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Capítulo 1 - Com quantos naus se faz um país? 
Portugal um país pequeno para os nossos padrões, realizou uma façanha, organizada pelo reino que, estimulava o comércio marítimo e a reconquista das terras ocupadas pelos mouros (muçulmanos), se firmando politicamente em torno da monarquia.
Para o fortalecimento do poder, os reis contaram com um corpo de funcionários leais ao Estado, principalmente depois da Revolução de Avis que beneficiou a burguesia concentrando recursos tecnológicos e militares, fornecendo o suporte ao empreendimento das navegações reunindo interesses de cunho político, econômico,religioso e militar.
O Estado centralizado tornava-se peça essencial a expansão marítima, pois ajudava com financiamento de projetos, mobilizações de recursos e reunia segmentos sociais. Caracterizavam - se basicamente pela organização de uma justiça leal ao Estado.
Nessa período Lisboa se tornava uma cidade cosmopolita reunindo gente de variadas origens, etnias e de idiomas. Típica de uma idade rica, cheia de civilizações, afinal tratava-se de gente, com ambições. Outro aspecto a ser lembrado é o do conhecimento científico, particularmente o conhecimente cartográfico. Ao ampliar as possibilidades de contato entre as civilizações, tornou necessário o registro das novas terras e povos.
O conhecimento científico sofria sérias limitações pois as crenças de que existiam tremores nas travecias, não impediam os Portugueses a realizarem viagens longas. Um fator importante a ser citado foi o desenvolvimento da ciência náutica e a invenção de um novo tipo de embarcação, a Caravela.
Pincipais Tratados: O feito dos navegadores fez com que os reis de Portugal e Espanha disputassem as terras recém-descobertas. Uma primeira solução foi estabelecida pela Bula Papal Inter Coetera que determinou um limite a cem léguas a ostes de Cabo Verde - limite recusado por Potugal. Esse impasse foi resolvida com a mediação do Papa, mediante a assinatura do Tratado de Tordesilhas pela qual as tal terras iriam ser dividas para Espanha a oeste das ilhas de Cabo Verde e Portugal a leste. Não aceito por países da Europa.
Até o século XVII os Papas agiram como arbitros supremos nas questões internacionais, isso só mudou com o criador do Direito Internacional, Hugo Grotius. Essa situação se consolida a partir da Paz de Westfalia, que reconhece a soberania do Estado.
Processo de colonização: Em 1500 Cabral chega no litoral brasileiro, conhecido hoje como estado da Bahia. Inicialmente Portugal não havia interesse pelas terras brasileiras, pois em comparação ao mercado oriental, o Brasil não era nada lucrativo. Única atividade extrativista explorada no momento seria o pau-brasil, madeira últil para atividade têxtil. O escambo era uma prática comum na relação entre europeus e nativos, e foi assim que obtiveram ajuda dos índigenas para exploração da riqueza. A fundação de São Vicente trouxe para o Brasil a estrutura citadina representada pelas casas,capela, e cadeias e pelourinho, bem como a nomeação de autoridades como juízes, meirinhos e escrivãos. O governo luso era fundamentado nas chamadas ordenações (regimentos, alvarás cartas régias, forais e sesmarias): Afonsinas, Manuelinas e Filipinas. 
Capitanias Hereditárias: Solução encaminhada pelo governo português para a ocupação do território sem comprometer o tesouro real. O rei português procedeu à divisão do território brasileiro em 15 lotes de terras confiados a 12 donatários que ali exerciam autoridade. Foram estipulados direitos, porém, não poderiam vender as terras concebidas. Direitos esses como fundar vilas, cobrar impostos sobre tudo o que fosse produzido na capitania, dominar tribos rebeldes e doar lotes de terras para a produção de alimentos , assim chamado de Sesmarias. Dois documentos foram criados para estabelecer deveres e direitos aos donatarios: A Carta de Doação, concessão de uma capitania a um capitão. O Foral, fixava os direitos e deveres do capitão donatário e formava a base do estabelecimento das vilas e das cidades. Contudo nenhuma das capitanias conseguiram ser rentáveis, mesmo com produtos como açúcar, algodão e tabaco. Com exceção da Capitania de Pernambuco, que teve muito sucesso com a produção de cana-de-açúcar.
Governo-geral: O Regimento Geral foi instrumento por meio qual o rei reorganizou administrativamente, por um conjunto de leis. Foi incumbido de coordenar a defesa da colônia, explorar o sertão, auxiliar as capitanias. Foi criado também um meio de organização da colônia, contendo, Governador-geral: centralizava a administração da colônia, Provedor-mor: funções financeiras, Ouvidor-mor: atividades ligadas a justiça, Capitão-mor: defesa da colônia e as Câmaras Municipais: cuidavam da rotina das cidades e das vilas, eram exercida por grandes propietários com poderes locais. Consequentemente veio a deminuição dos poderes dos donatários. 
Base econômica do período colonial: Tornou-se comum afirmar que o trabalho escravo fornecer as bases para a construção do Brasil, desde o período colonial até o fim do Império brasileiro. Do século XV ao XIX, milhões de pessoas foram arrancadas do seu mundo, acorrentadas e enviadas a locais estranhos para elas, um dos lugares o nordeste do Brasil, alimentando uma das atividades mais rentáveis da História, o tráfico.
Diante da grande repressão das expedições guarda-costas que mostraram-se insuficientes para combater o contrabando e a constante ameaça de ocupação estrangeira, diante da vasta extensão do litoral. Portugal necessitou trazer um cultivo que promovesse a ocupação das terras, o açúcar. O termo engenho passou a indicar todo o complexo envolvido na produção e também a ordem social a qual se inseria. A estrutura familiar era Pratiarcal, aonde era de responsabilidade do pai controlar tudo. O açúcar se tornaria o elemento destinado a preservar a presença dos colonizadores integrando economicamente a colônia com os mercados da Europa. A adoção da monocultura não só aumentou o tráfico de escravos como internacionalizou a economia. Estava caracterizado o chamado Pacto Colonial, assegurando a metrópole o monopólio do comercio colonial.Os senhores de engenho conseguiam bom preço para o açúcar e os negociantes portugueses ganhavam com o tranposte e a revenda da mercadoria. 
A presença holandesa no nordeste refletia os costumes e a estrutura política de uma sociedade estruturada em bases urbanas, foi um empreendimento essencialmente comercial, tornando pouco aceitavél que sua forma de colonização seria mais adequada ao Brasil. Logo após a a expulsão dos holandeses do Nordeste, se dirigiram para Antilhas e por conta dos conhecimentos adquiridos no Brasil permitiam baratear o transporte das mercadorias, provocando a queda da economia açúcareira nordestina.
Mineração - A Era do Ouro: Com a descoberta do ouro, as contas de Portugal puderam se reequilibrar. Na colônia, a economia deslocou-se do Nordeste para as Gerais. Portugal viu então uma forma de quitar dívidas com a Inglaterra. O Estado português logo tratou de regulamentar e exploração de riquezas, instituiu a Intendência de Minas visando supervisionar as concessões de terra para a mineração . As condições de trabalho bas minas eram muito sofridas, sujeitas as desastres. Podemos ver uma acentuada urbanização nas Gerais, permitindo que muitas atividades profissionais ganhassem força, tais como médicos,artesãos, músicos, escritores, entre outros. O enriquecimento da região resultou numa taxação abusiva, estipulando que um quinto (20%) do minério seria propriedade real. Foram tributos tão exurbitantes que houve a decadênciadas Minas.

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