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Aula 07 Lei nº 8.66693

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CURSO ON-LINE 
DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS 
PROFESSOR: ANDERSON LUIZ 
Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 1
AULA 07 
ASSUNTO: 
Licitações e Contratos administrativos: Lei nº 8.666/93: Conceito, finalidade, 
princípios, objeto, obrigatoriedade, dispensa, inexigibilidade e vedações, 
modalidades, procedimentos, anulação e revogação, sanções, pregão 
presencial e eletrônico, sistema de registro de preços. Lei nº 10.520/2002. 
Características do contrato administrativo. Formalização e fiscalização do 
contrato. Aspectos orçamentários e financeiros da execução do contrato. 
Sanção administrativa. Equilíbrio econômico-financeiro. Garantia contratual. 
Alteração do objeto. Prorrogação do prazo de vigência e de execução. 
361. (FCC/TCE-GO/2009) A licitação poderá ser revogada 
a) por qualquer ilegalidade em seu procedimento. 
b) por qualquer motivo de conveniência e oportunidade. 
c) apenas por ilegalidade devidamente comprovada, após contraditório. 
d) apenas por motivo de interesse público superveniente e comprovado. 
e) apenas por nulidade imputável ao órgão licitante. 
Comentários: 
 
Acerca da revogação e da anulação de um procedimento licitatório, a Lei 
nº 8.666/93 estabelece as seguintes regras: 
• A autoridade competente para a aprovação do procedimento 
somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público 
decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, 
pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por 
ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante 
parecer escrito e devidamente fundamentado (art. 49). 
• A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não 
gera obrigação de indenizar. Porém, a Administração deve indenizar o 
contratado em razão daquilo que foi executado até a data da anulação. 
Deve indenizá-lo, também, por outros prejuízos regularmente 
comprovados, desde que tais prejuízos não tenham sido causados pelo 
próprio contratado. (art. 49, §1º). 
• A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato (art. 49, §2º). 
 
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• No caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado o 
contraditório e a ampla defesa (art. 49, §3º). 
Com efeito, a resposta desta questão é a letra d. 
362. (FCC/TCE-GO/2009) Dentre os requisitos mínimos de conteúdo do 
edital de licitação, NÃO se faz presente o que consiste em: 
a) Critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros objetivos. 
b) Objeto da licitação, descrito clara e sucintamente. 
c) Minuta de contrato a ser celebrado, sob a forma de anexo. 
d) Condições de anulação e revogação superveniente da licitação. 
e) Sanções para o caso de inadimplemento. 
Comentários: 
 
O edital é o ato convocatório da licitação e sua principal função é 
estabelecer as regras definidas para a realização do certame, as quais são de 
observância obrigatória, tanto pela Administração Pública, quanto pelos 
licitantes. É por isso que Hely Lopes Meirelles diz que o edital “é a lei interna 
da licitação”. 
Nos ensinamentos de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, “edital é o 
instrumento por meio do qual a Administração torna pública a realização de 
uma licitação. É o meio utilizado para todas as modalidades de licitação, exceto 
a modalidade convite. A intenção de licitar é divulgada pela publicação de 
aviso com o resumo do edital, nos termos do art. 21 da Lei.” 
Por oportuno, reproduzo o art. 40 da Lei nº 8.666/93, que estabelece 
diversas regras acerca do edital. Memorizem-nas! 
LEI Nº 8.666/93, ART. 40: 
O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o 
nome da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de 
execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o 
local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como 
para início da abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o 
seguinte: 
I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara; 
 
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II - prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos 
instrumentos, como previsto no art. 64 desta Lei, para execução do contrato e 
para entrega do objeto da licitação; 
III - sanções para o caso de inadimplemento; 
IV - local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto básico; 
V - se há projeto executivo disponível na data da publicação do edital de 
licitação e o local onde possa ser examinado e adquirido; 
VI - condições para participação na licitação, em conformidade com os 
arts. 27 a 31 desta Lei, e forma de apresentação das propostas; 
VII - critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros 
objetivos; 
VIII - locais, horários e códigos de acesso dos meios de 
comunicação à distância em que serão fornecidos elementos, informações e 
esclarecimentos relativos à licitação e às condições para atendimento das 
obrigações necessárias ao cumprimento de seu objeto; 
IX - condições equivalentes de pagamento entre empresas 
brasileiras e estrangeiras, no caso de licitações internacionais; 
X - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, 
conforme o caso, permitida a fixação de preços máximos e vedados a fixação 
de preços mínimos, critérios estatísticos ou faixas de variação em relação a 
preços de referência, ressalvado o disposto nos parágrafos 1º e 2º do art. 48; 
XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo 
de produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a 
data prevista para apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa 
proposta se referir, até a data do adimplemento de cada parcela; 
XIII - limites para pagamento de instalação e mobilização para 
execução de obras ou serviços que serão obrigatoriamente previstos em 
separado das demais parcelas, etapas ou tarefas; 
XIV - condições de pagamento, prevendo: 
a) prazo de pagamento não superior a 30 dias, contado a partir da data 
final do período de adimplemento de cada parcela; 
b) cronograma de desembolso máximo por período, em conformidade 
com a disponibilidade de recursos financeiros; 
c) critério de atualização financeira dos valores a serem pagos, desde 
a data final do período de adimplemento de cada parcela até a data do efetivo 
pagamento; 
d) compensações financeiras e penalizações, por eventuais atrasos, e 
descontos, por eventuais antecipações de pagamentos; 
e) exigência de seguros, quando for o caso; 
 
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XV - instruções e normas para os recursos previstos nesta Lei; 
XVI - condições de recebimento do objeto da licitação; 
XVII - outras indicações específicas ou peculiares da licitação. 
§ 1o O original do edital deverá ser datado, rubricado em todas as folhas 
e assinado pela autoridade que o expedir, permanecendo no processo de 
licitação, e dele extraindo-se cópias integrais ou resumidas, para sua 
divulgação e fornecimento aos interessados. 
§ 2o Constituem anexos do edital, dele fazendo parte integrante: 
I - o projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes, 
desenhos, especificações e outros complementos; 
II - orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços unitários; 
III - a minuta do contrato a ser firmado entre a Administração e o 
licitante vencedor; 
IV - as especificações complementares e as normas de execução 
pertinentes à licitação. 
§ 3o Para efeito dodisposto nesta Lei, considera-se como adimplemento 
da obrigação contratual a prestação do serviço, a realização da obra, a 
entrega do bem ou de parcela destes, bem como qualquer outro evento 
contratual a cuja ocorrência esteja vinculada a emissão de documento de 
cobrança. 
§ 4o Nas compras para entrega imediata, assim entendidas aquelas 
com prazo de entrega até 30 dias da data prevista para apresentação da 
proposta, poderão ser dispensadas: 
I - o disposto no inciso XI deste artigo (critério de reajuste); 
II - a atualização financeira a que se refere a alínea "c" do inciso XIV deste 
artigo, correspondente ao período compreendido entre as datas do 
adimplemento e a prevista para o pagamento, desde que não superior a 
quinze dias. 
Pelo exposto, a resposta desta questão é a letra d. 
363. (FCC/TCE-GO/2009) Nas licitações conduzidas sob a modalidade de 
pregão, depois de abertos os envelopes 
a) de habilitação, os concorrentes habilitados poderão fazer lances 
sucessivos, até que se verifique a melhor oferta. 
b) contendo as propostas comerciais, poderão fazer lances sucessivos os 
licitantes que oferecerem preço não superior a 10% da melhor oferta. 
 
