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Aula 01 Parte1 LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS)

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LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) 
PROFESSOR DÉCIO TERROR 
Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 
 
1
 
 
 
Aula 1.1 
 
Sintaxe da oração e sua pontuação. 
 
Olá, pessoal! 
 
Programei apenas uma aula sobre sintaxe e pontuação, porém o 
conteúdo é vasto e muito cobrado pela banca Funrio. Assim, dividi esta aula 
em três partes para que possamos entender bem a matéria e praticar bastante 
com questões da Funrio e de outras bancas com estilo parecido. 
 
O assunto sintaxe da oração é pré-requisito para outros temas, por isso 
é muito importante. 
 
O que é sintaxe? 
 
A sintaxe trabalha a relação das palavras dentro de uma oração. Cabe 
entender basicamente que uma oração deve ter um verbo e este verbo 
normalmente se flexiona de acordo com o sujeito (de quem se fala) e 
relaciona-se com o predicado (o que se fala), de acordo com a transitividade. 
Veja as frases a seguir para que fique tudo bem claro. Pautemo-nos na 
estrutura SVO (sujeito→verbo→complemento). Esta é a ordenação direta, 
normal. 
1. O candidato realizou a prova. 
 2. duvidou do gabarito. 
 3. enviou recursos à banca examinadora. 
 4. tem certeza de sua aprovação. 
 5. viajou. 
 6. estava tranquilo. 
 
 
 
Toda vez que fazemos uma análise sintática, devemos nos basear no 
verbo. A partir dele, reconhecemos os outros termos da oração. 
 
Veja os verbos elencados nos exemplos. Todos eles estão no singular. 
Isso ocorreu porque eles dizem respeito a um termo, que é o sujeito “O 
candidato”. Se ele está no singular, é natural que o verbo também esteja. Já 
que o verbo se flexiona de acordo com o sujeito, a gramática dá o nome a isso 
de “concordância verbal”. Há um capítulo que trata só deste assunto em 
qualquer gramática por aí, e isso será abordado nas nossas próximas aulas. 
 
 
sujeito predicado 
Língua Portuguesa para Analista do INSS 
(Teoria e exercícios) 
LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) 
PROFESSOR DÉCIO TERROR 
Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 
 
2
 
 
 
1. O candidato realizou a prova. 
 2. duvidou do gabarito. 
 3. enviou recursos à banca examinadora. 
 4. tem certeza de sua aprovação. 
 5. viajou. 
 6. estava tranquilo. 
 
 
 
Agora, vamos identificar os principais termos da oração. Veja a relação 
do verbo dentro do predicado. Nas frases de 1 a 4, os verbos “realizou”, 
“duvidou”, “enviou” e “tem” necessitam dos vocábulos posteriores para terem 
sentido na oração, por exemplo: realizou o quê?, duvidou de quê?, enviou o 
quê? a quem?, tem o quê? 
Assim, você vai notar que eles dependem dos termos subsequentes para 
terem sentido. Isso ocorre porque o sentido deve transitar do verbo para o 
complemento. Por isso falamos que o verbo é transitivo. Sozinho, não 
consegue transmitir todo o sentido, necessitando de um complemento. Dessa 
forma, os termos “a prova”, “do gabarito”, “recursos”, “à banca examinadora” 
e “certeza” completam o sentido destes verbos. 
Para facilitar o entendimento, podemos dizer que a preposição seria um 
obstáculo. Havendo uma preposição, o trânsito é indireto. Retirando-se a 
preposição, o trânsito é livre, direto. 
Então observe o verbo “realizou”. Ele não exige preposição. Assim, o 
termo que vem em seguida é seu complemento verbal direto. Já o 
complemento do verbo “duvidou” é indireto, pois o trânsito está dificultado 
(indireto) tendo em vista a preposição “de”. 
Já que, na frase 1, há complemento verbal direto, o verbo “realizou” é 
chamado de transitivo direto (VTD). Na frase 2, como há preposição exigida 
pelo verbo “duvidou”, diz-se que este verbo é transitivo indireto (VTI) e seu 
complemento é indireto. Na frase 3, há dois complementos exigidos pelo 
verbo: um(direto) e outro(indireto). 
A gramática dá o nome a todo complemento verbal de objeto, por isso o 
complemento verbal direto é o objeto direto (OD) e o complemento verbal 
indireto é o objeto indireto(OI). 
Como entendemos que a transitividade é uma exigência do verbo, pois 
necessita de um complemento verbal, a gramática dá o nome a este processo 
de “Regência”, pois ele exige, rege o complemento. Se é um verbo que exige, 
é natural que a regência seja verbal. Há um capítulo na gramática que trabalha 
só isso: Regência Verbal (reconhecimento da transitividade do verbo), a qual 
aprofundaremos nas próximas aulas. Mas agora cabe apenas entender a 
estrutura abaixo. 
Veja: 
 
 
sujeito predicado 
Concordância verbal 
LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) 
PROFESSOR DÉCIO TERROR 
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3
 
 
 
1. O candidato realizou a prova. 
 VTD + OD 
 2. duvidou do gabarito. 
 VTI + OI 
 3. enviou recursos à banca examinadora. 
 VTDI + OD + OI 
 
 
 
Mas não é só o verbo que pode ser transitivo. Nome também pode ter 
transitividade. Nomes como certeza, obediência, dúvida, longe, perto, fiel, etc 
são chamados de transitivos porque necessitam de um complemento para 
terem sentido. Alguém tem certeza de algo, dúvida de algo, obediência a 
alguém ou a algo. Alguém mora perto de outra pessoa ou longe dela. Alguém é 
fiel a algo ou a alguém. 
Estes nomes exigem transitividade, com isso há um complemento, o qual 
é chamado de complemento nominal (CN). 
Logicamente, há contextos em que o complemento não estará explícito 
na frase; por exemplo, se queremos dizer que alguém reside muito distante, 
podemos dizer que ele mora longe. Neste caso o nome “longe” deixou de ser 
transitivo, não exigiu o complemento nominal, pois este ficou implícito. Por 
isso não devemos decorar, mas entender o contexto, a funcionalidade. Se o 
complemento não está explícito, não temos de identificá-lo. 
 
Vimos que a regência verbal trata basicamente do complemento do 
verbo. Se há um nome que exige complemento, então temos a Regência 
Nominal. Veja a frase 4: 
 
 
 
 4. O candidato tem certeza de sua aprovação. 
 VTD + OD + CN 
 
 
 
 
Note que o verbo “tem” é transitivo direto e “certeza” é o objeto direto. A 
expressão “de sua aprovação” não complementa o verbo, ela complementa o 
nome “certeza”: certeza de sua aprovação. 
O estudo da Regência Nominal, na realidade, é realizado para 
descobrirmos quais preposições iniciam o complemento nominal. 
Então atente quanto à diferença da oração 3 (VTDI + OD + OI) para a 4 
(VTD + OD + CN). 
 
Regência Verbal 
sujeito predicado 
sujeito predicado 
Regência Nominal 
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4
Agora, vamos à oração 5. Note que o verbo “viajou” não exige nenhum 
complemento verbal. Então não há transitividade. Se quisermos uma estrutura 
posterior, naturalmente inseriremos uma ou mais circunstâncias. A essas 
circunstâncias damos o nome de adjunto adverbial. Poderíamos dizer que o 
candidato viajou a algum lugar, em determinado momento, o modo como 
viajou, a causa da viagem. Tudo isso são circunstâncias, as quais possuem o 
valor de lugar, tempo, modo e causa. Essas são as circunstâncias básicas, mas 
há mais e veremos isso adiante. Então veja como ficaria: 
 
O candidato viajou para São Paulo ontem confortavelmente a trabalho. 
 
 
 
O adjunto adverbial não ocorre só com verbo intransitivo, ele pode 
aparecer junto a qualquer verbo. Por exemplo, nas frases 1 a 3, poderíamos 
inserir o adjunto adverbial de tempo “ontem”. Na frase 4, poderíamosinserir o 
adjunto adverbial de causa: “devido a seu estudo”. 
Essas 5 frases possuem verbos com transitividade (VTD, VTI, VTDI) e 
sem transitividade (VI). Toda vez que, na oração, ocorrem esses tipos verbais, 
dizemos que eles são os núcleos (palavra mais importante) do predicado, 
assim teremos os Predicados Verbais, com a seguinte estrutura: 
Predicado verbal = VTD + OD 
 VTI + OI 
 VTDI + OD + OI 
 VI 
Esse é o esquema básico, e nada impede de haver adjunto adverbial e 
complemento nominal em todos eles. 
Falta apenas um tipo de verbo: o de ligação. 
Veja a frase 6: O candidato estava tranquilo. 
O termo “tranquilo” caracteriza o sujeito “O candidato”, por isso se 
flexiona de acordo com ele. O verbo “estava” serve para ligar esta 
característica ao sujeito, por isso é chamado de verbo de ligação, e o termo 
que caracteriza o sujeito é chamado de predicativo. 
O predicativo serve normalmente para caracterizar o sujeito e por isso se 
flexiona de acordo com ele. Se o sujeito fosse “candidata”, naturalmente o 
predicativo seria “tranquila". A essa flexão de um predicativo em relação ao 
sujeito damos o nome de Concordância Nominal. Na gramática, há um 
capítulo só para a concordância nominal, e a flexão do predicativo em relação 
ao sujeito é um dos pontos principais, mas isso veremos em nossas próximas 
aulas. 
O predicativo sempre será núcleo do predicado, por causa disso seu 
predicado é chamado de Predicado Nominal, com a seguinte estrutura: 
Predicado Nominal = VL + predicativo 
O predicativo não ocorre somente no predicado nominal, ele também 
pode fazer parte do predicado verbo-nominal; e isso será visto adiante. Por 
enquanto, é importante entender a seguinte estrutura: 
sujeito VI Adj Adv lugar Adj Adv 
tempo 
Adj Adv 
modo 
Adj Adv 
causa 
LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) 
PROFESSOR DÉCIO TERROR 
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5
 
 
1. O candidato realizou a prova. 
 VTD + OD 
2. duvidou do gabarito. 
 VTI + OI 
3. enviou recursos à banca examinadora. 
 VTDI + OD + OI 
 
