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tema 7

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%ULQTXHGRWHFD�H�R�(OHPHQWR�/~
GLFR
Autoria: Claudia Dour
ado de Salces
Tema 07
Brinquedoteca como Espaço para o Desenvolvimento e Aprendizagem 
da Criança e como Estratégia de Diagnóstico e Intervenção
7HPD���
Brinquedoteca como Espaço para o Desenvolvimento e Aprendizagem da Criança e como Estratégia de Diagnóstico e Intervenção
Autoria: Claudia Dourado de Salces
Como citar esse documento:
SALCES, Claudia Dourado de. Brinquedoteca e o Elemento Lúdico: Brinquedoteca como Espaço para o Desenvolvimento e Aprendizagem da 
Criança e como Estratégia de Diagnóstico e Intervenção. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2015.
Índice
‹������$QKDQJXHUD�(GXFDFLRQDO�� 3URLELGD� D� UHSURGXomR� ¿QDO� RX� SDUFLDO� SRU� TXDOTXHU�PHLR� GH� LPSUHVVmR�� HP� IRUPD� LGrQWLFD�� UHVXPLGD� RX�PRGL¿FDGD� HP� OtQJXD�
portuguesa ou qualquer outro idioma.
Pág. 15
Pág. 18 Pág. 19
Pág. 16
Pág. 14Pág. 12
ACOMPANHENAWEB
Pág. 3
CONVITEÀLEITURA
Pág. 3
PORDENTRODOTEMA
�
Brinquedoteca como Espaço para o Desenvolvimento e Aprendizagem da Criança e como 
Estratégia de Diagnóstico e Intervenção
1. Brinquedoteca e seu Papel no Desenvolvimento e na Aprendizagem
Você aprendeu no tema 2 sobre a importância do brincar para o desenvolvimento e a aprendizagem da criança. 
Convém lembrar alguns aspectos do que você estudou nele para introduzirmos o assunto deste tema. Antes relembre a 
diferença entre os conceitos de desenvolvimento e de aprendizagem. A distinção entre eles se dá em função de haver 
abordagens teóricas diferentes, isto é, a forma de conceituar tanto um quanto o outro processo vai variar de acordo com 
cada autor tomado como referência. 
No tema anterior você aprendeu sobre a razão de ser da brinquedoteca, ou seja, para que ela serve e quais são 
suas várias funções e seus vários objetivos. Viu ainda que ela não é um recurso educativo inerente apenas à pré-escola; 
ela é útil também em vários outros lugares ou ambientes, nos quais ela desempenha o relevante papel de coadjuvante 
tanto no desenvolvimento pedagógico quanto no social, e até mesmo na recuperação física e mental de crianças e 
pessoas enfermas. O que você viu de comum em todos os tipos de brinquedoteca? São sempre um lugar prazeroso, 
onde crianças são tocadas pela magia do ambiente. Todas têm o objetivo comum de desenvolver atividades lúdicas 
H�YDORUL]DU�R�DWR�GH�EULQFDU�OLYUH�H�HVSRQWkQHR��1HVWH�WHPD��YRFr�YHUi�FRPR�D�EULQTXHGRWHFD�SRGH��HVSHFL¿FDPHQWH��
contribuir para a aprendizagem da criança e também como ela pode atuar no diagnóstico de problemas de aprendizagem 
e na proposta de modos de intervenção para que esses problemas sejam sanados. Vamos aprender mais um pouquinho 
sobre brinquedoteca?
CONVITEÀLEITURA
B i d t E D l i t A di d C i
sobre brinquedoteca?
PORDENTRODOTEMA
�
Lembra-se de como Piaget (1964) se refere ao desenvolvimento e à aprendizagem na abordagem teórica da 
Epistemologia Genética? Reveja o que ele diz:
(...) desenvolvimento é um processo que diz respeito à totalidade das estruturas de conhecimento. Aprendizagem 
apresenta o caso oposto. Em geral, a aprendizagem é provocada por situações – provocada por psicólogos 
H[SHULPHQWDLV��RX�SRU�SURIHVVRUHV�HP�UHODomR�D�XP�WySLFR�HVSHFt¿FR��RX�SRU�XPD�VLWXDomR�H[WHUQD��(P�JHUDO��
é provocada e não espontânea. Além disso, é um processo limitado – limitado a um problema único ou a uma 
estrutura única. Assim, eu penso que desenvolvimento explica aprendizagem, e essa opinião é contrária à opinião 
amplamente difundida de que o desenvolvimento é uma soma de experiências discretas de aprendizagem. 
(PIAGET, 1964, p. 176).
Você pôde perceber que, para Piaget, o desenvolvimento é um processo relacionado à construção de conhecimento e das 
estruturas cognitivas que o compõem. Por outro lado, o processo de aprendizagem é construído a partir da realidade 
H[WHUQD��RX�VHMD��GDV�VLWXDo}HV�TXH�R�VXMHLWR�YLYHQFLD��$VVLP��SRGH�VH�D¿UPDU�TXH�R�SURFHVVR�GH�GHVHQYROYLPHQWR�p�XP�
processo interno e o da aprendizagem é um processo externo. 
Figura 7.1 Jean Piaget e aluno
PORDENTRODOTEMA
As pesquisas de Piaget (na foto em 
uma escola nos anos 1970) deram 
relevo à primeira infância.
Fonte: Fernandes (2011).
