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RESUMO DIREITO DE FAMÍLIA COM CASOS CONCRETOS

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Regime de bens 1659, 1660 bens que se comunicam ou não no regime da comunhão parcial de bens 
Bem expressa o artigo 1.658 do Código Civil de 2002 que no regime de comunhão parcial de bens, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, observadas as exceções legais.
De tal modo, em regra, no regime da comunhão parcial de bens, existirá duas categorias/qualidades de bens, quais sejam os bens comum e os bem particulares.
Os bens comuns são aqueles adquiridos onerosamente após o casamento, desde que o dinheiro para a aquisição tenha origem, igualmente, após o casamento.
Vejamos o que dispõe o artigo 1.660 do Código Civil de 2002:
Art. 1.660. Entram na comunhão: 
I - Os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges;
II - Os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior;III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;
IV - As benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
V - Os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.
Sobre os bens comuns incide a meação, pois há presunção absoluta de contribuição seja financeira ou moral do outro cônjuge (ideia de solidariedade e mútua cooperação pessoal e/ou patrimonial), bem como da confusão patrimonial ocorrida durante o casamento.
Urge salientar que se no divórcio restar estabelecido que o único bem imóvel ficará com um dos cônjuges na integralidade, ocorrerá doação da meação, incidindo o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação.
Já os bens particulares são aqueles adquiridos antes do casamento, bem como aqueles que vieram por ato gratuito (doação ou herança) ainda que na constância do casamento.
Veja-se o que dispõe o artigo 1.659 do Código Civil de 2002:
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:
I - Os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;
II - Os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares;
III - As obrigações anteriores ao casamento;
IV - As obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal;
V - Os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
VI - Os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
VII - As pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.
Possibilidade de intervenção do estado nas relações de casamento art. 1513
Art. 1.513. É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na comunhão de vida instituída pela família.
Casamento religioso no Brasil 
CASAMENTO RELIGIOSO NÃO PRECEDIDO DE HABILITAÇÃO CIVIL
 
Após o casamento religioso os nubentes deverão apresentar, a qualquer tempo, juntamente com o requerimento de registro, a prova do ato religioso e os documentos exigidos no artigo 1.525 do Código Civil. A habilitação é processada com a publicação dos editais e, finalmente, o oficial fará o registro do casamento religioso observando o prazo de noventa dias e estando certo de que não há causas de impedimento ou suspensão do matrimônio.
Caso um dos contraentes vier a falecer antes do casamento religioso a concessão não ficará prejudicada por tal fato.
Feito o registro, o estado civil entre os nubentes passa a ser o de casados o que, por sua vez, faz retornar os efeitos jurídicos do casamento à data da solenidade religiosa. Maria Helena Diniz, na obra Curso de direito civil brasileiro, página 114 revela que este registro não é meramente probatório; constituindo ato essencial para a atribuição dos efeitos civis e penais, pois sem ele ter-se-á, tão somente, um ato religioso. Assim, a ação civil de declaração de nulidade ou anulação de casamento religioso somente é cabível após o registro deste no Cartório Civil sendo que a hipótese é de nulidade do registro e não do casamento religioso. Segundo a obra Código Civil Comentado, página 1.026, o casamento religioso não se considera nulo, mas já não é hábil para produzir efeitos civis, nem se pode equiparar ao casamento civil.
 
CASAMENTO RELIGIOSO PRECEDIDO DE HABILITAÇÃO CIVIL
 
Primeiramente, a habilitação tem de ser processada e homologada na forma do Código Civil. Os nubentes, possuindo a habilitação, apresentarão ao Ministro Religioso que a arquivará. Celebra-se o casamento, promove-se o registro de acordo com o prazo de noventa dias da celebração mediante comunicação ao ofício competente ou, por iniciativa de qualquer interessado (aplica-se ao cônjuge e ao celebrante).
O prazo supracitado é decadencial sendo que, se for esgotado, os nubentes deverão cumprir todas as formalidades novamente, como também, promover nova habilitação.
Se ocorrer o falecimento de um dos nubentes o ato registrado não sofrerá qualquer mudança, desde que o pedido seja posto dentro do prazo. 
