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Conhecendo Paulo Freire 	
Paulo Freire nasceu no Recife, Pernambuco, no dia 19 de setembro de 1921. Com 13 anos perdeu seu pai e coube a sua mãe a responsabilidade de sustentar todos os 4 filhos. Sem condições de continuar pagando a escola, sua mãe pediu ajuda ao diretor de Colégio Oswaldo Cruz, que o transformou em auxiliar de disciplina para lhe conceder matrícula gratuita. Posteriormente transformou Freire em professor de língua portuguesa. Depois de formado Freire continuou como professor de português no Colégio Oswaldo Cruz e de Filosofia da Educação na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Pernambuco. Em 1947 foi nomeado diretor do setor de Educação e Cultura do Serviço Social da Indústria. 
Em 1955, junto com outros educadores fundou, no Recife, o Instituto Capibaribe, uma escola que continua em atividades até hoje. Em 1969, Paulo Freire lecionou na Universidade de Harvard. Viajou por vários países do Terceiro Mundo dando consultoria educacional. Em 1980, com a anistia, retornou ao Brasil, estabelecendo-se em São Paulo. Foi professor da UNICAMP e da PUC. Foi Secretário de Educação da Prefeitura de São Paulo. Por seu trabalho na área educacional, Paulo Freire foi reconhecido mundialmente. É o brasileiro com mais títulos de Doutor Honoris Causa de diversas universidades, são 41, ao todo, entre elas, Harvard, Cambridge e Oxford. Paulo Freire faleceu em São Paulo, no dia 2 de maio de 1997.
Principais Contribuições de Paulo Freire para a educação
Paulo Freire propôs uma educação inovadora, deixando de lado aquele modelo básico onde aluno escuta e professor ensina. Freire propôs uma sala de aula interativa, com trocas de aprendizagens. Aberta a discussões e opiniões diferentes. 
Freire também propôs que o ensino deveria partir da realidade do aluno. Fez isto quando ficou muito preocupado com as comunidades adultas do Nordeste. Pois havia um índice muito alto de analfabetos. Porém como já eram adultos Freire propôs que partissem da realidade deles. E eles aprenderiam o que tinham interesse, por exemplo um agricultor aprenderia a ler e escrever boi, trigo, feijão... o que fosse necessário para suas negociações e seu bem estar.
Outra contribuição importante foi a introdução da educação crítica, visando formar cidadãos críticos que pensassem a respeito dos assuntos e formassem suas próprias opiniões. Não mais apenas aceitassem o que fosse dito. 
Paulo Freire também acreditava na autonomia do aluno. E incentivava a autonomia quando em busca do conhecimento. Com isto podemos afirmar que o maior estudo de Freire era sobre a relação de professor e aluno. 
 O ser professor
Atualmente o professor precisa estar preparado para atender a toda demanda educacional da contemporaneidade, atualmente para ser um bom professor é necessária afetividade, pensamento inovador e desafiador, determinação e integridade, ser um formador de indivíduos críticos que questionem e reflitam sobre a realidade em que estão inseridos, “O educador já não é o que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando que, ao ser educado, também educa” (FREIRE, 2004, p.68). O professor é aquele que ensina, mas que também está em constante aprendizagem diária no convívio com seus alunos, através da relação professor-aluno, um professor dever estar aberto para receber os ensinamentos que os alunos oferecem através do seu convívio social.
Antigamente, os conhecimentos era passado de modo tradicional, através da transmissão do conhecimento, os professores pouco se preocupavam, se o aluno tinha aprendido, ou se ele tinha compreendido o conteúdo, eles apenas se interessavam em dar conta do conteúdo a ser ensinado e passado, o estudante tinha apenas que aceitar o que o professor ensinava, sem questionar, o professor era tido como o detentor do conhecimento, ou seja ele sabia tudo, o aluno apenas aprendia o que ele (professor) ensinava, não trazia consigo conhecimentos e vivências, esta época para Freire relaciona com a concepção “bancária” da educação como instrumento da opressão, “Desta maneira a educação, se torna um ato de depositar, em que os educandos são os depositários e o educador o depositante”. (FREIRE, 2004, p. 66), ou seja, nessa época os educandos eram vistos como seres passivos, que não sabem nada, vistos como uma tabula rasa, aonde o educador vai depositando saberes e informações e o aluno deve registrar ou memorizar tudo, quanto mais o educando memoriza, melhor será o educador. 
Atualmente o conhecimento é construído pelos alunos, o professor trabalha com a realidade que o educando trás para sala de aula, o professor faz o aluno pensar, analisar, refletir, não dá o conhecimento pronto e acabado, ele instiga a curiosidade da turma, ele faz a mobilização para o conhecimento, o professor se preocupa com os avanços dos alunos, com o que ele aprendeu, e de que modo ocorreu esta aprendizagem, o aluno tem um espaço para expor suas dúvidas e opiniões em sala não aceita o conhecimento sem questionar, ocorre o diálogo, a troca de ideias entre professor e aluno segundo Freire:
A educação constitui-se em um ato coletivo, solidário, uma troca de experiências, em que cada envolvido discute suas ideias e concepções. A dialogicidade constitui-se no princípio fundamental da relação entre educador e educando. O que importa é que os professores e os alunos se assumam epistemologicamente curiosos (FREIRE, 1998, p. 96).