�
4XDQGR� 3LDJHW� D¿UPD� ³HX� SHQVR� TXH� GHVHQYROYLPHQWR� H[SOLFD� DSUHQGL]DJHP´�� LVVR� VLJQL¿FD� TXH� R� SURFHVVR� GH�
desenvolvimento orienta as possibilidades de como o sujeito aprende. Ou seja, a criança aprende em consonância com 
aquilo que a realidade exterior lhe coloca, com a atuação das estruturas cognitivas (processo de desenvolvimento), 
desde que estas estejam previamente desenvolvidas. Por essa relação expressa, você entendeu que é o processo de 
desenvolvimento que dá o suporte necessário para a aprendizagem da criança? Que o processo de desenvolvimento 
potencializa a aprendizagem?
A outra abordagem sobre o desenvolvimento e a aprendizagem que você já estudou no tema 2 é a de Vygotsky, psicólogo 
russo, que diz:
A aprendizagem não é em si mesma, desenvolvimento, mas uma correta organização da aprendizagem da criança 
conduz ao desenvolvimento mental, ativa todo um grupo de processos de desenvolvimento, e esta ativação não 
poderia produzir-se sem aprendizagem. Por isso, a aprendizagem é um momento intrinsecamente necessário 
e universal para que se desenvolvam na criança essas características humanas não naturais, mas formadas 
historicamente. (VYGOTSKY, 2010, p. 115).
Figura 7.2�9\JRWVN\�H�VXD�¿OKD�
Ao comparar a visão de ambos os pensadores, vê-se que para Piaget é o desenvolvimento que impulsiona a aprendizagem. 
Para Vygotsky, por sua vez, é o processo de aprendizagem que impulsiona o desenvolvimento. E, para ele, o ato de 
brincar relaciona-se com o contexto social e histórico, em que as mediações sociais oportunizadas pelos diferentes 
DPELHQWHV�HP�TXH�FLUFXOD��IDPtOLD��HVFROD�HWF���LQÀXHQFLDUmR�GLUHWDPHQWH�VHX�SURFHVVR�GH�GHVHQYROYLPHQWR�
PORDENTRODOTEMA
9\JRWVN\�FRP�D�¿OKD��*LWD��HP�
1932. Ele realizou experimentos 
com crianças para entender 
qual a função da união entre a 
linguagem e o pensamento e 
sua relação com a evolução.
Fonte: Monroe e Ratier (2011). 
�
,VVR�SRVWR�H�UHOHPEUDGR��UHÀLWD��FRPR�D�EULQTXHGRWHFD�SRGH�VHU�XP�IDWRU�GH�GHVHQYROYLPHQWR�H�DSUHQGL]DJHP�SDUD�D�
criança? Como você, na qualidade de futuro professor, deve atuar nesse ambiente lúdico para promovê-los na criança? 
Como deve ser a brinquedoteca?
Como você já sabe, a brinquedoteca é um espaço para brincar e, por isso, independentemente do nível escolar, esse 
VHUi�VHPSUH�VHX�PDLRU�REMHWLYR��e�QHFHVViULR�TXH�KDMD�SUR¿VVLRQDLV�FRQVFLHQWHV�TXH�GHHP�D�GHYLGD�LPSRUWkQFLD�j�DomR�
da criança que brinca. E você, como futuro professor, deve organizar tempo e espaço na brinquedoteca existente em sua 
HVFROD�D�¿P�GH�IDYRUHFHU�TXH�HVVD�DomR�DFRQWHoD�GH�IRUPD�HVSRQWkQHD��FRQVWUXWLYD�H�FULDWLYD�
Buemo e Fraga (2012) salientam que a brinquedoteca deve ser um espaço que proporcione, por meio da atividade 
lúdica, a construção e a reconstrução do conhecimento socialmente produzido e historicamente acumulado. Ou seja, 
trata-se de um ambiente de compreensão da realidade como um todo, no qual as crianças trocam experiências vividas 
e interagem com o desconhecido, expõem sua cultura e têm contato com a de outros.
De acordo com a concepção sócio-histórica de Vygotsky, a criança desenvolve-se pela experiência social, nas interações 
que estabelece, desde cedo, com os adultos, no mundo por eles criado (visão de mundo, cultura, ideologia etc.). É nesse 
VHQWLGR�TXH�:DMVNRS��������S������D¿UPD��³EULQFDGHLUD�p�XPD�DWLYLGDGH�KXPDQD�QD�TXDO�DV�FULDQoDV�VmR�LQWURGX]LGDV�
FRQVWLWXLQGR�VH�HP�XP�PRGR�GH�DVVLPLODU�H�UHFULDU�D�H[SHULrQFLD�VRFLRFXOWXUDO�GRV�DGXOWRV´�
Conforme você já aprendeu no tema 2, os jogos, os brinquedos e as brincadeiras são atividades fundamentais da 
LQIkQFLD��$OpP�GH�IDYRUHFHU�D� LPDJLQDomR��D�FRQ¿DQoD�H�D�FXULRVLGDGH��R�EULQTXHGR�FRQWULEXL�SDUD�D�VRFLDOL]DomR�GD�criança, o desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da criatividade e da concentração. Portanto, a brinquedoteca 
constitui-se em um recurso pedagógico valioso, uma vez que oferece à criança jogos e brinquedos que, adequados a 
cada estágio de desenvolvimento, contribuem para o desenvolvimento e aprendizagem.
