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OS 
CONTRATUALISTA
S
 LIMONGI, Maria Isabel de Magalhães Papaterra. Os contratualistas: 
Hobbes, Locke e Rousseau. In: Manual de filosofia política: para os 
cursos de teoria do estado e ciência política. Flamarion Calderia Ramos, 
Rúrion Melo, Yara Frateschi (orgs). São Paulo, Saraiva, 2012, pp. 97-117. 
 
 ALBUQUERQUE, J. A. Guilhon. Montesquieu: sociedade e poder. In: Os 
clássicos da política, 1/ Francisco C. Weffort (org.). São Paulo, Ática, 
2006, pp. 111-120. 
 
GRÃ-BRETANHA NO SÉCULO 
XVII
Guerra 
civil 
inglesa 
(1642-49)
Revolução 
Puritana
Restauração 
(1660-88)
Revolução 
Gloriosa 
(1688-89)
Oliver 
Cromwell
República 
parlamentarista
Parlamento 
acima da 
monarquia
THOMAS HOBBES 
(1588-1679)
THOMAS HOBBES
 -Sua filosofia política foi influenciada pelo seu interesse na ciência e por 
suas cartas com filósofos, incluindo René Descartes.
 -Foi inspirado pela simplicidade e elegância da geometria e da física e 
revolucionou a teoria política ao aplicar tal método científico à sua 
razão.
THOMAS HOBBES
 - “Estado de natureza”: condição teórica da humanidade antes da 
introdução das estruturas e normas sociais
 -Muitas pensadores acreditavam que, ao analisar os “instintos” e 
comportamentos humanos desse estado de natureza, seria possível 
desenvolver um sistema de governo que satisfizesse as necessidades 
dos cidadãos, promovesse bom comportamento e enfrentasse os maus.
THOMAS HOBBES
THOMAS HOBBES
 -O título
 -o Estado é o “grande Leviatã...que não é senão um homem artificial, 
embora de maior estatura e força que o homem natural, para cuja 
proteção e defesa foi projetado”.
 -O Estado seria, assim, uma cruel construção artificial, contudo 
necessária para o bem e a proteção dos cidadãos.
 -Contexto: Guerra Civil Inglesa (1642-51)
 -Argumento: contra o questionamento da autoridade real.
 -O estado de natureza era comparado à guerra civil e só podia ser 
evitado se os homens entregassem suas armas a uma terceiro- o 
soberano-por meio de um pacto (covenant) social que garantiria que 
todos os outros também o fizessem.
THOMAS HOBBES
Deixados sem 
governo, os homens 
aterrorizam uns aos 
outros num estado 
de natureza ...
...no qual os indivíduos 
não se detém por nada 
em sua busca de 
autopreservação ou 
autopromoção.
No estado de natureza, a 
condição do homem é a 
condição de guerra de todos 
contra todos.
THOMAS HOBBES
Para evitar chegar ao 
estado de natureza, os 
homens devem entrar 
num contrato social, 
submetendo-se à 
autoridade e à proteção 
do soberano. 
O soberano deve ser um 
governante absoluto 
com poderes 
indivisíveis e ilimitados 
para prevenir a luta 
sectária e o caos.
Se um soberano falhar em seu 
dever, rompe-se o contrato 
social, e os indivíduos podem 
agir, o que os leva de volta ao 
estado de natureza.
THOMAS HOBBES
No estado de natureza, 
todos os homens estão 
em guerra uns contra os 
outros e vivem num 
constante estado de 
medo de seus 
companheiros.
Com o contrato social, o 
povo investe todo o 
poder num terceiro 
elemento, o soberano, 
em troca de segurança e 
do estado de direito.
THOMAS HOBBES
 -Hobbes era um contratualista, o primeiro deles, ou seja, afirma que a origem 
do Estado e/ou sociedade está num contrato.
 -A política se funda sobre uma relação jurídica, já que o contrato é um ato 
jurídico pelo qual as partes contratantes estabelecem direitos e deveres 
recíprocos.
 -O contrato é uma realidade de pensamento, não uma realidade empírica.
 -”Portanto, se dois homens desejam a mesma coisa, ao mesmo tempo que é 
impossível ela ser governada por ambos, eles tornam-se inimigos. E no 
caminho para seu fim (...) esforçam-se por se destruir ou se subjugar um ao 
outro. (...)
