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� PAGE \* MERGEFORMAT �16�
CENTRO UNIVERSIÁRIO ESTÁCIO DE BRASÍLIA Campus Estácio - Taguatinga - Brasília.
Plano de Aula: Direito Internacional Público
DIREITO INTERNACIONAL - CCJ0056
Título
Direito Internacional Público
Número de Aulas por Semana
1 
SubTema
O Direito Internacional Contemporâneo
1. O Direito Internacional Contemporâneo: o direito em um mundo globalização
1.1. A globalização econômica e a cooperação
1.2.  Vertentes do Direito Internacional: o Direito Internacional Público e o Privado
1.2.1. Objeto do Direito Internacional Público
1.2.2. Objeto do Direito Internacional Privado
1.2.3. Relação entre os objetos
1.3.  O Direito Internacional Público
1.3.1. Fundamentos e noções preliminares:
1.3.2. A sociedade internacional
1.3.2.1. Forças atuantes;
1.3.2.2. Descrição: a globalização econômica e a complexidade da noção de sociedade internacional contemporânea
1.3.2.3. Características
1. O DIREITO INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO: O DIREITO EM UM MUNDO GLOBALIZAÇÃO.
 A intensificação do capitalismo, aliado a outros fatores, como o desenvolvimento tecnológico e científico gerou na contemporaneidade o processo chamado de globalização. O surgimento de uma economia de mercado global, resultado da internacionalização das economias nacionais e da expansão global dos investimentos estrangeiros é responsável pela intensificação das desigualdades que agora alcançam nível global; nas palavras de Celso Mello: As pessoas estão mais ricas que Estados?
Esta nova realidade marca-se pela predominância da força econômica, que impulsiona as relações entre os Estados na contemporaneidade. De um direito internacional clássico, que se assentava na primazia da força política, um direito nitidamente de coexistência, um instrumento de manutenção do equilíbrio de poder, para um direito de cooperação, indispensável à inexorável interdependência entre eles. Esta necessária cooperação não afeta apenas as relações entre sujeitos de direito internacional público, mas força que as instituições de âmbito interno sejam também acomodadas a esta nova realidade, já que o horizonte globalizado expande também o universo das relações de direito interno, aquelas entre pessoas físicas e jurídicas das mais diversas nações. Neste cenário, as duas vertentes do Direito Internacional, o público e o privado, assumem nova dimensão. 
A nova perspectiva do Direito Internacional encontrou reforço na busca por sua efetividade, ou seja, no maior grau de influência nas relações de fato estabelecidas pelas pessoas de Direito Internacional. Cada dia novas pesquisas sobre o DI buscam a sua transformação em um Direito internacional voltado para o desenvolvimento. Deste esforço participam as nações menos favorecidas que lutam por uma igualdade vantajosa que os coloque, em certa medida, em pé de igualdade de condições com os mais favorecidos. A norma internacional justa não deve ser inspirada no interesse de poucos, mas deve surgir da convivência social internacional levando em consideração o maior número de Estados e de indivíduos aí existentes. (Pierre Hassner)
Segundo Monique Chemillier-Gendreau (advogada francesa nascida em 15 de abril de 1935, professora de Direito Internacional, Universidade de Paris) o Direito Internacional para garantir sua coerência precisa se fundamentar em uma racionalidade que se impõe como universal, e isto é indemonstrável. 
Segundo a jurista francesa, o DI hoje é voltado ainda para a soberania, que foi flexibilizada pelos atuais processos de transformação e assim, para transformá-lo, tornando-o mais efetivo, devemos buscar a democratização, com a participação do maior número de Estados, baseando-se no princípio da igualdade entre eles prevista na Carta das Nações Unidas.
Face ao sistema adotado pela grande maioria dos Estados, o DI hoje não está apto a garantir os direitos dos indivíduos e das minorias nacionais, já que depende da boa-vontade dos Estados para sua implementação internamente. Este é o que se denomina de direito internacional fragmentado.
Historicamente o século vinte principalmente após a 2.ª Guerra poderia ser chamado do século das luzes no Direito Internacional. Nestes anos, a guerra e o uso da força foram expurgados pelos princípios do DI consagrados, floresceram as Organizações Internacionais, os direitos humanos, a diplomacia tomou impulso e os tratados internacionais tenderam majoritariamente a multilateralidade.
O impulso tomado pelo DI no século XX estabeleceu a idéia de que novos princípios, regras e mecanismos deveriam ser incorporados pelo Direito, para que este pudesse adaptar-se aos novos valores e às necessidades dos novos e numerosos sujeitos. Vários princípios foram consagrados pelo esforço dos menos fortes, em especial o do direito ao desenvolvimento, previsto pelo Pacto Internacional dos direitos sociais, políticos e econômicos.
