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11/09/2017 1 Aula 7 Métodos de conservação pelo frio: resfriamento e congelamento Poliana Gurak 1 Conservação por redução da atividade de água Métodos de conservação de alimentos Conservação pelo calor Conservação pelo frio Conservação por adição de solutos Conservação pelo uso de atmosfera controlada e modficada Conservação por fermentação Conservação por aditivos químicos Conservação por irradiação Uma das técnicas mais utilizadas no dia-a-dia da população. Calor: eliminação de micro-organismos e inativação de enzimas. Frio: controle da proliferação de micro- organismos, controle de reações químicas e enzimáticas. Aplicação de frio: operação unitária de transmissão de calor, no qual o foco quente é o alimento, do qual o calor passa a um meio exterior frio. 2 História da conservação pelo frio 3 Conservação pelo calor Conservação pelo frio Utilizado para inibir o crescimento e atividade dos micro-organismos nos alimentos Valor Q10 Cuidados com inativação enzimática Utilizado para retardar as reações químicas e atividade enzimática Cada alimento é único!!! 4 11/09/2017 2 Conservação de alimentos pelo frio Resfriamento Congelamento o Temperatura acima do seu ponto de congelamento. De modo geral: 8 a -1 0C. o Implica em mudanças no calor sensível do produto. o Impactos sobre propriedades nutricionais e sensoriais mais brandos. o Conservação de dias ou semanas, depende do produto. o Temperatura abaixo do ponto de congelamento. De modo geral: abaixo de 0 oC. Geral: -10 a -40 oC. o Mudança no calor sensível e eliminar calor latente associado à mudança de fase correspondente à transformação de uma parte de água líquida em gelo. o Inibe deterioração microbiológica, reduz velocidade de reações químicas e enzimáticas. o Conservação por longos períodos, meses, denpende do produto. 5 Conservação de alimentos pelo frio Congelamento Formação de cristais de gelo, grande parte da água é imobilizada e não está disponível como solvente nem como meio reativo. Diminui a atividade de água do alimento. Aw + temperatura baixa = maior tempo de conservação. Refrigeração: metabolismo celular apresenta certa atividade. Congelamento: metabolism celular é detido. Ex: importante que antes do congelamento, o alimento tenha certo grau de amadurecimento para consumo após o descongelmaneto. ultracongelado -18 oC: ótima qualidade 6 Velocidade do processo de congelamento: Fator IMPORTANTE para a qualidade final do produto. REFRIGERAÇÃO X CONGELAMENTO redução e manutenção da temperatura acima do ponto de congelamento redução e manutenção da temperatura abaixo do ponto de congelamento 7 Conservação de alimentos pelo frio Resfriamento Congelamento o Uso de outras técnicas de conservação o Cadeia de frio = processo caro Pré- processamento: liofilização 8 11/09/2017 3 Resfriamento 9 o Convenientes o Fáceis de preparar o Alta qualidade o “Saudáveis” o “Naturais” o “Frescos” 750 novos produtos ano com outras operações unitárias Temperatura entre 8 até -1 ºC MUDANÇA DE CALOR SENSÍVEL DO PRODUTO RETARDA: o O crescimento de micro-organismos, o Atividades metabólicas dos tecidos, o Reações químicas e enzimáticas. FENÔMENOS NÃO SÃO TOTALMENTE EVITADOS PROLONGA A VIDA-DE-PRATELEIRA POR TEMPO LIMITADO Animais: após o sacrifício Vegetais: após a colheita Resfriamento 10 o Método suave de conservação o Alimentos são considerados frescos VALOR Q10: coeficiente de temperatura velocidade de uma determinada reação a uma temperatura (T) velocidade de reação à temperatura T – 10 0C MAIORIA DOS ALIMENTOS Q10 OSCILA 2 – 3 Para cada 10 0C de diminuição de diminuição de temperatura a velocidade dos processos se reduz à metade a um terço Resfriamento Q10 = 11 Resfriamento o Temperatura de refrigeração de 3 a 10 oC: Listeria monocytogenes, Aeromonas hydrophila, Clostridium botulinum, Yersinia enterocolitica, Vibrio parahaemolyticus e Plesiomonas shigelloides. Mesmo em alimentos corretamente refrigerados muitos patógenos podem proliferar em temperatura de refrigeração. 