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MOLA HIDATIFORME (MH)– DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL (DTG) CONCEITO A MH é uma complicação da gravidez com potencial de evoluir para doença com comportamento maligno e que ocorre, no Ocidente, numa proporção de 01 caso para 1.000 a 2.000 gestações Típica de países pobres Mais comum nos extremos da vida reprodutiva – 16-40 anos CARACTERÍSTICA São tumores funcionantes que se originam do citotrofoblástico, trofoblasto intermediário e sinciciotrofoblasto FORMAS CLÍNICAS Mola Hidatiforme - mola completa - mola parcial Mola Invasora Coriocarcinoma Tumor trofoblástico do sítio placentário CLASSIFICAÇÃO Com base no cariótipo e exame histopatológico: mola parcial e completa COMPLETA Inexistência do embrião Hiperplasia difusa do citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto Ausência de hemácia fetal Dilatação hidrópica da vilosidade coriônica – formação cisterna central – aspecto macroscópico de vesiculas. Cariótipo 46XX e os cromossomos são de origem paterna – o espermatozóide haplóide (23 X) duplica seus próprios cromossomos De 10 a 20 % malignidade CLASSIFICAÇÃO INCOMPLETA OU PARCIAL Tecido embrionário ou fetal identificável Cariótipo triplóide 69XXX, 69 XXY, 69 XYY, resultante de um óvulo e dois espermatozóide (dispermia) Hiperplasia focal - sinciciotrofoblasto Vilosidade coriônica de tamanho variável, com edema focal e cisterna central Invaginação das vilosidades Com incidência de 5 a 35% das Molas Malignidade de 5 a 10% MOLA HIDATIFORME Constitui um grupo heterogêneo de patologias do trofoblasto com diferentes potenciais de invasão local e à distância, que, de modo geral, acometem mulheres em idade reprodutiva, entre 16 e 40 anos, aproximadamente ETIOLOGIA Etiologia - Retenção de ovo cessa a circulação vilosa estromal e continua atividade secretora trofoblasto Daí a hidropsia e proliferação trofoblástica. –Displasia do trofoblasto proliferação trofoblástica MOLA PARCIAL - MACROSCOPIA MOLA HIDATIFORME SINTOMAS E SINAIS CLÍNICOS Aumento exagerado do útero e beta HCG elevado – pré-eclampsia Gonadotrofina coriônica humana hormônio (HCG) sobe continuamente em gravidez normal. Da 8ª a 11ª semana o nível de hCG dobra a cada 48 horas ou até 96 horas. Ausência de BCF Hiperêmese gravídica Comprometimento do estado geral Hemorragia precoce – 2º e 3º mês de gestação Dores abdominais e lombares CONDUTA PARA TRATAMENTO Condutas imediatas: Hemograma completo Tipagem sanguinea Rx de Torax US pélvica Dosagem de beta-HCG Esvaziamento Histerectomia Condutas mediatas: Contracepção (com útero) Controle dos níveis de B HCG MOLA – IMPLANTES METASTÁTICO ESVAZIAMENTO MOLAR - TRATAMENTO Ate 12 semanas – 02 comp. de misoprostol de 200mcg VV e entre 4-6hs proceder o esvaziamento 13 a 20 semanas ou fundo uterino acima da metade da distância entre à sínfise e a cicatriz umbilical – 01 comp VV e realizar esvaziamento(Vácuo-aspiração) após 06hs ESVAZIAMENTO MOLAR > de 20 semanas – 200mcg de misoprostol VV. Infusão de ocitocina até expulsão substancial da mola e redução do volume uterino, quando se procederá a vácuo-aspiração reduzindo assim o risco de perfuração SEGUIMENTO Exames pélvicos – intervalos semanais, quinzenais, mensais até a remissão seguindo controle do beta HCG Dosagem de beta HCG – intervalos semanais até obter três dosagens negativas A expectativa de remissão espontânea não deve ultrapassar oito semanas Acompanhamento Mensal – Até completar seis meses após o primeiro resultado negativo quando houver remissão espontânea e de um ano se a paciente foi submetida a quimioterapia SEGUIMENTO Rx de tórax – mensal até a remissão da doença Anticoncepção – imediatamente após esvaziamento uterino. Dá-se preferência aos anticoncepcionais orais combinados Expectativa de cura espontânea enquanto houver curva regressiva das dosagens de beta HCG Permanecendo o nível ou elevação do beta HCG, ou metástases – tratamento quimioterápico SEGUIMENTO Remissão espontânea (RE) – 70% dos casos curam- se espontaneamente, 30% evoluem para formas invasoras Considera-se RE quando: Os níveis de beta HCG decrescerem progressivamente até negativarem Involução uterina e imediata cessação da hemorragia Involução da cistose ovariana Ausência de metástases ou infiltração miometrial Rápida melhora do estado geral SEGUIMENTO QUIMIOTERAPIA PROFILÁTICA - Mola hidatiforme completa e nas situações: Beta HCG maior que 100.000 mul/ml antes do esvaziamento uterino Útero grande para idade gestacional Cistose ovariana maior que 6 cm Idade materna maior que 40 anos Laudo histopatológico – trofoblasto compacto, infiltração linfoplasmocitária e depósito fibrinóide escasso ou ausente e de caráter potencialmente maligno SEGUIMENTO Quimioterapia ▬ Único ▫ Observar intervalo entre as séries( 7 = 14dias) ▫ Metotrexato ( 50mcg/m² ) ▫ Actinomicina D ▬ Poliquimioterapia ▫ EMA-CO ( Etoposide+Metotrexato+Actomicina D+ Ciclofosfamida+Oncovim )
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