 E contra esta desconfiança de uns em relação aos outros, nenhuma maneira 
de se garantir é tão razoável como a antecipação; isto é, pela força ou pela 
astúcia, subjugar as pessoas de todos os homens que puder, durante o tempo 
necessário para chegar ao momento em que não veja qualquer outro poder 
suficientemente grande para ameaça-lo. (...)
THOMAS HOBBES
 De modo que na natureza do homem encontramos três causas 
principais de discórdia. Primeiro, a competição; segundo, a 
desconfiança; e terceiro, a glória. (...)
 Com isto se torna manifesto que, durante o tempo em que os homens 
vivem sem um poder comum capaz de os manter a todos em respeito, 
eles se encontram naquela condição a que se chama guerra; e uma 
guerra que é de todos os homens contra todos os homens” (Leviatã, 
cap. XIII)
 -Rompimento com Aristóteles
THOMAS HOBBES
 - “Que seja portanto ele a considerar-se a si mesmo, que quando 
empreende uma viagem se arma e procura ir bem acompanhado; que 
quando vai dormir fecha suas portas; que mesmo quando está em casa 
tranca seus cofres; e isto mesmo sabendo que existem leis e 
funcionários públicos armados, prontos a vingar qualquer injúria que 
lhe possa ser feita. Que opinião tem ele de seus compatriotas, ao viajar 
armado; de seus concidadãos, ao fechar suas portas; e de seus filhos e 
servidores, quando tranca seus cofres? Não significa isso acusar tanto a 
humanidade com seus atos como eu o faço com minhas palavras?” 
(Leviatã, Cap. XIII)
THOMAS HOBBES
 -Hobbes imagina um Estado que é condição para existir a própria 
sociedade. A sociedade nasce com o Estado.
 - “Feito isto, à multidão assim unida numa só pessoa se chama Estado, 
em latim civitas. É esta a geração daquele grande Leviatã, ou antes 
(para falar em termos mais reverentes) daquele Deus Mortal, ao qual 
devemos, abaixo do Deus Imortal, nossa paz e defesa” (Leviatã, cap. XII)
 -O poder do governante deve ser absoluto e ilimitado. No momento do 
contrato não existe ainda soberano, que só surge devido ao contrato. 
Disso resulta que ele se conserva fora dos compromissos, e isento de 
qualquer obrigação.
 -Terror x medo
THOMAS HOBBES
 -O poder do Estado se apresenta como condição da validade dos 
contratos.
 - “Os pactos, sem a espada, não passam de conversa fiada” (Leviatã)
 -Fazer contratos é a condição da paz, que a todos interessa- então, têm 
interesse em criar esse poder.
 -Ӄ como se cada homem dissesse a cada homem: cedo e transfiro meu 
direito de governar-me a mim mesmo a esse homem ou a esta 
assembleia de homens, com a condição de transferires a ele teu direito, 
autorizando de maneira semelhante todas as suas ações” (Leviatã)
 -Assim, o direito é fundado politicamente.
THOMAS HOBBES
 -Hobbes como “pensador maldito”:
◦ Apresenta o Estado como monstruoso;
◦ Apresenta o homem como belicoso;
◦ Nega o direito natural sagrado à propriedade;
◦ Subordina a religião ao poder político;
◦ Faz do homem o artífice da sua condição, através do contrato, e não Deus ou 
a natureza
THOMAS HOBBES
JOHN LOCKE (1632-1704)
JOHN LOCKE
 -Foi o primeiro a articular os princípios liberais de governo, a saber, que o 
propósito do governo era preservar os direitos dos cidadãos à liberdade, à 
vida e à propriedade, buscar o bem público e punir quem violasse os direitos 
dos outros.
 -Fundador do Empirismo – teoria da tabula rasa
 -”O segundo tratado sobre o governo civil”
 -Definiu o poder político como “um direito de fazer leis com penas de 
morte”.
 -Era contra a soberania absoluta: “tenho razão em concluir que aquele que 
me colocasse sob seu poder sem meu consentimento me usaria como lhe 
aprouvesse quando me visse naquela situação e prosseguiria até me destruir; 
pois ninguém pode desejar ter-me em seu poder absoluto, a não ser para 
obrigar-me à força a algo que vem contra meu direito de liberdade, ou seja, 
fazer de mim um escravo”. 
JOHN LOCKE
Os humanos são 
agentes racionaise 
independentes, 
com direitos 
naturais.