 
VALIDADE DA HABILITAÇÃO
 
A habilitação, para ser válida, deve estar sujeita ao regramento dos artigos 1.525 a 1.532 do Código Civil e, os interessados no Registro Civil do casamento religioso devem ficar atentos à validade da habilitação civil para o casamento que é de noventa dias e aparece de duas formas explicitadas na obra Código Civil Comentado, página 1.026:
a) O casamento religioso celebrado após a extração do certificado de habilitação ainda válido e, portanto, trata do casamento religioso celebrado nos noventa dias que se sucederam à extração do certificado de habilitação.
b) O assento civil do casamento religioso é que deverá se dar em noventa dias a partir de sua celebração, sob pena de outra habilitação se fazer necessária.
Casamento nulo 
Somente as partes legítimas podem pedir a nulidade, que são as partes envolvidas e o Ministério Público, porém este ultimo, facultativamente. O rol previsto no código civil em seu art. 1548 é taxativo, portanto, somente pode se pedir nulidade naquelas hipóteses, quais sejam I - pelo enfermo mental sem o necessário discernimento para os atos da vida civil; II - por infringência de impedimento. Não pode ser decretado de ofício pelo juiz. Alguns efeitos desse casamento permanecem. O juiz pode declarar a nulidade quando não restar nenhuma dúvida sobre se deve ou não ser nulo aquele casamento, não podendo se fundar em indícios ou provas testemunhais. Deve estar tudo comprovado, só pode ser suscitada em ação exclusiva para esta finalidade. A ação é imprescritível podendo ser promovida a qualquer tempo. O cônjuge pode pedir ao juiz a separação de corpos antes de pedir a nulidade, pode ser usada sempre que haja risco para algum dos cônjuges ou que fique insuportável a convivência entre eles. Tem efeito retroativo até a data da celebração do casamento, "ex tunc" Se a nulidade for declarada e se provar a má-fé de ambos os cônjuges cada um sai do casamento com os bens que trouxe até ele.
Casamento anulado, 1550 à 1558
Depende inteiramente os interessados legitimados que são apenas os que o direito considera diretamente interessados, quais sejam: menores de 16 anos, interessados são o próprio incapaz, seus pais ou representantes e seus descendentes; no erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge somente é interessado o cônjuge enganado..., promover a ação, sempre verificando os prazos decadenciais. Após corridos esses prazos, o casamento terá validade permanentemente. Não retroage os efeitos, portanto o que foi feito até a data da anulação permanece da mesma forma, só a partir da anulabilidade é que o casamento não gera mais efeitos, "ex nunc". São sete as hipóteses da anulabilidade, previstas no ordenamento brasileiro:
Art. 1.550. É anulável o casamento:
I - de quem não completou a idade mínima para casar;
II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal;
III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558;
IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco,o consentimento;
V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges;
VI - por incompetência da autoridade celebrante.
Parágrafo único. Equipara-se à revogação a invalidade do mandato judicialmente decretada.
E 1558 do CC/02 "É anulável o casamento em virtude de coação, quando o consentimento de um ou de ambos os cônjuges houver sido captado mediante fundado temor de mal considerável e iminente para a vida, a saúde e a honra, sua ou de seus familiares". Além da dissolução do casamento, a anulação também provoca alguns efeitos para a pessoa do cônjuge que tiver dado causa a anulação, como: honrar obrigações havidas na constância do casamento; perde vantagens que havia ganhado com o outro cônjuge, entre outros.
Impedimento para o casamento 
IMPEDIMENTOS PARA O CASAMENTO
Os impedimentos são causas que impossibilitam a realização do casamento por algum motivo.
Os impedimentos são agrupados em três grupos: impedimentos resultantes de parentesco; impedimentos resultante de casamento anterior e impedimentos resultante de crime.
Impedimentos resultantes de parentesco
Os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;
Os afins em linha reta;
O adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
Os irmãos unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais até o terceiro grau;
O adotado com o filho do adotante.
Impedimentos resultantes de casamento anterior
As pessoas casadas.
Impedimentos resultante de crime
O cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu companheiro.