Sobre o Sistema Internacional Contemporâneo, aponta Marcel Merle (1923-2003- Sociólogo das Relações Internacionais) e Pensador Frances), algumas características: 
- Incremento das relações econômicas no sentido do estabelecimento de um mercado mundial. 
​- Informações transmitidas instantaneamente.
​- Volume das informações e o deslocamento das pessoas têm aumentados.
​- Há um campo estratégico unificado, devido às armas de destruição em massa.
​- Os Estados participam de um grande número de organismos internacionais.
Segundo Charles Chaumonte (1473-1511, militar francês), a comunidade internacional se caracteriza pela existência de antinomias; são elas:
Ordem pública x Revolução;
Cooperação x Soberania;
Direito à autodeterminação dos povos x Divisão do mundo em zonas de influência.
Por fim, para Celso Mello a sociedade internacional contemporânea, que surge após a queda do murro de Berlim é uni-multipolar (EUA é a única superpotência, mas existem outras potências importantes, como a Rússia, o Japão, a Alemanha, a França, a Grã-Bretanha e a China, que está crescendo vertiginosamente e está sendo apontada como uma potência regional). Para Mello, não há a ?estabilidade e previsibilidade? típica da Guerra Fria.
Ao lado destas mudanças na relação entre os sujeitos de direito internacional público, o objeto específico do estudo do direito internacional privado são as relações jurídicas com conexão internacional e
 os conflitos de leis no espaço também tem se tornado mais complexo. A facilidade no estabelecimento de relações de direito privado conectadas a mais de uma ordem jurídica estatal tem colocado à prova os meios de solução de conflitos tradicionalmente utilizados e tem feito com que a uniformização e harmonização tenham se tornado um objetivo para aqueles que se dedicam à área. A cooperação judiciária tem também se tornado uma prática quase que universal. É neste ambiente que se deve pensar o direito internacional na contemporaneidade.
1.1. A GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA E A COOPERAÇÃO
O Direito Internacional ao desenvolvimento rompe a postura de neutralidade axiológica assumida pelo Direito Internacional em favor de uma concepção de nítido conteúdo político e moral, cuja meta é a emancipação dos países subdesenvolvidos. 
Os países viram-se do fenômeno da Globalização, diante de uma ordem mundial interconectada, onde as decisões de um país afetavam os outros, e assim por diante. Notou-se a necessidade da cooperação internacional. A cooperação passou a ser vista como um direito essencial que buscava realizar o desenvolvimento econômico, social, finalista, teleológico e político, de todos os povos, inclusive nos países subdesenvolvidos.
A partir da globalização, pode-se pensar como atingir o desenvolvimento. Assim, utilizando a cooperação de todos os países e organizações, percebe-se que a mudança deve iniciar com relação a: (1) o direito a saúde e ao meio ambiente saudável devem ultrapassar os limites estabelecidos pelo mercado e pelo direito privado, pois são direitos do homem e dever da comunidade internacional; (2) buscar os produtosde exportação dos países periféricos sejam contemplados com a diminuição da proteção tarifária nos mercados centrais; (3) ajuda humanitária mais intensificada de organismos internacionais como a ONU; (4) criar mecanismos sociais, em nível interno e externo, de controle e fiscalização das práticas e projetos governamentais; (5) lutar contra a corrupção; (6) Estreitar a cooperação e participação dos países em fóruns jurídicos ou políticos de efetivação dos Direitos Humanos; (7) internamente devemos criar políticas públicas que favoreçam o desenvolvimento; (8) políticas públicas não-penais, que previnam a criminalidade; (9) por fim, criar uma política de incentivo a cooperação internacional, respeitando a soberania e os direitos humanos.
Vale dizer, a cooperação internacional no mundo globalizado, se revela com mais freqüência em catástrofes ou fenômenos naturais, como terremotos, maremotos, furacões, tornados, incêndio, etc...