Para Bomtempo (1998 apud AZEVEDO, 2011), como a brinquedoteca é o espaço por excelência da criança, este, então, 
seria o melhor lugar para conhecê-la e observá-la de forma intensa. Sua importância também reside no fato de permitir 
que se desvincule o brinquedo da questão do consumo e estimule assim a vivência social coletiva. 
Como é um espaço prioritariamente destinado à ludicidade, a brinquedoteca deve ser uma fonte de estímulos ao 
desenvolvimento das crianças, um ambiente que, por meio de jogos e brincadeiras, dê oportunidades de aquisição de 
diversas linguagens, de construção do conhecimento, de autonomia e de criatividade (SILVA; ROSA; BUEMO, 2012).
Na brinquedoteca, conforme observa Friedman (1998), a criança tem chances de descobrir-se e descobrir também 
VXDV�FDSDFLGDGHV�H�KDELOLGDGHV�HVSHFt¿FDV��$OpP�GLVVR��GHVFREUH�WDPEpP�R�RXWUR��SRLV��DR�SHUFHEr�OR��Yr�TXH�QmR�p�D�
PORDENTRODOTEMA
�
única no mundo e que, portanto, os espaços que ela ocupa são lugares de cooperação, de partilha e, por que não, de 
competição sadia, por meio dos jogos, por exemplo.
3RU�HVVD�UD]mR��R�SUR¿VVLRQDO�GD�HGXFDomR�SUHVHQWH�QHVVH�DPELHQWH�GHYH�WHU�FXLGDGR�SDUD�TXH�HVVH�HVSDoR��D�GHSHQGHU�
do grau de desenvolvimento e maturidade das crianças que ali frequentam, passe constantemente por reformulação, 
recriação e ordenação. 
6DQWD�0��3��GRV�6DQWRV��������S������ID]�XPD�SHUWLQHQWH�D¿UPDomR�SDUD�YRFr�OHYDU�HP�FRQWD�FRPR�IXWXUR�SURIHVVRU�
2�SUR¿VVLRQDO�HGXFDGRU�MDPDLV�GHYH�XWLOL]DU�R�MRJR�DSHQDV�FRPR�FDUiWHU�O~GLFR��GHVVD�IRUPD�QmR�KDYHUi�FRQWULEXLomR�
para a aprendizagem. Os jogos e as brincadeiras devem ser muito bem planejados e escolhidos para que haja 
estímulo e construção do novo conhecimento. 
2. Brinquedoteca como Estratégia de Diagnóstico e Intervenção
9RFr�GHYH�FRQKHFHU�DOJXPD�FULDQoD��VHMD�QD�VXD� IDPtOLD�� VHMD�HQWUH�VHXV�YL]LQKRV��TXH�DSUHVHQWD�GL¿FXOGDGHV�
escolares ou alterações comportamentais. O que geralmente os pais fazem? Procuram atendimento psicológico. O 
que professores aconselham? A procurar atendimento psicológico. No entanto, caso o psicólogo dirija a sua atenção 
XQLFDPHQWH�j�FULDQoD�H�jV�VXDV�GL¿FXOGDGHV��VHP�OHYDU�HP�FRQVLGHUDomR�R�DPELHQWH�HP�TXH�HOD�YLYH��R�FRQWH[WR�IDPLOLDU�
e as demais características socioculturais, a terapia (ou tratamento) não surtirá efeito. 
Azevedo (2011), ao perceber essa realidade, propõe um novo modelo de ação e de trabalho – a criação de uma 
brinquedoteca – para promover um trabalho tanto de diagnóstico quanto de intervenção com crianças que apresentam 
GL¿FXOGDGHV� GH� DSUHQGL]DJHP��(� D� LQWHUYHQomR� GLDJQyVWLFD�� SULQFLSDOPHQWH� HP� FULDQoDV� QR� LQtFLR� GD� HVFRODUL]DomR��
GH¿QH�VH�SRU�IRUQHFHU�DOJXP�WLSR�GH�DWHQomR�HVSHFLDOL]DGD��TXH�LQFOXL�XPD�VpULH�GH�Do}HV�UHDOL]DGDV�GXUDQWH�R�SURFHVVR�
GLDJQyVWLFR��FRP�R� LQWXLWR�³GH� LQÀXHQFLDU�R�FXUVR�SUHYLVWR�GR�GHVHQYROYLPHQWR�GD�FULDQoD��YLVDQGR��GHVGH�R�SULPHLUR�
PRPHQWR��UHGX]LU�R�LPSDFWR�GDV�GL¿FXOGDGHV´��$=(9('2��������S�������
Na brinquedoteca, o trabalho diagnóstico e preventivo realizado valoriza o jogo e a brincadeira como promotores do 
desenvolvimento infantil. Esse ambiente facilita o entendimento das queixas escolares por articular ações entre a história 
SHVVRDO�� IDPLOLDU� H� HVFRODU� GD� FULDQoD��3HUPLWH�� DLQGD�� D� UHÀH[mR�GR�SRUTXr�GH�DOJXPDV� FULDQoDV�� FRP� LQWHOLJrQFLD��
acuidades e comportamentos motores e socioemocionais considerados adequados para a idade, não aprendem a ler, a 
escrever e a contar como as demais.