Os impedimentos podem ser desconhecidos até o momento da celebração do casamento. Caso o juiz ou oficial de registro tiver conhecimento da existência de algum impedimento, será obrigado a declará-lo.
Causas suspensivas
As causas suspensivas não provocam a nulidade do casamento, apenas são capazes de suspender a realização do mesmo.
Não deverão casar:
O viúvo ou viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;
A viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução conjugal;
O divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a o partilha dos bens do casal;
O tutor ou curador e os descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.
Alimentos – possibilidade de pagamento de alimentos após termino do casamento ou da união estável
Dispõe o art. 1.694, caput, do CC/02 que: "Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação".
A lei do divórcio (6.515/77) previa a cessação dos deveres de coabitação e fidelidade, concluindo-se que o dever material seria mantido durante a separação, podendo extinguir-se quando do divórcio (arts. 50 e 26).
Porém, o art. 19 limitava os alimentos ao cônjuge "inocente" que deles necessitasse.
Com o advento do CC/02, ainda que não tenha havido a revogação da lei do divórcio, a impropriedade contida no texto desta foi sanada, por meio do art. 1.704, caput, que traz em sua redação: "Se um dos cônjuges separados judicialmente vier a necessitar de alimentos, será o outro obrigado a prestá-los mediante pensão a ser fixada pelo juiz, caso não tenha sido declarado culpado na ação de separação judicial".
Tal prestação decorre do dever de mútua assistência entre os cônjuges, previsto no art. 1.566, inciso III, do CC/02 vigente.
Com a promulgação da CF/88, houve o reconhecimento da união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar.
Contudo, o entendimento majoritário dos tribunais era de que não havia obrigação alimentar entre companheiros quando da dissolução da união estável.
Este direito foi assegurado apenas com a edição da lei 8.971/94.
O direito dos ex-companheiros aos alimentos foi se aperfeiçoando, sendo reforçado pela lei 9.278/96, nos art.s 2º, inciso II, e art. 7º, caput, e, finalmente, com a instituição do CC/02, quando da inserção dos companheiros no rol dos alimentados, adequando-se à nova ordem jurídica. 
Para que qualquer um dos cônjuges ou companheiros perceba alimentos de seu ex-consorte é necessária a comprovação da ausência de condições de auto-sustento.
Parentesco 1591 à 1595 linha reta e colateral Gravar na memória
Parentesco: é a relação que vincula entre si as pessoas que descendem do mesmo tronco ancestral.
Parentesco biológico ou consangüíneo.
Temos em linha reta e em linha colateral.
Linha reta: é infinito, contado por graus.
1º grau: pai e filho
2º grau: avô e neto
3º grau: bisavô e bisneto
Ascedentes: pais, avós, bisavós
Descendentes: filhos, netos, bisnetos
Linha paterna: parentesco como genitor e com os ascendentes deles, como avôs e bisavós paternos.
Linha materna: diz respeito aos pais e avós da mãe, como avós e bisavós maternas.
Filhos: afora do Direito existe uma classificação quanto à origem dos filhos, pois que distingui-los perante a norma jurídica é inconstitucional. Assim temos:
a) por estirpe: se tem os mesmos pais, ou, se são filhos de um só deles;
b) bilaterais ou germanos: filhos do mesmo casal;
c) irmãos unilaterais: que tem em comum somente um os genitores, são tidos como meio-irmãos.
Linha colateral: são vínculos de parentesco que igualmente se estabelecem entre duas pessoas devido a existência de um ancestral comum, daí dizer que provém de um tronco comum, encerrando-se até o 4º grau, conforme previsão do art. 1.592, do CC:
“São parentes em linha colateral ou transversal, até quarto grau, as pessoas provenientes de um só tronco, sem descenderem uma da outra”
A contagem de grau segue nesta ordem:
2º grau: irmãos
3º grau: tios e sobrinhos
4º grau: sobrinhos-netos, tios-avós e primos
Parentes com vinculo de afinidade
Constitui-se com o casamento ou união estável e vincula o cônjuge ou o companheiro aos parentes do outro.
Importante destacar que não se equiparam aos parentes consangüíneos, mas existe simetria no do que diz respeito às linhas, graus e espécies.