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c) contendo as propostas comerciais, todos os licitantes habilitados poderão 
fazer lances sucessivos. 
d) contendo as propostas comerciais, poderão fazer lances sucessivos os 
licitantes com as três melhores ofertas, em qualquer caso. 
e) de habilitação, apenas poderão fazer lances sucessivos os licitantes com 
as três melhores ofertas, em qualquer caso. 
Comentários: 
 
O pregão possui uma fase preparatória (interna) e outra externa. 
Fase 
Preparatória 
(ou Interna) 
Requisição do objeto 
Justificativa para a contratação 
Autorização para a realização do certame 
Disponibilidade de recursos orçamentários 
Elaboração e aprovação do termo de referência 
Designação do pregoeiro e da equipe de apoio 
Elaboração e aprovação do edital 
Parecer Jurídico 
Fase Externa 
Publicação do aviso contendo o resumo do edital 
Abertura da sessão 
Credenciamento 
Entrega dos envelopes (propostas e documentação) 
Abertura das propostas 
Classificação das propostas 
Lances verbais sucessivos 
Exame da aceitabilidade da oferta 
Negociação com o licitante vencedor da fase de lances 
 
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Habilitação 
Declaração do vencedor 
Recursos 
 A fase externa do pregão será iniciada com a convocação dos 
interessados, efetuada por meio de publicação oficial de aviso do qual 
constarão a definição do objeto da licitação, a indicação do local, dias e horários 
em que poderá ser lida ou obtida a íntegra do edital. 
 O prazo fixado para a apresentação das propostas, contado a partir 
da publicação do aviso, não será inferior a 8 dias úteis (Lei nº 10.520/02, 
art. 4º, V). 
Aberta a sessão, os interessados ou seus representantes, apresentarão 
declaração dando ciência de que cumprem plenamente os requisitos de 
habilitação e entregarão os envelopes contendo a indicação do objeto e do 
preço oferecidos, procedendo-se à sua imediata abertura e à verificação da 
conformidade das propostas com os requisitos estabelecidos no instrumento 
convocatório (art. 4º, VII). 
O licitante autor da menor proposta e os demais que apresentarem 
preços até 10% superiores a ela estão classificados para a fase de lances 
verbais. Ou seja, no curso da sessão, o autor da oferta de valor mais baixo e 
os das ofertas com preços até 10% superiores àquela poderão fazer novos 
lances verbais e sucessivos, até a proclamação do vencedor (art. 4º, VIII). 
Por isso, a resposta desta questão é a letra b. 
364. (FCC/TJ-PI/2009) A modalidade de licitação que é realizada entre 
interessados previamente cadastrados, ou que preencham os requisitos para 
cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, 
observada a necessária qualificação, é 
a) o convite. 
b) o pregão. 
c) a tomada de preço. 
d) a concorrência. 
e) o concurso. 
 Comentários: 
 
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O art. 22 da Lei nº 8.666/93 prevê 5 modalidades de licitação, quais 
sejam (C3LT): Concorrência, Concurso, Convite, Leilão e Tomada de 
Preços. 
Acerca desse assunto, é importante destacar que o art. 22, §8º da Lei de 
Licitações veda a criação de outras modalidades ou a combinação delas, 
ainda que seja mais proveitosa para a Administração Pública. 
Ainda assim, a Lei nº 10.520/02 criou mais uma modalidade de licitação: 
o pregão. Destarte, temos as seguintes modalidades de licitação (C3LTP): 
Concorrência, Concurso, Convite, Leilão, Tomada de Preços e Pregão. 
Isso foi possível porque a Lei nº 10.520/02 estendeu a aplicação do 
pregão a todas as esferas da Federação (U, E, DF, M). Assim, essa Lei, que 
também veicula normas gerais em matérias de licitações públicas, encontra-se 
na mesma situação da Lei nº 8.666/93 no ordenamento jurídico pátrio. 
Lembrem-se de que as modalidades de licitação possuem peculiaridades 
que as distinguem umas das outras, de modo que cada qual é apropriada a 
certo tipo de contratação. Vejamos essas modalidades: 
Concorrência: é a modalidade de licitação entre quaisquer 
interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem 
possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução 
de seu objeto (Lei nº 8.666/93, art. 22, §1º). 
Em decorrência da possibilidade de participação de quaisquer 
interessados, a concorrência deve ser feita com ampla publicidade. Daí, a 
exigência de publicação prévia de avisos contendo os resumos do edital de 
licitação. 
Com essa publicação do resumo do edital, considera-se aberto o 
procedimento licitatório. Inicia-se, então, a fase de habilitação preliminar. 
Guardem isto: a concorrência caracteriza-se por possuir uma fase de 
habilitação preliminar, após a abertura do procedimento (publicação do 
resumo do edital). 
Tomada de preços: é a modalidade de licitação entre interessados 
devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições 
exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do 
recebimento das propostas, observada a necessária qualificação (Lei nº 
8.666/93, art. 22, §2º). 
Percebam que a participação nessa modalidade licitatória não é restrita 
a pessoas cadastradas no órgão ou entidade licitante antes da publicação do 
edital de licitação. Inicialmente, a tomada de preços é feita entre as pessoas 
previamente cadastradas. Todavia, é sempre estendida a qualquer pessoa 
que atenda aos requisitos exigidos para o cadastramento (previstos no 
 
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art. 27 da Lei de Licitações), até 3 dias antes da data de recebimento das 
propostas. 
Convite: é a modalidade de licitação entre interessados do ramo 
pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em 
número mínimo de 3 pela unidade administrativa, a qual afixará, em local 
apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais 
cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse 
com antecedência de até 24 horas da apresentação das propostas (Lei nº 
8.666/93, art. 22, §3º). 
Notem que a empresa previamente cadastrada poderá apresentar 
proposta, ainda que não tenha sido convidada. Pois, o convite, a princípio,é 
feito a pessoa cadastrada ou não, e estende-se apenas aos cadastrados 
que não tenham sido convidados, desde que manifestem esse interesse com 
antecedência de até 24 horas da apresentação das propostas. 
Por exemplo: imaginem que a Administração Pública tenha expedido 
cartas-convite para três interessados no ramo pertinente ao objeto da licitação. 
Se um quarto cadastrado, na mesma especialidade, manifestou interesse a 48 
horas da data de apresentação da proposta, ele poderá participar da licitação. 
 Concurso: é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados
para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a 
instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios 
constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 
45 dias (Lei nº 8.666/93, art. 22, §4º). 
Ressalto que a necessidade de realização de licitação na modalidade 
concurso é determinada pela natureza do objeto (trabalho técnico, 
científico ou artístico), e não o valor do contrato. Por fim, destaco que esse 
concurso (modalidade de licitação) não se confunde com o concurso público 
realizado para a admissão de servidores e empregados públicos. 
 Leilão: é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para 
a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos 
legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens 
imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de 
procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, a quem oferecer o 
maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação (Lei nº 8.666/93, art. 
22, §5º). 
 
