mas está praticamente extinto. No pantanal, a disseminação de T. evansi é feita pela Mosca dos Chifres. Nos equinos, observa-se emagrecimento, desidratação, anemia, hiporexia. Os caprinos também são infectados, mas não adoecem e se tornam reservatórios de T. evansi para equídeos. As regiões enzoóticas do Brasil são: Pantanal, Região Sul e Ilha de Marajó. Patogenia de T. evansi em cães e equinos: anemia por hemólise, provocada pelas toxinas produzidas pelos parasitos, além de diminuição da produção de hemácias na medula óssea. Sintomas: edema submandibular e nas partes baixas, inapetência, fraqueza progressiva, perda da condição física, paresia e incoordenação motora dos membros posteriores, aborto, linfadenomegalia, sufusões hemorrágicas nas conjuntivas e esplenomegalia. Em capivaras, a infecção não causa anemia e faz altas parasitemias.
Bovinos 
A Nagana é a doença que acomete os animais e que é semelhante à Doença do Sono que ocorre em humanos; conhecida também como peste de secar, leva a grandes perdas econômicas na produtividade do rebanho, que reduz drasticamente. Pode ser fatal, e a morte ocorre por ICC devido à anemia e miocardite. T. vivax pode dizimar um rebanho, e surge como um surto: complementando, mimetizando ou substituindo a Tristeza Parasitária Bovina. A sua transmissão é mecânica, feita por uma gama de artrópodes hematófagos que podem realizar a transmissão; porém o homem é o principal responsável pela disseminação da doença através de transmissão iatrogênica – principalmente pela reutilização de agulha aplicadora de ocitocina nos animais. A mosca dos estábulos (Stomoxys calcitrans) também participa da transmissão. O agente se aloja em um local indetectável para o sistema imune e sua atuação, o que torna o animal um portador de Tripanossoma – se ele estiver bem nutrido e em um ambiente bem cuidado, com risco de ocorrer parasitemia em condições de estresse. Os sintomas são: emagrecimento progressivo por anemia (catabólitos tóxicos do parasito levam a lise eritrocitária), debilidade, edema subcutâneo e mandibular, lacrimejamento excessivo e conjuntivite, hiperexcitabilidade, colonização do liquor e do SNC – sinais neurológicos nos casos mais graves. Na fase aguda (parasitemia – parasitos no sangue), observam-se picos febris. Já na fase crônica, o animal tem ausência ou baixa parasitemia, queda da produtividade, perda de peso e anemia (T. vivax). 
O diagnóstico é feito por: exame clinico, esfregaço sanguíneo, testes sorológicos (fixação do complemento ou ELISA) – detecta a circulação do Ac em um rebanho –, PCR.
O T. vivax na África afeta cervídeos e bubalinos; o T. thelleri é transmitido por carrapatos, porém não há produção da doença e está distribuído em larga escala no Brasil. Algumas raças são tripano resistentes, porém sua produção de leite é ínfima.

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