Não se pode casar com parentes com vinculo de afinidade, sob condição de não haver impedimento previsto em lei e de ordem moral para evitar-se a aquisição de algum direito ou vantagem em face da aproximação afetiva que ocorre entre as famílias.
Parente por afinidade:
Em linha reta: Inexiste limite. São: sogro, genro, nora.
Em linha colateral: restringe-se aos cunhados, não passando a afinidade do segundo grau.
Bens – pacto antenupcial 1653 nulo quando não feito por escritura pública
PACTO ANTENUPCIAL
Pacto nupcial é o contrato feito entre os noivos com o propósito de estabelecer o regime de bens que vigorará após o casamento entre ambos.
NULIDADE
É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se não lhe seguir o casamento.
É nula a cláusula que contravenha disposição da lei.
MENORES
No caso do pacto nupcial ser realizado por menor, sua eficácia fica condicionada à aprovação de seu representante legal, salvo as hipóteses de regime obrigatório de separação de bens.
REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL DE BENS
É conhecido como regime legal ou supletivo. Este prevalecerá se os noivos não firmarem pacto antenupcial.
Neste regime, excluem-se da união:
Os bens que cada cônjuge possuir antes de casar, e os que lhe vierem durante o casamento, por doação ou sucessão;
Os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges;
As obrigações anteriores ao casamento;
As obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo em reversão em proveito do casal;
Os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
Os proventos do trabalho pessoal de cadacônjuge;
As pensões, meio-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.
Entram na comunhão:
Os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges;
Os bens adquiridos por fato eventual;
Os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;
As benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
Os frutos dos bens comuns ou dos particulares de cada cônjuge.
REGIME DE COMUNHÃO UNIVERSAL
Neste regime existe a predominância dos bens comuns.
São excluídos da comunhão:
Os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar;
Os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva;
As dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum;
As doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade.
REGIME DE PARTICIPAÇÃO FINAL DOS AQUESTOS
Este regime é misto, pois durante o casamento aplicam-se as regras da separação total e após a sua dissolução, as da comunhão parcial. Para vigorar, é necessário a feitura do pacto antenupcial.
Integram o patrimônio próprio os bens que cada cônjuge possuía ao casar e os por ele adquiridos, a qualquer título, durante o casamento.
A administração desses bens é exclusiva de cada cônjuge, que os poderá livremente alienar, se forem imóveis.
Se vier a dissolução da sociedade conjugal, apurar-se-á o montante dos aquestos, excluindo-se da soma dos patrimônios próprios:
Os bens anteriores ao casamento e os que em seu lugar se sub-rogaram;
Os que sobrevieram a cada cônjuge por sucessão ou liberalidade;
As dívidas relativas a esses bens.
REGIME DE SEPARAÇÃO DE BENS
Estipulada a separação de bens, estes permanecerão sob a administração exclusiva de cada um dos cônjuges.
Ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para as despesas do casal na proporção dos rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo estipulação em contrário no pacto antenupcial.
Diferença entre casamento (art. 1511), união estável (art. 1723) e concubinato (art. 1727)
	
	Casamento
	União Estável
	Estado civil
	Muda o estado anterior para casado.
	Não altera um estado civil.
	Lei
	Regido pelo Direito da Família, do novo Código Civil brasileiro (Livro IV, artigos 1.511 a 1.783) e reconhecido como entidade familiar. 
	Regida pela Lei 9.278/1996
De acordo com a constituição de 1988, artigo 226, é reconhecido como entidade familiar.
§ 3º – Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. 
	Formação
	Formalizado por meio de uma celebração feita por um juiz de paz ou juiz de direito. Depois vai para o registro civil e sai uma certidão de casamento.
	Sem formalidade. Acontece quando duas pessoas passam a viver juntas, formando uma entidade familiar. 
	Separação 
	Caso o casal possua filhos menores, o casamento deve ser extinto perante o poder judiciário. Caso não haja filhos e haja um acordo entre as partes, o casamento pode ser desfeito por escritura pública, em um tabelionato de notas.
	Aqui a separação também ocorre de acordo com a prática. Caso as pessoas deixem de morar juntas, está extinta a união estável. 