 
4. tem certeza de sua aprovação. 
 VTD + OD + CN 
5. viajou. 
 VI 
6. estava tranquilo. 
 VL + predicativo 
 
 
 
 
 
É muito importante perceber que, entre os termos básicos acima, não há 
vírgula. Essa estrutura básica é a sequência natural: sujeito, verbo e 
complementos. 
Vamos praticar um pouco?!!! 
Questão 1: Prefeitura Camaçari – 2010 – Analista (banca AOCP) 
Assinale a alternativa que NÃO apresenta a análise correta dos verbos. 
(A) "Há desconfiança em cima dos diretores e professores.” (verbo transitivo 
direto) 
(B) “Reconheço que a carga burocrática para os diretores é muito pesada.” 
(verbo de ligação) 
(C) “...qualquer compra exige três orçamentos...” (verbo transitivo direto) 
(D) "Diminuiu muito a papelada." (verbo transitivo direto) 
(E) “...mandar a planilha de bens patrimoniais ao setor de bens...” (verbo 
transitivo direto e indireto) 
Comentário: Veremos nas próximas aulas que o verbo “haver”, no sentido de 
existir, ocorrer, é transitivo direto e não possui sujeito. Por isso “desconfiança” 
é o objeto direto, e a alternativa (A) está correta. 
 A alternativa (B) está correta, pois “ser” é verbo de ligação. Note que 
“pesada” é o predicativo do sujeito. 
 A alternativa (C) está correta, pois “qualquer compra” é o sujeito, 
“exige” é verbo transitivo direto e “três orçamentos” é o objeto direto. 
 A alternativa (D) é a errada, pois o verbo “Diminuiu”, neste contexto, é 
intransitivo. Seu sujeito é a expressão “a papelada” e “muito” é o adjunto 
adverbial de intensidade. Para se ter certeza disso, mude esse sujeito para o 
plural: Diminuíram muito as papeladas. Note que o verbo se flexionou de 
acordo com o seu sujeito. 
 A alternativa (E) está correta, pois o termo “a planilha de bens 
sujeito predicado 
Concordância verbal 
Concordância nominal 
Regência verbal 
Regência nominal 
Predicado 
Nominal 
Predicado 
Verbal 
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patrimoniais” é o objeto direto e “ao setor de bens” é o objeto indireto. Por 
esse motivo, o verbo “mandar” é transitivo direto e indireto. 
Gabarito: D 
 
Questão 2: Correios – 2006 – Contador (banca AOCP) 
Em Estamos dispostos a ouvi-los, o verbo “ouvir” é: 
a) Transitivo direto. b) Transitivo indireto. 
c) Transitivo direto e indireto. d) Intransitivo. 
Comentário: Alguém ouve alguém! Veja que esse verbo exige um 
complemento sem preposição. Por isso, é transitivo direto, e o termo “-los” é o 
objeto direto. 
Gabarito: A 
 
Questão 3: Prefeitura Camaçari – 2010 – Analista (banca AOCP) 
Fragmento do texto: Mais do que salário, violência e espaço físico 
inadequado, a principal queixa dos diretores da rede municipal de São Paulo é 
o excesso de burocracia. A constatação foi feita em pesquisa do Sinesp 
(sindicato da categoria), que entrevistou em março 373 gestores. Destes, 53% 
se queixaram que gastam mais tempo com papéis e formulários do que com 
atividades pedagógicas – reuniões com os professores, por exemplo. Segundo 
os dirigentes, o problema é agravado pela falta de funcionários nas escolas. 
Salário foi apontado por 3% da amostra como um dos principais problemas; 
9% citaram violência e insegurança; e 38%, deficiências físicas das escolas. 
“Salário foi apontado por 3% da amostra como um dos principais problemas; 
9% citaram violência e insegurança; e 38%, deficiências físicas das escolas.” 
No texto, o sujeito da forma verbal citaram é 
(A) amostra, que também é o sujeito de 38%. 
(B) salário, que é retomado por 3% da amostra. 
(C) gestores, que é substituído, no texto, por dirigentes. 
(D) principais problemas, que é ‘retomado por 9%. 
(E) violência e segurança, mesmo sujeito de 38%. 
Comentário: O verbo “citaram” está flexionado no plural, tendo em vista a 
expressão “9%”. Assim, literalmente, este termo é o sujeito daquele verbo. 
 Mas a questão ampliou essa ideia. Contextualmente, o termo “9%” 
retoma o substantivo “dirigentes”, e este é sinônimo contextual de “gestores”. 
Essas palavras evidenciaram uma cadeia coesiva, evitando a repetição 
desnecessária do termo “gestores”. 
 Por isso, a alternativa correta é a (C). 
Gabarito: C 
Cabe agora aprofundarmos um pouco mais na relação dos termos para 
entendermos melhor a pontuação. Para isso, vamos ver a aplicação do verbo 
intransitivo. 
Intransitivo: Verbo que não exige complemento verbal. 
 Adoeci. 
 Fui à praia. 
verbo intransitivo adjunto adverbial de lugar 
predicado verbal 
 
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7
Na realidade, há dois tipos de verbos intransitivos. 
O primeiro diz respeito àquele que não exige nenhum termo que 
complemente seu sentido, como “Adoeci.”; “Juvenal morreu.”; “Um vendaval 
ocorreu.”. Esses verbos não necessitam de termo que os complete. Esse tipo 
de intransitividade mostra que o verbo por si só já transmite o sentido 
necessário; podendo o autor acrescentar termos acessórios para transmitir 
mais clareza ou ser mais pontual no sentido, por exemplo: “Adoeci por causa 
do mal tempo.”; “Juvenal morreu anteontem.” e “Um vendaval ocorreu 
aqui.”. 
Por outro lado, existe a intransitividade que necessita de um termo que 
produza sentido. Se alguém diz que vai, tem que dizer que vai a algum 
lugar. Se alguém diz que voltou, tem que continuar a fala mostrando de 
onde voltou. Por isso muita gente confunde esse tipo de intransitividade com atransitividade indireta; mas há uma diferença muito grande, pois o termo que 
amplia o sentido deste tipo de intransitividade transmite normalmente 
circunstâncias de lugar ou modo. Veja: 
Vou a São Paulo. Vim de Manaus. Estou bem. 
O objeto indireto apenas completa o sentido do verbo, ele não transmite 
valores circunstanciais de lugar ou de modo, sentidos que são demonstrados 
nos vocábulos “a São Paulo”, “de Manaus” e “bem”. Quando se quer saber se 
há circunstância de lugar ou modo, faz-se a pergunta “Onde?”, “Como?”, 
respectivamente. Assim, é importante notarmos os valores dos adjuntos 
adverbiais, que são demonstrados em sua maioria no uso das preposições, as 
quais serão enfatizadas a seguir. Didaticamente, podemos dividir o adjunto 
adverbial em dois tipos: 
Adjunto adverbial solto: O problema ocorreu, naquela tarde de sábado. 
Adjunto adverbial preso: Eu estou bem. 
 Eu estou em São Paulo. 
 Eu vim de São Paulo. 
Caro aluno, esta divisão dos adjuntos adverbiais é apenas didática, não é 
cobrada em prova dessa forma, mas entendermos isso é importante para a 
pontuação. Veja que não é comum vermos vírgula separando adjuntos 
adverbiais presos, como as três últimas frases. Já com o adjunto adverbial 
solto, é natural inserir a vírgula. Veja: 
O problema ocorreu, naquela tarde de sábado. 
Adjunto adverbial: É o termo que modifica o verbo, o adjetivo ou o 
advérbio, atribuindo-lhes uma circunstância qualquer. Abaixo listei para você o 
nome da palavra (morfologia) e a função que esta palavra desempenha na 
oração (sintaxe). 
 
morfologia artigo + substantivo verbo advérbio de 
intensidade 
 
 
 Os atletas correram muito. 
 
sintaxe 
adj adn + núcleo verbo intransitivo adjunto 
adverbial de 
intensidade 
 sujeito predicado verbal 
 período simples 
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8
 
morfologia pronome + substantivo verbo + advérbio 
 de intensidade 
adjetivo 
 
 
 Seu projeto é muito interessante. 
 
sintaxe 
adj adn + núcleo VL + adj adverbial 
 de intensidade 
Predicativo do sujeito 
 sujeito predicado nominal 
 período simples 
 
morfologia artigo + substantivo verbo + advérbio de 
 intensidade 
advérbio 
 
 
 O time jogou muito mal. 
 
