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MENSAGEM SUBLIMINAR 
INTRODUÇÃO
Vivemos numa sociedade em que as pessoas acham que pensam e tomam suas decisões por si mesmas, mas isso é um vasto engano. A todo instante somos bombardeados por propagandas, que utilizam técnicas com a intenção de manipular e persuadir, através de mensagens, que não são percebidas pelo nosso consciente e que podem nos levar a tomar determinadas decisões (MACHADO et al, 2002).
Essas mensagens são chamadas de subliminares, porque são percebidas somente pelo nosso inconsciente. Quando falamos em mensagens subliminares nos remetemos apenas àquelas que estão escondidas em textos, mas isso vai muito além, porque encontramos mensagens com estimulação subliminar em quase tudo em nossa vida. Elas são veiculadas nos mais diversos canais de comunicação como cinema, televisão, outdoors, programas de computadores, internet, teatro, músicas, histórias em quadrinhos, desenhos infantis, revistas, etc. (MACHADO et al, 2002).
O tema mensagem subliminar foi escolhido por ser um assunto pouco abordado. De acordo com Amon (et al 2010), apesar do início dos estudos sobre o tema serem de longa data, o assunto é bastante atual, até porque vivemos o tempo todo sobre a dominação da mídia, que cada vez mais se utiliza de técnicas, com a finalidade de induzir as pessoas, manipulando e controlando seus comportamentos. Segundo Cézar (2013, p. 4749), “a percepção subliminar tem sido discutida, criticada, confrontada e provocado muito debate no âmbito da Psicologia desde 1863, época em que surgiu o primeiro estudo experimental”.
Para realização deste trabalho foram utilizadas pesquisas bibliográficas, tendo como objetivo mostrar como essas mensagens são produzidas, os aspectos cognitivos da percepção, a tentativa de manipulação, suas influências nas decisões das pessoas, as críticas e legislação com referência a esse tipo de técnica utilizada.
1. MENSAGENS SUBLIMINARES
	De acordo com o Dicionário do Aurélio Online (2016-2017), subliminar é o que não atinge o limiar da consciência, mas pode ter efeitos a nível subconsciente, não estando explícito, mas sendo subentendido.
Flávio Calazans (1992 apud Machado, 2002), define subliminares como “mensagens que são enviadas dissimuladamente, ocultas, abaixo do limiar da consciência”. Então podemos dizer que as mensagens subliminares exercem uma influência em nosso subconsciente, fazendo com que escolhas e atitudes possam ser modificadas futuramente, por serem transmitidas em um baixo nível de percepção, tendo um grande poder de persuasão e manipulação. 
O fenômeno subliminar, para a Psicologia, são estímulos que captados por baixo da fronteira da consciência, sem a intensidade suficiente para penetrá-la, através da repetição ou por técnicas especializadas, podem chegar ao subconsciente, fazendo com que emoções, desejos, opiniões sejam afetados (FERRÉS, 1998 apud CÉZAR, 2013).
Os estímulos subliminares, existentes na mídia, através de anúncios publicitários, podem fazer com que as pessoas sejam seduzidas sem perceberem (CÉZAR, 2013).
Seguindo a psicologia analítica de Carl Gustav Jung, a consciência pode ser comparada a um holofote, o qual pode ser mirado para a posição de preferências, o que não foi “iluminado” não deixa de existir. Apenas está adormecido subliminarmente, o que não impede que a qualquer momento apareça. Isso corresponde às mensagens subliminares (MACHADO, 2002).
Mensagens subliminares, segundo Santos (2012, p. 3) “são aquelas produzidas por outros para atuarem sobre nossos cinco sentidos (visão, audição, paladar, olfato e tato) e os mais explorados por elas são a visão e a audição por serem os principais sentidos da comunicação” e de acordo com o administrador da ONG (Organização Não Governamental), Mensagem Subliminar, em seu artigo publicado no site da organização em 03 de agosto de 2009, “o uso de mensagem subliminar é muito comum em propaganda e anúncios, e a mídia (televisiva e propaganda em geral) investe pesado nas mensagens visuais e auditivas, constituindo mais de 90% do total de todas as formas de propaganda que trazes algum tipo de influência direta ou indireta para o indivíduo exposto a tais mensagens”. 