	Herança
	O cônjuge é considerado herdeiro, e concorre aos bens junto com os filhos do falecido. Em caso de comunhão parcial, o cônjuge também tem direito a metade dos bens que foram adquiridos durante o matrimônio.
	O companheiro não é considerado herdeiro.
	Divisão de bens
	Caso não seja definido, o que vigora é a comunhão parcial de bens.
	Comunhão parcial de bens.
	Direito a pensão de de morte
	Tem direito.
	O parceiro também tem direito, porém terá de provar a união estável ao INSS.
	Direito Real de Habitação
	É garantido pelo Código Civil, independentemente do regime de bens, e sem limite de tempo.
	Não é garantido pelo Código Civil. Poderá haver limitação de tempo, enquanto não se casar ou constituir nova união estável.
	Impedimentos legais
	Previstos pelo artigo 1521 do código civil, restringe a união entre pessoas com grau de parentesco por laços de sangue ou por afinidade.
	Todos os impedimentos legais ao casamento são também aplicáveis à união estável.
	União homoafetiva
	Casais homoafetivos possuem o direito ao casamento civil.
	Possuem direito de ter a união estável reconhecida.
A união estável se configura quando um homem e uma mulher: separados, divorciados, viúvos ou solteiros, se unem com o escopo de constituírem uma família, havendo nesta união respeito (acima de tudo fidelidade).
Já o concubinato se dá quando um casal impedido de se casarem, pois um deles é casado, se unem.
Caso concreto 4 - 1535, CC
Leonardo e Ana após passarem por todo o processo de habilitação para o casamento e de posse do certificado de habilitação, agendam, perante o oficial do registro, dia, hora e local para a celebração do casamento. No dia, hora e local indicados, os nubentes, as testemunhas e a autoridade celebrante competente comparecem pessoalmente. Iniciada a cerimônia, a autoridade celebrante ouve os nubentes que expressamente declaram sua vontade de contraírem matrimonio por livre e espontânea vontade. Após a manifestação dos nubentes, inesperadamente a autoridade celebrante sofre um mal súbito que lhe retira a vida imediatamente. Diante do exposto, responda:
Em razão do ocorrido, o casamento poderia ter retomado em continuidade por outro oficial que se fizesse presente?
Levando em consideração que os nubentes não terem contribuído com a interrupção da cerimônia ela poderá ser retomada imediatamente por autoridade competente.
Leonardo e Ana podem ser considerados casados?
 Levando em consideração da ausência de vontade do juiz de paz, o casamento é inexistente art. 1535, CC.
Pacto antenupcial – O casal pode escolher um dos regimes de bens especificados em lei, ou adotar clausula especifica no pacto antinupcial. Não pode ser inserida qualquer clausula no contrato do casamento, porque se houver clausula que ofenda os direitos fundamentais ou que preveja duração do casamento, será considerada nula ou não escrita. Art. 1655.
Caso concreto 11 – Entrar com ação de exoneração de alimentos, caso contrário teria que pagar os valores pagamentos, podendo o filho entrar com ação de cobrança até 2 anos depois. 
Roberto e Marcela, divorciados, são os pais de João. Quando João completou 18 anos, Roberto, que se encontrava desempregado, de imediato parou de pagar pensão alimentícia sem prévia autorização judicial. A conduta praticada por Roberto foi por ele justificada sob o argumento de que cessa automaticamente o dever de assistência dos pais em relação aos filhos quando estes atingem a maioridade. João, que necessita da prestação alimentícia é estudante cursando o primeiro período da graduação em Direito, procura advogado para saber se a conduta e os argumentos utilizados por Roberto procedem e qual seria a medida cabível a ser aplicada. Qual a orientação correta a ser dada no caso concreto? Justifique sua resposta.
Não procedem os argumento utilizados por Roberto, pois este não entrou com Ação de exoneração de alimentos e tendo em vista a necessidade que ainda dispõe o filho, agora estudante universitário, o que trará mais responsabilidades e encargos. Portanto, a vista do dever recíproco de amparo e de já ser consolidado nos tribunais pátrios o entendimento sobre a permanência da obrigação alimentar até 24 anos, quando o filho se dedica aos estudos, sobretudo quando é universitário, não deve ser obstada a prestação alimentar, devendo, pois, no caso em tela, se iniciada a ação de cobrança de alimentos.