sintaxe 
 adj adn + núcleo VI + adj adverbial 
 de intensidade 
adjunto 
adverbial de 
modo 
 sujeito predicado verbal 
 período simples 
Observações: 
a) O adjunto adverbial pode ser representado por um advérbio, uma 
locução adverbial ou um pronome relativo (que será visto nas próximas aulas). 
Deixei o embrulho aqui. (advérbio) 
À noite conversaremos. (locução adverbial) 
A empresa onde trabalhei faliu. (pronome relativo) 
 b) Pode ocorrer elipse da preposição antes de adjuntos adverbiais de 
tempo e modo: 
Aquela noite, ela não veio. (Naquela noite) 
Domingo ela estará aqui. (No domingo) 
Ouvidos atentos, aproximei-me da porta. (De ouvidos atentos) 
Veja os principais valores semânticos dos adjuntos adverbiais, a 
depender da preposição e das locuções prepositivas nocionais. 
1. assunto: 
sobre: conversar sobre política; falar sobre futebol. 
quanto a: Não nos expressamos quanto à fatalidade do acidente. 
2. causa: 
a: morrer à fome; acordar aos gritos das crianças; voltar a pedido 
dos amigos. 
ante: Ante os protestos, recuou da decisão. (Perceba que não há 
preposição “a” após “ante”. Diz-se ante a, ante o, e não *ante à, *ante ao.) 
com: assustar-se com o trovão; ficar pobre com a inflação. 
de: morrer de fome; tremer de medo; chorar de saudade. 
devido a: Encontrou seu futuro, devido a muito esforço. 
diante de: Diante de tais ofertas, não pude deixar de comprar. 
em consequência de: Em consequência de seu estudo eficaz, passou 
em primeiro lugar. 
em virtude de: Em virtude de muitas vaias, o show foi interrompido. 
em face de: O que o salvou, em face do perigo, foi sua habitual calma. 
(em virtude de) 
face a: Face a tantos perigos, resolveu voltar. 
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9
graças a: Graças ao estudo, passou no concurso. 
por: encontrar alguém por uma coincidência; foi preso por vadiagem 
Esta preposição também pode ser entendida como em favor de: morrer pela 
pátria; lutar pela liberdade; falar pelo réu. Não deixa de possuir valor 
causal. 
3. companhia: 
com: ir ao cinema com alguém; regressar com amigos. 
4. concessão (contraste, oposição) 
apesar de: Foi à praia apesar do temporal. 
Obs.: Ocorre quando há uma oposição em relação ao verbo. Não se vai, 
normalmente, à praia em dia de temporal. 
com: Com mais de 80 anos, ainda tem planos para o futuro. 
malgrado: Malgrado a chuva, fomos ao passeio. 
5. condição: 
Sem: Sem o empréstimo, não construiremos a casa. 
6. conformidade: 
a: puxar ao pai; escrever ao modo clássico; sair à mãe. 
conforme: Agiu conforme a situação. 
por: tocar pela partitura; copiar pelo original. 
7. lugar: 
a: (destino - em correlação com a preposição de): de Santos a 
Guarujá; daqui a Salvador. 
Obs.: Usa-se indiferentemente à/na página. Ex.: A notícia está à/na 
página 28 do jornal. Usa-se ainda a páginas, mas não as páginas ou às 
páginas. Ex.: A notícia está a páginas 28 do jornal. 
ante: A verdade está ante nossos olhos; 
até: indica o limite, o término de movimento, e, acompanhando 
substantivo com artigo (definido ou indefinido), pode vir ou não seguida da 
preposição a: 
Caminharam até a entrada do estacionamento. ou 
Caminharam até à entrada do estacionamento. 
de: (relação de origem): vir de Madri. 
desde: dormir desde lá até cá. 
em: (estático): ficar em casa; o jantar está na mesa. 
Observação: 
O uso da preposição “em” com verbos ou expressões de 
movimento caracteriza coloquialidade (o que deve ser evitado na norma 
culta): chegar em casa, ir no supermercado, voltar na escola, levar as 
crianças na praia, dar um pulo na farmácia, etc. O correto é: chegar a 
casa; ir ao supermercado; voltar à escola; levar as crianças à praia; ir à 
farmácia. 
defronte: Ela mora defronte à igreja. 
em frente a: Em frente à escola estava ele. 
entre: os Pireneus estão entre a França e a Espanha; ficar entre os 
aprovados. 
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para: ir para Madri; apontar o dedo para o céu. 
perante: (posição em frente); perante o juiz, negou o crime. (Perceba 
que não há preposição “a” após “perante”. Diz-se perante a juíza, perante o juiz, e 
não *perante à, *perante ao.) 
por: ir por Bauru, morar por aqui. 
sob: (posição inferior): ficar sob o viaduto. 
sobre: (posição superior): o avião caiu sobre uma lavoura de arroz; 
flutuar sobre as ondas; (direção): ir sobre o adversário. 
trás: no português atual, a preposição trás não é usada isoladamente; 
atua, sempre, como parte de outras expressões: nas locuções adverbiais “para 
trás” e “por trás” (ficar para trás, chegar por trás) e na locução prepositiva 
“por trás de” (ficar por trás do muro). 
8. modo: 
a: bife à milanesa; jogar à Telê Santana. 
com: andar com cuidado; tratar com carinho. 
de: olhar alguém de frente, ficar de pé. 
em: ir em turma, em bando, em pessoa; escrever em francês. 
por: proceder à chamada de alunos por ordem alfabética; saber por 
alto o que aconteceu. 
sem: indica a relação de ausência ou desacompanhamento: estar sem 
dinheiro; 
sob: sair sob pretexto não convincente. 
9. tempo: 
com: (simultaneidade): o povo canta, com os soldados,o Hino 
Nacional; com o tempo os frutos amadurecem. 
de: dormir de dia, estudar de tarde, perambular de noite; de 
pequenino é que se torce o pepino. 
desde: desde ontem estou assim. 
em: fazer a viagem em quatro horas; o fogo destruiu o edifício em 
minutos, no ano 2000. 
entre: ela virá entre dez e onze horas. 
para: ter água para dois dias apenas; para o ano irei a Salvador; lá 
para o final de dezembro viajaremos. 
por: estarei lá pelo Natal; viver por muitos anos; brincar só pela 
manhã. 
sob: houve muito progresso no Brasil sob D. Pedro II. 
Muitas vezes, numa locução, a preposição “a” pode ser trocada por outra, sem 
que isso acarrete prejuízo de construção ou de significado. Eis alguns 
exemplos: à/com exceção de, a/ em meu ver, a/com muito custo, em frente 
a/de, rente a/com, à/na falta de, a/em favor de, em torno a/de, junto 
a/com/de. 
Questão 4: FURNAS 2009 Técnico (banca Funrio) 
Observe o trecho “À noite dormia na cervejaria, na mesa de bilhar, enrolado 
num cobertor”. Assinale a alternativa em que a proposta de inversão da 
ordem das palavras tem efeito estilístico, mas preserva o significado e a 
estrutura sintática original. 
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A) Dormia num cobertor enrolado na cervejaria, à noite, na mesa de bilhar. 
B) À noite na cervejaria, enrolado na mesa de bilhar, dormia num cobertor. 
C) Enrolado num cobertor, à noite dormia na mesa de bilhar da cervejaria. 
D) Dormia à noite na mesa da cervejaria, enrolado num cobertor de bilhar. 
E) À noite, enrolado num cobertor, dormia na cervejaria, na mesa de bilhar. 
Comentário: A ordenação dos termos pode se inverter e isso não quer dizer 
que o sentido mude, porém não podemos deixar que um termo passe a 
depender de outro, diferente do original. Exatamente isso foi cobrado nesta 
questão. Veja: 
“À noite dormia na cervejaria, na mesa de bilhar, enrolado num cobertor” 
 
E) À noite, enrolado num cobertor, dormia na cervejaria, na mesa de bilhar. 
 Note que os adjuntos adverbiais deslocados “à noite” e “na mesa de 
bilhar” estão separados por vírgulas, o que deixa claro que o sentido 
permanece. Além disso, perceba que o adjunto adverbial “na cervejaria” 
permanece subordinado ao verbo “dormia” e o adjunto adverbial “num 
cobertor”, ao verbo “enrolado”. 
 A alternativa (A) está errada, porque, com a inversão, o adjunto 
adverbial “na cervejaria” ficou subordinado ao verbo “enrolado”, o que faz 
mudar o sentido. 
 A alternativa (B) está errada, pois, com a inversão, os verbos “enrolado” 
e “dormia” tiveram troca nos termos subordinados e isso fez mudar o sentido. 
 A alternativa (C) está errada, pois, com a inversão, o verbo “dormia” 
teve mudança no termo subordinado e isso fez mudar o sentido. 
 A alternativa (D) está errada e fica clara a mudança de sentido com a 
mudança dos termos subordinados aos verbos “Dormia” e “enrolado” e aos 
substantivos “mesa” e “cobertor”. 
Gabarito: E 
 
Questão 5: FURP 2009 Analista (banca Funrio) 
Marque a alternativa em que ocorre um adjunto adverbial com valor 
semântico de instrumento: 
A) Ele estava sozinho no meio do nada. 
B) Fui ao teatro com um grande amigo. 
C) Por fim, conseguiu abrir a caixa com o canivete. 
D) Houve mudanças muito radicais no parque industrial. 
E) Hoje, repousei preguiçosamente até o meio dia. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois “no meio do nada” é o 
adjunto adverbial de lugar. Veja que podemos fazer a pergunta “onde?”. 
 A alternativa (B) está errada, pois “ao teatro” é o adjunto adverbial de 
lugar e “com um grande amigo” é um adjunto adverbial de companhia. Veja 
que podemos fazer as perguntas “aonde?” e “com quem?”, 
respectivamente. 
 A alternativa (C) é a correta, pois “com o canivete” é o instrumento 
utilizado para abrir a caixa. Veja que podemos fazer a pergunta “com quê?”. 
 A alternativa (D) está errada, pois “no parque industrial” é o adjunto 
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adverbial de lugar. Veja que podemos fazer a pergunta “onde?”. 
 A alternativa (E) está errada pois “Hoje” e “até o meio dia” são adjuntos 
adverbiais de tempo. Veja que podemos fazer a pergunta “quando?”. 
Gabarito: C 
 
Questão 6: FURP 2009 Analista (banca Funrio) 
Na frase, “Temos presenciado, nos dias atuais, um perigoso alargamento dos 
conceitos de moral e de ética”, as vírgulas estão aí empregadas para destacar 
um termo deslocado na ordem canônica do enunciado; o mesmo se dá em 
A) Deve haver saída para essa situação, isto é, um movimento de 
moralização social. 
B) Registra-se, ultimamente, um trabalho sistemático de fortalecimento das 
crenças. 
C) A honestidade existe, caro amigo, só que está difícil de encontrar. 
D) O covarde social nada vê, nada reclama, nada disputa, tudo aceita. 
E) Há pessoas, de uma conduta pacífica, sem rumo certo para trilhar. 
Comentário: Primeiramente, devemos entender que a ordem canônica dos 
termos é a estrutura sujeito, verbo e complementos. Além disso, as vírgulas 
foram empregadas para intercalar o adjunto adverbial “nos dias atuais”. 
Assim, devemos assinalar a alternativa que apresente um adjunto adverbial 
intercalado. 
 A alternativa (A) está errada, pois a dupla vírgula foi utilizada tendo em 
vista a expressão denotativa de explicação “isto é”. Veja: 
Deve haver saída para essa situação, isto é, um movimento de moralização 
social. 
 A alternativa (B) é a correta, pois o termo “ultimamente” é um adjunto 
adverbial de tempo e se encontra entre vírgulas por também estar 
intercalado. Veja: 
Registra-se, ultimamente, um trabalho sistemático de fortalecimento das 
crenças. 
 A alternativa (C) está errada, pois “caro amigo” é um vocativo, termo 
que será visto adiante. Veja: 
A honestidade existe, caro amigo, só que está difícil de encontrar. 
 A alternativa (D) está errada, pois as vírgulas transmitem uma 
enumeração de orações. Veja: 
O covarde social nada vê, nada reclama, nada disputa, tudo aceita. 
 A alternativa (E) está errada, pois “de uma conduta pacífica” é o aposto 
explicativo, termo que será visto adiante. Veja: 
Há pessoas, de uma conduta pacífica, sem rumo certo para trilhar. 
Gabarito: B 
 
