Capitulo I sacerdotes

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O FATOR TRABALHO
O ciclo de vida de alguns animais, apesar de 
apresentar complexa organização, processa-se num 
circuito natural;
O joão-de-barro, nasce programado para construir sua 
casa;
As abelhas nascem programadas para construir 
colméias, numa relação entre o animal e seu ambiente 
satisfazem necessidades biologicamente estabelecidas. 
O FATOR TRABALHO
O trabalho rompeu com o padrão natural das 
atividades:
a) O trabalho não se opera com uma atuação imediata 
sobre a matéria natural;
b) O trabalho não se realiza cumprindo determinações 
genéticas, exige habilidades e conhecimento.
c) O trabalho não atende a um elenco limitado e invariável 
de necessidades, implicam o desenvolvimento, quase sem 
limites, de novas necessidades.
O FATOR TRABALHO
 Antes de efetivar a atividade do trabalho, o sujeito prefigura o 
resultado da sua ação;
 Importante sublinhar que a atividade tem como ponto de partida 
uma intencionalidade prévia;
 O trabalho é, sempre, uma atividade coletiva, realizado por homens 
membros de uma sociedade; 
 Sempre se insere num conjunto de outros sujeitos.
 Foi através do trabalho que a sociedade se constituiu como tal.
TRABALHO, NATUREZA E SER SOCIAL
A sociedade não pode existir sem a natureza, pois sua 
transformação através do trabalho propicia as 
condições de manutenção da vida;
Variam ao longo da história, os tipos de transformação 
que, através do trabalho, a sociedade opera nos 
elementos naturais;
O que é invariável é que a existência da sociedade 
depende da existência da natureza.
TRABALHO, NATUREZA E SER SOCIAL
A natureza divide-se em dois grandes grupos que 
precederam os humanos:
Inorgânicos – aqueles que não dispõe da propriedade de 
reproduzir
Orgânicos – aqueles que possuem essa propriedade: os 
seres vivos, vegetais e animais.
Muito embora a natureza significa a existência de uma 
unidade, articulando seus diferentes níveis numa 
totalidade complexa.
TRABALHO, NATUREZA E SER SOCIAL
O trabalho é fundante do ser social que corresponde a 
humanidade;
Não há sociedade sem que estejam em interação os 
seus membros singulares, assim como não há seres 
singulares, isolados do sistema de relações que é a 
sociedade.
O que chama-se de sociedade, são os modos de existir 
do ser social. 
TRABALHO, NATUREZA E SER SOCIAL
O ser humano é natureza historicamente transformada, 
num processo milenar, que pouco a pouco configura a 
estrutura social;
Tem sua particularidade construída a partir da 
concretude do trabalho;
SER SOCIAL
Particularidade do ser social:
Realizar atividades teologicamente orientadas;
Objetivar-se material e idealmente;
Comunicar-se e expressar-se pela linguagem articulada;
Tratar suas atividades e a si mesmo de modo reflexivo, 
consciente e autoconsciente;
Escolher entre alternativas concretas;
Universalizar-se; e 
Socializar-se
SER SOCIAL
A satisfação da fome do ser humano é diferente de 
um cão, entretanto a fome do ser humano não difere 
do cão;
O alimento humano implica:
Preparo
Garantia de higiene
Padrões de gosto e prazer
A necessidade de atendimento dos homens, é 
rigorosamente social.
SER SOCIAL
O homem é natureza historicamente transformada;
A transformação caracteriza o homem como ser social, 
afastando-o da natureza;
Essas peculiaridades estão relacionadas com o trabalho;
As relações tornam-se complexas e pouco a pouco 
configura a estrutura do ser social.
SER SOCIAL
É capaz de:
Pensar 
Conhecer 
Projetar 
Objetivar-se 
Escolher 
SER SOCIAL
Somente é identificado como o ser homem e só existe 
em sociedade;
É uma estrutura sujeita e aberta a reconfiguração no 
curso da história relatando o passado, referindo ao 
presente e projetando o futuro;
Pensar num ponto terminal da história, contraria todos 
os conhecimentos científicos e teóricos disponíveis;
SER SOCIAL
Todo este desenvolvimento está intimamente atrelado 
ao surgimento do trabalho;
O fenômeno humano é produto de um processo 
histórico construído no largo prazo, porém a 
visibilidade do ser social é recente;
Pouco mais de 2 séculos e meio, quando o modo de 
produção capitalista se consolidou como dominante no 
Ocidente. Pg 55