 O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está sujeito à decisão judicial, mediante contraditório. 
Caso concreto 10 – art 1521 e 1523 // sub-rogação 1659, I c/c 1725 se não houverpacto antenupcial
Maria e João constituíram união estável a partir de julho de 2010, mas não formalizaram através de contrato escrito para regular as relações patrimoniais decorrentes da aludida entidade familiar. Maria era divorciada e João apenas separado de fato de sua esposa Janaína. Em maio de 2015, Maria recebeu R$250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) de herança de seu tio e com este valor adquiriu em julho de 2015 um imóvel em Saquarema – Rio de Janeiro, fazendo constar na escritura a origem do valor pago pelo imóvel, bem como consta na sua declaração de imposto de renda . Em fevereiro de 2017, João e Maria se separam dissolvendo assim a união estável. João procura um advogado indagando se tem direito a partilhar o imóvel adquirido por Maria em Saquarema em julho de 2015. Qual a orientação correta a ser dada a João. 
Na falta de contrato escrito dispondo de forma diversa, a união estável é regida pelo regime de comunhão parcial de bens e desta forma somente os bens adquiridos onerosamente durante a união seriam objeto de patrimônio comum e consequentemente meação. Como a aquisição do imóvel se deu de forma gratuidade, através de doação recebida por Maria, está excluída da comunicação patrimonial com João. Além do que, Maria fez constar a sub-rogação do valor da herança. Logo, João não terá qualquer direito a meação do imóvel em Saquarema. 
Caso concreto 9 art 18, §§ 1 e 2, LINDB
Lucas e Juliana casaram-se no Brasil em 2010 e, logo após o casamento, Lucas recebeu irrecusável oferta de emprego que levou o casal a ir morar na Espanha. Passados três anos, o casal percebeu que entre eles não há mais amor e decidiram se divorciar. O casal não possui filhos e lhe pergunta: para se divorciarem precisam vir ao Brasil ou podem fazer o pedido na Espanha mesmo? Uma vez que o casal ainda não está separado de fato e que existem bens a partilhar, podem eles pedir o divórcio extrajudicialmente? Explique suas respostas em no máximo seis linhas. 
 A realização do divórcio consensual de brasileiros que vivam no exterior pode ser realizado perante Autoridade Consular, desde que o casal esteja assistido por advogado. Na escritura pública devem constar descrição e partilha dos bens, disposição quanto a pensão alimentícia. 
Caso concreto 8 - Bem se comunica se feito de forma onerosa e constituída durante o casamento 
Aline e Carlos são casados pelo regime legal desde 2005 e durante o casamento constituíram considerável patrimônio. Decidem dissolver o casamento, mas entram em litígio por conta da partilha de bens do casamento. O casal adquiriu durante o casamento dois imóveis e dois automóveis, mas o primeiro imóvel foi adquirido com o produto da venda de um terreno que pertencia a Carlos antes do casamento mas tal fato não restou consignado no título aquisitivo do imóvel. Aline alega que o bem terá que ser igualmente dividido e Carlos alega que o bem deverá ter seu valor proporcionalmente dividido, abatendo-se do valor total o correspondente ao que ele integralizou em decorrência da venda do referido terreno.
 Por não ter sido estabelecido pacto antenupcial quanto o regime de bens em que se daria o casamento, visto isso, verifica-se que houve omissão quanto a escolha do regime apropriado aos consortes, devendo, pois, o vínculo matrimonial ter como regência o regime parcial de bens, este estabelecido por lei (regime legal), quando aduz que os bens adquiridos antes da constância/celebração do casamento não são comunicáveis, não são considerados bens comuns do casal. Estabelecendo, assim, a separação dos bens passados e comunhão quanto aos bens futuros, que serão adquiridos no decorrer do casamento. A vista do exposto, nota-se que Carlos não fez constar na escritura pública a efetiva origem da aquisição do imóvel por sub-rogação, em que se daria no limite do valor do bem particular (bem adquirido antes do casamento, doa do ou herdado). Por isso, resta-se em evidente razão a Aline, pois o entendimento que prevalece atualmente é que, na ocorrência destes casos, o bem deve ser integrado na meação (partilha) entre o casal. Portanto, Aline terá direito de meação também sobre o imóvel aludido.