 Pregão: é a modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços 
comuns pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, conforme 
disposto em regulamento, qualquer que seja o valor estimado da 
 
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contratação, na qual a disputa pelo fornecimento é feita por meio de propostas 
e lances em sessão pública. 
A necessidade de realização de licitação na modalidade pregão é 
determinada pela natureza do objeto da contratação (aquisição de bens e 
serviços comuns), e não o valor do contrato. Assim, o pregão pode ser 
usado independentemente do valor de contrato. É importante mencionar 
que o pregão sempre adota como critério de julgamento o menor preço da 
proposta. 
Outra peculiaridade do pregão que é muito cobrada em provas de 
concursos públicos é a denominada inversão da ordem das etapas de 
habilitação (comprovação de que o licitante possui os requisitos fixados para 
participação na licitação) e julgamento. Pois, no pregão, a habilitação é 
posterior ao julgamento das propostas. Já nas outras modalidades de 
licitação a habilitação é anterior à abertura e ao julgamento das propostas. 
Logo, a resposta dessa questão é a letra c. 
365. (FCC/TJ-PI/2009) Sobre a licitação é correto afirmar que 
a) nas concorrências de âmbito internacional, o licitante brasileiro poderá 
cotar em moeda estrangeira, se assim for permitido ao licitante 
estrangeiro. 
b) em igualdade de condições, como critério de desempate, os bens 
produzidos por empresa brasileira têm preferência sobre os bens 
produzidos no País. 
c) a licitação pode ser sigilosa, desde que devidamente justificado. 
d) para acompanhar o desenvolvimento da licitação deve o cidadão 
demonstrar legítimo interesse. 
e) o princípio do julgamento objetivo não é expressamente previsto na Lei 
de Licitações. 
Comentários: 
 
A letra a está certa. Nas concorrências de âmbito internacional, o 
edital deverá ajustar-se às diretrizes da política monetária e do comércio 
exterior e atender às exigências dos órgãos competentes. Além disso, quando 
for permitido ao licitante estrangeiro cotar preço em moeda 
estrangeira, igualmente o poderá fazer o licitante brasileiro (art. 42). 
 
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 A letra b está errada. 
CRITÉRIOS DE DESEMPATE (Lei nº 8.666/93, art. 3º, §2º) 
1º Produzidos ou prestados por empresas brasileiras de capital 
nacional. 
2º Produzidos no País. 
3º Produzidos ou prestados por empresas brasileiras. 
4º Produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no 
desenvolvimento de tecnologia no País. 
 A letra c está errada. Segundo o princípio da publicidade, os atos da 
licitação devem ser públicos. Todos os interessados têm o direito conhecer 
todos os termos da licitação. Por isso, a Lei nº 8.666/93, art. 3º, § 3º, 
estabelece que “a licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao 
público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das 
propostas, até a respectiva abertura” (princípio do sigilo na 
apresentação das propostas). 
 A letra d está errada. Todos quantos participem de licitação promovida 
pelos órgãos ou entidades no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios têm direito público subjetivo à fiel observância 
do pertinente procedimento estabelecido na Lei nº 8.666/93, podendo qualquer 
cidadão acompanhar o seu desenvolvimento, desde que não interfira de modo a 
perturbar ou impedir a realização dos trabalhos (art. 4º). 
 A letra e está errada. A licitação destina-se a garantir a observância do 
princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais 
vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita 
conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da 
moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, 
da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e 
dos que lhes são correlatos (Lei nº 8.666/93, art. 3º). 
Portanto, a resposta desta questão é a letra a. 
 
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366. (FCC/TRE-PI/2009) Segundo a Lei n° 8.666/93, é hipótese de 
inexigibilidade de licitação a 
a) contratação de serviços técnicos de fiscalização, supervisão ou 
gerenciamento de obras ou serviços, de natureza singular, com 
profissionais ou empresas de notória especialização. 
b) contratação, em regra, de serviços de publicidade e divulgação. 
c) celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações 
sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para 
atividades contempladas no contrato de gestão. 
d) contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia 
mista com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação 
de bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço 
contratado seja compatível com o praticado no mercado. 
e) contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás 
natural com concessionário, permissionário ou autorizado, de acordo com 
legislação específica. 
 
 Comentários: 
 
A Constituição Federal obriga todos os órgãos da Administração Pública 
Direta e todas as entidades da Administração Indireta a realizar licitação
previamente a celebração de contrato administrativo para a realização de obra, 
prestação de serviço, compras, alienações, concessões e permissões. 
Contudo, em seu art. 37, XXI, a Lei Maior autoriza o legislador a 
especificar os casos que não se submetam à obrigatoriedade de licitação. Daí, a 
Lei nº 8.666/93 criou as figuras que denominou “dispensa” e 
“inexigibilidade” de procedimento licitatório. 
• Dispensa de licitação: consiste na possibilidade legal de a 
Administração Pública deixar de realizar a licitação, em razão de 
determinadas hipóteses previstas taxativamente (ou seja, não 
existemoutras hipóteses) na Lei nº 8.666/93 (arts. 17 e 24), embora 
haja viabilidade jurídica de competição (existe uma pluralidade de objetos 
e uma pluralidade de ofertantes). 
• Inexigibilidade de licitação: caracteriza-se pela inexistência de 
viabilidade jurídica de competição, seja pela existência de apenas um 
objeto (objeto único), seja pela existência de apenas um ofertante que 
atenda as necessidades da Administração Pública (ofertante único ou 
exclusivo). Os casos de inexigibilidade de licitação estão previstos no art. 
25 da Lei de Licitações, de forma meramente exemplificativa. Ou seja, a 
relação das hipóteses de inexigibilidade não é exaustiva, nem taxativa. 
 
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Dispensa Existe competição 
Inexigibilidade Inexiste competição 
IMPORTANTE: 
• A regra geral é a obrigatoriedade de licitação. 
• Há casos excepcionais que impedem ou dispensam a realização de 
licitação. 
• Os casos de dispensa de licitação estão previstos taxativamente na 
lei, ao passo que as hipóteses de inexigibilidade de licitação são 
meramente exemplificativas. 
ATENÇÃO: 
A inexigibilidade de licitação é caracterizada pela inexistência de 
viabilidade jurídica de competição (fornecedor exclusivo, serviços 
especializados, artistas consagrados). Assim, em questões deste tipo, vejam 
se o objeto do contrato apresenta alguma dessas características. Se negativo, 
não é caso de inexigibilidade. 
Logo, a resposta desta questão é a letra a. 
367. (FCC/TRT-15ª Região/2009) A respeito do pregão presencial (Lei n° 
10.520/02), é INCORRETO afirmar que: 
a) é permitida a garantia de proposta. 
b) o prazo de validade das propostas será de 60 (sessenta) dias, se outro 
não for fixado no edital. 
c) quem, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não 
celebrar o contrato, ficará impedido de licitar e contratar com a União, 
Estados, Distrito Federal ou Municípios, sem prejuízo de outras 
cominações legais e contratuais. 
d) as compras e contratações de bens e serviços comuns, no âmbito da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, quando 
efetuadas pelo sistema de registro de preços, poderão adotar a 
modalidade de pregão. 
e) o licitante que, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, 
não a mantiver, ficará impedido de licitar e contratar com a União, 
 
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Estados, Distrito Federal ou Municípios, sem prejuízo de outras sanções 
legais e contratuais. 
Comentários: 
 
A letra a está errada. É vedada a exigência de (art. 5º): 
• garantia de proposta; 
• aquisição do edital pelos licitantes, como condição para participação no 
certame; e 
• pagamento de taxas e emolumentos, salvo os referentes a fornecimento 
do edital, que não serão superiores ao custo de sua reprodução gráfica, e 
aos custos de utilização de recursos de tecnologia da informação, quando 
for o caso. 
 A letra b está certa. O prazo de validade das propostas será de 60 
dias, se outro não estiver fixado no edital (art. 6º). 
IMPORTANTE: 
Se o prazo de validade das propostas não for estabelecido no edital, esse 
prazo será de 60 dias. 
 As letra c e e estão certas. Quem, convocado dentro do prazo de 
validade da sua proposta, não celebrar o contrato, deixar de entregar ou 
apresentar documentação falsa exigida para o certame, ensejar o retardamento 
da execução de seu objeto, não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na 
execução do contrato, comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude fiscal, 
ficará impedido de licitar e contratar com a U, E, DF ou M e, será 
descredenciado no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento de fornecedores, 
pelo prazo de até 5 anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no 
contrato e das demais cominações legais (art. 7º). 
Impedimento (U, E, DF, M) 
+ 
Descredenciamento 
+ 
Não celebrar o contrato 
Não entregar a documentação 
Apresentar documentação falsa 
Ensejar o retardamento da execução 
 