1.2. VERTENTES DO DIREITO INTERNACIONAL: O DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E O PRIVADO;
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Independentemente da tese que se adote, seja pelo criacionismo, seja pelo evolucionismo, para que se vislumbre a origem de tudo, há uma evolução natural da história encontrada na literatura que pode ser dividida em cinco grandes períodos, a saber: 
(a)PRÉ-HISTÓRIA >período que vai do surgimento do homem na terra, há cerca de 3,5 milhões de anos atrás, até o aparecimento da escrita, por volta do ano 4.000 a.C., tendo como pontos importantes, a evolução no emprego da pedra como arma e ferramenta, a criação da linguagem oral, a utilização e o domínio do fogo, a domesticação, a criação dos animais, a prática da agricultura e a criação da metalurgia;
(b) ANTIGUIDADE >começa com a utilização da escrita e termina com a queda do Império Romano do Ocidente, no ano de 476 d.C., tendo como pontos importantes o desenvolvimento da agricultura e pecuária, o surgimento do escravismo, das cidades-Estado e de sistemas políticos monárquicos, a democracia nas polis (ou cidades gregas), as religiões monoteístas e as ciências; 
(c)IDADE MÉDIA >corresponde ao período que vai do Século V d.C., até a queda de Constantinopla, a capital do Império Romano do Oriente, no ano de 1453, tendo como pontos importantes, o aparecimento dos impérios feudais (economia agrícola de subsistência com mão de obra servil), e a evolução do cristianismo e do islamismo;
(d) IDADE MODERNA >corresponde ao período que vai da queda do Império Romano do Oriente (1453) até a Revolução Francesa, no ano de 1789, tendo como principais pontos, o surgimento dos Estados nacionais monárquicos, as navegações marítimas, a expansão do capitalismo como forma de produção predominante e a evolução das ciências; 
(e) IDADE CONTEMPORÂNEA >corresponde ao período que vai da Revolução Francesa (1789) até os dias atuais, tendo como principais pontos o período napoleônico (1799-1815), a Revolução Industrial, o surgimento do imperialismo (Impérios Britânico, Russo, Austro-Húngaro), a Revolução Socialista (1917), o surgimento do fascismo e do nazismo, a 1ª Guerra Mundial (1914-1918), a 2ª Guerra Mundial (1939-1945), a Guerra Fria (1948-1990, ideologia capitalista liderada pelos Estados Unidos e a ideologia socialista liderada pela extinta União Soviética), o Terceiro Mundo (Países em desenvolvimento que não se alinhando às ideologias capitalistas ou socialistas, se reuniram na Indonésia em 1955, na Conferência Afro-Asiática, e se auto-proclamaram como Países do Terceiro Mundo), a desagregação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS (1991), o fenômeno da globalização e a revolução da telemática (telecomunicação e informatização, via Internet, ou rede mundial de computadores).
Crédito de imagem: www.editoradobrasil.com.br. (acesso em 14-08-2016)
CIVILIZAÇÕES ANTIGAS
Nessa rápida radiografia histórica, muitos povos, muitas nações e impérios dominaram o cenário mundial de forma soberana, seja por razões militares, seja por razões comerciais ou econômicas. É bem verdade que o mundo ancestral estava na Europa, no Mar Mediterrâneo, Oriente Médio, Índia e China. Predominaram nestes tempos remotos entre outras, as civilizações da mesopotâmia, egípcia, fenícia, cretense, grega, hebraica, hindu, babilônica, chinesa, assíria, grega, romana e persa. Destacamos as mais conhecidas civilizações antigas, que se sobrepuseram de forma soberana sobre outros povos, e que foram a egípcia, a grega, a romano.
RAMOS DO DIREITO
 QUADRO SINÓTICO
DIREITO PÚBLICO: Direito Constitucional
Direito Público > Interno > Direito Administrativo
 Direito Financeiro/Direito Tributário Direito do Consumidor
 Direito Penal
 Direito Processual > Civil e Penal
 Direito do Trabalho
 Direito Eleitoral 
Direito Público > Externo > Direito Internacional > Público e Privado
DIREITO PRIVADO: > Direito Civil
 Direito Comercial > Terrestre, Marítimo e Aeronáutico 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA NA DOUTRINA. O direito internacional é, indubitavelmente, a área da ciência jurídica mais complexa e difícil de aplicar, pois será implantado em uma sociedade muito heterogênea e não possui uma autoridade suprema para impor sua vontade. Paradoxalmente, apaixona e cativa estudiosos em todo o mundo que querem ajudar um pouco no desenvolvimento de uma sociedade internacional mais justa e pacífica.
Pode-se afirmar que o primeiro registro de assinatura de um tratado bilateral no século XII a.C. – Tratado de Paz entre o faraó egípcio Ramsés II e o rei dos Hititas, Hatusil III, no ano aproximado de 1272 a.C. –, sendo o direito internacional fruto do avanço das transações comerciais no sistema feudal (Idade Média) e da crescente necessidade de os Estados se relacionarem entre si. 
