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AULA EPIDEMO

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AULA 02- EPIMIOLOGIA 
A epidemiologia – Conceitos
Epidemiologia é uma ciência que utiliza métodos quantitativos para o estudo dos problemas de saúde. 
 Ramo das ciências da saúde que estuda, na população, a ocorrência, a distribuição e os fatores determinantes dos eventos relacionados a saúde. (PEREIRA, 1995)
Problema Epidemiológico 
• Em epidemiologia, o problema tem origem quando doenças acometem grupos humanos.
 • É a necessidade de remover fatores ambientais contrários à saúde ou de criar condições que a promovam, que determina a problemática própria da epidemiologia.
Alvo do estudo epidemiológico 
O alvo de um estudo epidemiológico é sempre uma população humana, que pode ser definida em termos geográficos ou outro qualquer. Por exemplo, um grupo específico de pacientes hospitalizados ou trabalhadores de uma indústria. 
Em geral, a população utilizada em um estudo epidemiológico é aquela localizada em uma determinada área ou país em um certo momento do tempo.
Epidemiologia clínica
 • A epidemiologia está, também, preocupada com a evolução e o desfecho (história natural) das doenças nos indivíduos e nos grupos populacionais. 
• A aplicação dos princípios e métodos epidemiológicos no manejo de problemas encontrados na prática médica com pacientes, levou ao desenvolvimento da epidemiologia clínica.
	
Epidemiologia Tradicionalmente dividida: 
• Descritiva: estuda a frequência e a distribuição dos parâmetros de saúde ou de fatores de risco das doenças nas populações.
 • Analítica: testa hipóteses de relações causais
Estado de saúde das populações 
• A epidemiologia é frequentemente utilizada para descrever o estado de saúde de grupos populacionais. O conhecimento da carga de doenças que subsiste na população é essencial para as autoridades em saúde.Esse conhecimento permite melhor utilização de recursos através da identificação de programas curativos e preventivos prioritários à população.
Medir saúde e doença 
Medir saúde e doença é fundamental para a prática da epidemiologia. 
Diversas medidas são utilizadas para caracterizar a saúde das populações.
 O estado de saúde da população não é totalmente medido em muitas partes do mundo, e essa falta de informações constitui um grande desafio para os epidemiologistas.
Dados 
Existe a necessidade de dados fidedignos e completos para gerar as informações. 
Registro dos dados: 
 Forma contínua: óbitos, nascimentos, doenças de notificação obrigatória; 
Forma periódica: recenseamento da população; 
Forma ocasional: pesquisas realizadas com fins específicos: conhecer a prevalência da hipertensão arterial em uma comunidade, em determinado momento.
Dados relevantes à saúde:
 - População: número de habitantes, idade, sexo, etc; 
- Sócio-econômicos: renda, ocupação, classe social, tipo de trabalho, condições de moradia e alimentação;
 - Ambientais: poluição, abastecimento de água, tratamento de esgoto, coleta e disposição de lixo; 
- Serviços de saúde: hospitais, ambulatórios, unidades de saúde, acesso aos serviços; 
- Morbidade: doenças que ocorrem na comunidade e; 
- Eventos vitais: óbitos, nascidos vivos e mortos. 
Esses dados refletem a saúde – ou ausência dela – da população que se deseja estudar.
Limitações 
 “Ponta do iceberg” - Refere-se a uma característica desses dados, ou seja, tanto morbidade quanto a mortalidade (especialmente a última) representam apenas uma parcela da população, a que morre ou a que chega ao serviço de saúde e tem seu diagnóstico feito e registrado corretamente.
Medidas de saúde 
 Existe dificuldade em medir saúde.Para avaliar o nível de saúde de uma população buscam-se os dados negativos (não-saúde): MORTE, DOENÇA E AGRAVOS
Medindo a falta de saúde “Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a mera ausência de doença”. O termo “doença” compreende todas as mudanças desfavoráveis em saúde, incluindo acidentes e doenças mentais. 
Várias medidas da ocorrência de doenças são baseadas nos conceitos fundamentais de incidência e prevalência.
Um importante fator a considerar no cálculo das medidas de ocorrência de doenças é o total de pessoas expostas, ou seja, indivíduos que podem vir a ter a doença. Idealmente, esse número deveria incluir somente pessoas que são potencialmente suscetíveis de adquirir a doença em estudo. Por exemplo, os homens não deveriam ser incluídos no cálculo da ocorrência de câncer de colo uterino.
Risco e Fator de Risco 
 Devido ao seu caráter eminentemente observacional, a lógica da moderna epidemiologia estrutura-se em torno de um conceito fundamental – RISCO - e de um conceito correlato – FATOR DE RISCO. De modo simplificado podemos dizer que o objeto da epidemiologia é “o risco e seus determinantes”.