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Multa 
+ 
Outras sanções 
Comportar-se de modo inidôneo 
Cometer fraude fiscal 
 A letra d está certa. As compras e contratações de bens e serviços 
comuns, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
quando efetuadas pelo sistema de registro de preços, poderão adotar a 
modalidade de pregão (art. 11). 
Assim, a resposta desta questão é a letra a. 
368. (FCC/TRT-15ª Região/2009) É inexigível a licitação quando houver 
inviabilidade de competição, em especial 
a) quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, 
justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a 
Administração, mantidas, neste caso, todas as condições 
preestabelecidas. 
b) para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente 
ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica 
especializada ou pela opinião pública. 
c) quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular 
preços ou normalizar o abastecimento. 
d) quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, 
nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o 
Conselho de Defesa Nacional. 
e) para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional 
específico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições 
ofertadas forem manifestamente vantajosas para o Poder Público. 
Comentários: 
 
Conforme o art. 25, III da Lei nº 8.666/93, é inexigível a licitação 
quando houver inviabilidade de competição, em especial, para contratação 
de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de 
empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou 
pela opinião pública. 
 
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Lembrem-se do bizu: a inexigibilidade de licitação é caracterizada pela 
inexistência de viabilidade jurídica de competição (fornecedor exclusivo, 
serviços especializados, artistas consagrados). 
Com efeito, a resposta desta questão é a letra b. 
369. (FCC/TRT-15ª Região/2009) Sobre as modalidades de licitação, 
considere: 
I. Modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que 
atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia 
anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária 
qualificação. 
II. Modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de 
habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação 
exigidos no edital para execução de seu objeto. 
III. Modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de 
trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou 
remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado 
na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias. 
IV. Modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens 
móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos 
ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a 
quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. 
Os conceitos acima se referem, respectivamente, a 
a) concorrência, concurso, tomada de preços e leilão. 
b) tomada de preços, concorrência, concursoe leilão. 
c) leilão, tomada de preços, concorrência e concurso. 
d) concurso, concorrência, leilão e tomada de preços. 
e) tomada de preços, concorrência, leilão e concurso. 
 Comentários: 
Tomada de 
preços 
Modalidade de licitação entre interessados devidamente 
cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para 
cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento 
das propostas, observada a necessária qualificação. 
Concorrência Modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase 
 
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inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos 
mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu 
objeto. 
Concurso Modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha 
de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição 
de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios 
constantes de edital publicado na imprensa oficial com 
antecedência mínima de 45 dias. 
Leilão Modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda 
de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos 
legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de 
bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, 
igual ou superior ao valor da avaliação. 
 Por isso, a resposta desta questão é a letra b. 
370. (FCC/SEFAZ-SP/2009) Um vendaval seguido de chuva de granizo 
devastou uma região urbana de determinado Município e arrebentou a única 
ponte que dava acesso à população ali residente, que restou desamparada. 
Dada a gravidade da situação, que punha em risco a segurança dos moradores 
e de seus bens, o Prefeito viu-se compelido a contratar serviços para a 
restauração da ponte, imediatamente. Para essa contratação, a licitação é 
a) indispensável. 
b) dispensável. 
c) vedada. 
d) desnecessária. 
e) inexigível. 
 Comentários: 
 
 É dispensável a licitação nos casos de emergência ou de calamidade 
pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa 
ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, 
equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens 
necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as 
parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 
180 dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da 
 
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emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos 
(Lei nº 8.666/93, art. 24, IV). 
Por isso, a resposta desta questão é a letra b. 
371. (FCC/MPE-SE/2009) Na definição do objeto da licitação, a autoridade 
licitante deverá levar em consideração, tanto quanto possível, 
a) o fracionamento quantitativo do objeto da licitação, para permitir a 
realização de várias licitações idênticas em modalidades mais informais, 
ou mesmo para viabilizar a dispensa de licitação em razão do seu baixo 
valor. 
b) o interesse subjetivo dos possíveis interessados, permitindo-lhes agir 
durante a fase interna da licitação e contribuir para a definição das 
condições do certame. 
c) a concentração de diversas atividades em um único certame, ainda que 
essas atividades sejam técnica e economicamente independentes, de 
modo a diminuir os custos do procedimento licitatório. 
d) os princípios da legalidade e da economicidade, de modo a permitir a 
contratação direta, por inexigibilidade de licitação, de particular que já 
tenha vencido certame anterior, com objeto idêntico. 
e) a divisão do objeto em tantas parcelas quantas forem técnica e 
economicamente viáveis, para ampliar a competitividade do certame. 
Comentários: 
 
As obras, serviços e compras efetuadas pela administração serão 
divididas em tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e 
economicamente viáveis, procedendo-se à licitação com vistas ao melhor 
aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da 
competitividade, sem perda da economia de escala (art. 23, §1º). 
Logo, a resposta desta questão é a letra e. 
372. (FCC/MPE-SE/2009) Pregão é a modalidade licitatória própria para 
a) alienação de bens inservíveis. 
b) contratação de serviços de natureza comum, desde que o valor total 
estimado da contratação não ultrapasse R$ 80.000,00 (oitenta mil reais ). 
 
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c) contratação de serviços de natureza comum e obras de pouca 
complexidade, independentemente do valor. 
d) aquisição de bens e serviços de natureza comum, independentemente do 
valor. 
e) contratação de obras de pouca complexidade, desde que o valor total 
estimado, de acordo com o memorial descritivo constante do edital, não 
ultrapasse R$ 80.000,00. 
Comentários: 
 
Pregão é a modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços 
comuns pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, conforme 
disposto em regulamento, qualquer que seja o valor estimado da 
contratação, na qual a disputa pelo fornecimento é feita por meio de propostas 
e lances em sessão pública. 
Bens e serviços comuns são aqueles cujos padrões de desempenho 
e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de 
especificações usuais no mercado. 
Por isso, a resposta desta questão é a letra d. 
373. (FCC/MPE-SE/2009) Utiliza-se a modalidade licitatória concorrência 
a) apenas para alienação de bens imóveis e móveis acima de R$ 650.000,00 
( seiscentos e cinquenta mil reais ), sendo incabível para obras, compras 
e serviços. 
b) para compras e serviços acima de R$ 650.000,00 ( seiscentos e cinquenta 
mil reais ), obras acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil 
reais) e para alienação de bens imóveis. 
c) apenas para obras acima de R$ 1.500.000,00 ( um milhão e quinhentos 
mil reais ), sendo incabível para compras e serviços. 
d) apenas para compras e serviços acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e 
cinquenta mil reais, sendo incabível para obras. 
e) apenas para obras acima de R$ 1.500.000,00 ( um milhão e quinhentos 
mil reais ), para compras e serviços acima de R$ 650.000,00 ( seiscentos 
e cinquenta mil reais), sendo incabível para alienação de bens de 
qualquer espécie. 
 