PORDENTRODOTEMA
�
2�EULQFDU��QHVVH�FRQWH[WR��p�XPD�IRQWH�LQHVJRWiYHO�GH�GDGRV�SDUD�LGHQWL¿FDomR�GH�XPD�GL¿FXOGDGH�HVSHFt¿FD�H�SDUD�
entender suas causas. Pelo fato de possibilitar a simbolização e a representação de vivências, ao brincar, a criança 
deixa evidente a presença da situação imaginária. Enquanto brincam, muitas vezes, as crianças imitam seu dia a dia e, 
DVVLP��H[SUHVVDP�VXDV�UHODo}HV�IDPLOLDUHV�H�HVFRODUHV��1HVVDV�VLWXDo}HV��R�SURIHVVRU�GHYH�¿FDU�DWHQWR��SRLV�SRGHUi�
descobrir características da personalidade de seus alunos relacionadas a essas relações, e poderão entender melhor o 
porquê de determinadas reações e comportamentos. 
Os jogos de faz de conta, por exemplo, auxiliam o controle emocional da criança, pois, por meio deles, ela pode revelar 
seus sentimentos, bloqueios e frustrações, já que, conforme observa Vygotsky (2000, p. 118):
A criança começa com uma situação imaginária, que é uma reprodução da situação real, sendo a brincadeira 
muito mais a lembrança de alguma coisa que realmente aconteceu, do que uma situação imaginária nova. À 
medida que a brincadeira se desenvolve, observamos um movimento em direção à realização consciente de seu 
propósito. 
6HJXQGR�5DX���������R�HGXFDGRU��DR�REVHUYDU�R�EULQFDU�GD�FULDQoD��SRGHUi�LGHQWL¿FDU�FRQWH~GRV�IpUWHLV�SDUD�D�DQiOLVH�
de suas necessidades afetivas, pois, ao representar papéis, ela deixa transparecer a visão que tem de sua própria vida 
e mostra elementos que deixam transparentes determinados comportamentos e atitudes. 
A psicopedagogia é a área do conhecimento que estuda como as pessoas aprendem, ou seja, como se dá o processo 
GH�FRQVWUXomR�GR�FRQKHFLPHQWR��1HVVH�HVWXGR��HOD�EXVFD�LGHQWL¿FDU�RV�SRQWRV�TXH�SRVVDP��SRUYHQWXUD��LPSHGLU�HVVD�
aprendizagem. Atua ainda de maneira preventiva para evitá-los e propicia estratégias e ferramentas que facilitem esse 
aprendizado. A presença do psicopedagogo em uma brinquedoteca é, portanto, fundamental para o diagnóstico de 
problemas de aprendizagem e proposta de intervenção. 
8P�GRV�LQVWUXPHQWRV�XWLOL]DGRV�SRU�HVVH�SUR¿VVLRQDO�SDUD�LQYHVWLJDU�DV�GL¿FXOGDGHV�GH�DSUHQGL]DJHP�p�D�KRUD�O~GLFD��
a observação lúdica e a hora de jogo diagnóstico (AFFONSO, 1998 apud AZEVEDO, 2011, p. 47). Esses métodos de 
observação e intervenção fornecem pistas reveladoras dos aspectos cognitivos, emocionais e sociais, relacionados às 
KLVWyULDV�GH�IUDFDVVR�HVFRODU��$OpP�GLVVR��SHUPLWHP�REVHUYDU�H�DYDOLDU�FRQÀLWRV�TXH�HQYROYHP�R�FRPSRUWDPHQWR�WDQWR�GR�
ponto de vista patológico como do de natureza cognitiva. 
De acordo com Ocampo (2005), observam-se na hora lúdica:
1. Escolha de brinquedos e de brincadeiras. 
2. Modalidade das brincadeiras e as escolhas dos jogos.
PORDENTRODOTEMA
�
3. 3HUVRQL¿FDomR�� FDSDFLGDGH� TXH� D� FULDQoD� WHP� GH� DVVXPLU� H� DWULEXLU� SDSpLV� GH� IRUPD� GUDPiWLFD�� SRU� PHLR� GD�
representação. 
4. Motricidade: adequação motora da criança à etapa de evolução em que se encontra. 
5. Criatividade: capacidade de unir ou relacionar elementos de forma nova e diferente.
6. Tolerância à frustração: como a criança reage ao ouvir um não ou quando as coisas não acontecem de acordo com 
o que ela esperava.
7. Capacidade simbólica: pode-se avaliar a riqueza da expressão da criança, sua capacidade intelectual e imaginativa 
H�D�TXDOLGDGH�GR�FRQÀLWR�
8. Adequação à realidade: observa-se como a criança age ao ter que se afastar da mãe, se seu comportamento está 
de acordo com sua idade, como compreende e aceita as instruções. Observa-se também a aceitação ou não do 
enquadramento espaçotemporal e a possibilidade de se colocar em seu papel e aceitar o papel do outro.
$]HYHGR��������RULHQWD�TXDQWR�j�UHODomR�FULDQoD�DGXOWR�QD�GHWHFomR�GDV�GL¿FXOGDGHV�HVFRODUHV��2�SUR¿VVLRQDO�TXH�DWXD�
QD�EULQTXHGRWHFD�FRP�¿QV�GH�diagnóstico psicopedagógico deve estabelecer uma relação rara com cada criança, a 
GH�³SUHVHQoD�DXVrQFLD�QD�EULQFDGHLUD´��,VWR�p��HP�DOJXQV�PRPHQWRV�GHYH�SHUPDQHFHU�GLVWDQWH��SRUpP�REVHUYDQGR��SDUD�
que a criança se organize e estruture sozinha sua brincadeira; em outros momentos, deve intervir e atuar com parceria.