Questão 7: FURP 2010 Auxiliar Administrativo (banca Funrio) 
 Patrão, o trem atrasou. 
 Por isso estou chegando agora. 
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 Trago aqui um memorando da Central. 
 O trem atrasou meia hora. 
 O senhor não tem razão 
 Pra me mandar embora. 
No samba composto por Vilarinho, Estanislau Silva e Paquito, há a presença 
de termos que têm a função de introduzir alguma circunstância adverbial, 
como ocorre com 
A) por isso (adjunto adverbial de causa). 
B) da Central (adjunto adverbial de lugar). 
C) patrão (adjunto adverbial de referência). 
D) meia hora (adjunto adverbial de quantidade). 
E) embora (adjunto adverbial de limitação). 
Comentário: Note que a palavra “Patrão” é o vocativo, o chamamento de 
alguém. Assim, eliminamos a alternativa (C). 
 A expressão “da central” é um adjunto adnominal, por ser o termo que 
caracteriza “memorando”, o qual é o núcleo do objeto direto “um memorando 
da Central”. Assim, eliminamos a alternativa (B). 
 A expressão “meia hora” é o adjunto adverbial de tempo. Dessa forma, 
eliminamos a alternativa (D). 
 Veremos nas próximas aulas que “embora” é uma conjunção concessiva 
e nunca poderá ser um adjunto adverbial. Assim, eliminamos a alternativa 
(E). 
 Portanto, a alternativa (A) é a correta, pois “por isso” resume uma 
causa expressa anteriormente, isto é: por causade o trem chegar atrasado, 
estou chegando agora. A expressão “por isso” é o mesmo que “por causa 
disso”, “devido a isso”. Assim, realmente há um adjunto adverbial de causa. 
Gabarito: A 
 
Questão 8: Investe RIO 2010 Administrador (banca Funrio) 
De acordo com as regras de pontuação vigentes na Língua Portuguesa, o 
adjunto adverbial deslocado para o início da frase deve ser seguido de vírgula. 
Assinale a alternativa em que se exemplifica essa afirmação. 
A) A fala oral, então... nem pensar! 
B) Já nós, que herdamos a língua, consertaremos a forma de dizer. 
C) Dentro em pouco, todos os tapumes divulgarão o aviso. 
D) Talvez se preocupem as editoras de gramáticas e dicionários e os 
computadores criarão um novo programa corretor. 
E) Trocaram seis por meia dúzia nas regras para o hífen, que continuam 
complexas e improdutivas. 
Comentário: A questão cobrou apenas o reconhecimento de uma vírgula que 
separa o adjunto adverbial antecipado. Há várias alternativas com vírgula por 
diversos motivos, mas cabe aqui apenas apontar o adjunto adverbial 
antecipado. Assim, a alternativa correta é a (C), pois “Dentro em pouco” é o 
adjunto adverbial de tempo antecipado. Veja: 
Dentro em pouco, todos os tapumes divulgarão o aviso. 
Gabarito: C 
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Questão 9: Prefeitura Itaocara – 2010 Auxiliar Adm (banca CEPERJ) 
No segmento “...seus olhos brilhariam de prazer...”, a preposição estabelece 
relação de: 
A) posse B) tempo C) causa D) modo E) finalidade 
Comentário: A expressão “de prazer” é a causa de os olhos brilharem 
(brilhariam por causa do prazer). Assim, essa expressão é o adjunto adverbial 
de causa. 
Gabarito: C 
 
Questão 10: Prefeitura Angra dos Reis – 2006 Auditor Adm (banca CEPERJ) 
“Em excesso, a bebida está associada a danos nas regiões cerebrais ligadas à 
memória e ao aprendizado”; o segmento em excesso traz a idéia de: 
A) condição; B) tempo; C) comparação; 
D) conformidade; E) finalidade. 
Comentário: Note que podemos subentender nesta expressão o seguinte: 
“se consumida em excesso”. Assim, percebemos o valor adverbial 
condicional. 
Gabarito: A 
 
Questão 11: TCE SP 2005 Fiscalização Financeira (banca FCC) 
Fragmento do texto: Com a disparada da dívida pública e a virtual “quebra” 
do país na década passada, o governo brasileiro, sob monitoramento do FMI, 
passou a perseguir metas de superávit primário das contas públicas. Tratava-
se de garantir um saldo que sinalizasse a capacidade de o país honrar seus 
compromissos, evitando o “default”. A meta, inicialmente de 3% do PIB, está 
fixada hoje em 4,25%. 
Com a disparada da dívida pública e a virtual “quebra” do país na década 
passada... (início do texto) 
O segmento grifado na frase acima poderá ser corretamente substituído, SEM 
alteração do sentido original, por 
(A) Além da disparada... (B))Devido à disparada... 
(C) Até à disparada... (D) Apesar da disparada... 
(E) Durante a disparada... 
Comentário: A expressão “Com a disparada da dívida pública e a virtual 
‘quebra’ do país na década passada” é o adjunto adverbial de causa. Assim, 
devemos atentar ao valor da preposição “Com”. A substituição dessa 
preposição pode ser feita por expressões como “devido a”, “por causa de”, 
“tendo em vista”, “graças a”. Assim, a alternativa correta é a (B). 
Gabarito: B 
 
Questão 12: Prefeitura S. Agostinho – 2010 – Contador (banca AOCP) 
Assinale a alternativa correta quanto ao sentido apresentado pelas preposições 
no texto. 
(A) “‘Beber água e hidratar o nariz com soro também são formas de combater 
o tempo seco’” (referência) 
(B) “‘Quando a pessoa for para o quarto, já estará uma situação boa de 
umidade...’” (finalidade) 
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(C) “Ele diz que medidas mais simples podem ser usadas para hidratar o ar, 
sem preocupação.” (instrumento) 
(D) “Desde o início do inverno, esse recurso vem sempre cada vez mais 
procurado no comércio...” (tempo) 
(E) “Um balde com água ou uma toalha molhada podem ficar no quarto 
durante toda a noite.” (companhia) 
Comentário: Na alternativa (A), a preposição “com” denota valor de 
instrumento: utilizou-se o soro para hidratar o nariz. 
 Na alternativa (B), a preposição “para” tem valor de direção a um 
destino (ir para onde?). Por isso, transmite valor de lugar. 
 Na alternativa (C), a preposição “sem” tem valor de anulação, falta. Ela 
inicia um adjunto adverbial de modo. 
 A alternativa (D) é a correta, pois a preposição “Desde” inicia um adjunto 
adverbial de tempo. 
 Na alternativa (E), a preposição “com” tem sentido de conteúdo (o balde 
continha algo) e inicia um adjunto adnominal. 
Gabarito: D 
 
Questão 13: Correios – 2006 – Engenheiro (banca AOCP) 
Assinale a sequência correta conforme as frases abaixo: 
A- Adjunto adverbial de lugar. 
B- Adjunto adverbial de tempo. 
C- Adjunto adverbial de modo. 
D- Adjunto adverbial de afirmação. 
I - Amo-te mais a cada instante. 
II - Há uma lágrima em cada poema. 
III - O presente foi aceito com má vontade. 
IV - Com certeza, o show será adiado. 
a) A, B, C, D. b) A, B, D, C. c) B, D, C, A. d) B, A, C, D. 
Comentário: Na frase I, a expressão “a cada instante” tem valor temporal. 
Assim, as alternativas (A) e (B) estão erradas. 
 Na frase II, a expressão “em cada poema” tem valor de lugar. Assim, já 
sabemos que a alternativa correta é a (D). 
 Na frase III, a expressão “com má vontade” tem valor de modo. 
 Na frase IV, a expressão “Com certeza” tem valor de afirmação, certeza. 
Isso confirma a alternativa (D) está correta. 
Gabarito: D 
 
Questão 14: CISMEPAR – 2011 – Advogado (banca AOCP) 
Assinale a alternativa INCORRETA quanto ao sentido apresentado pelas 
expressões destacadas. 
(A) “Cadê o corpo? Cadê a foto, o vídeo? Cadê a prova?” (lugar) 
(B) “Simpatizantes criaram até um grupo no Facebook apoiando a ideia.” 
(tempo) 
(C) “...liberação da foto tirada na operação ainda está em processo de 
discussão.” (tempo) 
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(D) “...Alex Jones [...] soltou rapidamente sua teoria...” (modo) 
(E) “As teorias da conspiração são propagadas fortemente desde os ataques...” 
(modo) 
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o vocábulo “Cadê”, típico da 
linguagem informal, tem valor de lugar, podendo ser substituído por “Onde 
está”. 
 A alternativa (B) é a errada, pois o vocábulo “até” é uma palavra 
denotativa de inclusão, podendo ser substituída por “inclusive”. 
 A alternativa (C) está correta, pois o advérbio “ainda” transmite a ideia 
de que antes já estava e agora permanece em processo de discussão a 
liberação da foto. 
 A alternativa (D) está correta, pois “rapidamente” é o mesmo que “de 
modo rápido”, por isso há adjunto adverbial de modo. 
 A alternativa (E) está correta, pois “fortemente” é o mesmo que “de 
modo forte”, por isso há adjunto adverbial de modo. Note que também 
podemos ter a ideia de intensidade (muito forte). 
Gabarito: B 
Pontuação com adjunto adverbial “solto” 
É marcante nos adjuntos adverbiais a sua mobilidade posicional, pois 
este termo pode movimentar-se para o início, para o meio ou para o fim da 
oração. Essa mobilidade é percebida nos termos soltos, os quais não são 
exigidos pelo verbo, mas apenas ampliam o contexto com a circunstância. Isso 
é notado principalmente nos advérbios de lugar, tempo e modo; nos advérbios 
que modificam toda a oração (e não somente um termo); e nas locuções 
adverbiais: 
O custo de vida é bem alto em Brasília. 
Em Brasília, o custo devida é bem alto. 
O custo de vida, em Brasília, é bem alto. 
O custo de vida é bem alto, em Brasília. 
 