 Comentários: 
 
 
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Para resolver esse tipo de questão, recomendo a memorização da tabela 
abaixo, elaborada com base no art. 23 da Lei nº 8.666/93. 
MODALIDADES DE 
LICITAÇÃO 
VALORES 
OBRAS E SERVIÇOS DE 
ENGENHARIA 
COMPRAS E OUTROS 
SERVIÇOS 
Convite Até R$ 150.000,00 Até R$ 80.000,00 
Tomada de preços Até R$ 1.500.000,00 Até R$ 650.000,00 
Concorrência Acima de R$ 1.500.000,00 Acima de R$ 650.000,00 
 Em decorrência de disposição contida no art. 23, §4º da Lei, há uma 
hierarquia entre a concorrência (superior), a tomada de preços 
(intermediária) e o convite (inferior). Segundo o referido dispositivo, “nos 
casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de 
preços e, em qualquer caso, a concorrência”. 
Assim, a resposta desta questão é a letra b. 
374. (FCC/MPE-SE/2009) Em relação às etapas da licitação, é correto 
afirmar que a 
a) inversão das fases de habilitação e julgamento das propostas é admitida 
apenas na modalidade convite. 
b) fase de habilitação deve sempre preceder a de julgamentodas propostas, 
independentemente da modalidade licitatória. 
c) inversão de fases de habilitação e de julgamento das propostas é 
admitida, a critério da comissão de licitação, independentemente da 
modalidade licitatória. 
d) fase de classificação das propostas precede a de habilitação, na 
modalidade pregão. 
e) fase de julgamento das propostas deve sempre preceder a de habilitação, 
nas modalidades pregão e concorrência pública. 
 Comentários: 
 
 
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Uma peculiaridade do pregão que é muito cobrada em provas de 
concursos públicos é a denominada inversão da ordem das etapas de 
habilitação (comprovação de que o licitante possui os requisitos fixados para 
participação na licitação) e julgamento. Pois, no pregão, a habilitação é 
posterior ao julgamento das propostas. Já nas outras modalidades de 
licitação a habilitação é anterior à abertura e ao julgamento das propostas. 
IMPORTANTE: 
No pregão, a habilitação é posterior ao julgamento das propostas. 
 
Por isso, a resposta desta questão é a letra d. 
375. (FCC/MPE-SE/2009) Em uma concorrência pública, já ultrapassada a 
fase de habilitação e abertos os envelopes de proposta dos licitantes, vem ao 
conhecimento da comissão de licitação um fato superveniente que levaria à 
inabilitação de um dos licitantes. Nessa situação, 
a) somente pela via judicial poderá o referido licitante ser afastado do 
certame. 
b) a Administração deve anular o processo de licitação. 
c) o licitante em questão pode ser desclassificado com base em tal fato, sem 
prejuízo para a validade do processo. 
d) o licitante em questão não pode ser desclassificado com base em tal fato, 
eis que se operou a preclusão. 
e) a Administração, embora não possa desclassificar o referido licitante, tem 
a faculdade de desconsiderar a proposta por ele apresentada. 
 
Comentários: 
 
Ultrapassada a fase de habilitação dos concorrentes e abertas as 
propostas, não cabe desclassificá-los por motivo relacionado com a habilitação, 
salvo em razão de fatos supervenientes ou só conhecidos após o 
julgamento (art. 43, §5º). 
Portanto, a resposta desta questão é a letra c. 
 
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376. (FCC/PGE-RJ/2009) De acordo com a Lei nº 8.666/93, no 
procedimento licitatório 
a) admitem-se apenas os recursos de pedido de esclarecimentos, 
impugnação e pedido de reconsideração. 
b) nenhum recurso terá efeito suspensivo, a não ser que a autoridade 
administrativa competente assim o receba. 
c) não cabe recurso contra o indeferimento do pedido de inscrição em 
registro cadastral. 
d) os prazos recursais serão todos de 3 (três) dias úteis, se a licitação se 
desenvolver sob a modalidade de carta-convite. 
e) o recurso contra a habilitação ou inabilitação dos licitantes terá efeito 
suspensivo. 
Comentários: 
 
Conforme dispõe o art. 109 da Lei nº 8.666/93, contra os atos praticados 
no procedimento licitatório, cabe recurso administrativo, ou, quando não 
previsto, representação, no prazo de 5 dias úteis, a contar da intimação do 
ato ou da lavratura da ata. Entretanto, no caso de convite esses prazos são de 
2 dias úteis (art. 109, §6º). 
Saibam que a Lei prevê recurso com efeito suspensivo contra a 
habilitação ou a inabilitação e contra o julgamento das propostas (art. 109, 
§2º). 
Mas, não atribui efeito suspensivo aos recursos contra a anulação ou a 
revogação da licitação, o indeferimento do pedido de inscrição em registro 
cadastral, a alteração ou o cancelamento dele. Motivadamente, por razões de 
interesse público, a Administração poderá conceder-lhes tal efeito. 
Por fim, convém esclarecer que a carta-convite é o instrumento 
utilizado para convocar os interessados a participar da licitação quando 
adotada a modalidade convite. 
IMPORTANTE: 
Contra os atos praticados no procedimento licitatório, cabe recurso 
administrativo, ou, quando não previsto, representação, no prazo de 5 
dias úteis, a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, exceto no 
caso de convite, em que esses prazos são de 2 dias úteis. 
A Lei nº 8.666/93 só prevê recurso com efeito suspensivo contra a 
habilitação ou a inabilitação e contra o julgamento das propostas. 
 
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Pelo exposto, a resposta desta questão é a letra e. 
377. (FCC/PGE-RJ/2009) A modalidade de licitação denominada Pregão 
pode ser realizada pelo tipo 
a) melhor oferta. 
b) técnica. 
c) menor preço. 
d) técnica e preço. 
e) técnica e menor preço. 
 
Comentários: 
 
Para julgamento e classificação das propostas, será adotado o critério de 
menor preço, observados os prazos máximos para fornecimento, as 
especificações técnicas e parâmetros mínimos de desempenho e qualidade 
definidos no edital (Lei nº 10.520/02, art. 4º, X). 
Assim, a resposta desta questão é a letra c. 
 
378. (FCC/DPE-MA/2009/Adaptada) O Estado do São Paulo adjudicou, em 
sede de execução fiscal, um imóvel que pertencia a uma empresa devedora de 
ICMS. Pretendendo alienar este imóvel com a maior agilidade possível, uma vez 
autorizada normativamente a transferência onerosa, o Poder Público deve 
adotar a seguinte modalidade de procedimento licitatório: 
a) pré-qualificação. 
b) pregão. 
c) leilão. 
d) tomada de preços. 
e) convite. 
 
Comentários: 
 
Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para 
a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos 
 
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legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens 
imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de 
procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, a quem oferecer o 
maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação (Lei nº 8.666/93, art. 
22, §5º). 
Logo, a resposta desta questão é a letra c. 
379. (FCC/TCE-PI/2009) Com fundamento na jurisprudência e na doutrina 
administrativista, pode-se afirmar que em matéria de licitação NÃO se aplica o 
princípio 
a) da ampla defesa. 
b) do julgamento subjetivo. 
c) da publicidade. 
d) da vinculação ao instrumento convocatório. 
e) do sigilo das propostas. 
Comentários: 
 
A doutrina define licitação como um procedimento administrativo, de 
observância obrigatória pela Administração Pública, mediante o qual é 
selecionada a proposta mais vantajosa para o contrato que melhor atenda ao 
interesse público. 
De acordo com o art. 3º da Lei nº 8.666/93, “a licitação destina-se a 
garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a 
selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será 
processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da 
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da 
publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento 
convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos”. 
Segundo a doutrina, também se aplicam às licitações públicas os 
seguintes princípios: do procedimento formal, do sigilo na apresentação 
das propostas (ou do sigilo das propostas até sua abertura), da 
adjudicação compulsória e da competitividade. 
A seguir, analisaremos alguns desses princípios, à luz dos ensinamentos 
de Dirley da Cunha Jr: 
• Princípios da legalidade: a licitaçãoé um procedimento vinculado, de 
tal sorte de que todos os seus atos são regrados e devem ser realizados 
com a fiel observância da lei. 
 