Risco: Refere-se ao conceito epidemiológico do conceito matemático de probabilidade. É a probabilidade de ocorrência de uma doença, agravo, óbito ou condição relacionada à saúde (incluindo cura, recuperação ou melhora), em uma população ou grupo, durante um período de tempo determinado.
Fator e marcador de risco 
 Fator de risco – cujo efeito pode ser prevenido (sedentarismo, obesidade, fumo, colesterol alto, contraceptivos orais para a doença coronariana) 
Marcadores de risco – atributos inevitáveis, já dados, cujo efeito encontra-se, portanto, fora da possibilidade de controle (sexo e grupo étnico).
Indicadores 
As informações epidemiológicas (riscos, fatores de risco, etc) normalmente são apresentadas sob a forma de Indicadores de Saúde. A construção de indicadores de saúde é importante para: Analisar a situação atual de saúde; Fazer comparações; Avaliar mudanças ao longo do tempo.
Os indicadores de saúde podem ser expressos em frequência absoluta ou frequência relativa. Números absolutos não são utilizados para avaliar o nível de saúde, pois não levam em conta o tamanho da população. Desta forma, os indicadores de saúde são construídos por meio de razões (frequências relativas), em forma de proporções ou coeficientes.
Indicadores de Saúde 
 São construídos a partir de: 
 Dados relativos a eventos vitais (nascimentos, óbitos, etc); 
 Estrutura da população; 
Morbidade (doenças); 
Serviços e atividades sanitárias
Tipos de Indicadores em Saúde:
1 – Demográficos 
Exemplos: População total 
Razão de sexos 
 Proporção de idosos 
Grau de urbanização
2 – Socioeconômicos
 Exemplos: Taxa de analfabetismo
 Proporção de pobres 
 Níveis de escolaridade 
 Taxa de desemprego 
Taxa de trabalho infantil
3- Mortalidade 
Exemplos: Taxa de mortalidade infantil 
 Taxa de mortalidade por causa específica 
 Taxa de mortalidade por causas externas 
 Taxa de mortalidade por acidentes de trabalho
5- Recursos 
Exemplos: Número de leitos por habitante 
 Gasto médio por atendimento ambulatorial 
 Gasto público com saúde, como proporção do PIB 
 Gasto federal com saneamento
6- Cobertura
 Exemplos: Proporção de partos cesáreos 
 Número de consultas médicas SUS por habitante 
 Coberta de planos e seguros privados de saúde suplementar 
 Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Indicadores de Saúde 
Os coeficientes mais utilizados na área da saúde baseiam-se em dados sobre doenças (morbidade) e sobre eventos vitais (nascimentos e mortes)
Coeficientes de Morbidade 
Baseiam-se em dados sobre doenças . Consegue-se inferir os riscos de adoecer a que as pessoas estão sujeitas. 
 Coeficiente geral de morbidade: Coeficiente Morbidade = n° casos da doença/período população da mesma área/período
Coeficientes de Incidência
Representa o risco de ocorrência (casos novos) de uma doença na população; 
Pode ser calculado por regra de três ou através da seguinte fórmula:
 CI = N° casos novos da doença/período
 N° pessoas expostas ao risco da doença/período
Oriundos de uma população sob risco de adoecimento, ao longo de um determinado período de tempo.Medem a freqüência com que as pessoas adoecem independentemente do tempo que ficam doentes 
Taxa de ataqueou incidência
O termo “taxa de ataque” é freqüentemente utilizado, ao invés de incidência, durante uma epidemia de doença em uma população bem definida em um curto período de tempo. A taxa de ataque pode ser calculada como o número de pessoas afetadas dividido pelo número de pessoas expostas.
Coeficiente de prevalência 
 Representa o número de casos presentes (novos + antigos) em determinada população, em um período de tempo determinado.Descreve a força com que subsistem as doenças nas coletividades.Descreve a proporção da população afetada por uma doença em um momento determinado CP = _N° de casos novos + antigos da doença/período_ População da área/período
Incidência x Prevalência
Coeficiente de Letalidade 
 A letalidade mede a severidade de uma doença e é definida como a proporção de mortes dentre aqueles doentes por uma causa específica em um certo período de tempo. 