Prefeitos de várias cidades foram a Brasília. 
A Brasília prefeitos de várias cidades foram. 
Prefeitos de várias cidades a Brasília foram. 
 
Naturalmente, você já percebeu o problema. 
Sim, eu sei. 
Quando a locução adverbial solta for de grande extensão e estiver 
antecipada da oração ou no meio dela, a vírgula será obrigatória. Se 
estiver no final, a vírgula será facultativa. 
Antes da última rodada, o time já se dizia campeão. 
O time, antes da última rodada, já se dizia campeão. 
O time já se dizia, antes da última rodada, campeão. 
O time já se dizia campeão, antes da última rodada. 
O time já se dizia campeão antes da última rodada. 
Esta locução adverbial de lugar 
não é exigida pelo verbo, por 
isso se considera um termo 
solto, o qual pode receber 
vírgula. Compare com a 
seguinte. 
Esta locução adverbial de lugar 
é exigida pelo verbo, por isso 
não se considera termo 
solto, ela pode se mover na 
oração, mas não recebe 
vírgula. 
Os advérbios referem-se a 
toda a oração. 
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Questão 15: ALERJ – 2011 Assessoramento a Comissões (banca CEPERJ) 
Substituindo-se a expressão “acima de tudo” (l. 1) por “sobretudo”, o 
segmento “O funcionário público, acima de tudo, deve desfazer-se da 
roupagem antiga ...” (l. 1/2) pode ser reescrito, sem alteração semântico-
sintática, do seguinte modo: 
A) Sobretudo o funcionário público deve desfazer-se da roupagem antiga... 
B) O funcionário público deve, sobretudo, desfazer-se da roupagem antiga... 
C) O funcionário público deve desfazer-se, sobretudo da roupagem antiga... 
D) O funcionário público deve desfazer-se da roupagem antiga sobretudo... 
E) O funcionário público deve desfazer-se da roupagem sobretudo antiga... 
Comentário: Vimos que o adjunto adverbial solto pode movimentar-se entre 
os termos da oração. Mas devemos atentar quanto à possibilidade de 
mudança de sentido. 
 O advérbio “sobretudo” modifica a locução verbal “deve desfazer-se”. 
Note que, quando o termo está próximo de um substantivo, passa a formar 
um adjunto adverbial com ele. 
 Por isso, para manter a ligação com o verbo, o ideal é a inserção da 
vírgula. Por isso, a alternativa (B) é a correta, pois se encontra intercalada 
por dupla vírgula. Compare: 
“O funcionário público, sobretudo, deve desfazer-se da roupagem antiga ...” 
“O funcionário público deve, sobretudo, desfazer-se da roupagem antiga ...” 
 Na alternativa (A), pela falta da virgula, passamos a ter o adjunto 
adverbial “Sobretudo o funcionário”. 
 Na alternativa (C), pela falta da virgula após o advérbio, passamos a ter 
o adjunto adverbial “sobretudo da roupagem antiga”. 
 Na alternativa (D), pela falta da virgula, passamos a ter o adjunto 
adverbial “antiga sobretudo” (apenas houve a inversão dos termos). 
 Na alternativa (E), pela falta da virgula, passamos a ter o adjunto 
adverbial “sobretudo antiga”. 
Gabarito: B 
 
Questão 16: Prefeitura Cantagalo – 2006 Assistente Social (banca CEPERJ) 
“A nossa foi assunto de família, resolvido com elegância.” — determina 
alteração semântica reescrever esse segmento do seguinte modo: 
A) A nossa foi assunto resolvido em família, com elegância. 
B) A nossa foi assunto resolvido com elegância, em família. 
C) A nossa foi assunto elegante, resolvido em família. 
D) A nossa foi assunto elegantemente resolvido em família. 
Comentário: Note que “com elegância” é o adjunto adverbial de modo e se 
refere a “resolvido”, e “resolvido” caracteriza “assunto”. 
 Entre as alternativas (A) e (B), houve apenas a inversão dos termos 
“com elegância” e “em família”. Por isso, preservam o sentido. 
 O erro está na alternativa (C), pois “elegante” passou a adjetivo, 
caracterizando o substantivo “assunto”. Assim, mudou o sentido. 
 Na alternativa (D), houve apenas a transformação da locução adverbial 
de modo “com elegância” em advérbio “elegantemente”. 
 Os dois ocupam a função sintática de adjunto adverbial de modo. 
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Gabarito: C 
 
Questão 17: Prefeitura S. Agostinho – 2010 – Contador (banca AOCP) 
Assinale a expressão que NÃO apresenta um adjunto adverbial destacado. 
(A) “Aparelho ligado durante toda a noite pode provocar excesso...” 
(B) “...o clima é seco e isso favorece a baixa umidade.” 
(C) “...pode levar a um excesso de umidade nas paredes...” 
(D) “...podem ficar no quarto durante toda a noite.” 
(E) “O bloqueio de massa de ar quente e seco nessas regiões.” 
Comentário: A alternativa (A) apresenta o adjunto adverbial de tempo 
“durante toda a noite”. Note que podemos fazer a pergunta: “quando?”. 
 A alternativa (B) é a errada, pois o termo “a baixa umidade” é exigido 
pelo verbo transitivo direto “favorece”. Por isso o termo sublinhado é o objeto 
direto. 
 As alternativas (C), (D) e (E) estão corretas, pois os termos “nas 
paredes”, “no quarto” e “nessas regiões” são adjuntos adverbiais de lugar. 
Perceba que podemos fazer a seguinte pergunta: “onde?”. 
Gabarito: B 
Palavras denotativas: 
Há palavras semelhantes aos advérbios, mas que não constituem 
circunstâncias. São as chamadas palavras denotativas. Veja algumas 
importantes. 
1. Designação: eis: 
Eis o homem! 
Esta construção admite que o substantivo posterior seja substituído pelo 
pronome oblíquo átono o, na forma Ei-lo! 
2. Exclusão: exceto, senão, salvo, menos, tirante, exclusive, ou melhor 
etc. 
 Voltaram todos, menos André. 
 Roubaram tudo, salvo o telefone. 
3. Limitação: só, apenas, somente, unicamente: 
Só Deus é imortal. Apenas um livro foi vendido. 
A possibilidade de cobrança em prova é na interpretação de texto. 
Quando se inserem as palavras só, somente, apenas; há o recurso textual 
chamado palavra categórica. Ele transmite uma ideia veemente do autor, que 
não abre caminhos para outra possibilidade. Isso dirige a interpretação de 
texto. Veja: 
Só o rico ganha. O dinheiro chega apenas à classe nobre. 
 Compare com as estruturas sem essas palavras categóricas: 
O rico ganha. O dinheiro chega à classe nobre. 
Naturalmente, você observou que o sentido mudou significativamente. 
Na prova normalmente o texto sugere algo de maneira geral, com a segunda 
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construção. Já, na interpretação de texto, a banca inclui a palavra categórica 
para o candidato perceber o erro. 
4. Explicação, explanação ou exemplificação: a saber, por exemplo, 
isto é, como, ou melhor etc. 
Eram três irmãos, a saber, Pedro, Antônio e Gilberto. 
Lá, no inverno, usa-se roupa pesada, como sobretudo e poncho. 
Os elementos do mundo físico são quatro, a saber: terra, fogo, água e ar. 
Esses valores são normalmente separados por vírgula ou dois-pontos. 
Pode-se ter em mente que, quando se explica, quer-se ratificar, confirmar 
argumentos; então isso pode ser cobrado numa interpretação de texto ou no 
uso da pontuação. 
5. Inclusão: mesmo, além disso, ademais, até, também, inclusive, 
ainda, sobretudo etc. 
Até o professor riu-se. Ninguém veio, mesmo o irmão. 
I - Costumam-se ficar entre vírgulas as estruturas além disso, 
também, inclusive, ainda. Normalmente a banca insere apenas uma das 
vírgulas e isso torna o texto errado. 
Ele disse, inclusive que não viria hoje. (errado) 
Ele disse, inclusive, que não viria hoje. (certo) 
 II – Cumpre lembrar que não se pode confundir o valor de mesmo 
(inclusão), mesmo (pronome demonstrativo devalor adjetivo) e advérbio de 
afirmação/certeza. O primeiro não se flexiona e pode ser substituído por até, 
inclusive: 
 Mesmo ela realizou as atividades. 
 O segundo flexiona-se e diz respeito a um reforço reflexivo, equivalendo 
a sozinha: 
 Ela mesma realizou as atividades. 
 O terceiro não se flexiona e serve para ratificar, confirmar uma ação, 
equivalendo-se a sim, com certeza: 
 Ela realizou mesmo as atividades. 
6. Retificação: aliás, ou melhor, isto é, ou antes etc. 
Comprei cinco, aliás, seis livros. Correu, isto é, voou até nossa casa. 
Para a banca é importante notar a ideia de correção ao que foi dito 
anteriormente e por isso a expressão deve ficar separada por vírgula(s). Note 
que a expressão “isto é” também foi vista como explicação (ratificação), por 
isso deve-se ter muito cuidado com o contexto. 
7. Situação: mas, então, pois, afinal, agora, etc. 
Mas que felicidade. Então duvida que se falasse latim? 
Pois não é que ele veio. Afinal, quem tem razão? 
Posso mostrar-lhes o sítio; agora, vender eu não vendo. 
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 A banca pergunta se os vocábulos “Mas”, “Então” e “Pois”, nestes casos, 
possuem valor de oposição, conclusão e explicação, respectivamente. Pode-se 
notar claramente que não; estes vocábulos apenas motivam o início do 
discurso, como ocorre com o coloquialismo “Hum...”, “senão vejamos”, etc. 
8. Expletivo e realce: é que; lá, cá, só, ora, que, mesmo, embora. 
Nós é que somos brasileiros. Eu sei lá! 
Eu cá me arranjo. Vejam só que coisa! 
Ora, decidamos logo o negócio. Oh! Que saudades que tenho! 
É isso mesmo. Vá embora! 
Normalmente as palavras expletivas ocorrem por motivo de ênfase e 
estilo; mas o vocábulo “ora” geralmente inicia uma consideração do autor, 
uma avaliação que pode também ser entendida como conclusão. 
9. Afetividade: felizmente, infelizmente, ainda bem: 
 Felizmente não me machuquei. 
 Ainda bem que o orador foi breve! 
Questão 18: FIOTEC 2012 Auxiliar Administrativo (banca Funrio) 
O item II do Artigo XV da Declaração estabelece que “o casamento não será 
válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes”. 
Nesse item, observa-se o emprego da palavra “senão” com o mesmo valor de 
A) inclusive. 
B) salvo. 
C) cumulativamente. 
D) sob tutela. 
E) sem efeito. 
Comentário: Observe na teoria que a palavra “senão” é denotativa de 
exclusão, tendo o mesmo sentido de “exceto, senão, salvo, menos, tirante, 
exclusive”. Assim, fica fácil perceber que a alternativa correta é a (B). 
Gabarito: B 
 