12 o Problemas com atividade de enzimas hidrolíticas (problemas tecnológicos e alterações sensoriais). 11/09/2017 4 Resfriamento: características do alimento Produto Frutas e hortaliças Tecidos animais Outros (leite, ovos, alimentos prontos) Presença de camada protetora natural sim não Não (exceto ovos) Características fisiológicas: o Tipo e duração de respiração Aeróbica durante todo o armazenamento (climatérica em algumas frutas) Anaeróbica durante 24 horas e, depois, cessa completamente nenhuma o Calor gerado Moderado ou substancial Escasso Nenhum o Dano por alteração do metabolismo durante a refrigeração Dano por frio em alguns produtos Encurtamento pelo frio em alguns casos Não Tendência da qualidade após colheita, sacrifício ou produção Algumas frutas com o tempo, outras iniciam alteração imediatamente após colheita Alteração (exceto carnes maturadas) Alteração Causas comuns de alteração Microbiológicas, fisiológicas, patológicas e físicas Microbiológicas Microbiológicas, químicas e físicas 13 Resfriamento: alimentos frescos 14 Fatores a considerar Tipo de alimento e variedade de cultivar Temperatura e umidade relativa Condição do alimento durante a colheita Parte do vegetal selecionado PRODUTO TEMPERATURA (ºc) UMIDADE RELATIVA (%) VIDA ÚTIL CARNE BOVINA -2 A 1,1 88 – 92 1 – 6 SEMANAS PRESUNTOS CURADOS 15 A 18 50 – 60 0 – 3 SEMANAS AVES -2 A 0 85 – 90 1 SEMANA PEIXE FRESCO 0,5 A 4,4 90 – 95 5 – 20 DIAS OVOS (COM CASCA) -1,7 – 0,6 85 – 90 8 – 9 MESES CEBOLAS 0 70 – 75 6 – 8 MESES TOMATES VERDES 13 A 21 80 – 85 3 – 5 SEMANAS TOMATES MADUROS 4,4 A 10 85 – 90 7 – 10 DIAS MORANGOS -0,6 A 0 85 – 90 7 – 10 DIAS LARANJAS -1,1 A 1,1 85 – 90 8 – 10 SEMANAS ABACAXI MADURO 4,4 A 7,2 85 – 90 2 – 4 SEMANAS BANANAS 11,7 A 15,6 85 – 95 1 – 3 SEMANAS C O N D I Ç Õ E S R E C O M E N D A D A S P A R A O A R M A Z E N A M E N T O D E V Á R I O S P R O D U T O S 15 Fisiologia e bioquímica: classificação quanto à taxa de respiração CLIMATÉRICOS APÓS O INÍCIO DA MATURAÇÃO REAÇÕES RELACIONADAS COM O AMADURECIMENTO E ENVELHECIMENTO OCORREM RAPIDAMENTE E COM GRANDE DEMANDA DE ENERGIA AUMENTO NA TAXA RESPIRATÓRIA NÃO-CLIMATÉRICOS LONGO PERÍODO PARA COMPLETAR O PROCESSO DE AMADURECIMENTO ENERGIA FORNECIDA SE MANTÉM EM CONSTANTE DECLÍNIO DURANTE TODO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO COLHIDAS AINDA “VERDES” COLHIDOS QUANDO ATINGEM SEU ESTÁGIO ÓTIMO DE AMADURECIMENTO NÃO APRESENTAM INCREMENTO RESPIRATÓRIO APÓS A COLHEITA 16 11/09/2017 5 sofrem alterações fisiológicas quando expostas a temperatura de refrigeração abaixo da sua temperatura ótima de refrigeração (sem chegar ao congelamento). Alterações: o em seu metabolismo o na integridade e permeabilidade das membranas dano pelo frio diversos tipos de manifestações o escurecimento interno e/ou externo, o picaduras, manchas, o apodrecimento, o impossibilidade de amadurecimento. CLIMATÉRICOS 17 18 Determinar temperatura de refrigeração adequada! E levar em conta o calor gerado pela respiração. Transformações