Adverte Hildebrando Accioly, que Em lugar de alimentar o debate a respeito do marco inicial de existência e de operação do direito internacional, pode-se adotar marco específico, para justificar o conceito. Desse modo, a rigor, se vem falar em direito internacional, a partir dos tratados de Munster e Osnabruck, também ditos da Paz de Vestfália (1648), ou da obra de GRÓCIO. 
Muito se evoluiu do século XVII para os nossos tempos e, neste interregno, este agrupamento de regras e princípios jurídicos tornou-se muito complexo e pode ser subdividido em três: público, privado e comercial. 
O direito internacional público (DIP) tem por objetivo disciplinar as atividades dos sujeitos incontestes de direito internacional (Estados e Organizações Internacionais).
O direito do comércio internacional (DCI) tem por objetivo uniformizar as relações privadas internacionais, destacadamente as transações comerciais de compra e venda de mercadorias. 
O direito internacional privado (DIPr) diz respeito ao direito interno que determinar qual a lei aplicável ao caso concreto quando a relação jurídica é de direito privado com conexão internacional. 
A subdivisão em três pode até ser contestada, pois se poderia colocar o direito do comércio internacional dentro do direito internacional público, ou, querendo, apresentar ainda outras subdivisões, como o direito processual civil internacional, os direitos humanos internacionais etc. De toda sorte, didaticamente, para este momento, diante da importância de cada esfera, entendemos ser essa a melhor subdivisão. 
1.2.1. OBJETO DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Conceito 1>O DI é um sistema de princípios e normas que regulam as relações de coexistência e de cooperação, frequentemente institucionalizadas, além de certas relações comunitárias entre Estados dotados de diferentes graus de desenvolvimento sócio econômico de Poder (Díez de Velasco,citado por G.E. do Nascimento e Silva e Hildebrando Accioly, in Manual de Direito Internacional Público, Saraiva, 2002, p. 3).
CONCEITO 2 >“O DI é o conjunto de normas jurídicas que regulam as relações mútuas dos Estados e, subsidiariamente, as demais pessoas internacionais, como determinadas organizações supranacionais. (G.E. do Nascimento e Silva e Hildebrando Accioly, in Manual de Direito Internacional Público, Saraiva, 2002, p.4).
OBJETO> “O objeto do Direito Internacional é o estabelecimento de segurança entre as Nações, sobre princípios de justiça para que dentro delas, cada homem possa ter paz, trabalho, liberdade de pensamento e de crença” (“Jorge Americano”, citado por G.E. do Nascimento e Silva e Hildebrando Accioly, in Manual de Direito Internacional Público, Saraiva, 2002, p.3).
DIREITO INTERNACIONAL >A expressão Direito Internacional (internacional Law) surge com Jeremy Bentham, em 1.780 que a utilizou em oposição a nationallaw e a municipal law
JEREMY BENTHAM (1748 -1832) foi um filósofo e jurista inglês. Juntamente com John Stuart Mill e James Mill, difundiu outilitarismo, teoria ética que responde todas as questões acerca do que fazer, do que admirar e de como viver, em termos da maximização da utilidade e da felicidade.Bentham foi quem primeiro utilizou o termo deontologia ('deon', dever + 'logos', ciência) para definir o conjunto de princípios éticos aplicados às atividades profissionais. 
A palavra “público” pode ser acrescenatada a fim de distinguir a matéria do Direito Internacional Privado”.
Francisco de Vitória (1483-1546)� foi um teólogo espanhol, sendo também conhecido por suas contribuições para a teoria da guerra justa ou o bellum iustum e, ainda é considerado como um dos fundadores do Direito Internacional Moderno.
Francisco Suárez (1548-1617)�foi um importante pensador espanhol, e tem como principal obra, De LegibusTractatus (Negociação das Leis) publicada em 1612, e, entre outros aspectos importantes, detém o mérito de ser um dos fundadores do Direito InternacionalModerno, especialmente daqueles referentes aodireito das gentes ou direito dos povos. Fez uma importante reformulação do conceito de soberania, anteriormente teorizado por pensadores como Jean Bodin (1530-1596).
Alberico Gentili(1552-1608)� foi um jurista italiano, reconhecido como um dos fundadores do Direito Internacional Moderno.Gentili parte da idéia de que a sociedade internacional é "orgânica e solidária", o que conduz à concepção de que os Estados têm uma soberania limitada.