Casamento putativo – art. 1561, CC
Conceitua-se mais formalmente como o matrimônio que, embora padeça de algum vício capaz de torná-lo nulo ou anulável, produz efeitos legais, em respeito à boa-fé de um ou de ambos os consortes.
Para que reste caracterizada a putatividade do matrimônio, é indispensável a verificação da boa-fé. O artigo 1.561 do Código Civil, em seu caput, menciona a boa-fé de ambos os cônjuges. Todavia, o § 1º do referido artigo assegura a preservação dos efeitos do casamento nos casos em que há boa-fé de apenas um dos consortes, a exemplo da bigamia.
Exige-se ainda a invalidade do casamento, o erro desculpável e a declaração judicial de nulidade ou desconstituição do matrimônio.
No que diz respeito ao erro, este pode ser de fato ou de direito, constituindo assim uma rara exceção ao artigo 3º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, que veda a possibilidade de alegação do desconhecimento da lei como forma de justificar seu descumprimento.
A sentença declaratória de nulidade (ação declaratória de nulidade) ou desconstituição (ação anulatória) do casamento poderá reconhecer ou não a putatividade. Faculta-se às partes alegá-la desde então, dispensando a necessidade de ação autônoma posterior para fazê-lo. Em todo caso, nada impede que o magistrado a reconheça de ofício.
A verificação da putatividade produz o aproveitamento dos efeitos jurídicos do casamento, para ambos os cônjuges ou para aquele que agiu de boa-fé. Cessados os direitos e deveres conjugais, os efeitos são:
Fixação de alimentos;
Partilha de bens, tal como ocorre num divórcio;
Uso do nome, quando houver justificado receio de lesão a direito pessoal;
Subsistência das doações feitas em contemplação de casamento futuro;
Emancipação ocasionada pelo casamento;
Configurada a boa-fé de apenas um dos consortes, tais efeitos somente a este aproveitarão, sendo-lhe assegurado ainda o direito de pleitear reparação pelos danos morais ou materiais suportados.
Quando ambos os cônjuges agem de má-fé, não há que se falar em putatividade. Entretanto, sendo o casamento inválido, os filhos havidos serão beneficiados de seus efeitos.
Separação sanção – infidelidade, remédio – adquire doença mental incurável após 2 anos e falência – acordo de vontade em não manter o casamento.
separação-sanção, quando um cônjuge imputa a outro grave violação dos deveres do casamento que torne insuportável a vida em comum; 
separação-falência, quando comprovada a separação de fato há mais de um ano; 
separação-remédio, quando um dos cônjuges é portador de doença mental grave há mais de dois anos, diagnosticada como de cura improvável, que torne impossível a vida em comum.
Regime da Participação final dos aquestos art. 1656,CC Gravar na memória 
Art. 1.656. No pacto antenupcial, que adotar o regime de participação final nos aqüestos, poder-se-á convencionar a livre disposição dos bens imóveis, desde que particulares.
Art. 1539 – Casamento no caso de moléstia grave
 os noivos já se habilitaram previamente, o que ocorreu que um deles adoeceu.
Conceito: neste hipótese os noivos já se habilitaram, porem antes da celebração um deles ou ambos ficam acometidos de doença que impeça de comparecer perante a autoridade celebrante. O código civil determina que o juiz de paz ou o oficial do registro vá de encontro ao noivo doente celebrando o casamento.
Obs: se a doença ocorrer antes da publicação dos editais é possível que os nubentes requeiram a sua dispensa conforme art. 1.527, §ú, CC.
1.539, CC: o juiz de paz leva consigo o livro de registro do cartório para onde esta o noivo.
Art. 1.539. No caso de moléstia grave de um dos nubentes, o presidente do ato irá celebrá-lo onde se encontrar o impedido, sendo urgente, ainda que à noite, perante duas testemunhas que saibam ler e escrever.