Brincar com acriança permite reconhecer e compreender o mundo interno dela, suas necessidades, ansiedades e 
conhecer também como os vários ambientes pelos quais ela circula e/ou nos quais ela vive afetam sua forma de 
perceber a si mesma, ao outro e ao mundo.
PORDENTRODOTEMA
��
PORDENTRODOTEMA
Figura 7.3 Cantinhos e brincadeiras
Fonte: Santomauro e Pinheiro (2013). 
Seja o educador, seja o brinquedista ou o psicopedagogo, todos precisam estar atentos ao tipo de brinquedo que 
a criança escolhe para brincar ou ao fato de ela não brincar com o brinquedo certo. Segundo Azevedo (2011), existe 
XP�PRGR�GH�EULQFDU�HVSHFt¿FR�SDUD�FDGD�IDL[D�HWiULD��TXH�FXPSUH�D�IXQomR�IXQGDPHQWDO�GH�HODERUDomR�GRV�FRQÀLWRV�
que ocorrem em decorrência das interações nos diferentes ambientes dos quais a criança participa e das condições 
intelectuais ou cognitivas do momento.
$Wp�PHVPR�D�IRUPD�FRPR�D�FULDQoD�MRJD�UHÀHWH�WDQWR�VXD�SHUVRQDOLGDGH�TXDQWR�R�PRGR�FRPR�HOD�HVWUXWXUD�VXD�UHODomR�
FRP�R�PXQGR��2�SUR¿VVLRQDO�TXH�D�REVHUYD�QD�EULQFDGHLUD�SRGHUi�VXSRU�DOJXQV�GDGRV�VREUH�VXD�YLGD�SVtTXLFD��VREUH�
R�IXQFLRQDPHQWR�GD�IDPtOLD�GD�FULDQoD��VREUH�RV�GLiORJRV�TXH�D�FULDQoD�RXYH��'HVVD�IRUPD��p�SRVVtYHO�LGHQWL¿FDU��QDV�
atitudes da criança, angústias e culpas quando ganha ou perde no jogo; ataques e revides, a inveja, a provocação, a 
pirraça, o perdão, a raiva, a alegria/descontração, a partilha ou a não partilha. Quanto à capacidade cognitiva da criança: 
VH�HOD�p�FDSD]�GH�FODVVL¿FDU��VHSDUDU�HP�WLSRV��RUGHQDU��UHFRQKHFHU�GLIHUHQoDV�H�VHPHOKDQoDV��FRQWDU�HWF�
Weiss (1996 apud AZEVEDO, 2011, p. 67) destaca, em relação à avaliação psicopedagógica utilizada em crianças com 
SUREOHPDV�HVFRODUHV��TXH�³FRPR�HP�TXDOTXHU�GLDJQyVWLFR��KDYHUi�VHPSUH�XPD�HWDSD�GH�FRQWH[WXDOL]DomR�GR�FOLHQWH�
na sua história de vida, chamada de anamnese´��&RQYpP�OHPEUDU�TXH�HVVD�KLVWyULD�QmR�HQYROYH�DSHQDV�DV�UHODo}HV�
IDPLOLDUHV��PDV�WDPEpP�D�KLVWyULD�FOtQLFD��HVFRODU��HQ¿P��FRQVLGHUDQGR�VH�DV�UHODo}HV�TXH�D�FULDQoD�HVWDEHOHFH�HQWUH�
os ambientes em que vive. Tendo isso em vista, é preciso escutar todos os personagens envolvidos na construção da 
GL¿FXOGDGH�DSUHVHQWDGD�SHOD�FULDQoD�
��
PORDENTRODOTEMA
para que juntos possam delinear uma intervenção que vá ao encontro das necessidades do caso. Essa intervenção 
prévia e breve nos problemas escolares toma como paciente não apenas a criança mas toda a sua família e os 
professores (AZEVEDO, 2011, p. 68) 
Figura 7.4 Intervenção
Fonte: Santomauro e Pinheiro (2013).
(VVH� WLSR� GH� DERUGDJHP� WHP� D� YHU� FRP� R� GLDJQyVWLFR� VRFLDO�� Mi� TXH� VXS}H� D� H[LVWrQFLD� GH� DOJXPD� GL¿FXOGDGH� RX�
GH¿FLrQFLD�QR�DPELHQWH�HQWRUQR�GD�FULDQoD��PDQWHQGR�RX�FDXVDQGR�DV�GL¿FXOGDGHV�HVFRODUHV�HQFRQWUDGDV��2�JUDQGH�
EHQHItFLR�GHVVH�WLSR�GH�GLDJQyVWLFR�TXH�/LQV�������DSXG�$=(9('2��������FKDPD�GH�³HQIRTXH�HFROyJLFR´��SRU�LQFOXLU�R�
ambiente e suas múltiplas inter-relações, auxilia a escola, os pais e a própria criança no enfrentamento do(s) problema(s) 
detectado(s). Além disso, a instituição escolar que atende a criança estará apta a realizar as adaptações e mudanças 
necessárias em seu espaço de modo a facilitar a aprendizagem e o desenvolvimento da criança, dando suporte até 
mesmo à família, por meio de acompanhamento e orientação.