de carboidratos e ácidos orgânicos em CO2, água, calor e compostosvoláteis Temperatura de refrigeração é mais adequada = permite respiração lenta Respiração permanece acontecendo 19 Resfriamento: armazenamento de comidas 20 -1 até 1 oC 0 até 5 oC 0 até 8 oC 11/09/2017 6 Resfriamento: alimentos processados 21 Fatores a considerar Temperatura e umidade relativa Patógenos que podem crescer abaixo de 5 oC ou resultado de aumento de temperatura não controlado Propriedades de barreira da embalagem Grau de destruição microbiana ou inativação enzimática Boas práticas de produção (BPF) 22 Sistemas de cozimento-resfriamento (cook-chill) Ex: produtos sous vide chill: alimentos embalados a vácuo antes da pasteurização - usados para substituir manutenção a quente. Sistema de Produção Antecipada dos Alimentos, que inclui os processos de cook chill (cozinhar e resfriar), cook freeze (cozinhar e congelar), sous vide chill (cozinhar sob vácuo e resfriar) e sous vide freeze (cozinhar sob vácuo e congelar). Classe de risco microbiano que oferece aos consumidores 23 Classe 1: ingredientes crus ou não-cozidos Classe 2: mistura de ingredientes cozidos e crus de baixo risco Classe 3: produtos cozidos e embalados Classe 4: produtos cozidos após a embalagem, produtos prontos para comer de alta durabilidade, vida de prateleira de mais de 40 dias Cozimento: processo térmico com redução de patógenos em no mínimo 6D Alguns requerem cozimento pelo consumidor Pronto para consumo ou requer reaquecimento Pronto para consumo ou requer reaquecimento Pronto para consumo ou requer reaquecimento Resfriamento: fatores que é preciso controlar… Matéria-prima de boa qualidade Temperatura ótima de armazenamento Umidade relativa Purificação e circulação de ar Luz Composição atmosfera 24 11/09/2017 7 Temperatura • Produto • Tempo • Condição Umidade relativa • Alimento • Perda de umidade sem proteção Circulação do ar • Vegetais: formação de CO2 McIntosh: 2,5- 4,5 oC Delicius: 0 oC Lesão pelo frio refrigeração! 25 Umidade relativa • Alimento • Perda de umidade sem proteção 26 • Produto • Tempo • Condição Temperatura Não permitir variações maiores que 10C. Quantidade de calor que deverá ser removida do produto e da câmara para ir da temperatura inicial até a temperatura estabelecida para armazenamento e que deve ser mantida por um determinado tempo (carga térmica). Remover calor sensível do produto até atingir temperatura de armazenamento. Remover calor sensível + remover calor gerado pela atividade respiratória . 27 Cálculos de transferência de calor transiente. Cálculos mais simples quando não ocorre atividade respiratória. Fatores a considerar na refrigeração Temperatura Velocidade do ar Composição atmosférica do local Possível emprego de radiações UV Umidade relativa 28 11/09/2017 8 Efeitos nos alimentos Correto: pouca ou nenhuma redução da qualidade sensorial e nutricional dos alimentos. 29 Endurecimento de óleos e gorduras Perdas de vitaminas Retrogradação do amido Escurecimento enzimático Deterioração da cor e aroma Conservação de alimentos pelo frio Resfriamento Congelamento o Aumento de vendas de alimentos congelados associado a compra de freezers e fornos micro-ondas domésticos o Cadeia de frio = processo caro 30 o Transporte de congelados: neve de dióxido de carbono (4 a 24 h) Vantagens: Redução de resíduos, economia de tempo, estocagem, época de safra, facilidade de preparo, economia de combustível Depende: aspecto econômico e tipo de produto Prática: uso de temperaturas entre -10 – até -40 oC Geralmente → -18 0C mudança de calor sensível + mudança de calor latente mudança de estado da água principal diferença entre congelamento e refrigeração formação de cristais de gelo imobilização da água indisponível como solvente como reativo ↓ Aw Congelamento 31 Metabolismo celular é detido por completo alimento devem estar no seu ponto ótimo de amadurecimento ↓Aw ↓ oC Conservação por longo período 32 11/09/2017 9 Congelamento Vantagens Desvantagens Não se acrescentam nem se eliminam componentes Os micro-organismos não são destruídos, embora seu número diminua Não se transmite nem altera o aroma natural Os esporos são muito resistentes Não reduz a digestibilidade As toxinas não são destruídas Não causa perdas significativas do valor nutritivo Ocorre desidratação rápida e intensa quando há acondicionamento inadequado 33 Métodos de congelamento Geral: alimentos congelam entre 0 a -4 0C Fracamente ligada ao substrato Funciona como solvente Permite crescimento de micro-organismos e reações químicas Facilmente removível Água livre Água combinada Fortemente ligada ao substrato Não é utilizada como solvente Não permite crescimento de micro-organismos e retarda reações químicas Mais difícil de ser eliminada 34 Processo de congelamento nucleação Crescimento dos cristais associação de moléculas para formar uma pequena partícula ordenada e estável e que servirá de base formação de cristal. nucleação uniforme nucleação heterogênea Cristais: i) congelamento lento ii) Congelamento rápido 35 nucleação Associação de moléculas de água para formar uma pequena partícula ordenada e estável A TEMPERATURA DE FUSÃO DO GELO PURO É 0 0C não se formam cristais de gelo quando a temperatura da água não alcança essa temperatura o Necessário que a temperatura seja inferior ao ponto em que se inicia o congelamento. o Dois tipos: homogênea (substâncias puras) e/ou heterogênea (núcleos formam- se sobre partículas dos sólidos. 36 11/09/2017 10 começa quando a temperatura alcançar o valor crítico (n) quando diminui a temperatura aumenta rapidamente a velocidade de formação dos cristais quanto mais rápido se elimina o calor do alimento, maior será o número de núcleos formados nucleação Influência do super-resfriamento inicial e da velocidade de resfriamento na nucleação e no crescimento dos cristais de gelo. 37 Adição organizada de moléculas de água aos núcleos formados aumentando seus tamanhos. crescimento pode ocorrer a temperaturas próximas ao ponto de fusão. velocidade de crescimento é menos influenciada pela temperatura que a nucleação presença de diversos solutos e estruturas nos alimentos pode dificultar o crescimento dos cristais de gelo. Crescimento dos cristais 38 É possível regular o tamanho dos cristais controlando a velocidade de transferência de calor. Rápida: o formação de muitos núcleos e pequenos cristais. Além disto, velocidade de crescimento não aumenta muito. Lenta (temperatura entre 0 0C e N): o formação de poucos núcleos e grandes cristais. Forma dos cristais: o lenta: forma alongada o rápida: forma arredondada 39 Tipo de alimento Quantidade de água (%) Temperatura de início do congelamento (oC) Hortaliças 78-92 -0,8 a -2,8 Frutas 87-95 -0,9 a -2,7 Carne 55-70 -1,7 a -2,2 Peixe 65-81 -0,6 a -2,0 Leite 87 -0,5 ovo 74 -0,5 Temperatura em que se inicia o congelamento em diversos alimentos. 40 11/09/2017 11 Cinética do congelamentoEtapas: super-resfriamento, nucleação, crescimento dos cristais e resfriamento. 