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• Princípio do procedimento formal: “o procedimento licitatório
previsto nesta lei caracteriza ato administrativo formal, seja ele 
praticado em qualquer esfera da Administração Pública” (Lei nº 8.666/93, 
art. 4º, parágrafo único). 
• Princípio da impessoalidade: vedam-se quaisquer favoritismos ou 
discriminações entre os licitantes. 
• Princípios da moralidade e da probidade administrativa: a licitação 
deve se desenvolver em conformidade dos padrões éticos, de zelo, de 
honestidade e probidade que conformam toda a atividade administrativa. 
• Princípio da igualdade: esse princípio exige tratamento igual a todos os 
licitantes em todas as fases do procedimento. Por oportuno, reproduzo, a 
seguir, os §§ 1º e 2º do art. 3º da Lei nº 8.666/93 
LEI Nº 8.666/93, ART. 3º, §§ 1º E 2º: 
§ 1o É vedado aos agentes públicos: 
I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou 
condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter 
competitivo e estabeleçam preferências ou distinções em razão da 
naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra 
circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato; 
II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, 
trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e 
estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, modalidade e local de 
pagamentos, mesmo quando envolvidos financiamentos de agências 
internacionais, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte e no art. 3o da Lei 
no 8.248, de 23 de outubro de 1991. 
§ 2o Em igualdade de condições, como critério de desempate, será 
assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços: 
I - produzidos ou prestados por empresas brasileiras de capital nacional; 
II - produzidos no País; 
III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras. 
IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e 
no desenvolvimento de tecnologia no País. 
• Princípio da publicidade: os atos da licitação devem ser públicos. Todos 
os interessados têm o direito conhecer todos os termos da licitação. Por 
isso, a Lei nº 8.666/93, art. 3º, § 3º, estabelece que “a licitação não 
será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu 
procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a 
 
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respectiva abertura” (princípio do sigilo na apresentação das 
propostas). 
• Princípio da vinculação ao instrumento convocatório: a 
Administração Pública está obrigada a observar todas as regras 
previamente fixadas para a licitação. Isso significa que “a Administração 
não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha 
estritamente vinculada” (Lei nº 8.666/93, art. 41). 
• Princípio do julgamento objetivo: o julgamento das propostas será 
objetivo, ou seja, baseado no critério indicado no edital e nos termos 
específicos das propostas (Lei nº 8.666/93, arts. 44 e 45). Tal princípio 
visa a afastar a discricionariedade e a subjetividade na escolha da 
proposta vencedora. 
• Princípio da adjudicação compulsória: impede que a Administração, 
após conclusão do certame, atribua o objeto da licitação a outrem que 
não o legítimo vencedor. Isso significa que a Administração não poderá 
celebrar o contrato com preterição da ordem de classificação das 
propostas ou com terceiros estranhos ao procedimento licitatório, sob 
pena de nulidade (Lei nº 8.666/93, art. 50). 
Por isso, a resposta desta questão é a letra b. 
380. (FCC/MRE/2009) No julgamento das propostas, que deve ser objetivo, 
a Comissão de licitação ou o responsável pelo convite, deve realizá-lo em 
conformidade, entre outros aspectos, com os tipos de licitação. Para os efeitos 
desse julgamento, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade 
"concurso", a de; 
a) tomada de preços e a de maior oferta, em casos de elaboração de 
projetos, cálculos e engenharia consultiva. 
b) concorrência pública e a de menor preço, nos casos de alienação de bens. 
c) melhor técnica e a de tomada de preços, para os serviços de natureza 
intelectual. 
d) melhor técnica e de maior lance ou oferta, nos casos de direito real de 
uso. 
e) técnica e preço e a de leilão, nos casos em que o licitante apresentar 
proposta de acordo com as especificações. 
 Comentários: 
 
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Conforme dispõe o art. 45, §1º da Lei, constituem tipos de licitação: 
• Menor preço - quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa 
para a Administração determinar que será vencedor o licitante que 
apresentar a proposta de acordo com as especificações do edital ou 
convite e ofertar o menor preço; 
• Melhor técnica; 
• Técnica e preço. 
• Maior lance ou oferta - nos casos de alienação de bens ou concessão de 
direito real de uso. 
 
Logo, a resposta desta questão é a letra d. 
381. (FCC/SEFAZ-SP/2009) Em virtude de mudança das condições fáticas 
que ensejaram a celebração de contrato de prestação de serviços de natureza 
contínua, determinada entidade da Administração pretende promover a 
alteração do contrato, para fins de supressão de seu objeto, que resultará na 
diminuição do equivalente a 35% de seu valor inicial atualizado. À luz da Lei nº 
8.666/93, essa situação é 
a) vedada, pois não se admite a alteração quantitativa de contrato de 
prestação de serviços a serem executados de forma contínua. 
b) admitida, pois o contratado está obrigado a aceitar as supressões que se 
fizerem nas obras, serviços ou compras, até 50% do valor do contrato. 
c) admitida, desde que resultante de acordo celebrado entre os 
contratantes. 
d) vedada, pois apenas a modificação do projeto ou das especificações, para 
melhor adequação técnica a seus objetivos, enseja alteração unilateral do 
contrato. 
e) vedada, pois a supressão do objeto contratual está limitada a 25% do 
valor contratado, em qualquer hipótese. 
Comentários: 
 
Segundo o art. 65 da Lei nº 8.666/93, os contratos administrativos 
poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos: 
• Unilateralmente pela Administração: 
 
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9 Quando houver modificação do projeto ou das especificações,
para melhor adequação técnica aos seus objetivos (alteração 
qualitativa); 
9 Quando necessária a modificação do valor contratual em 
decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu 
objeto, nos limites permitidos por esta Lei (alteração quantitativa). 
IMPORTANTE: 
Limites para acréscimos ou supressões de obras, serviços ou compras: 
• 25% do valor inicial atualizado do contrato (regra geral). 
• 50% no caso específico de reforma de edifício ou de equipamento, 
aplicável este limite ampliado apenas para os acréscimos (para as 
supressões permanece o limite de 25%); 
• Qualquer percentual, no caso de supressão decorrente de acordo 
entre as partes (alteração bilateral). 
• Por acordo das partes (alteração bilateral): 
9 Quando conveniente a substituição da garantia de execução; 
9 Quando necessária a modificação do regime de execução da obra 
ou serviço, bem como do modo defornecimento, em face de 
verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais 
originários; 
9 Quando necessária a modificação da forma de pagamento, por 
imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial 
atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao 
cronograma financeiro fixado, sem a correspondente 
contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou 
serviço; 
9 Para restabelecer a relação que as partes pactuaram 
inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição 
da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou 
fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-
financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos 
imprevisíveis, ou previsíveis, porém de conseqüências incalculáveis, 
retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em 
caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando 
álea econômica extraordinária e extracontratual. 
Assim, a resposta desta questão é a letra c. 
 
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382. (ESAF/SEFAZ-SP/2009/Adaptada) Subordinam-se ao regime da Lei 
nº 8.666/93 os órgãos da administração direta e indireta, excetuando-se, em 
todo caso, as empresas públicas e sociedades de economia mista, pois possuem 
personalidade jurídica de direito privado. 
 