§ 1o A falta ou impedimento da autoridadecompetente para presidir o casamento suprir-se-á por qualquer dos seus substitutos legais, e a do oficial do Registro Civil por outro ad hoc, nomeado pelo presidente do ato.
§ 2o O termo avulso, lavrado pelo oficial ad hoc, será registrado no respectivo registro dentro em cinco dias, perante duas testemunhas, ficando arquivado.
Divórcio direto Art. 226, §6 ementa 66 de 2010.
A dissolução do casamento somente ocorre com o divórcio ou com a morte de um dos cônjuges. Em outras palavras apenas nessas duas hipóteses é possível que os ex-cônjuges contraiam novas núpcias. 
A partir de 2010 com a Emenda Constitucional 66/2010, o procedimento do divórcio foi alterado, facilitando a vida de milhares de pessoas, pois passou a permitir a dissolução do casamento sem ter que esperar entre um ou dois anos como anteriormente.
Antes da promulgação da EC/66, existiam dois tipos de divórcio: 
a) direto: quando comprovada a separação de fato do casal por mais de dois anos;
b) indireto: obtido após um ano da separação judicial do casal. Após o prazo, poderia ser requerida a conversão da separação judicial em divórcio.
A partir da EC/66, não há mais prazo para se entrar com Ação de Divórcio, nem necessidade de prévia separação judicial ou separação de fato. 
Efeitos jurídicos do casamento – venda de imóvel 1647, CC
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III - prestar fiança ou aval;
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada.
Regime de bens – (Mutabilidade motivada) mudança do regime bens depois do casamento, podendo ser feita de forma judicial desde que não lesando terceiros Art. 1639 §2°.
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver.
§ 1o O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a data do casamento.
§ 2o É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.
Caso concreto 7 Pode com base no art 57 c/c 109 6.015/73 – Lei de registros públicos
Caso Concreto Thiago e Deise se casaram em maio deste ano, mas no processo de habilitação esqueceram de informar que Thiago adotaria o sobrenome de Deise. Realizado e registrado o casamento Thiago ainda pode pedir a inclusão do sobrenome da esposa? Em caso afirmativo, como deveria ele proceder? Explique sua resposta em no máximo cinco linhas.
 
Conforme art. 1565§1, CC, caso esquecido o pedido durante o procedimento de habilitação o acréscimo poderá ser requerido a qualquer tempo por meio de ação de retificação do nome, art 57 c/c 109 da lei 6.015/73, desde que ainda estejam juntos e o outro cônjuge concorde.
Caso concreto 12 É possível desde que judicial
Dra. Ana Carolina, Jorge é meu enteado desde que tinha mais ou menos dois anos de idade. Sua mãe faleceu no parto e desde pequeno sempre cuidei dele como se fosse meu filho. Temos um relacionamento muito próximo e agora que ele já possui 19 anos gostaríamos de documentar nosso parentesco. Consultei outro advogado que disse-me que a única opção para reconhecê-lo como filho seria realizar a adoção, o que implicaria, automaticamente na retirada do nome da mãe biológica dele da certidão de nascimento. Mas não é isso que queremos. Quero ser reconhecida como a mãe afetiva de Jorge, sem que isso implique necessariamente a exclusão da mãe biológica em respeito à sua memória. 
Não há nenhuma outra alternativa para a nossa situação? O que você aconselharia à sua cliente? Explique sua resposta em até dez linhas. 
Levando em consideração as circunstancias do caso concreto fica evidencia a posse do estado filho, tendo em vista o vínculo de sócio afetividade. Desta forma, pode ser estabelecida a relação de parentalidade entre a madrasta e seu enteado, razão que possibilita o pedido judicial para inclusão do nome da mãe sócio afetiva na sua certidão de nascimento situação que consagra a denominada a multi parentalidade, reconhecida pelo supremo tribunal federal na reclamação nº 622. Assim sendo, após firmado o referido vinculo, passa a ser produzidos os efeitos de natureza: Pessoal, patrimonial e pessoal, sendo plenamente admissível a dupla maternidade, sem a necessidade do pedido de adoção.

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