41 Pg. 141 Fenômeno super-resfriamento Velocidade de congelamento: depende do quociente entre a diferença de temperatura do produto e do meio de refrigeração e de alguns fatores (resistência, velocidade do ar, geometria do sistema, dimensões e composição do produto). 42 Curvas de congelamentoSuper-resfriamento: nucleação Temperatura de equilíbrio do congelamento Mudança de estado Água para gelo 43 Curvas de congelamento Super- resfriamento: nucleação heterogênea Temperatura que começa congelamento inferior ao da água pura (depende da [ ]) 44 11/09/2017 12 Modificações que se produzem nos alimentos durante seu congelamento: Danos pelos cristais de gelo Evolução da temperatura durante o congelamento de alimento com resfriamento lento (a), rápido (b) e muito rápido (c). 45 Modificações que se produzem nos alimentos durante seu congelamento Danos pelos cristais de gelo 46 Variação do volume Água em gelo: ↑ 9 % o volume. Alimento se expandem ao congelar. Variações de volume: produzem tensões internas nos alimentos e danos nas estruturas internas. 47 Modificações que se produzem nos alimentos durante seu congelamento: Recistalização • Mudanças físicas nos cristais de gelo. Afetam número, tamanho, forma, orientação ou aperfeiçoamento. • Ex: abertura da porta e entrada de ar quente – fundição parcial dos cristais de gelo, cristais menores desaparecem e maiores aumentam. • Evitar: empilhamento excessivo. Sublimação • Gelo superficial do alimento se sublima. Essa desidratação = perda de peso. Ex: 0,25 % a cada mês. • Queimadura pelo frio, formas manchas claras, modificações na consistência. 48 Modificações que se produzem nos alimentos durante seu congelamento: 11/09/2017 13 Como evitar desidratação durante o congelamento? Uso de vácuo Manutenção da umidade Evitar velocidade de ar Formação de camada fina de gelo 49 Modificações químicas durante congelamento Auto-oxidação (pode ocorrer em -18 0C) Congelamento lento x congelamento rápido 50 Cristais formam-se ao mesmo tempo no interior e exterior das células, deslocamento de água é mínimo, estrutura dos tecidos quase não se modifica, há sempre um dano pela formação dos cristais no interior das células, destruição da organização celular. Não destrói micro-organismos Degradação de pigmentos, perdas de vitaminas, atividade enzimática residual 51 Cálculo do tempo de congelamento Condutividade térmica Embalagem (barreira adicional para fluxo de calor) Efeito isolante da camada de ar que envolve o alimento Diferenca de temperatura entre o alimento e o meio de congelamento Distância que o calor deve percorrer dentro do alimento Área do alimento para transferência de calor Não somente congelar, é necessário manter congelado! Equipamento: Instalações mecânicas Refrigeradores mecânicos Sistemas criogênicos 52 11/09/2017 14 http://equipamentoparapanificacao.com.br/tecnologia/congelamento.html Refrigeradores mecânicos Sistemas fechados que atuam uma bomba que extrai o calor à baixa temperatura, transferindo-o a outra parte do sistema na qual se dissipa. Uso de fluidos refrigerantes que recirculam através do sistema em um circuito fechado no qual se transformam sucessivamente de líquido em vapor e de vapor em líquido. 