 Comentários: 
ERRADO. Subordinam-se ao regime da Lei nº 8.666/93, além dos órgãos 
da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações 
públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais 
entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios (art. 1º, parágrafo único). 
IMPORTANTE: 
Sujeitam-se às regras da Lei nº 8.666/93: 
• Órgãos da Administração Direta 
• Entidades da Administração Indireta 
• Entidades controladas direta e indiretamente por U/E/DF/M 
• Fundos Especiais 
383. (FCC/TRT-SP/2008) Considere os conceitos abaixo, para os efeitos da 
Lei de Licitações: 
I. Obras ou serviços feitos pelos órgãos e entidades da Administração, pelos 
próprios meios. 
II. Quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e 
total. 
Estes conceitos referem-se, respectivamente, à 
a) empreitada integral e à empreitada por preço global. 
b) empreitada por preço global e à tarefa. 
c) execução indireta e à empreitada integral. 
d) execução direta e à tarefa. 
e) execução direta e à empreitada por preço global. 
 
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Comentários: 
 
De acordo com o art. 6º da Lei nº 8.666/93, considera-se: 
• Execução direta: a que é feita pelos órgãos e entidades da 
Administração, pelos próprios meios. 
• Execução indireta: a que o órgão ou entidade contrata com terceiros sob 
qualquer dos seguintes regimes: 
9 Empreitada por preço global: quando se contrata a execução da 
obra ou do serviço por preço certo e total; 
9 Empreitada por preço unitário: quando se contrata a execução 
da obra ou do serviço por preço certo de unidades 
determinadas; 
9 Tarefa: quando se ajusta mão-de-obra para pequenos 
trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de 
materiais; 
9 Empreitada integral: quando se contrata um empreendimento 
em sua integralidade, compreendendo todas as etapas das 
obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira 
responsabilidade da contratada até a sua entrega ao 
contratante em condições de entrada em operação, atendidos os 
requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de 
segurança estrutural e operacional e com as características 
adequadas às finalidades para que foi contratada; 
Logo, a resposta desta questão é a letra e. 
384. (FCC/TRT-AL/2008) Prefeitura Municipal realizou licitação para a 
compra de cadeiras escolares e, vencido o prazo para apresentação das 
propostas, nenhum interessado atendeu ao chamamento. Nesse caso, 
a) a aquisição do material objeto da licitação poderá ser feita diretamente 
se, justificadamente, não puder ser repetido o procedimento licitatório 
sem prejuízo para a Administração, devendo ser mantidas todas as 
condições da licitação frustrada. 
b) a licitação será dispensada porque ficou caracterizada a urgência de 
atendimento de situação que pode ocasionar prejuízo ou comprometer a 
segurança de pessoas ou serviços. 
c) a Administração deve repetir a licitação noventa dias depois, mantidas as 
condições do edital do certame fracassado. 
 
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d) a compra pode ser feita diretamente porque inexigível a licitação por 
inviabilidade de competição. 
e) deve ser repetida a licitação com alteração do edital, de forma a que 
acorram outros interessados. 
Comentários: 
 
É dispensável a licitação quando não acudirem interessados à 
licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem 
prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições 
preestabelecidas (Lei nº 8.666/93, art. 24, V). 
Por isso, a resposta desta questão é a letra a. 
385. (FCC/MPE-RS/2008) Sobre as licitações para execução de obras e para 
a prestação de serviços, é correto afirmar que: 
a) as obras e os serviços poderão ser licitados mesmo quando não houver 
projeto básico aprovado, o qual deverá ser apresentado antes da 
assinatura do contrato. 
b) é permitida a inclusão, no objeto da licitação, de fornecimento de 
materiais e serviços sem previsão de quantidades. 
c) será computado como valor da obra ou serviço, para fins de julgamento 
das propostas de preços, a atualização monetária das obrigações de 
pagamento, desde a data final de cada período de aferição até a do 
respectivo pagamento. 
d) dentre outros requisitos, devem obedecer à seguinte seqüência: projeto 
básico; projeto executivo e execução das obras e serviços. 
e) as obras e os serviços somente poderão ser licitados quando houver 
previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das 
obrigações até o final do contrato, mesmo que ultrapasse o exercício no 
qual está sendo licitado. 
Comentários: 
 
As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços 
obedecerão à seguinte seqüência (Lei nº 8.666/93, art. 7º): 
1) Projeto básico; 
2) Projeto executivo; 
 
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3) Execução das obras e serviços. 
 Ou seja, a execução de cada etapa será obrigatoriamente 
precedida da conclusão e aprovação, pela autoridade competente, dos 
trabalhos relativos às etapas anteriores, à exceção do projeto 
executivo, o qual poderá ser desenvolvido concomitantemente com a 
execução das obras e serviços, desde que também autorizado pela 
Administração. 
PROJETO BÁSICO PROJETO EXECUTIVO 
É o conjunto de elementos necessários 
e suficientes, com nível de precisão 
adequado, para caracterizar a obra
ou serviço, ou complexo de obras ou 
serviços objeto da licitação, elaborado 
com base nas indicações dos estudos 
técnicos preliminares, que assegurem 
a viabilidade técnica e o adequado 
tratamento do impacto ambiental do 
empreendimento, e que possibilite a 
avaliação do custo da obra e a 
definição dos métodos e do prazo 
de execução. 
É o conjunto dos elementos 
necessários e suficientes à execução
completa da obra, de acordo com as 
normas pertinentes da Associação 
Brasileira de Normas Técnicas–
 ABNT. 
É exigência para a licitação. Por isso, 
não pode ser feito durante a execução 
da obra. 
Não é exigência para a licitação. Por 
isso, pode ser feito durante a 
execução da obra 
Logo, a resposta desta questão é a letra d. 
386. (FCC/TRF-5ªRegião/2008) Sobre as modalidades de licitação, 
considere: 
I. Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para 
escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de 
prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de 
edital. 
II. Pregão é a modalidade de licitação entre interessados devidamente 
cadastrados no órgão licitante para escolha de trabalho técnico, científico ou 
 
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artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, 
conforme critérios constantes de edital. 
III. Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente 
ao seu objeto, devidamente cadastrados, escolhidos e convidados em número 
mínimo de 2 (dois) pela unidade administrativa. 
IV. Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados 
devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para 
cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, 
observada a necessária qualificação. 
V. É possível a combinação das modalidades de licitação, de modo a se 
estabelecer nova modalidade, desde que todos os requisitos estejam previstos 
na lei. 
Está correto o que contém APENAS em 
a) I e IV. 
b) I, II e V. 
c) II e IV. 
d) II, III e V. 
e) IV e V. 
 Comentários: 
 O item I está certo. Concurso é a modalidade de licitação entre 
quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou 
artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos 
vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa 
oficial com antecedência mínima de 45 dias (Lei nº 8.666/93, art. 22, §4º). 
 O item II está errado. Pregão é a modalidade de licitação para 
aquisição de bens e serviços comuns pela União, Estados, Distrito Federal 
e Municípios, conforme disposto em regulamento, qualquer que seja o valor 
estimado da contratação, na qual a disputa pelo fornecimento é feita por meio 
de propostas e lances em sessão pública. 
O item III está errado. Convite é a modalidade de licitação entre 
interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, 
escolhidos e convidados em número mínimo de 3 pela unidade 
administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento 
convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente 
 
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especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 
24 horas da apresentação das propostas (Lei nº 8.666/93, art. 22, §3º). 
O item IV está certo. Tomada de preços: é a modalidade de licitação 
entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as 
condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à 
data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação 
(Lei nº 8.666/93, art. 22, §2º). 
O item V está errado. É vedada a criação de outras modalidades ou 
a combinação delas, ainda que seja mais proveitosa para a 
Administração Pública (Lei nº 8.666/93, art. 22, §8º). 
ATENÇÃO: 
Notem que é muito comum, nas provas da FCC, haver questões exigindo o 
conhecimento dos conceitos das modalidades de licitação. 
Normalmente, as questões não são complicadas. Em regra, a banca limita-se 
a conceituar uma modalidade com a definição de outra, como fez na questão 
que acabamos de ver. 
Por isso, recomendo que vocês memorizem o conceito de cada modalidade de 
licitação. Garanto que haverá uma questão desse tipo na prova! 
Pelo exposto, a resposta desta questão é a letra a. 
387. (FCC/TRF-5ªRegião/2008) A aplicação da sanção de declaração de 
inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública, prevista pela 
inexecução total ou parcial do contrato, conforme disposição expressa da Lei de 
Licitações, é de competência exclusiva 
a) de Ministro de Estado, Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso. 
b) da Comissão de Licitação. 
c) dos Tribunais de Contas. 
d) do Poder Judiciário. 
e) do Ministério Público. 
 Comentários: 
 
 
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Segundo o art. 87 da Lei nº 8.666/93, pela inexecução total ou parcial 
do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao 
contratado as seguintes sanções: 
• advertência; 
• multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato; 
• suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de 
contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 anos; 
• declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a 
Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes 
da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria 
autoridade que aplicou a penalidade. 
 