Hugo Grócio (1583-1645)�foi um jurista da República dos Países Baixos, considerado o fundador, junto com Francisco de Vitória e Alberico Gentili do Direito internacional Moderno, baseando-se no Direito Natural. No sua influente obra Jure Belli ac Pacis (Sobre os Direitos de Guerra e Paz) de 1625, quando afirmou que "Se tudo o que alguém consegue dizer sobre a Lei e a Justiça é que se deve obedecer as leis de seu próprio país, então não há como decidir as disputas internacionais senão com a força".
1.2.2. OBJETO DO DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
CONCEITO 1 >“O Direito Internacional Privado é o ramo da ciencia jurídica onde se definem os princípios, se formulam os critérios, ese estabelecem as normas a que deve obedecer a pesquisa de soluções adequadas para os problemas emergentes das relações privadas (individuos) de caráter internacional”.
 São essas relações (ou situações), aquelas que entram em contato através dos seus elementos, com diferentes sistemas de direito. Não pertencem a um só domínio ou espaço legislativo: são relações “plurilocalizadas” (A. Ferrer Correa, Lições de Direito Internacional Privado, Vol 1, Coimbra Almedina, 2000, p.11).
CONCEITO 2 >As siuações multiconectadas, possuem características póprias e distintas das situações internas, necessitando de regulamentação específica. A determinação dos sujeitos do DIPr serve para distinguir o objeto desta disciplina do Direito Internacional Público (DI), o qual na sua forma clássica, se dedica às relações entre os Estados. Disciplina jurídica autônoma, sua denominação, apesar de imperfeita está consagrada. O DIPrnão é internacional, nem privado, pois é ramo do Direito Público Interno. Suas regras determinam quando o Direito Estrangeiro será aplicado dentro do território nacional (Nadia de Araújo, Direito Internacional Privado, Renovar, p.29).
Objeto: O direito internacional privado regula e promove o estudo de um conjunto de regras que determinam qual o direito material aplicável às relações jurídicas particulares, sejam entre pessoas físicas como o divórcio, por exemplo, jurídicas, como o comércio, e estabelece qual a jurisdição competente para dirimir determinado conflito. Feitas tais colocações, cabe apresentar tal objeto do direito internacional privado, são:
a) Condição jurídica do estrangeiro: visa dar o conhecimento dos direitos do estrangeiro de entrar e permanecer no país, domiciliar-se ou residir-se no território nacional, sem haver prejudicidade sob o crivo econômico, político e social;
b) Conflito de Jurisdições: atenta-se observar a competência do Poder Judiciário, solucionando determinadas situações que dizem respeito a pessoas, coisas ou interesses que extrapolam o limite soberano de um Estado, devendo reconhecer e executar sentenças proferidas no estrangeiro;
c) Conflito de leis: analisam-se as relações humanas conectadas a dois ou mais sistemas jurídicos, nos quais as regras materiais não são concordantes, apenas o direito aplicável a uma ou diversas relações jurídicas de direito privado com conexidade internacional;
d) Direitos adquiridos no âmbito internacional: visa considerar a mobilidade das relações jurídicas, surgindo-se uma jurisdição, refletindo seus efeitos posteriormente a sujeição de uma legislação distinta;
e) Nacionalidade: caracteriza-se o nacional de cada Estado, sob as formas originárias e derivadas de atribuição de nacionalidade, da perda, requisição, dos conflitos positivos e negativos em caso de polipatrídia, apatrídia e restrições nacionais por naturalização.
1.2.3. Relação entre os objetos.
O Direito Internacional Público trata das relações entre Estados soberanos, Organizações Internacionais Intergovernamentais, como a ONU, FMI, por exemplo, e pessoas e demais entes, como as organizações não governamentais (Greenpeace) no âmbito internacional.
O Direito Internacional Privado regula e promove o estudo de um conjunto de regras que determinam qual o direito material aplicável às relações jurídicas particulares, sejam entre pessoas físicas e pessoas jurídicas, e estabelece qual a jurisdição competente para dirimir determinado conflito, tratando-se, portanto, de um ramo que possui normas conflituais, indiretas, que não proporcionam uma solução, mas trazem o direito incidente sobre determinado fato jurídico. 
1.3.  O DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO.
1.3.1 FUNDAMENTOS E NOÇÕES PRELIMINARES.
Desde a Escola Espanhola de Direito Internacional discute-se qual é o fundamento de validade da norma jurídica internacional. Esse debate procura esclarecer a obrigatoriedade do direito internacional, pois se trata de seu alicerce. De todas as teses defendidas, inúmeras foram sepultadas com o tempo, mas, dentre as que vingaram, para um melhor entendimento, podemos agrupá-las em duas correntes: voluntarista e objetivista. 