2�SUR¿VVLRQDO�HQYROYLGR�QR�GLDJQyVWLFR�psicopedagógico, deve, desde o contato inicial, como aconselha Azevedo (2011):
HVWDEHOHFHU�XPD�UHODomR�DPLJiYHO�� UHFHSWLYD��D�¿P�GH�UHVJDWDU��QDV�EULQFDGHLUDV�H�QRV� MRJRV��R�KLVWyULFR�GRV�
DFRQWHFLPHQWRV�SHOD�YLVmR�GD�FULDQoD�H��DR�PHVPR�WHPSR��QD�UHODomR�IDFH�D�IDFH��LGHQWL¿FDU�H�SURPRYHU�DVSHFWRV�
relacionados às características pessoais, que favoreçam enfrentar a situação-problema, como, por exemplo, 
promover a resiliência, elevar a autoestima. (AZEVEDO, 2011, p. 72). 
��
0XLWDV� YH]HV�� D� FULDQoD� YHP�GH� XP�DPELHQWH� GHVDMXVWDGR� H� KRVWLO�� VHP�GLiORJR� H� FRQÀLWXRVR�� e� QHFHVViULR� TXH� D�
brinquedoteca, caso pretenda ser um espaço de diagnóstico interventivo, funcione como um lugar acolhedor, no qual a 
FULDQoD�VH�VLQWD�OLYUH�SDUD�VH�H[SUHVVDU�H�QmR�¿TXH�DFXDGD��UHFHRVD�TXDQWR�DR�TXH�SRVVDP�ID]HU�FRP�HOD�RX�SDUD�HOD��
Um ambiente de apoio afetivo, onde seus medos são dissipados e ela consiga estabelecer um vínculo.
PORDENTRODOTEMA
A criança que não aprende
‡� $VVLVWD�DR�YtGHR�³$�FULDQoD�TXH�QmR�DSUHQGH´��SURJUDPD�GH�UHÀH[mR�VREUH�DV�GL¿FXOGDGHV�GH�
aprendizagem da criança. A UNIVESP TV visitou três escolas municipais de São Paulo, registrou 
em imagens algumas aulas e, em entrevistas com professores e coordenadores pedagógicos, 
opiniões acerca do tema. Esse material foi analisado por duas especialistas, Silvia Collelo, 
da Faculdade de Educação da USP, e Maria Teresa Mantoan, da Faculdade de Educação da 
8QLFDPS��(ODV�D¿UPDP�TXH�QmR�p�MXVWR�UHVSRQVDELOL]DU�RV�DOXQRV�H�DV�IDPtOLDV�SHORV�SUREOHPDV�
e que o ensino – e não a aprendizagem – precisa ser repensado. 
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=CIh18t-Dy_Y>. Acesso em: 25 maio 2015. 
Tempo: 00:11:30.
Psicopedagogia Brasil
‡� Acesse o site Psicopedagogia Brasil, no qual você encontrará artigos, dicas de livros, vídeos 
e entrevistas sobre temas relacionados à psicopedagogia.
Disponível em: <http://www.psicopedagogiabrasil.com.br/index.htm>. Acesso em: 25 maio 2015. 
Um ambiente de apoio afetivo, onde seus medos são dissipados e ela consiga estabelecer um vínculo.
ACOMPANHENAWEB
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Brinquedoteca: um mergulho no brincar
‡� Leia o livro de uma das precursoras da brinquedoteca, a educadora Nylse Helena Silva Cunha, 
intitulado Brinquedoteca: um mergulho no brincar, da editora Aquariana-Deleitura. O livro aborda 
a brinquedoteca como um espaço feito não para distrair as crianças, mas para uma missão 
bem maior: reporta-se à formação do ser humano integral e aos vários períodos da vida que ele 
atravessa.
Disponível em (sinopse): <http://www.aquariana.com.br/index.php?route=product/product&keyword=Brinquedo-
teca&product_id=95>. Acesso em: 10 jun. 2015.
A psicopedagogia como promovedora de resiliência
‡� Quer saber um pouco mais sobre a resiliência? Então leia o artigo de Simaia Sampaio, de 
OLQJXDJHP�OHYH�H�GLGiWLFD��LQWLWXODGR�³$�SVLFRSHGDJRJLD�FRPR�SURPRYHGRUD�GH�UHVLOLrQFLD´��(P�
seu texto, ela mostra como o psicopedagogo pode ser um promovedor de resiliência ajudando 
o sujeito a desenvolver autonomia, a aprender a lidar com as frustrações, a desenvolver a 
criatividade, aceitar e respeitar a si mesmo e aos outros.
Disponível em: <http://www.psicopedagogiabrasil.com.br/#!em-branco/chwu>. Acesso em: 26 maio 2015.
ACOMPANHENAWEBACOMPANHENAWEB
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Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla 
escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
AGORAÉASUAVEZ
Questão 1
Com base no que você estudou neste tema, explique a importância de realizar, no ambiente da brinquedoteca, tanto o diagnóstico 
quanto a intervenção em casos de problemas de desenvolvimento e aprendizagem de crianças.
Questão 2
4XDQGR�XPD�FULDQoD�DSUHVHQWD�GL¿FXOGDGHV�GH�DSUHQGL]DJHP��HOD�UHFHEH�LQGLFDomR�SDUD�DWHQGLPHQWR�RX�SVLFROyJLFR�RX�SVLFRSH-
GDJyJLFR��1HVVH�DWHQGLPHQWR��p�FRUUHWR�D¿UPDU�TXH�D�DWHQomR�GR�SUR¿VVLRQDO�GHYH�IRFDOL]DU�
a) $SHQDV�D�SUySULD�FULDQoD�H�VXDV�GL¿FXඇGDGHV�
b) $�FULDQoD�GHQWUR�GH�VHX�FRQWH[WR�IDPLඇLDU�H�HVFRඇDU�
c) 2V�FRQWH~GRV�HVFRඇDUHV�H�VXDV�GL¿FXඇGDGHV�
d) 2�SURIHVVRU�H�RV�FRQWH~GRV�HVFRඇDUHV�
e) Os pais da criança.