Calazans (1992 apud Machado, 2002) cita na obra Propaganda Subliminar Multimídia, o experimento vicarista, na década de 50, como exemplo lendário da descoberta dos efeitos subliminares. Este experimento realizado por Jim Vicary, publicitário renomado, num cinema de Nova Jersey, consistiu na instalação de um segundo projetor chamado taquicoscópio (táquion, em grego significa veloz e escópio é visor-projetor), o qual tinha um ritmo de projeção de 24 fotogramas por segundo, que projetava na tela, sobreposta ao filme Picnic (no Brasil Férias de Amor), a cada cinco segundos, frase como “Beba Coca-Cola” e “Coma Pipoca”. A repetição das imagens era rápida demais para ser percebida conscientemente, mas o subconsciente do público captou tais mensagens, o que acabou por influenciar em sua decisão, levando ao ponto de a venda de Coca-Cola e Pipoca aumentarem na ordem de 57,7% e 18,10%, respectivamente. 
Jim Vicary anunciou anos mais tarde que o aumento da venda de Coca-Cola e Pipoca não ocorreu, mas foi com seu experimento que se pôde verificar uma nova técnica de propaganda, que seria capaz de influenciar a mente humana, tendo o efeito de estimular ou induzir comportamentos e crenças. Para alguns autores, esses estímulos são considerados imagens embutidas no conjunto de imagens, que o consciente não percebe e entre os mais variados elementos, destacamos nudez, órgãos genitais (masculino e feminino), formar demoníacas, palavras indecorosas (CÉZAR, 2013).
2. PERCEPÇÃO SUBLIMINAR
A percepção subliminar não constitui produto da modernidade, Machado (et al, 2002) esclarece que as primeiras referências surgem em Demócrito (400 a.C.), filósofo grego, que afirmava que muito do perceptível, não é claramente observado. Platão (em Timeu) também analisou esses conceitos, depois aprofundados por Aristóteles (em Perva Naturalia), que os detalhou em sua teoria dos umbrais da consciência, há cerca de dois mil anos. Também Montaigne (1580) e Leibniz (1698) estudaram a percepção subliminar e afirmaram existir várias percepções inadvertidas, mas que teriam conseqüências óbvias nas atitudes. Um dos contemporâneos de Freud, Dr. Poetzle, que formulou a Lei da Exclusão, comprovou-a cientificamente, demonstrando por estudos de caso e por experiências documentadas, que as informações dos sonhos são obtidas subliminarmente. Assim, tudo quanto for excluído da percepção consciente, será captado pelo subconsciente, manifestando-se nos sonhos. Segundo as pesquisas da equipe de Poetzle, os olhos fazem cerca de 100 mil fixações por dia, embora grande parte não seja fixada conscientemente, ficando armazenada no inconsciente.
Segundo Calazans, 1999 (apud Schütz et al, 2005), o psicólogo canadiano Wilson Brian Key, explica que o mecanismo da imagem subliminar tem haver com a função da fisiologia do olho humano, que possui uma morfologia celular dupla: células que formam a visão periférica (bastonetes) e pelas células que formam o foco da visão consciente (cones), constituindo a fóvea, correspondendo respectivamente ao fundo e a figura nos termos da psicologia da Gestalt. Então, o que é percebido pelo consciente: foco-cones-figura e o que não é percebido, sendo subliminar: inconsciente-bastonetes-fundo. De acordo com esse autor, “o mesmo princípio da Gestalt aplica-se ao ouvido: o fundo musical, que propicia o clima do anúncio publicitário, filme de terror, programa humorístico, etc. é subliminar...” 
Machado (2003) menciona que segundo a área da Gestalt, figura-fundo é o conceito mais antigo do processo de percepção de mensagens visuais, onde um órgão sensório focaliza uma figura que se destaca, deixando o restante da imagem como fundo e explica que a percepção é seletiva, por depender do que se está focando, citando como exemplo uma situação de que quando se está vendo um filme na televisão, o rádio é ligado por alguém para ouvir músicaou quando estamos ouvindo música no rádio e a televisão é ligada. No primeiro caso o subliminar é a música que está tocando no rádio e no segundo caso o som da televisão que é subliminar.