Questão 19: Prefeitura São Gonçalo – 2011 Auditor Adm (banca CEPERJ) 
O segmento “...de que a África foi mesmo o berço da humanidade.” poderia 
ser reescrito, com coerência e sem alteração de sentido, por: 
A) de que mesmo o berço da humanidade foi a África 
B) de que o mesmo berço da humanidade foi a África 
C) de que o berço, mesmo da humanidade, foi a África 
D) de que o berço da humanidade foi mesmo a África 
E) de que mesmo a África foi o berço da humanidade 
Comentário: Veja que o deslocamento do vocábulo “mesmo” altera sua 
relação gramatical e semântica. 
Primeiro, devemos perceber que o vocábulo “mesmo” tem vários valores 
gramaticais e semânticos: 
 1. Pode ser advérbio de certeza: 
Ele foi mesmo navegar (realmente ele foi navegar). 
 2. Pode ser palavra denotativa de inclusão: 
Mesmo ele foi navegar (“Até ele foi navegar”, “Inclusive ele foi navegar”). 
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a) Este valor denotativo de inclusão se estende a adverbial temporal em 
construções como “Antes mesmo de você sair, ela chegou”. 
b) Também se estende a valor adverbial concessivo: “Mesmo seco, sentiu 
frio”. 
 3. Pode ser adjetivo (igual, idêntico): 
Eles tiveram as mesmas oportunidades na vida. 
 4. Pode ser pronome demonstrativo de reforço reflexivo. Neste caso 
pode ser substituído por “próprio”: 
Ela mesma pegou o timão e saiu a navegar. (ela própria...) 
 No texto original, “mesmo” relaciona-se com o verbo, sendo um 
advérbio de certeza: “a África foi realmente o berço da humanidade”. 
 Na alternativa (A), pelo deslocamento, a palavra “mesmo” é denotativa 
de inclusão: de que inclusive o berço da humanidade foi a África. 
 Na alternativa (B), pelo deslocamento, a palavra “mesmo” é adjetivo: 
de que o idêntico berço da humanidade foi a África. 
 Na alternativa (C), pelo deslocamento, a palavra “mesmo” é denotativa 
de inclusão: de que o berço, inclusive da humanidade, foi a África. 
 A alternativa (D) é a correta, pois “mesmo” relaciona-se com o verbo, 
sendo um advérbio de certeza: “de que o berço da humanidade foi realmente 
a África”. 
 Na alternativa (E), pelo deslocamento, a palavra “mesmo” é denotativa 
de inclusão: de que até a África foi o berço da humanidade. 
Gabarito: D 
 
Questão 20: Prefeitura São Gonçalo – 2011 Analista (banca CEPERJ) 
No trecho “O leitor médio brasileiro só alcança o nível dos autores de 
entretenimento puro, de autoajuda ou curiosidades.”, não determina 
alteração semântico-sintática e problema de coesão ou de coerência deslocar 
a palavra destacada no trecho, do seguinte modo: 
A) Só o leitor médio brasileiro alcança o nível dos autores de entretenimento 
puro, de autoajuda ou curiosidades. 
B) O leitor médio brasileiro alcança só o nível dos autores de entretenimento 
puro, de autoajuda ou curiosidades. 
C) O leitor médio brasileiro alcança o nível, só dos autores de entretenimento 
puro, de autoajuda ou curiosidades. 
D) O nível dos autores de entretenimento puro, de autoajuda ou curiosidades 
só alcança o leitor médio brasileiro. 
E) Só o nível dos autores de entretenimento puro, de autoajuda ou 
curiosidades alcança o leitor médio brasileiro. 
Comentário: A palavra “só” tem o sentido de “somente”, “apenas”. É uma 
palavra denotativa de limitação. Nesta questão, basta observar qual expressão 
ou palavra é limitada por ela. 
 Na frase original, esta palavra se liga ao verbo “alcança”, limitando-o. 
 Por isso, a alternativa (B) é a correta, pois houve apenas o 
deslocamento da palavra “só” para depois do verbo “alcança”, preservando o 
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sentido de limitação deste verbo. 
 Na alternativa (A), a palavra denotativa limita o substantivo “leitor”. 
Assim, muda o sentido: 
Apenas o leitor médio brasileiro alcança o nível dos autores de 
entretenimento puro, de autoajuda ou curiosidades. 
 Na alternativa (C), a palavra denotativa limita a expressão “dos autores 
de entretenimento puro, de autoajuda ou curiosidades”. Assim, muda o 
sentido: 
O leitor médio brasileiro alcança o nível, apenas dos autores de 
entretenimento puro, de autoajuda ou curiosidades. 
 Na alternativa (D), a reordenação da oração fez com que mudasse o 
sujeito e o predicado. Assim, há ,inevitavelmente, mudança de sentido. 
O nível dos autores de entretenimento puro, de autoajuda ou curiosidades só 
alcança o leitor médio brasileiro. 
 Na alternativa (D), a reordenação da oração fez com que mudasse o 
sujeito e o predicado. Além disso, a palavra denotativa passa a limitar o 
substantivo “nível”. Assim, muda-se o sentido 
Apenas o nível dos autores de entretenimento puro, de autoajuda ou 
curiosidades alcança o leitor médio brasileiro. 
Gabarito: B 
 
Questão 21: TCE AL 2008 Analista de Sistemas (banca FCC) 
Nossos gestos e palavras, mesmo inconscientes e involuntários, sempre 
destinam nossas vidas para algum lugar. 
A palavra sublinhada na frase acima está empregada com função e sentidodiferentes em: 
(A) É comum que o mesmo homem que enuncia novos propósitos logo 
renuncie a eles. 
(B) Não me submeto ao destino, mesmo quando intimidado pelos fatos. 
(C) Mesmo submetido a fortes pressões, ele não hesita em abrir caminhos. 
(D) Mesmo sabendo que não serão cumpridos, vivemos formulando novos 
propósitos. 
(E) Crê na mão que conduz o destino mesmo quem reconhece que isso leva à 
extrema passividade. 
Comentário: O vocábulo “mesmo” na estrutura da frase tem o sentido de 
“inclusive”, “até”. Assim, é uma palavra denotativa de inclusão. Veja que, nas 
alternativas (B), (C), (D) e (E), “mesmo” pode ser substituído ora por 
“inclusive”, ora por “até”, pois preserva o sentido de inclusão. Veja: 
(B) Não me submeto ao destino, inclusive quando intimidado pelos fatos. 
(C) Até submetido a fortes pressões, ele não hesita em abrir caminhos. 
(D) Até sabendo que não serão cumpridos, vivemos formulando novos 
propósitos. 
(E) Crê na mão que conduz o destino inclusive quem reconhece que isso 
leva à extrema passividade. 
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 Já a alternativa (A) é a única em que o vocábulo “mesmo” não tem valor 
denotativo de inclusão. Ele é apenas um pronome demonstrativo, o qual pode 
ser substituído pelo pronome de igual valor: “próprio”. Veja: 
É comum que o próprio homem que enuncia novos propósitos logo renuncie a 
eles. 
Gabarito: A 
 
Questão 22: Câmara Volta Redonda – 2006 Agente Contábil (banca CEPERJ) 
Apresenta valor expletivo a expressão sublinhada em: 
A) “...e que lucro há na magra aposentadoria?” 
B) “Eu é que lá não vou.” 
C) “Além do mais, me causa implicância...” 
D) “...que a gente tem de atravessar...” 
Comentário: A palavra denotativa expletiva simplesmente realça algo na 
frase; pode ser retirada sem interferir no sentido. 
 Assim, a alternativa correta é a (B), pois a expressão “é que” 
caracteriza-se como denotativa expletiva. Ela apenas realça a informação. 
Note que podemos retirar tal expressão sem prejuízo ao argumento na frase: 
 Eu é que lá não vou. 
 Eu lá não vou. 
 Na alternativa (A), a palavra “que” é um pronome interrogativo: não 
podemos retirá-la da frase. 
 Na alternativa (C), a expressão “Além do mais” é denotativa de adição. 
Ela não apenas realça, ela soma uma informação à anterior. 
 Na alternativa (D), “tem de atravessar” é uma locução verbal, a qual 
não pode ficar sem seu verbo auxiliar. 
Gabarito: B 
 
Questão 23: MAPA – 2010 – Economista (banca Dom Cintra) 
Fragmento do texto: O processo de globalização e a mundialização aos quais 
as organizações têm sido submetidas vêm demandando a reação a questões 
relacionadas com o tripé da sustentabilidade, ou seja, com mudanças sociais, 
econômicas e ambientais, o que vem modificando a maneira como essas 
empresas se relacionam com o mundo ao seu redor. Segundo Andrew W. 
Savitz, na obra A empresa sustentável, as empresas “mais bem gerenciadas, 
grandes e pequenas, estão reagindo a esses desafios”. Esse processo de 
mudança tem sido acelerado com o advento da tecnologia da informação, 
principalmente com a Internet. 
A locução em caixa alta no trecho “OU SEJA, com mudanças sociais, 
econômicas e ambientais” pode ser substituída, sem alteração de sentido, por 
todas as relacionadas abaixo, EXCETO por: 
A) isto é; B) em suma; C) vale dizer; D) a saber; E) ou melhor. 
Comentário: Note que as palavras denotativas “ou seja”, “isto é”, “vale 
dizer”, “a saber” e “ou melhor” transmitem valor explicativo. 
 Já a expressão “em suma” traduz valor de síntese, resumo. Assim, o 
sentido difere dos demais. 
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Gabarito: B 
 