Questão 3
(ENADE, 2005, adaptada) Uma estudante do curso de Pedagogia observa, na brinquedoteca, uma criança utilizando um cabo de 
YDVVRXUD�SDUD�SX[DU�VHX�EULQTXHGR�TXH�URORX�SDUD�GHEDL[R�GR�DUPiULR�H�UHÀHWH�VREUH�RV�GLIHUHQWHV�DVSHFWRV�GR�GHVHQYROYLPHQWR��
GHVWDFDQGR�R�TXH�FRUUHVSRQGH�jTXHOD�VLWXDomR��D�¿P�GH�UHJLVWUi�OD�QR�UHODWyULR�VREUH�D�FULDQoD��4XH�DVSHFWRV�GR�GHVHQYROYLPHQ-
to ele pode observarna situação descrita?
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AGORAÉASUAVEZ
Questão 4
O trabalho realizado em uma brinquedoteca pode ter a intenção de ser diagnóstico e de intervenção com crianças que apresen-
WDP�GL¿FXOGDGHV�HVFRODUHV��1HVVH�FRQWH[WR��p�FRUUHWR�D¿UPDU�
a) 1mR�p�IXQomR�GH�XPD�EULQTXHGRWHFD�UHDඇL]DU�TXDඇTXHU�WLSR�GH�WUDEDඇKR�GLDJQyVWLFR�
b) $�FULDQoD�QmR�YDL�D�XPD�EULQTXHGRWHFD�SDUD�HVWXGDU��HඇD�YDL�SDUD�EULQFDU��VHP�TXH�KDMD�LQWHUYHQomR�GR�SURIHVVRU�
c) $V� DWLYLGDGHV� GHVHQYRඇYLGDV� HP� XPD� EULQTXHGRWHFD� QmR� SHUPLWHP� TXH� KDMD� LQWHUYHQo}HV� SDUD� DX[LඇLDU� FULDQoDV� FRP�
GL¿FXඇGDGHV�HVFRඇDUHV�
d) 3DUD�WUDEDඇKDU�FRP�DV�GL¿FXඇGDGHV�GH�DSUHQGL]DJHP��GHYH�VH�XWLඇL]DU�D�EULQTXHGRWHFD�FRPR�XPD�VDඇD�GH�DXඇD�DGDSWDGD��
apenas para mudar o ambiente.
e) 2�MRJR�LQIDQWLඇ�UHDඇL]DGR�HP�XPD�EULQTXHGRWHFD�SRGH�SULYLඇHJLDU�DVSHFWRV�FRJQLWLYRV�TXH�DX[LඇLDP�D�FULDQoD�D�VXSHUDU�VXDV�
GL¿FXඇGDGHV�
Questão 5
As intervenções realizadas em uma brinquedoteca devem levar em conta diversos fatores para que a criança possa superar suas 
GL¿FXOGDGHV�GH�DSUHQGL]DJHP��&RP�EDVH�QR�TXH�YRFr�DSUHQGHX�QHVWH�WHPD��FLWH���GHVVHV�IDWRUHV�
Nesta aula você aprendeu sobre como se pode utilizar o espaço da brinquedoteca para a observação atenta das 
crianças envolvidas em brincadeiras e jogos, com o objetivo de detectar problemas de aprendizagem. Você viu que 
esses problemas dizem respeito a uma multiplicidade de fatores, como os de natureza sociocultural, econômica, familiar, 
HPRFLRQDO�H�SHGDJyJLFD��TXH�DGTXLUHP�VLJQL¿FDGR�DSHQDV�TXDQGR�UHODFLRQDGRV�j�KLVWyULD�GD�FULDQoD�H�VXDV�LQWHUDo}HV�
com a família, escola, professores e condições pedagógicas. Daí a importância de se fazer uma análise mais abrangente 
dos ambientes nos quais a criança circula. Se as experiências que a criança traz para a sala de aula são levadas em 
GL¿FXOGDGHV�GH�DSUHQGL]DJHP��&RP�EDVH�QR�TXH�YRFr�DSUHQGHX�QHVWH�WHPD��FLWH���GHVVHV�IDWRUHV�
N l ê d b d ili d b i d b d
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
consideração, isso favorece a interação entre a família e a escola, possibilitando a descoberta de informações preciosas 
VREUH�DV�UD]}HV�GDV�GL¿FXOGDGHV�HVFRODUHV��$�EULQTXHGRWHFD��QHVVH�FRQWH[WR��HVWLPXOD�D�FULDQoD�D�LQWHUDJLU�FRP�R�PHLR�
ambiente e com outras crianças, permitindo ao professor conhecer a sua realidade e, com isso, intervir em seu processo 
GH�GHVHQYROYLPHQWR��GLDJQRVWLFDQGR�RX�SUHYHQLQGR�DV�GL¿FXOGDGHV�GH�DSUHQGL]DJHP�
FINALIZANDO
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Anamnese:�p�XPD�HQWUHYLVWD�UHDOL]DGD�SHOR�SUR¿VVLRQDO�GH�VD~GH�RX�GD�HGXFDomR��FRP�D�LQWHQomR�GH�VHU�XP�SRQWR�
LQLFLDO�QR�GLDJQyVWLFR�GH�XPD�GRHQoD�RX�SDWRORJLD��QR�FDVR�GR�PpGLFR��RX�GL¿FXOGDGH�GH�DSUHQGL]DJHP��QR�FDVR�GR�SVL-
copedagogo. Em outras palavras, é uma entrevista que busca relembrar todos os fatos que se relacionam com a doença 
e a pessoa doente ou com problema de aprendizagem.