53 SISTEMAS FECHADOS EXTRAI CALOR DO ALIMENTO OU CÂMARA ONDE SE ENCONTRA EMPREGO DE FLUIDOS REFRIGERANTES RECIRCULAM NO SISTEMA TRANSFORMA-SE SUCESSIVAMENTE DE LÍQUIDO PARA VAPOR E DE VAPOR PARA LÍQUIDO TEMPERATURA DE EBULIÇÃO À PRESSÃO ATMOSFÉRICA INFERIOR A 0 0C CALOR LATENTE DE VAPORIZAÇÃO MUITO ELEVADO 54 Refrigeradores mecânicos Substâncias refrigerantes Baixo ponto de ebulição Alto calor latente de vaporização não ser corrosiva (atacar metais) não ser tóxica não exigir altas pressões para condensar Aceitável custo Não ser inflamável ou explosiva Passando pelo estado líquido ao gasoso no evaporador, as substâncias devem retirar a maior quantidade de calor possível, ao mesmo tempo em que comunicam uma temperatura o mais baixo possível. 55 Substâncias refrigerantes Tóxico, explosivo e pode dissolver lubrificantes Tóxico, corrosivo 56 11/09/2017 15 Esquema em corte transversal de uma câmara de refrigeração. As flechas indicam o movimento do ar no interior da câmara. EQUIPAMENTO EMPREGADOS PARA REFRIGERAÇÃO 57 Refrigeradores por ar 58 59 EQUIPAMENTO EMPREGADOS PARA CONGELAMENTO Congeladores por ar (câmara, túnel, espiral, leito fluidizado) Congeladores por contato indireto Congeladores por imersão (líquido refrigerado) 60 11/09/2017 16 Congeladores por ar o Ar frio sem movimento Tempo depende da temperatura da câmara, composição do alimento, temperatura inicial do alimento, tipo, tamanho e forma. Processo lento (ex: congelamento doméstico, temperatura varia de -10 a -20 oC. Ventiladores na câmara de congelamento (processo mais rápido). Movimentação pode ser paralela ou oposta à movimentação do produto. Problema: produto não embalado = desidratação 61 o Ar insuflado (forçado) 62 Congeladores por ar: câmara O tipo de equipamento mais simples é a câmara frigorífica com ar estático, no qual o ar que se encontra entre -20°C e -30°C move-se somente por convecção natural. Nesse caso, o coeficiente de transferência de calor é pequeno e por isso, a velocidade de congelamento é muito baixa, o que causa uma perda significativa de qualidade nos alimentos. Sendo assim, normalmente esse método é utilizado somente para armazenamento de produtos, e não para congelamento. Existem também, os congeladores de ar forçado, no qual o ar frio circula a grandes velocidades, permitindo o congelamento de forma mais rápida (aumenta a transferência de calor consideravelmente). Os congeladores de câmara possuem um baixo rendimento, sendo recomendados para empresas de pequeno e médio porte, ou que possuam uma grande diversidade de produtos, devido à sua grande flexibilidade. IQF: individual quick freezing Congelamento rápido individual http://www.jbtfoodtech.com/en/Solutions/Equipment/Frigoscandia-PELLoFREEZE Congeladores por ar: IQF 63 64 Congeladores por ar: túnel - O fluxo de ar pode ser paralelo ao alimentos ou perpendicular. Deve-se ter cuidado com alimentos não embalados, pois os mesmos podem sofrer queimaduras pelo frio. Uma alternativa é usar ar saturado, ou borrifar água em cima do alimento, para que se forme uma camada de gelo protetora. - Os congeladores contínuos são os mais adequados para grandes produções de alimentos com tempos de congelamento similares. Os túneis de congelamento permitem realizar o processamento de forma contínua, com baixo custo de operação e têm a vantagem de poderem processar diversos tipos de alimentos. 