A percepção subliminar, como o nome já diz, não atinge o limiar da consciência, porém é detectada e registrada pelo organismo, podendo ocasionar respostas, verificadas através de comportamentos manifestos ou por alterações cerebrais constatadas pelas técnicas imagiológicas e por este motivo existem vários estudos para investigar o processamento mental inconsciente. (SCHÜTZ et al, 2005).
Ao assistirmos qualquer programação na televisão, no rádio ou mesmo andando pelas ruas olhando vitrines e objetos cultuais, estamos captando muito mais informações do que nossos olhos podem ver e nossos ouvidos podem escutar. Essas informações entram pelas portas da percepção, mergulhando no mais profundo da nossa consciência (que de acordo com o Lógico Ch. Peirce “a consciência é como um profundo lago azul”), podendo atuar nas nossas escolhas e nas nossas formas de comunicação. Este é o fenômeno chamado de subliminar, que nos casos de uso indevido só pode ser identificado com ajuda de aparelhos e nos casos ideológicos e artísticos será necessária uma análise semiótica complexa e criteriosa, porque o subliminar é assimilado como por hipnose, podendo significar que nossa consciência, a maior parte do tempo, fica na subjetividade do que na atenção seletiva e na objetividade. Existe uma saturação de informações diversificadas que são expostas rapidamente, dificultando a percepção, ou seja, que se pense no que foi visto, deixando o fundo imperceptível devido à velocidade da edição, não permitindo que a fóvea realize uma varredura pela tela, para focalizar os elementos principais da mensagem exposta. Esta técnica é chamada de Efeito McLuhan ou Perceptual overload. De acordo com Key (1981), o ser humano em estado mais relaxado, seu subconsciente consegue receber maior número de informações e estas são assimiladas mais facilmente, porém o estado de tensão ou a pressa aumentam a vulnerabilidade aos estímulos subliminares. (BAGGIO, 2010)
3. INFLUÊNCIA DOS SUBLIMINARES
Uma forma polêmica de influência é aquela associada a estímulos fora da consciência, os chamados subliminares e podemos dizer que a mídia utiliza todas as formas de influência nas propagandas, através de recursos como personagens famosos, grupos positivos de referência, etc. Podemos citar, como uma das maiores evidências de influência negativa, as propagandas das indústrias tabagistas (que sempre mostravam pessoas bem sucedidas acendendo um cigarro), pretendendo uma relação positiva às marcas ou ao ato de fumar (Neeley e Schumann, 2002 apud Batista, 2008). Devido ao apelo e comprovação dos efeitos, como o aumento de jovens fumantes, os órgãos reguladores de vários países, por meio da Organização Mundial de Saúde, extinguiram a publicidade tabagista. Outro fator negativo da propaganda, também relacionado à saúde coletiva, diz respeito à alimentação não saudável e refrigerantes, influenciadores das obesidade infanto-juvenil e adulta (Hawkes, 2006 apud Batista, 2008). As pesquisas mostram também como as propagandas de bebidas alcoólicas podem ser motivadoras de dependência e condutas sociais nocivas (Pinsky e Pavarino Filho, 2007 apud Batista, 2008) Também dentro deste contexto, estão as propagandas de medicamentos e produtos farmacêuticos, sem exigência de receita médica, mas que já existem representações em órgãos legislativos para a retirada, por causa de problemas de automedicação. Apesar de apresentarem efeitos colaterais em suas campanhas, esses exemplos de influências negativas, têm a intenção apenas de aumentar a participação das marcas no mercado (BATISTA, 2008).
Os subliminares, também estão presentes para influenciar em efeitos benéficos, fazendo com que a percepção de risco acerca do produto ou serviço anunciado seja aumentada, influenciando a motivação do receptor para saber sobre o que está sendo apresentado (BATISTA, 2008). 
