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DIREITO PENAL II ART. 29, 30 E 31 CONCURSO DE PESSOAS: É A CONCORRÊNCIA DE DUAS OU MAIS PESSOAS NA PRÁTICA DE UM CRIME, DE FORMA CIENTE E VOLUNTÁRIA, VISANDO UM FIM EM COMUM, SENDO DISPENSÁVEL UM AVISO PREVIO ENTRE OS AGENTES. TEORIAS: UNITÁRIA: TODOS SÃO AUTORES DUALISTA: HÁ AUTOR E PARTÍCIPE PLURALISTA: CADA UM RESPONDE NA MEDIDA DE SEUS ATOS NO CONCURSO DE PESSOAS HÁ: AUTOR: QUEM COMETE O CRIME 1ª Teoria unitária de autor – autor é qualquer pessoa que de alguma forma está envolvida no crime. todos que colaboram são autores, não há partícipe para esta teoria. 2ª Teoria extensiva de autor – todos aqueles que colaboram para o crime são autores. admite graus diferentes de autoria, inclusive com possibilidade de diminuição de pena para os casos mais leves de envolvimento no crime. 3ª Teoria objetiva/RESTRITIVA de autor – restringe o conceito de autor. Subdivide-se em: a) teoria objetivo-formal – o autor é apenas o que pratica o verbo penal. Todos os demais são partícipes. (TEORIA ADOTADA NO BRASIL). AUTORIA MEDIATA: SE VALER DE OUTRA PESSOA COMO INSTRUMENTO PARA A PRÁTICA DE UM CRIME. AUTORIA COLATERAL: DUAS PESSOAS NÃO ATUAM UNIDAS PELO LIAME. AUTORIA INCERTA: NÃO CONSEGUE IDENTIFICAR A CONDUTA DE QUEM FOI RESPONSÁVEL PELO RESULTADO DO CRIME, EMBORA SAIBA QUAIS OS POSSÍVEIS AUTORES COAUTOR: é a reunião de dois ou mais autores para a prática de um mesmo crime. Exp.: Coautoria no crime de Peculato – dois funcionários públicos praticam o crime. OBS: As circunstâncias elementares do crime são componentes do tipo penal, que se transmitem aos demais agentes da infração penal. Assim, se uma funcionária pública furta bens da repartição com sua colega que não exerce cargo público, ambas responderão por peculato-furto (art. 312, § 1º do CP). Prevê o art. 30 do CP que, "não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime". CO-AUTORIA SUCESSIVA: É QUANDO DEPOIS DO CRIME JÁ INICIADO OUTRAS PESSOAS ADEREM A CONDUTA. PARTÍCIPE: NÃO PRATICA A CONDUTA CRIMINOSA MAS COLABORA COM ELA, INDUZINDO ( quando cria-se a ideia do crime na mente do autor), INSTIGANDO ( quando incentiva a ideia já existente ) E DANDO AUXÍLIO MATERIAL ( quando fornece material para o cometimento do crime) Teoria da acessoriedade mínima Segundo essa teoria, para se punir a participação basta que ela esteja ligada a uma conduta típica, não sendo relevante a sua juridicidade. Isso equivale a dizer que uma ação justificada para o autor, constitui crime para o partícipe. Assim, aquele que induzir o autor a matar em legítima defesa será condenado como partícipe do crime de homicídio, enquanto o autor será absolvido pela excludente de antijuridicidade. [18] Teoria da acessoriedade limitada Essa teoria, diferentemente da anterior, exige que, para se punir a participação, a ação principal seja, obrigatoriamente, típica e antijurídica. Significa, pois, que a participação é acessória da ação principal até certo ponto, posto que não exige que o autor seja culpável. Para esta teria o fato é comum, mas a culpabilidade é individual. Portanto, a punição da participação só depende do caráter antijurídico da ação principal, podendo ocorrer impunidade nos casos em que a doutrina tem denominado de provocação de uma situação de legitima defesa, quando o instigador induz um terceiro a agredir alguém que sabe estar armado, o qual reage e, em legitima defesa, elimina o agressor instigado que o instigador queria eliminar. Neste caso, o fato da ação principal estar justificada para o autor (não sendo antijurídica), desnatura, pelos postulados da teoria da acessoriedade Limitada, o caráter da participação, ficando o instigador impune. Para a doutrina alemã, o instigador tem o domínio do fato da ação justificada do executor e, por contas disso, a solução seria a sua punição como autor mediato do homicídio. Os agentes foram utilizados com instrumento para satisfazer a sua vontade. Teoria da acessoriedade extrema Para esta teoria, a relevância jurídica da participação está atrelada a uma conduta principal que dever ser típica, antijurídica e culpável excetuando-se, somente, as circunstancias agravantes e atenuantes da pena. Assim, se o autor da ação principal agisse em erro de proibição, fosse inimputável ou, por qualquer outro motivo, fosse inculpável, o partícipe ficaria impune. Neste caso, a acessoriedade da participação seria absoluta, ou seja, estaria condiciona a punibilidade do autor da ação principal.(TEORIA ADOTADA NO BRASIL) Responsabilidade Penal no Concurso de Pessoas. - Leia o art. 29, caput, §§1° e 2°, REQUISITOS PARA HAVER CONCURSO DE PESSOAS: • PLURALIDADE DE AGENTES • IDENTIDADE DE IIÍCITO PENAL=todos devem responder pelo mesmo crime. • LIAME SUBJETIVO=deve existir um vinculo entre os agentes • RELEVÂNCIA CAUSAL DE CADA CONDUTA=todos devem responder pelo mesmo crime.
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