11/09/2017 17 65 Congeladores por ar: espiral Os congeladores em espiral permitem aumentar a capacidade de congelamento, sem que ocorra perda de espaço físico. Nesse caso, o fluxo costuma ser em contracorrente ao produto, o que melhora a capacidade de transferencia de calor. Os alimentos são distribuídos em esteiras transportadoras metálicas flexíveis e autoempilháveis. Funcionam automaticamente e podem ser utilizados para processar diversos alimentos. Os produtos são alimentados uniformemente da linha de produção diretamente para a esteira do congelador. Esta transporta o produto rapidamente para a zona de baixas temperaturas. A esteira circular vai em direção ao topo, onde o produto chega totalmente congelado. Devido à grade superfície da esteira, os produtos podem ser congelados em uma única camada, possibilitando o congelamento rápido e individual (IQF). Como os produtos mantem a mesma ordem de carregamento durante todo o processo de congelamento, a separação de produtos mistos congelados simultaneamente é facilitada. 66 Congeladores por ar: espiral 67Congeladores por ar: leito fluidizado O movimento de ar frio é perpendicular aos produtos e atravessa de baixo para cima, mantendo as partículas em suspensão, separadas umas das outras. Com a grande área de superfície de contato entre o alimento e o ar frio, além da grande velocidade do mesmo, permite que a velocidade de congelamento seja muito rápida. Esse método proporciona os chamados produtos IQF (individual quick frozen = congelados individualmente de forma rápida), ao contrário dos demais, que congelam os alimentos em blocos. Considerados uma variação dos túneis de congelamento de ar forçado. São empregados para congelar alimentos pequenos e de tamanho uniforme. Congeladores por ar: leito fluidizado 68 http://wn.com/strawberries__freezing_in_octofrost_from_iqf_frost 11/09/2017 18 Congeladores por contato direto Placa super congelada Embalagens submersas em líquido refrigerado Embalagens dispostas em placas refrigeradas 69 ESQUEMA DE CONGELADOR DE PLACAS HORIZONTAIS 70 Congeladores por contato direto ESQUEMA DE CONGELADOR DE PLACAS HORIZONTAIS DE FUNCIONAMENTO DESCONTÍNUO PRODUTO CARREGADO LEVE PRESSÃO AUMENTA CONTATO ENTRE ALIMENTO E PLACA 71 Congeladores por contato direto Congeladores por imersão Alimento imersodiretamente no meio refrigerante ou aspersão do líquido sobre o produto. Substâncias líquidas com baixo ponto de congelamento são utilizadas para contato direto com alimentos não embalados, como soluções de cloreto de sódio, açúcar e glicerol. 72 Produtos embalados! 11/09/2017 19 SISTEMA ABERTO LÍQUIDOS CRIOGÊNICOS OU GASES LIQUEFEITOS POSSUEM PONTOS DE EBULIÇÃO MUITO BAIXO CALOR LATENTE DE VAPORIZAÇÃO ELEVADOS GASES SÃO LIQUEFEITOS EM OUTRA INSTALAÇÃO INDUSTRIAL TRANSPORTADOS EM RECIPIENTES PRESSURIZADOS ALIMENTO RESFRIA POR CONTATO DIRETO COM OS LÍQUIDOS LÍQUIDOS: EVAPORAM OU SUBLIMAM 73 Sistemas criogênicos N2 LÍQUIDO FERVE A -196ºC E TRANSFORMA-SE EM GÁS MUDANÇA DE FASE É PROMOVIDA PELA ABSORÇÃO DO CALOR DO ALIMENTO APÓS A MUDANÇA DE FASE CALOR SENSÍVEL -196ºC ATÉ - 18ºC GRANDE CAPACIDADE REFRIGERANTE PODER REFRIGERANTE = SOMA DO CALOR LATENTE E DO CALOR SENSÍVEL ABSORVIDOS CUSTO ELEVADO PRODUTOS DE MELHOR QUALIDADE 74 Sistemas criogênicos congelamento por aspersão de substância refrigerante. Gás carbônico sólido (gelo seco) (-78 oC) Nitrogênio líquido (-196 oC) o Não tóxico o Inerte para constituintes do alimento o Fornece produto de qualidade por tempo de congelamento ser ultra-rápido o Transporte refrigerado 75 Sistemas criogênicos CONGELADOR CRIOGÊNICO DE N2 LÍQUIDO. A: ZONA DE PRÉ-RESFRIAMENTO; B: ZONA DE CONGELAMENTO; C: ZONA DE EQUIULÍBRIO; E D: ZONA DE VITRIFICAÇÃO 76 Congeladores criogênicos 11/09/2017 20 http://www.fresh-check.com/uses.asp 77 http://www.fresh-check.com/uses.asp 78 Importante lembrar... 79 Conservação pelo frio Congelamento cinética, danos pelo frio equipamentos Resfriamento Danos pelo frio … Próxima aula 80
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