Eles se juntam a uma 
sociedade política 
para serem 
protegidos pelo 
estado de direito.
O objetivo da lei 
é preservar e 
aumentar a 
liberdade.
JOHN LOCKE
 -Pensava que o Estado não deveria ter ingerência nas questões 
religiosas.
 -Nem a tradição nem a força, mas apenas o consentimento expresso 
dos governados é a punica fonte do poder político legítimo.
 -Estado de natureza: os homens viviam originalmente num estado 
caracterizado pela mais perfeita liberdade e igualdade, estando 
naturalmente ligados uns aos outros pelos vínculos racionais do direito 
natural.
 -Teoria da propriedade:
◦ A propriedade é um direito natural, anterior à sociedade;
◦ O trabalho era o fundamento originário da propriedade;
◦ Contrato social tem como objetivo a preservação da propriedade e a 
proteção da comunidade
JOHN LOCKE
 -O contrato permite aos homens instaurar a racionalidade perdida em 
suas relações primitivas.
 -Evitar o estado de guerra “é a grande razão pela qual os homens se 
unem em sociedade e abandonam o estado de natureza”. Este estado 
de guerra surge quando ocorre a transgressão da lei natural e dos laços 
de dever.
 -A lei natural é uma limitação do poder político – o direito à resistência
BARÃO DE MONTESQUIEU 
(1689-1755)
BARÃO DE MONTESQUIEU
As obrigações administrativas do governo devem 
ser separadas em três poderes.
... O poder 
executivo 
responsável por 
fazer cumprir as 
leis do Estado.
...o poder 
legislativo 
responsável por 
aprovar e alterar 
as leis do Estado.
...o poder 
judiciário 
responsável por 
interpretar as leis 
do Estado.
Como todos esses poderes são separados e 
independentes uns dos outros, a influência de cada poder 
não pode exceder a dos outros dois.
BARÃO DE MONTESQUIEU
 -Alicerce da Revolução Francesa e da Constituição dos Estados Unidos 
da América.
 -O espírito das leis é o conjunto de relações (geográficas, climáticas, 
religiosas, econômicas, morais etc.) que caracterizam um conjunto de 
leis positivas e históricas, que regulam os comportamentos e as 
relações humanas nas diversas sociedades.
 -Definindo lei como “relações necessárias que derivam da natureza das 
coisas”, estabelece uma ponte com as ciências empíricas, e 
particularmente com a física newtoniana. Com isso, rompe com a 
tradicional submissão da política com a teologia.
 -Regra da imanência.
 -Um dos pais da sociologia.
JEAN-JACQUES ROUSSEAU 
(1712-1778)
JEAN-JACQUES ROUSSEAU
Humanos 
existem em um 
estado de 
natureza antes 
da sociedade
Eles eram 
livres e 
felizes como 
os animais...
... Mas 
trocaram sua 
liberdade por 
um contrato 
social e leis.
Renunciar à 
liberdade é 
renunciar a ser 
homem.
Nós não 
podemos voltar 
para um estado 
de natureza...
JEAN-JACQUES ROUSSEAU
...mas podemos escrever um 
novo contrato social 
promovendo a liberdade por 
meio da lei.
JEAN-JACQUES ROUSSEAU
O advento da propriedade 
privada foi responsável por 
todas as divisões e 
desigualdades que existem na 
sociedade.
Quando a propriedade 
privada apareceu na 
sociedade ela criou 
uma divisão imediata 
entre aqueles que 
tinham propriedade e 
aqueles que não 
tinham.
Pessoas que tinham 
mais propriedade 
começaram a se julgar 
superiores àquelas que 
tinham menos.
JEAN-JACQUES ROUSSEAU
 - “O homem nasce livre e, por toda parte, é posto a ferros” (O contrato social)
 -As sociedades foram formadas após o abandono do estado de natureza e o 
estabelecimento dos direitos de propriedade com suas desigualdades.
 -Ao estabelecer um governante acima da sociedade, transformava-se a 
igualdade natural numa desigualdade política permanente.
 -Foram a sociedade civil e a propriedade que levaram à guerra e o Estado foi 
o agente que instaurou os conflitos.
 -A necessidade de um novo pacto social
◦ O povo inteiro deveria ser soberano (a “vontade geral” expressa em assembleias 
populares)
◦ As pessoas deveriam ser iguais

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