Os voluntaristasfundamentam o direito internacional na livre e desimpedida manifestação de vontade do Estado, no exercício pleno de sua soberania. Portanto, qualquer Estado, desde que livre e soberano, somente se submete à ordem jurídica internacional quando assim desejar. Não é permitido, neste caso, obrigar um país, por exemplo, a entrar em uma organização internacional ou assinar um tratado de livre-comércio.
Os objetivistas defendem que a obrigatoriedade do DIP se encontra na superioridade das normas internacionais diante das normas dos ordenamentos jurídicos internos. A essência volitiva encontrada na corrente voluntarista é abandonada e adotam-se uma norma baseou um conjunto de princípios internacionais superiores aos aspectos legais nacionais. Segundo os objetivistas, esses pilares são essenciais para a sobrevivência da sociedade internacional.
1.3.2 A SOCIEDADE INTERNACIONAL.
Ao estudar o direito internacional convém, primeiramente, a análise do que é a sociedade internacional, comparando-se a sociedade interna e a internacional, com suas respectivas características e similaridades. 
Como ensina Miguel Reale (Lições preliminares de direito. 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2002), o direito é um constructo da sociedade, fator derivado do convívio social. O direito condiciona e modifica a sociedade; sem ele seria inviável o convívio em uma coletividade. As normas são feitas pela necessidade de regulação da vida social, por isso o provérbio ubi societas, ibi jus (onde há sociedade, há direito). Os indivíduos são sujeitos originários do Estado. 
Os indivíduos, por meio de um contrato social, escolhem um poder central para administrar e reger a vida social por meio de normas. Com o surgimento dos Estados, necessitou-se da regulação das relações interestatais, ou seja, das relações entre os Estados. Segundo Celso D. Albuquerque Mello, “Os Estados compreenderam que existem certos problemas que não podem ser resolvidos por eles sem a colaboração dos demais membros da sociedade internacional” (Curso de direito internacional público. 15. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2004, v. 1. p. 53). Aos poucos, os Estados criaram normas para relacionar-se e, pouco a pouco, o direito internacional ganhou forma. Conquanto nas sociedades internas o direito tenha surgido pelas relações interpessoais, na sociedade internacional o direito derivou-se das relações interestatais. Por isso, os Estados são os foundingfathers (pais fundadores) e o principal sujeito da sociedade internacional. 
Ensina Celso Mello: Em conclusão, podemos afirmar que existe uma sociedade internacional, porque existem relações contínuas entre as diversas coletividades, que são formadas por homens que apresentam como característica a sociabilidade, que também se manifesta no mundo internacional. A sociabilidade não existe apenas dentro das fronteiras de um Estado, mas ultrapassa tais limites (ob. cit., p. 56). A sociedade internacional tem as seguintes características: universal, paritária (igualdade jurídica), aberta (não é necessária autorização para o ingresso), o direito que nela se manifesta é originário e tem relativamente poucos membros. 
De acordo com Francisco Rezek (Direito internacional público: curso elementar. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2002), a sociedade internacional caracteriza-se por ser descentralizada. A centralização do direito interno baseia-se no “monopólio legítimo da força”, nas palavras do sociólogo alemão Max Weber, isto é, o Estado garante a vigência da ordem jurídica, fazendo valer compulsoriamente para todos a vontade da maioria. Já no cenário internacional, os Estados organizam-se horizontalmente e submetem-se às normas jurídicas que sejam objeto de seu consentimento. De acordo com Rezek, “A vontade singular de um Estado soberano sucumbe para dar lugar ao primado de outras vontades reunidas quando aquele mesmo estado tenha, antes, abonado a adoção de semelhante regra” (ob. cit., p. 1). 
Hans Kelsen (Teoria Geral do Direito e do Estado. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005) afirma que o ordenamento jurídico se apresenta como conjunto hierarquizado de normas jurídicas estruturadas na forma de uma pirâmide abstrata, cuja norma mais importante, que subordina as demais normas jurídicas de hierarquia inferior, é a norma fundamental, da qual as demais retiram seu fundamento de validade. No direito interno, as normas são hierarquizadas, estando a Constituição no ápice da pirâmide. Já no direito internacional, não há hierarquia de normas, com exceção das chamadas normas jus cogens (normas imperativas), que serão vistas mais adiante. 