Questão 24: IBASCAF – 2010 – Advogado (banca Dom Cintra) 
A frase abaixo em que a negação em negrito tem valor praticamente expletivo 
é: 
A) “As espécies que não desenvolveram a escrita...” 
B) “Pense em quantas ideias não desapareceram para sempre...” 
C) “...procurando alguma coisa que ele ainda não sabia o que era” 
D) “Nas sociedades não letradas as lembranças sobrevivem na recitação...” 
E) “O salmão sabe, não sabendo, o caminho certo para o lugar onde nasceu...” 
Comentário: Para ser uma palavra denotativa expletiva, pode ser excluída e 
não haverá mudança brusca de sentido. 
 Naturalmente, você vai perceber que a alternativa (B) apresenta a 
palavra “não”, a qual não traz sentido de negação ao verbo “desapareceram”. 
Apenas enfatiza, realça este processo verbal. 
 Fazemos muito uso disso na linguagem coloquial: 
 Imagine quantas pessoas não existem neste mundo!!! 
 Pense em quantas pessoas não estão estudando como você agora!!! 
Gabarito: B 
 
Questão 25: Prefeitura Camaçari – 2010 – Analista (banca AOCP) 
Em “Além disso, foram eliminados órgãos equivalentes às diretorias regionais 
de ensino.”, a expressão destacada 
(A) introduz uma explicação. (B) reitera um argumento citado. 
(C) aponta para uma conclusão. (D) adiciona um argumento. 
(E) aponta para uma causa. 
Comentário: A expressão “Além disso” é uma das palavras denotativas de 
adição, por isso denota uma adição de argumentos, e a alternativa correta é a 
(D). 
Gabarito: D 
 
Questão 26: Prefeitura Palmas – 2010 – Superior (banca Dom Cintra) 
Schopenhauer, A arte de escrever 
 A ignorância degrada os homens somente quando se encontra associada 
à riqueza. O pobre é sujeitado por sua pobreza e necessidade; no seu caso, os 
trabalhos substituem o saber e ocupam o pensamento. Em contrapartida, os 
ricos que são ignorantes vivem apenas em função dos seus prazeres e se 
assemelham ao gado, como se pode verificar diariamente. Além disso, ainda 
devem ser repreendidos por não usarem sua riqueza e ócio para aquilo que 
lhes conferiria o maior valor. 
A expressão Em contrapartida (linha 3) tem como significado equivalente: 
A) em resumo B) ao contrário C) por outro lado 
D) em compensação E) em outras palavras 
Comentário: A expressão “Em contrapartida” inicia um contraste em relação 
ao que havia sendo dito anteriormente. 
 A expressão “em resumo” apenas sintetiza dado anterior; “ao contrário” 
transmite oposição, o que não cabe neste contexto; “em outras palavras” 
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transmite valor explicativo (explicar de modo diferente). 
 Assim, naturalmente você ficaria na dúvida entre “por outro lado” e “em 
compensação”. 
 A banca não queria que você percebesse apenas o valor contrastante, 
queria que percebesse o sentido da palavra em si: “contrapartida” significa 
“compensação”, “contrapeso”. Assim, literalmente, a alternativa (D) é a 
correta. 
Gabarito: D 
Objeto direto: Vimos que esse termo é o complemento de um verbo 
transitivo direto. Ele tem como núcleo um substantivo ou palavra de valor 
substantivo. 
Perdi os documentos. 
 Note que “documentos” é o núcleo (palavra mais importante do termo) 
do objeto direto e é um substantivo. O objeto direto se apresenta de diferentes 
formas. 
I - Objeto direto pleonástico: Normalmente, por uma questão de ênfase, 
antecipa-se o objeto, colocando-o no início da frase, e depois é repetido por 
meio de um pronome oblíquo átono. A esse objeto repetido damos o nome de 
objeto pleonástico ou enfático. É muito comum essa construção no diálogo, 
como um meio de o interlocutor retomar a fala do outro, emendando a sua 
postura diante do fato: 
- O que você acha desta roupa? 
- Essa roupa, ninguém a quer. 
A expressão “Essa roupa” é o objeto direto e o pronome “a” é o objeto 
direto pleonástico. Neste caso, ocorre a vírgula. 
II - Objeto direto preposicionado:aquele cuja preposição não é exigência do 
verbo, que é transitivo direto, mas ocorre por ênfase, para se evitar 
ambiguidade ou por necessidade do próprio complemento. 
Amo a Deus. (ênfase) 
Cumpri com a minha palavra. (ênfase) 
Ele puxou da espada. (ênfase) 
Aos mais desfavorecidos atingem essas medidas. (para evitar ambiguidade) 
Ninguém entende a mim. (necessidade do pronome “mim”) 
Note que os verbos amar, cumprir, puxar, atingir e entender não 
regem preposição, porque são transitivos diretos. Normalmente as provas 
perguntam se foram esses verbos que exigiram a preposição, mas nesses 
casos não foram eles que a exigiram. 
Nos três primeiros exemplos, perceba que pode haver a seguinte 
estrutura oracional: Amo Deus; Cumpri a minha palavra; Ele puxou a 
espada. A inserção da preposição, então, não foi exigida pelo verbo, ela 
apenas enfatiza o complemento. 
No quarto exemplo, se não houvesse a preposição “A” no início da 
expressão “Aos mais desfavorecidos”, certamente o leitor teria dificuldade em 
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identificar o sujeito (Essas medidas atingiram os mais desfavorecidos ou 
os mais desfavorecidos atingiram essas medidas?). Essa dupla 
possibilidade de interpretação é chamada de ambiguidade. Numa situação 
formal, deve-se evitar essa ambiguidade para que o texto seja o mais claro 
possível. 
 No último exemplo, tem-se o pronome pessoal oblíquo tônico “mim”. Se 
não houvesse a preposição, esse pronome deveria ser oblíquo átono “me”. Isso 
será visto na aula de pronomes. 
III - Objeto direto interno (ou cognato): 
Foi visto que verbos intransitivos são aqueles que, por terem sentido 
completo, não reclamam um complemento (objeto). É comum, no entanto, o 
emprego desses verbos com um objeto, representado por um substantivo da 
mesma área semântica do verbo. Muitas vezes, o complemento tem o radical 
do verbo: 
Ele vive uma vida feliz. Dormi o sono dos justos. 
“Os sonhos mais lindos sonhei....” “E rir o meu riso...” 
 Essas estruturas são admissíveis em composições de canções, poemas 
ou prosas com fundo literário. Numa linguagem objetiva, com fundamentação 
argumentativa, essa construção deve ser evitada. 
IV – Os pronomes oblíquos átonos “me”, “te”, “se”, “o”, “a”, “os”, “as”, “nos”, 
“vos” cumprem a função sintática de objeto direto: Comprei um carro 
(comprei-o.). 
Questão 27: CEITEC 2012 Auditor (banca Funrio) 
Cecília Meireles escreveu: “Há momentos na vida em que sentimos tanto a 
falta de alguém… que o que mais queremos é tirar esta pessoa de nossos 
sonhos e abraçá-la.” 
O único termo que não desempenha a função de objeto direto no trecho acima 
é 
A) momentos. 
B) a falta de alguém. 
C) esta pessoa. 
D) nossos sonhos. 
E) la. 
Comentário: A alternativa (A) está correta. Veremos na aula de concordância 
que o verbo “Há”, quando se encontra no sentido de “existir”, não possui 
sujeito, é transitivo direto e o termo seguinte é o objeto direto. Assim, 
“momentos” é o objeto direto. 
 A alternativa (B) está correta, pois o verbo “sentimos” é transitivo direto, 
seu sujeito está subentendido (nós) e o objeto direto é “a falta de alguém”. 
Nós sentimos o quê? 
 A alternativa (C) está correta, pois o verbo “tirar” é transitivo direto. 
Note que podemos entender uma locução verbal “nós queremos tirar o quê?”. 
Assim, “esta pessoa” é o objeto direto. 
 A alternativa (D) é a errada, porque “nossos sonhos” é um termo que 
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está precedido da preposição “de”. Assim, “de nossos sonhos” é um lugar 
abstrato (nós queremos tirar esta pessoa de onde?). Assim, “de nossos 
sonhos” é o adjunto adverbial de lugar. 
 A alternativa (E) está correta, pois o verbo “abraçar” é transitivo direto 
(Queremos abraçar quem?). 
Gabarito: D 
 
Questão 28: ISS-SP 2009 Agente-Fiscal de Rendas (banca FCC) 
Fragmento do texto: Esgotado por sucessivas batalhas, convencido da 
inutilidade de seguir lutando e tendo decidido ser preferível capitular a perder 
não só a liberdade como a vida, no verão de 1520 o rei asteca Montezuma, 
prisioneiro dos espanhóis, concordou em entregar a Hernán Cortés o vasto 
tesouro que seu pai, Axayáctl, reunira com tanto esforço, e em jurar lealdade 
ao rei da Espanha, aquele monarca distante e invisível cujo poder Cortés 
representava. 
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) 
As expressões “não só” e “como” introduzem os complementos verbais 
exigidos por ser preferível. 
Comentário: Lembre-se de que complemento verbal é o objeto direto ou 
objeto indireto. Percebemos que a expressão “não só a liberdade como a vida” 
é o objeto direto do verbo “perder”, o qual é transitivo direto (perder o quê?). 
 Assim, esse complemento verbal não tem relação com a expressão “ser 
preferível”. 
Gabarito: E 
 