Essa última sanção é de competência exclusiva do Ministro de Estado, do 
Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, facultada a defesa do 
interessado no respectivo processo, no prazo de 10 dias da abertura de vista, 
podendo a reabilitação ser requerida após 2 anos de sua aplicação (art. 87, 
§3º). 
Portanto, a resposta desta questão é a letra a. 
388. (CESGRANRIO/TCE-RO/2007) A Lei nº 8.666/93 estabelece o processo 
de compras públicas, sobre o qual é correto afirmar que: 
a) somente pessoas jurídicas são parte legítima para impugnar preço 
constante do quadro geral, em razão de incompatibilidade deste com o 
preço vigente no mercado. 
b) o registro de preços será precedido de ampla pesquisa de mercado. 
c) o sistema de controle do quadro geral de preços, por questões de 
segurança, não pode ser informatizado. 
d) a existência de preços registrados obriga a Administração a comprar 
produtos idênticos aos dos que têm preço registrado. 
e) os preços registrados serão publicados diariamente, para orientação da 
Administração, no sítio do Ministério da Fazenda. 
 Comentários: 
 
 
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 A letra a está errada. Qualquer cidadão é parte legítima para 
impugnar preço constante do quadro geral em razão de incompatibilidade 
desse com o preço vigente no mercado (art. 15, §6º). 
 
 A letra b está certa. O registro de preços será precedido de ampla 
pesquisa de mercado (art. 15, §1º). 
 
 A letra c está errada. O sistema de controle originado no quadro geral 
de preços, quando possível, deverá ser informatizado (art. 15, §5º). 
 
 A letra d está errada. A existência de preços registrados não obriga a 
Administração a firmar as contratações que deles poderão advir, ficando-lhe 
facultada a utilização de outros meios, respeitada a legislação relativa às 
licitações, sendo assegurado ao beneficiário do registro preferência em 
igualdade de condições (art. 15, §4º). 
 
 A letra e está errada. Os preços registrados serão publicados 
trimestralmente para orientação da Administração, na imprensa oficial (art. 
15, §2º). 
 
Logo, a resposta desta questão é a letra b. 
389. (CESGRANRIO/ANP/2005) Quando a União tiver que intervir no 
domínio econômico para regular preços ou normatizar o abastecimento, a 
licitaçãoserá: 
a) inexigível. 
b) dispensável. 
c) do tipo menor preço. 
d) exigida na modalidade concorrência. 
e) exigida na modalidade tomada de preços. 
Comentários: 
 
Aqui, o nosso bizu não é aplicável. Logo, a letra a está errada. 
 
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 A letra b está certa. É dispensável a licitação quando a União tiver que 
intervir no domínio econômico para regular preços ou normatizar o 
abastecimento (Lei nº 8.666/93, art. 24, VI). 
Portanto, a resposta desta questão é a letra b. 
Algumas questões exigem a memorização do art. 24 da Lei nº 8.666/93. 
Por isso, recomendo que decorem as situações listadas abaixo: 
LEI Nº 8.666/93, ART. 24: 
É dispensável a licitação: 
 I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% do limite 
previsto na alínea "a", do inciso I do artigo anterior (até R$ 15.000,00), 
desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda 
para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser 
realizadas conjunta e concomitantemente; 
 II - para outros serviços e compras de valor até 10% do limite previsto 
na alínea "a", do inciso II do artigo anterior (até R$ 8.000,00) e para 
alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas 
de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser 
realizada de uma só vez; 
III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem; 
IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando 
caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar 
prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, 
equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens 
necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as 
parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 
180 dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da 
emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos; 
V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, 
justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, 
mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas; 
VI - quando a União tiver que intervir no domínio econômico para 
regular preços ou normalizar o abastecimento; 
VII - quando as propostas apresentadas consignarem preços 
manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional, ou 
forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes, 
casos em que, observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e, persistindo 
a situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por valor 
não superior ao constante do registro de preços, ou dos serviços; 
 
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VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, 
de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que 
integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim 
específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço 
contratado seja compatível com o praticado no mercado; 
IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança 
nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, 
ouvido o Conselho de Defesa Nacional; 
X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das 
finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de 
instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço 
seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia; 
XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, 
em conseqüência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de 
classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas condições 
oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente 
corrigido; 
XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros 
perecíveis, no tempo necessário para a realização dos processos licitatórios 
correspondentes, realizadas diretamente com base no preço do dia; 
XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou 
estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento 
institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do preso, 
desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-
profissional e não tenha fins lucrativos; 
XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo 
internacional específico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as 
condições ofertadas forem manifestamente vantajosas para o Poder 
Público; 
XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos 
históricos, de autenticidade certificada, desde que compatíveis ou 
inerentes às finalidades do órgão ou entidade. 
XVI - para a impressão dos diários oficiais, de formulários 
padronizados de uso da administração, e de edições técnicas oficiais, 
bem como para prestação de serviços de informática a pessoa jurídica de 
direito público interno, por órgãos ou entidades que integrem a 
Administração Pública, criados para esse fim específico; 
 XVII - para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional 
ou estrangeira, necessários à manutenção de equipamentos durante o 
período de garantia técnica, junto ao fornecedor original desses 
equipamentos, quando tal condição de exclusividade for indispensável para 
a vigência da garantia; 
 
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XVIII - nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento de 
navios, embarcações, unidades aéreas ou tropas e seus meios de 
deslocamento quando em estada eventual de curta duração em portos, 
aeroportos ou localidades diferentes de suas sedes, por motivo de 
movimentação operacional ou de adestramento, quando a exiguidade dos 
prazos legais puder comprometer a normalidade e os propósitos das 
operações e desde que seu valor não exceda ao limite previsto na alínea "a" do 
inciso II do art. 23 desta Lei (até R$ 8.000,00); 
XIX - para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com 
exceção de materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver 
necessidade de manter a padronização requerida pela estrutura de apoio 
logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão 
instituída por decreto; 
XX - na contratação de associação de portadores de deficiência física, 
sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades 
da Administração Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento de 
mão-de-obra, desde que o preço contratado seja compatível com o 
praticado no mercado. 
XXI - Para a aquisição de bens destinados exclusivamente a pesquisa 
científica e tecnológica com recursos concedidos pela CAPES, FINEP, 
CNPq ou outras instituições de fomento a pesquisa credenciadas pelo CNPq 
para esse fim específico. 
XXII - na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica 
e gás natural com concessionário, permissionário ou autorizado, 
segundo as normas da legislação específica; 
XXIII - na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de 
economia mista com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou 
alienação de bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço 
contratado seja compatível com o praticado no mercado. 
XXIV - para a celebração de contratos de prestação de serviços com as 
organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de 
governo, para atividades

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