A ideia de manipulação, de uma influência direta dos meios de comunicação, se forma quando se imagina alguém que possui uma “verdade” ou essência interior, mas que pode se render, de acordo com a força daquilo que é apresentado, por aqueles que conhecem o que ele tem de mais íntimo ou os processos que os motivam, usando isso para conseguir que ele adote certas atitudes ou comportamentos (seja comprar um produto, assumir uma forma de ser ou adotar uma posição política (HENNIGEN, 2009).
4. QUESTÕES ÉTICAS E LEGAIS DAS MENSAGENS SUBLIMINARES
A experiência de James Vicary, onde através de um taquicoscópio, projetava uma mensagem “Beba Coca Cola” e “Coma Pipoca”, que aparecia a cada cinco segundos, permanecendo na tela um tempo equivalente a 1 sobre 3 mil segundos, sobre a imagem de um filme, não sendo possível que o olho humano captasse de forma consciente, fazendo com que o consumo desses produtos aumentaram 57,7% e 18,1%, respectivamente, apesar de ter provocado interesse e entusiasmo, provocaram também algumas objeções, porque sendo publicitário, Vicary possuía treino para seduzir. Por este motivo em 1958 a “Federal Communication Commission” (FCC) resolveu proceder a uma averiguação, promovendo demonstrações e exposições em circuito fechado, em Washington, devido ao fato de as técnicas subliminares ter sido alvo de políticos e da administração americana. Devido a discussão que foi desencadeada, colocando em evidência os critérios do trabalho e a fundamentação dos dados verificados por Vicary que a dada altura afirmou que apenas aqueles que tivesses necessidades relacionadas com a mensagem responderiam (positivamente). A constatação da utilização destes métodos de persuasão das mensagens subliminares provocou, uma grande indignação no público, tendo tais procedimentos sido considerados manipulatórios, anti-éticos e de invasão da privacidade, tanto que são julgadas ilegais num grande número de países (MOORE, 1988 apud SCHUTZ, 2005).
	Essa discussão sobre as mensagens subliminares, acabou por dar início a uma questão ética e jurídica. A legislação no Brasil, não aborda a utilização dessas mensagens, por este motivo não há meios concretos de punir aos que utilizam dessas técnicas com fins comerciais, políticos ou ideológicos (MACHADO, 2002).
	Apesar de não haver proibição para a utilização de qualquer tipo de propaganda subliminar, o Código de Ética dos Profissionais de Propaganda, em seu artigo 20, vai contra toda publicidade enganosa, e esse tipo de propaganda é tratada como um ato anti-ético:
Artigo 20: A propaganda é sempre ostensiva. A mistificação e o engodo que, escondendo a propaganda, decepcionam e confundem o público são expressamente repudiados pelos profissionais de propaganda.
	Em Portugal, o artigo 9º do Código da Publicidade (Diário da República, I Série nº 245-23 de outubro de 1990) determina no ponto 1: “É vedado o uso de imagens subliminares ou outros meios dissimuladores que explorem a possibilidade de transmitir publicidade sem que os destinatários se apercebam da natureza publicitária das mensagens.”, acrescentando ainda, no ponto 3, que “Considera-se publicidade subliminar, para os efeitos do presente diploma, a publicidade que, mediante o recurso a qualquer técnica, possa provocar no destinatário percepções sensoriais de que ele não chegue a tomar consciência.”(SCHUTZ, 2005).
Nos países França, Alemanha, Itália, Holanda, Bélgica e Luxenburgo, também já existem leis que proíbem claramente mensagens subliminares em forma de propaganda. De acordo com Giacomini (1991, p108 apud Chaves 2008, p.5) “um anúncio é enganoso baseado no princípio da veracidade, quando trás indicações inexatas ou quando as indicações não correspondam à realidade”.
	Não existe necessidade de se utilizar mensagem subliminar, com a intenção de se manipular, para que qualquer produto seja vendido, porque o consumidor tem o direito de decidir o que é melhor para si e não que se diga para ele o que é melhor. As propagandas somentedeve mostrar o produto, informar suas vantagens e benefícios, de forma clara e criativa, a fim de conquistar o cliente (LOPES, 2003 apud CHACON, 2008).