Brinquedista:�SHVVRD�FRP�IRUPDomR�HVSHFt¿FD�SDUD�DWXDU�FRPR�PRQLWRU�HP�EULQTXHGRWHFDV��SUHSDUDQGR�VH�SDUD�GH-
senvolver, orientar e supervisionar atividades lúdicas das crianças. 
Diagnóstico psicopedagógico:�SURFHVVR�TXH�SRVVLELOLWD�DR�SUR¿VVLRQDO�LQYHVWLJDU�H�OHYDQWDU�KLSyWHVHV�TXH�SRGHP�
RX�QmR�VH�FRQ¿UPDU�GXUDQWH�D�DYDOLDomR�GR�FDVR��EDVHDQGR�VH�SDUD�LVVR�HP�FRQKHFLPHQWRV�SUiWLFRV�H�WHyULFRV��7HP�
SRU�REMHWLYR�EiVLFR�LGHQWL¿FDU�RV�SUREOHPDV�H�REVWiFXORV�EiVLFRV�TXH�LPSHGHP�R�VXMHLWR�GH�SURJUHGLU�HP�VXDV�DSUHQ-
dizagens.
Epistemologia Genética: teoria criada por Jean Piaget que entende que o conhecimento é construído a partir de estru-
turas cognitivas do sujeito.
Estruturas cognitivas: é o conjunto de elementos que são usados nos processos mentais superiores de cognição, isto 
é, são relativas ao sistema de conhecimentos da pessoa.
Psicopedagógico: relativo à psicopedagogia, área do conhecimento que estuda os processos de aprendizagem de 
FULDQoDV��DGROHVFHQWHV�H�DGXOWRV��9LVD�LGHQWL¿FDU�DV�GL¿FXOGDGHV�H�RV�WUDQVWRUQRV�TXH�LQWHUIHUHP�QD�DVVLPLODomR�GR�FRQ-
teúdo, fazendo uso de conhecimentos da psicologia e da antropologia para analisar o comportamento do aluno.
Resiliência:�WHUPR�XWLOL]DGR�HP�)tVLFD�TXH�VLJQL¿FD�D�FDSDFLGDGH�GH�XP�GHWHUPLQDGR�PDWHULDO�GH�UHWRUQDU�DR�HVWDGR�inicial após cessar a causa de uma deformação. Em Psicologia, esse termo refere-se aos processos de superação de 
FULVHV�RX�DGYHUVLGDGHV�TXH�SRVVXL�R�VHU�KXPDQR��1R�FDVR�GD�FULDQoD��VLJQL¿FD��SRUWDQWR��YROWDU�j�VXD�FRQGLomR�LQIDQWLO�
por meio da brincadeira.
A p W L W OL G O ¿ L O G ~G G G m L W m G W
GLOSSÁRIO
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GABARITO
Questão 1
Resposta: Na brinquedoteca, o trabalho diagnóstico e preventivo realizado valoriza o jogo e a brincadeira como 
promotores do desenvolvimento infantil. Esse ambiente facilita o entendimento das queixas escolares por articular 
Do}HV�HQWUH�D�KLVWyULD�SHVVRDO��IDPLOLDU�H�HVFRODU�GD�FULDQoD��3HUPLWH��DLQGD��D�UHÀH[mR�GR�SRUTXr�GH�DOJXPDV�FULDQoDV��
com inteligência, acuidades e comportamentos motores e socioemocionais considerados adequados para a idade, não 
aprendem a ler, a escrever e a contar como as demais.
Questão 2
Resposta: Alternativa B.
(VWD�UHVSRVWD�p�FRUUHWD��XPD�YH]�TXH�DV�GL¿FXOGDGHV�HVFRODUHV�WrP�VXD�RULJHP�HP�SUREOHPDV�TXH�HQYROYHP�QmR�DSHQDV�
a própria criança, mas também as relações familiares e escolares.
Questão 3
Resposta: O aspecto físico-motor, pois a criança já apresenta a capacidade de apreensão bem desenvolvida, e o 
aspecto intelectual, ao demonstrar capacidade de planejamento e ao encontrar uma solução para o problema com o qual 
se deparou, utilizando-se de um instrumento disponível no ambiente.
Questão 4
Resposta: Alternativa E.
Esta resposta é correta, pois, na brinquedoteca, os jogos e brincadeiras infantis podem interferir positivamente no 
GHVHQYROYLPHQWR�FRJQLWLYR��VRFLDO�H�HPRFLRQDO�GD�FULDQoD��DX[LOLDQGR�D�HP�VXDV�GL¿FXOGDGHV�GH�DSUHQGL]DJHP�
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Questão 5
Resposta:
1. O ambiente deve ser acolhedor.
2. O brinquedista/educador deve criar laços afetivos para auxiliar a criança a superar o medo do desconhecido.
3. O brinquedista/educador deve preocupar-se em dar orientações à família e à escola.

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