Questão 29: TCE SP – 2009 – Agente Fiscalização (banca FCC) 
... que consomem 46% de toda a gasolina do planeta ... 
O mesmo tipo de complemento exigido pelo verbo grifado acima está na frase: 
(A) ... o mundo sofre com a falta de capacidade de refino moderno ... 
(B) A delimitação do Campo de Tupi e outros adjacentes na Bacia de Santos 
vem em ótima hora... 
(C) Outra oportunidade reside em investimentos maciços em capacidade de 
refino. 
(D) ... mas esta é uma tendência que se vem espalhando como fogo em palha. 
(E) ... para gerar produtos de alto valor ambiental. 
Comentário: O verbo “consomem” é transitivo direto, e o termo “46% de 
toda a gasolina do planeta” é o objeto direto. Note que o núcleo do objeto 
direto é o numeral “46%” e a expressão “de toda a gasolina do planeta” 
caracteriza este numeral, por isso é um adjunto adnominal. 
 A alternativa (A) está errada, pois o verbo “sofre” é transitivo indireto e 
o termo “com a falta de capacidade de refino moderno” é o objeto indireto. 
 A alternativa (B) está errada, pois o “vem” é intransitivo e o termo “em 
ótima hora” é o adjunto adverbial de tempo. 
 Uma observação importante: o ideal é que esse verbo recebesse o 
acento circunflexo marcando o plural, para concordar com o sujeito composto 
“A delimitação do Campo de Tupi e outros adjacentes na Bacia de Santos”. 
 A alternativa (C) está errada, pois o verbo “reside” é transitivo indireto e 
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o termo “em investimentos maciços” é o objeto indireto e “em capacidade de 
refino” é o complemento nominal. 
 A alternativa (D) está errada, pois o verbo “é” é de ligação, e a locução 
verbal “vem espalhando” possui o sujeito “que” e a estrutura adverbial de 
comparação “como fogo em palha”. 
 O pronome “se” é chamado de apassivador, o qual será visto nas 
próximas aulas. 
 A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “gerar” é transitivo direto e o 
termo “produtos de alto valor ambiental” é o objeto direto, cujo núcleo é 
“produtos” e “de alto valor ambiental” é o adjunto adnominal. 
Gabarito: E 
 
Questão 30: Manaus Energia – 2007 – Assistente Engenharia (banca AOCP) 
“Amar a Deus sobre todas as coisas”. Este é o primeiro mandamento, segundo 
consta no livro de Moisés, no Velho Testamento da Bíblia Sagrada. Assinale a 
alternativa correta em relação ao texto. 
a) O verbo amar está empregado erroneamente, pois este verbo não pede 
preposição. 
b) O verbo amar é transitivo direto e o objeto está preposicionado, o que pode 
perfeitamente acontecer neste caso. 
c) O verbo amar é transitivo indireto e sempre pede preposição. 
d) Neste caso, o erro está na escolha da preposição. Este verbo transitivo 
indireto pede outra preposição.e) O verbo amar é intransitivo direto. 
Comentário: Como vimos na parte teórica, o verbo “amar” pode enfatizar o 
complemento com a preposição “a”. Esse é um verbo transitivo direto, e não 
exige preposição. Porém, esta preposição traz um significado a mais, por isso 
ocorre o objeto direto preposicionado, e a alternativa (B) é a correta. 
Gabarito: B 
 
Questão 31: TCE AL 2008 Analista de Sistemas (banca FCC) 
É a liberdade que dá à vida uma direção. 
O termo sublinhado na frase acima exerce a mesma função sintática do termo 
sublinhado em: 
(A) Sem passado e sem história, poderíamos ser livres? 
(B) Liberdade seria, a meu ver, um sinônimo de decisão. 
(C) Somos livres a cada vez que, agindo, recomeçamos. 
(D) Liberdade seria, pois, começar o improvável. 
(E) A liberdade nos liberta, o passado é argila que nos molda. 
Comentário: O verbo “dá” é transitivo direto e indireto. O termo “uma 
direção” é o objeto direto e “à vida” é o objeto indireto. 
 Na alternativa (A), o adjetivo “livres” é o predicativo do sujeito 
subentendido “nós”. A locução verbal “poderíamos ser” termina com o verbo 
“ser”, por isso é entendida como verbo de ligação. 
 Na alternativa (B), o substantivo “sinônimo” exige o complemento 
nominal “de decisão”. 
 Na alternativa (C), a expressão “a cada vez que” é um adjunto adverbial 
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de tempo. 
 A alternativa (D) é a correta, pois o verbo “começar” é transitivo direto, 
e o termo “o improvável” é o objeto direto. 
 Na alternativa (E), o termo “A liberdade” é o sujeito, o verbo “liberta” é 
transitivo direto, e o pronome “nos” é o objeto direto. 
Gabarito: D 
Objeto indireto: complemento de um verbo transitivo indireto. 
Necessitamos de apoio. 
Ele pode também ser pleonástico: repetição, por meio de um pronome 
oblíquo, do objeto indireto. 
Ao amigo, não lhe peça tal coisa. 
A expressão “Ao amigo” é o objeto indireto e o pronome “lhe” é o objeto 
indireto pleonástico. Neste caso, a vírgula é obrigatória. 
Os pronomes oblíquos átonos “me”, “te”, “se”, “lhe”, “lhes”, “nos”, “vos” 
cumprem a função sintática de objeto indireto: Obedeço ao chefe (Obedeço-
lhe). 
Questão 32: Eletrosul – 2008 – Administrador (banca AOCP) 
Assinale a alternativa correta quanto à função desempenhada pelas expressões 
destacadas. 
a) “...os investidores profissionais não estão imunes a ilusões.” (objeto 
indireto) 
b) “Em vez de traçar uma estratégia sólida, o novato dá grandes tacadas...”. 
(objeto indireto) 
c) “Passaram despercebidos os sinais precoces...”. (objeto direto) 
d) “Nem todos os enganos são originários da autoconfiança.” (complemento 
nominal) 
e) “No mundo econômico, atitudes incoerentes como essa são quase a 
regra.” (sujeito) 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o adjetivo “imunes” exigiu o 
complemento nominal “a ilusões”. 
 A alternativa (B) está errada, pois o verbo “dá” é transitivo direto e o 
termo “grandes tacadas” é o objeto direto. 
 A alternativa (C) está errada, pois o verbo “Passaram” está flexionado no 
plural para concordar com o sujeito “os sinais precoces”. Esse verbo é 
intransitivo e o termo “despercebidos” é um adjetivo na função de predicativo 
do sujeito. Observação: não podemos admitir o verbo “passaram” como de 
ligação, pois o verbo “passaram” transmite ação e ocorre no predicado verbo-
nominal. 
 A alternativa (D) é a correta, pois o adjetivo “originários” exige o termo 
“da autoconfiança”, que é o complemento nominal. 
 A alternativa (E) está errada, pois o termo “No mundo econômico” é o 
adjunto adverbial de lugar. 
Gabarito: D 
 
 
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Questão 33: TCE AC – 2008 – Analista (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Há um combate pela verdade ou, ao menos, em torno 
da verdade — entendendo-se que por verdade não quero dizer “o conjunto das 
coisas verdadeiras a serem descobertas ou aceitas”, mas “o conjunto de regras 
segundo as quais se distingue o verdadeiro do falso e se atribui ao que é 
verdadeiro efeitos específicos de poder”. 
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) 
O trecho ‘o conjunto das coisas verdadeiras a serem descobertas ou aceitas’ 
complementa o sentido da forma verbal “dizer”. 
Comentário: O verbo “dizer” faz parte da locução verbal “quero dizer”, cujo 
sujeito está oculto, subentendendo “eu”. Essa locução verbal é transitiva 
direta, o termo “o conjunto das coisas verdadeiras a serem descobertas ou 
aceitas” funciona como objeto direto. 
 Veremos adiante que esse termo recebeu locuções verbais “a serem 
descobertas ou aceitas”, as quais farão parte de orações subordinadas 
adjetivas restritivas. 
 Mas isso é assunto para depois, o que importa aqui é que a expressão “o 
conjunto das coisas verdadeiras a serem descobertas ou aceitas” completa o 
sentido do verbo. 
Gabarito: C 
 
Questão 34: TCE TO – 2009 – Superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: “O problema do seu pai”, minha mãe me disse certa 
ocasião, “é que ele é muito bonito”. 
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) 
A expressão “certa ocasião” exerce a função sintática de complemento direto 
da forma verbal “disse”. 
Comentário: O termo “certa ocasião” é o momento, é o adjunto adverbial de 
tempo, e não o objeto direto. Por isso, a afirmativa estava errada. 
Gabarito: E 
 
Adjunto adnominal 
Todo termo sintático da oração necessita de um núcleo, constituído de 
um substantivo ou palavra de valor substantivo. Esse núcleo pode ser 
caracterizado, determinado, modificado, especificado, restringido por um 
termo, chamado de adjunto adnominal. 
Esse termo pode ser representado por: 
1) um artigo: O carro parou. 
2) um pronome adjetivo: Encontrei meu relógio. 
3) um numeral adjetivo: Recebi a segunda parcela. 
4) um adjetivo: Tive ali grandes amigos. 
5) uma locução adjetiva: Tenho uma mesa de pedra. 
As nossas primeiras experiências científicas fracassaram. 
artigo pronome numeral substantivo adjetivo verbo intransitivo 
adjuntos adnominais núcleo adj adnominal 
sujeito predicado 
 
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Questão 35: SEFAZ-RJ 2012 – Analista de Controle Interno (banca CEPERJ) 
A alternativa que mostra uma substituição adequada da locução sublinhada é: 
A) “O imposto sobre a renda teve em Rui Barbosa, primeiro Ministro da 
Fazenda do período republicano, um ardente defensor”. / monetário. 
B) “Mostra a história, as formas de aplicação do imposto e as propostas de 
adoção”. / impositivas. 
C) “...sob sua manifestação mais trivial, mais fácil e de resultados mais 
imediatos: os direitos de alfândega”. / aduaneiros. 
D) “...agentes diplomáticos das nações estrangeiras...” / importados. 
E) “...entregar a determinação da renda unicamente ao arbítrio do Fisco.” / 
fiscalizador. 
Comentário: A questão trabalha o adjunto adnominal constituído de locução 
adjetiva e pede para verificarmos se o sentido do adjetivo é o mesmo. Além 
disso, você verá adiante que o complemento nominal não admite a 
substituição por um adjetivo. 
 A alternativa (A) está errada, porque o adjetivo “monetário” diz respeito 
a moeda. Assim, não pode substituir a locução adjetiva “sobre a renda”. 
 A alternativa (B) está errada, pois “do imposto” é um complemento 
nominal, o qual será estudado adiante. Note o valor paciente da expressão “do 
imposto”: o imposto foi aplicado. Dessa forma, não se pode substituir o 
complemento nominal por um adjetivo. 
 A alternativa (C) é a correta, pois a locução adjetiva “de alfândega”

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