No contexto internacional, a coordenação é o princípio basilar das relações interestatais. Na ordem jurídica interna, todos são jurisdicionáveis, prevalecendo condição de subordinação. Segundo Rezek, “Já o Estado soberano, no plano internacional, não é originalmente jurisdicionável perante corte alguma. Sua aquiescência, e só ela, convalida a autoridade de um foro judiciário ou arbitral” (ob. cit., p. 2). Elucida-se, assim, que o direito das gentes (sinônimo consolidado de direito internacional público) se sustenta sobre o consentimento e a vontade dos Estados. O próprio fundamento do direito internacional público, como sistema jurídico autônomo, alicerça-se sobre o princípio pacta sunt servanda –– os pactos devem ser respeitados ––, conforme veremos. Desse modo, entende-se que o respeito aos pactos originados da livre vontade das partes deve ser respeitado de boa-fé. 
1.3.2.1 FORÇAS FLUTUANTES
1.3.2.2 DESCRIÇÃO: A GLOBALIZAÇÃO: COMPLEXIDADE DA NOÇÃO DE SOCIEDADE INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEA.
De acordo com o Dicionário Escola da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, edição de 2008, da Companhia Editora Nacional, globalização significa ato de globalizar (-se), processo de internacionalização econômica, especialmente quanto à produção e comercialização de mercadorias e quanto ao intercâmbio de informação e comunicação, com forte impacto sociocultural. A globalização: A globalização fez do nosso planeta uma grande aldeia - globalizar.
 Nos dicionários a palavra “globalizar” significa “integrar” ou “totalizar”. Podemos entender então, a globalização como um fenômeno de interdependência de todos os povos e países da Terra. Em outras palavras, “globalizar” significa ‘tornar global”, no sentido de tomar medidas para que determinado produto, processo, ideia, torna-se mais conhecido, ou seja, que a maioria das pessoas do globo terrestre tome conhecimento de sua existência. Atualmente esse fenômeno de internacionalização do movimento de capitais, pessoas, bens e serviços, é chamado de fenômeno da globalização.
A globalização da Economia é uma realidade irreversível no momento que reintroduz, à falta de uma política social de caráter mundial, o capitalismo selvagem. Levam vantagem, na globalização da Economia, as Nações desenvolvidas, na medida em que a detenção de tecnologia mais avançada permite colocar seus produtos, em todo o globo, com qualidade superior e preço inferior aos produtos dos países menos desenvolvidos.
Todavia como uma provável origem da utilização da palavra “globalização”, podemos citar a do Professor Mestre alemão, naturalizado norte-americano, Theodore Levitt (1925-2006)  economista da Harvard Business School, dos Estados Unidos da América, autor da obra “Miopia do Marketing”, que na década de 1980, usou a palavra “globalização” para designar a convergência de mercados no mundo inteiro, no artigo “A Globalização do Marketing” (“The GlobalizationofMarkers”), publicado pela Harvard Business Review, May-June, 1983. Vale dizer, neste sentido a “globalização” é considerada uma estratégia de vendas de produtos uniformizados, em todos os mercados importantes em qualquer parte do globo.
Afirmava o Professor Levitt, que o mundo atual é focado no estético. Sobressai-se as Organizações que renovam as embalagens dos seus produtos a cada campanha, seu slogan, etc., e aquelas que procuram atender aos desejos e as necessidades de seus clientes. Mas, para que isso aconteça, é essencial que estas Organizações se globalizem, incentivando seu crescimento e aprimoramento, bem como das tecnologias que são aplicadas no processo produtivo. Para poderem sobreviver neste mercado, onde há muita concorrência, as Organizações devem antecipar os cenários, de acordo com as variáveis externas e internas, os quais estejam inseridas no mundo globalizado.
Na evolução do conceito, a globalização passou a ter o sentido de um processo em que as empresas mais internacionalizadas, tentam auferir em seu proveito, as regras impostas pelo Estado-Nação.
A globalização, portanto, nessa evolução é um dos processos de aprofundamentoda integração econômica, social, cultural, política, que teria sido impulsionado pelo barateamento dos meios de transporte e comunicação dos Países do Mundo, no final do Século XX e início do Século XXI. É um fenômeno gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma aldeia global, que permita maiores mercados para os Países Centrais ou Países desenvolvidos (EUA, França, Grã-Bretanha, Alemanha, Itália, Japão, Espanha e Canadá), cujos mercados internos já estão saturados.
O processo de globalização diz respeito à forma como os Países interagem e aproximam as pessoas, ou seja, interliga o mundo, levando em consideração aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos. Com isso, gerando a fase da expansão capitalista, onde é possível realizar transações financeiras, expandir seus negócios até então restritos ao seu mercado de atuação para mercados distantes e emergentes, sem a necessidade de altos investimentos de capital financeiro, pois, a comunicação no mundo globalizado permite tal expansão, porém, obtendo-se como consequência, o aumento desenfreado da concorrência.