Por isso é importante que seja realizado um trabalho onde professor e aluno possam juntos construir os conhecimentos através das vivências e experiências de sala de aula, é importante sempre levar em considerações os conhecimentos que nossos alunos possuem. Precisamos instigar nossos alunos a pensar a serem curiosos e irem sempre em busca do conhecimento, em busca do novo, sempre inventando e reinventando o conhecimento, não esquecendo que ensinar não é transferir conhecimentos é criar técnicas e meios para que seus alunos possam aprender, através de suas produções e experiências. 
Ensinar exige diversos fatores que contribuem para o processo de aprendizagem, é importante ter consciência de que nenhum conhecimento é considerado acabado, pelo contrário os conhecimentos se constituem gradativamente ao longo dos tempos, através dos diálogos e vivências. Para atuar na sociedade contemporânea um professor precisa estar apto pedagogicamente para atender a toda demanda educacional, para isso é necessário a formação continuada que segundo Freire: 
A melhora da qualidade da educação implica a formação permanente dos educadores. E a formação permanente se funda na prática de analisar a prática. É pensando sua prática, naturalmente com a presença de pessoal altamente qualificado, que é possível perceber embutida na prática uma teoria não percebida ainda, pouco percebida ou já percebida, mas pouco assumida. (FREIRE, 2001, p.72).
Um profissional da educação precisa se atualizar através de uma formação continuada, pois é necessário fortalecer a dimensão humana da prática educativa e reconhecer que além de lidar com o ensino das diferentes áreas de conhecimento, ele lida também com a formação do ser humano, é necessário ser um pesquisador e inovador de sua prática sempre buscando novos conhecimentos para se aperfeiçoar, precisamos mudar o pensamento tradicional de ensino as técnicas de memorização e repetição, pois as mudanças na educação contemporânea estão aumentando cada vez mais perante nossos olhos de educadores e para isso precisamos nos atualizar pedagogicamente.
Hoje um bom professor é imprescindível para que haja uma boa educação, o trabalho de educar, de ensinar, é difícil é árduo, mas também é gratificante perceber os avanços de nossos alunos, perceber como cada um do seu jeito evolui e sempre nos ensinam algo novo, nos ensinam ver o mundo de maneira diferente, de maneira colorida e divertida, “Se a educação sozinha, não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda” (FREIRE, 2000, p.67), portanto o papel do professor é de extrema importânciapara a nossa sociedade, pois é uma profissão transformadora, inovadora, que forma cidadãos para atuarem futuramente em nossa sociedade, é importante que os profissionais da educação não desanimem diante dos desafios, pois estes surgem como forma de melhor nossas práticas e atuações docentes.
Considerações finais 
Ao chegar ao final deste trabalho percebemos o quão importante foram as contribuições de Paulo Freire para a área da educação , desde de a ideia de que os homens se educam com o mundo, pois sabemos que em nossas salas de aulas recebemos alunos com um grande conhecimento de mundo, são indivíduos letrados, e nesta perspectiva Paulo Freire nos faz refletir sobre a educação voltada para o despertar da curiosidade de nossos alunos sempre partindo dos conhecimentos que ele traz consigo, através de suas vivencias e experiências.
Sabemos que o diálogo é essencial para uma boa relação entre professor e aluno, ele nos faz pensar e refletir sobre a importância de ser um professor inovador de sua prática, que busque desenvolver nos alunos diversas habilidades, dentre elas a de questionar e analisar criticamente o mundo e a sociedade da qual fazemos parte, ele defende a teoria do não aceitar os conhecimentos e os saberes passivamente, sem expressar opiniões. A partir disto percebemos a importância de sempre instigar nossos alunos a pensar o impensável, a questionar o que antes era apenas aceito sem interrogar, temos que ser professores problematizadores. 
Neste trabalho pudemos conhecer melhor a história de vida de Paulo Freire, como este se descobriu como educador ao logo de sua trajetória e como foi se aperfeiçoando em seus estudos com o passar dos tempos. Freire apresenta, em amplo acervo teórico, reflexões que apontam para a importância de uma educação que parta das necessidades populares como prática de liberdade e de emancipação das pessoas relacionadas a educação. 
Por fim a proposta de Freire para uma educação concientizadora e crítica tem como ponto de partida o amor ao que se faz, para tanto é necessário que o educador, tenha afeição ao ato de ensino, levando em consideração que quem ensina também aprende e neste processo ocorre uma troca mútua de aprendizagens, portanto um professor precisa estar aberto aos novos conhecimentos, aos noves saber que os alunos lhe proporcionam.
REFERÊNCIAS
CEREZER, Daiani; ARROYO, Miguel (Org.). A contribuição do pensamento de Paulo Freire para a construção do projeto popular para o Brasil. 2011. Disponível em: <http://recid.redelivre.org.br/2011/10/27/contribuicao-pensamento-paulo-freire-construcao-projeto-popular-brasil/>. Acesso em: 04 abr. 2018. 
FRAZÃO, Dilva (Org.). Paulo Freire Educador brasileiro. 2017. Disponível em: <https://www.ebiografia.com/paulo_freire/>. Acesso em: 27 mar. 2018. 
FREIRE, Paulo. A educação na cidade. 7ª ed. São Paulo: Cortez, 2006.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança: Um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006, 43.ª edição.
FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. 14ª ed. São Paulo: Editora Olho d’Água, 2003.
https://www.youtube.com/watch?v=HHBUzE7uwhc

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