Pode ser uma característica da doença: Ex: Raiva Humana: 100% de letalidade
Fatores que aumentam/diminuem a letalidade da doença na população: 
 condições socioeconômicas 
 estado nutricional
 acesso a medicamentos 
aumento do diagnóstico 
 evolução da doença 
 A diferença entre a letalidade e mortalidade está no denominador: óbitos entre os casos da doença (letalidade) e óbitos na população (mortalidade)
Coeficiente de mortalidade 
 Coeficiente de mortalidade materna 
Coeficiente de mortalidade infantil 
Coeficiente de mortalidade por causas específicas
Curva de Nelson Morais – Mortalidade proporcional
Coeficiente de mortalidade geral: Representa o risco de óbito na comunidade. Principais usos: Descrição das condições de saúde de uma população; 
 Investigação epidemiológica 
 Avaliação de intervenções saneadoras
Limitações CGM 
 Exprimem gravidade, refletem uma história incompleta da doença, uma vez que óbitos são eventos que incidem em pequena parcela da população.Danos que raramente levam a óbito não são representados (dermatologia, oftalmologia, etc) 
 As mudanças nas taxas de mortalidade são lentas
Coeficiente de mortalidade Infantil 
 O coeficiente (ou taxa) de mortalidade infantil é comumente utilizado como um indicador do nível de saúde de uma comunidade. Essa taxa mede o número de óbitos durante o primeiro ano de vida, dividido pelo número de nascidos vivos no mesmo ano.
Mortalidade materna 
 “ morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação, independente da duração ou da localização da gravidez, devida a qualquer causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela, porém não devida a causas acidentais ou incidentais.”
Curva de Nelson Morais – Curva de Mortalidade Proporcional
 Representação gráfica da mortalidade proporcional por idade. 
 O formato da curva indica o nível sanitário da região: 
Muito baixo (forma de N) 
 II- Baixo (J invertido) 
 III- Regular (forma de V) 
IV- Elevado (forma de J) 
Segue a lógica de que as crianças raramente morrem, a não ser que algo muito errado esteja ocorrendo.
Razão entre dois óbitos: 
 Numerador é composto pelos óbitos ocorridos de uma determinada faixa etária 
Denominador é composto pelo total de óbitos ocorridos em uma dada população, em um período definido de tempo 
A distribuição dos óbitos é feito em cinco grupos etários:
 Até 01 ano de vida 
 Entre 01 e 04 anos 
 Entre 05 e 19 anos 
 Entre 20 e 49 anos 
 Adultos de meia idade e velhos (> 50 anos)
Esperança de vida ou expectativa de vida:
 Indicador síntese utilizado para expressar características da mortalidade por idade, muito empregado na avaliação das condições de saúde de uma população. Número médio de anos que um indivíduo, de determinada idade, tem a probabilidade de viver, na suposição de que os coeficientes de mortalidade permaneçam os mesmos.
Para o mundo como um todo, a expectativa de vida aumentou de 46,5 anos entre 1950-1955 para 65,0 anos entre 1995-2000 . Inversões na expectativa de vida ocorreram em países subsaarianos devido à epidemia de AIDS. Inversões similares ocorreram na antiga União Soviética, onde metade dos homens com idade entre 15 e 60 anos morreram em decorrência principalmente do consumo
Coeficiente de Natalidade
 N° de pessoas que nascem por 1000 habitantes durante um ano. Está relacionado com o tamanho da população. Tem caido substancialmente ao longo dos anos
Coeficiente de fecundidade 
 N° médio de filhos que uma mulher teria ao final de sua idade reprodutiva Tem como denominador o n° de mulheres em idade reprodutiva
Determinantes e indicadores de saúde 
Os epidemiologistas estão preocupados não somente com a ocorrência das doenças, mas também com as suas principais conseqüências, que são limitação, incapacidade e deficiência, definidas pela OMS através da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIFIS). A CIFIS é uma ferramenta útil para medir e entender esses tipos de desfechos limitação, incapacidade e deficiência, podendo ser usada dentro dos serviços formais de saúde e também em pesquisas populacionais.
Os parâmetros-chave da CIFIS são:
 limitação: qualquer perda ou anormalidade de estrutura ou de função psicológica, fisiológica ou anatômica; 
Incapacidade: qualquer restrição ou falta (resultante de uma limitação) de habilidade para realizar uma atividade considerada normal para o ser humano; 
 deficiência: desvantagem resultante de limitação ou incapacidade que impede o indivíduo de desempenhar uma vida normal (dependendo da idade, sexo, fatores sociais e culturais)
Desfechos não fatais em saúde
Determinantes e indicadores de saúde 
 Os determinantes de saúde são definidos como fatores sociais, econômicos, culturais e ambientais, a maioria dos quais fora do setor saúde, mas responsáveis pela manutenção da saúde ou instalação da doença no indivíduo.
Os indicadores de saúde também podem ser utilizados como componentes no cálculo de inúmeros índices de desenvolvimento social. O melhor exemplo é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que, baseado nos níveis de desenvolvimento econômico, social, literário, educacional e expectativa de vida ao nascer, classifica anualmente os países.
Diferentes causas afetam o estado de saúde das populações. A longevidade de uma população associada a alguma noção da sua qualidade de vida é refletida na seguinte medida: 
Anos potenciais de vida perdidos (APVP) baseados nos anos de vida perdidos em decorrência de morte prematura (antes de uma idade arbitrariamente determinada);

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