A globalização, por ser um fenômeno espontâneo decorrente da evolução do mercado capitalista, não direcionado por uma única entidade ou pessoa, possui várias linhas teóricas que tentam explicar sua origem e seu impacto no mundo atual.
(Vide: René Dellagnezze. Artigo: O estado de bem-estar social, o estado neoliberal e a globalização no século XXI. Parte II - O estado contemporâneo. (Publicado em 01/12/2012. 42p.Edição nº 107. Ano XV. DEZEMBRO/2012 - ISSN - 1518-0360. Revista Âmbito Jurídico (link: INTERNACIONAL). Rio Grande, RS (www.ambito-juridico.com.br);
1.3.2.3 CARACTERÍSTICAS
A globalização efetivou-se no final do século XX, logo após a queda do socialismo no leste europeu e na União Soviética. O neoliberalismo, que ganhou força na década de 1970, impulsionou o processo de globalização econômica.
 
Como características, observa-se que os mercados internos saturados, muitas empresas multinacionais buscaram conquistar novos mercados consumidores, principalmente dos países recém-saídos do socialismo. A concorrência fez com que as empresas utilizassem cada vez mais recursos tecnológicos para baratear os preços e também para estabelecerem contatos comerciais e financeiros de forma rápida e eficiente. Neste contexto, entra a utilização da Internet, das redes de computadores, dos meios de comunicação via satélite etc. 
 
Outra característica importante da globalização é a busca pelo barateamento do processo produtivo pelas indústrias. Muitas delas produzem suas mercadorias em vários países com o objetivo de reduzir os custos. Optam por países onde a mão-de-obra, a matéria-prima e a energia são mais baratas. Um tênis, por exemplo, pode ser projetado nos Estados Unidos, produzido na China, com matéria-prima do Brasil, e comercializado em diversos países do mundo.
Aplicação Prática Teórica
 
CASO CONCRETO 1
 
Considerando as fontes de direito internacional público previstas no Estatuto da Corte Internacional de Justiça (CIJ) e as que se revelaram a posteriori, bem como a doutrina acerca das formas de expressão da disciplina jurídica, as convenções internacionais, que podem ser registradas ou não pela escrita, são consideradas, independentemente de sua denominação, fontes por excelência, previstas originariamente no Estatuto da CIJ. Analise a afirmativa e com base no aprendizado, julgue e fundamente sua resposta. (CESPE – adaptada)
Considerando as fontes de direito internacional público previstas no Estatuto da Corte Internacional de Justiça (CIJ) e as que se revelaram a posteriori, bem como a doutrina acerca das formas de expressão da disciplina jurídica, assinale a opção correta.
 a) De acordo com o Estatuto da Corte da Haia, a equidade constitui, apesar de seu caráter impreciso, fonte recorrente e prevista como obrigatória na resolução judicial de contenciosos internacionais.
 b) A expressão não escrita do direito das gentes conforma o costume internacional como prática reiterada e uniforme de conduta, que, incorporada com convicção jurídica, distingue-se de meros usos ou mesmo de práticas de cortesia internacional.
 c) As convenções internacionais, que podem ser registradas ou não pela escrita, são consideradas, independentemente de sua denominação, fontes por excelência, previstas originariamente no Estatuto da CIJ.
 d) Em face do caráter difuso da sociedade internacional, bem como da proliferação de tribunais internacionais, verifica-se no direito internacional crescente invocação de decisões judiciais antecedentes, arroladas como opinio juris, ainda que não previstas no Estatuto da CIJ.
 e) Ainda que não prevista em tratado ou no Estatuto da CIJ, a invocação crescente de normas imperativas confere ao jus cogens manifesta qualidade de fonte da disciplina, a par de atos de organizações internacionais, como resoluções da ONU.
�VITORIA, de Francisco. ReleccionesTeologicas, edición crítica del texto latino, versiónespañola, introducción general e introduccionesconelestudio de sudoctrina teológica-jurídica, por el padre TeofiloUrdanoz. Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos, 1960.
�SUÁREZ, Francisco. De LegibusTractatus (Negociação das Leis) Madrid. Espanha. 1612. 
�GENTILI, Alberico. Hispanicaeadvocationislibri duo. Nova Iorque: Oxford University Press, 1921. O direito da guerra. Ijuí: Unijuí, 2005. De legationibus, libritres. Londres: ThmasVautrollerius, 1585. 
� GRÓCIO, Hugo. MACEDO, Paulo Emílio Vautthier Borges de. Hugo Grócio e o Direito: O jurista da guerra e da paz. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006.

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