5. CONCLUSÃO
	Achamos que vivemos conforme nossa própria vontade, mas o que realmente ocorre, é que estamos cercados por mensagens que influenciam em nossas decisões e comportamento, chamadas de subliminares, que com estímulos abaixo do limiar da consciência, são percebidas somente pelo nosso inconsciente, contendo técnicas de persuasão, com o intuito de manipulação. Essas mensagens estão presentes na mídia, jogos de computador, teatro, música, etc.
	A propaganda subliminar opera com o uso de recursos que excitam um tipo particular de percepção: a percepção subliminar, a percepção inconsciente. 
	De acordo com Calazans (1992) a manipulação subliminar em qualquer meio de comunicação, é utilizada para manipulação do comportamento ferindo a ética e a cidadania.
	Apesar da propaganda subliminar não ser de toda prejudicial, podendo ser utilizada para educar e ensinar o consumidor, instruindo atitudes corretas que ajude no cumprimento da lei, a capacidade de persuasão das mensagens subliminares merece ser considerada com toda a preocupação, porque o seu objetivo é manipular a mente das pessoas, inserindo imagens, palavras ou idéias que não podem ser percebidos em nível normal de consciência, não dando opção de aceitar ou rejeitar a mensagem, como acontece com a propaganda sem estímulos subliminares, ferindo as normas do bom senso e do livre arbítrio, porque não dá uma opção de escolha, seja de um produto, uma filosofia ou ideal político.
	
	
	
	
6. BIBLIOGRAFIA
MACHADO, Débora Cristina; MAGRON, Maria Letícia Rodrigues; SILVA, Silmara Nascimento Pereira. Mensagem Subliminar – Um Mergulho no Inconsciente Humano. In: XXV Congresso Anual em Ciência da Comunicação, Salvador/BA, 03/set/2002. Anais, São Paulo - INTERCOM.
CEZAR, Neura. Mensagem Subliminar nas Propagandas: O Poder de Comunicação do Signo. In: XI Congresso Nacional de Educação, Curitiba/PR, de 23 a 26/09/2013, EDUCERE.
AMON, Denise; GUARESCHI, Pedrinho Arcides; ROSO, Adriane; VERONESE, Marília. Psicologia Social e Comunicação Publicitária: Uma Análise Crítica. Ciências Sociais Unisinos, vol.46, num. 2, maio-agosto, 2010, PP.178-186. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=93820638007
Dicionário Aurélio de Português Online. Publicado em 24/09/2016, revisado em 27/02/2017. Disponível em: https://dicionariodoaurelio.com
SANTOS, Adailton Dias. Uso de Mensagem Subliminar na Educação. IV Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação – Anais Eletrônicos. 13 a 15 de novembro de 2012. Disponível em: http://www.unimontes.br/
SCHÜTZ, Ronaldo; JESUS, Saul Neves de. Percepção Subliminar: Longe dos olhos, perto do coração. Revista dos Algarves nº 13, 1° semestre 2005. Disponível em: http://www.dosalgarves.com/revistas/N13/1rev13.pdf
BATISTA, Leandro Leonardo; RODRIGUES, Carla Daniela Rabelo; BRIZANTE, Janaína Geraldes; FRANCHESCI, Reginaldo. Aspecto Cognitivo da percepção na propaganda. Ciência e Cognição, 2008; Volume 13 (3). Disponível em: www.cienciaecognicao.org
BAGGIO, Roberson L. Investigação sobre a percepção subliminar (sob a ótica da comunicação). Revista Hórus, Volume 4, número 2 – Out-Dez, 2010. Disponível em: http://www.faeso.edu.br/horus/artigos%20anteriores/2010/investigacao.pdf
HENNIGEN, Inês; COSTA, Ângelo Brandelli. Psicologia e publicidade: velhos e novos encontros. Revista FAMECOS, Porto Alegre – nº 40; Dezembro de 2009.
CHACON, Bruna Cristina Folha. A função da mensagem subliminar na comunicação publicitária. Fortaleza, 03/06/2008.

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