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Aula 02 LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS)

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LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) 
PROFESSOR DÉCIO TERROR 
Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 1
 
 
 
Aula 2 
Concordância nominal e verbal. 
 
Olá, pessoal! 
Como estão os estudos? 
Vamos trabalhar agora a concordância verbal e nominal. Além disso, 
devemos observar as Vozes Verbais, as quais são muito cobradas pela banca 
Funrio. 
Para compreendermos bem esses assuntos, devemos nos atentar aos 
termos básicos da oração, os quais foram vistos na aula de sintaxe da oração. 
Por isso vamos aprofundar no reconhecimento do sujeito: 
Sujeito: É o termo da oração do qual se declara alguma coisa. Ele possui 
um núcleo (palavra de valor substantivo) e geralmente algumas palavras de 
valor adjetivo que servem para caracterizá-lo. Veja a oração abaixo. 
As primeiras viagens de Joaquim foram excelentes. 
 
 
 
O verbo de ligação “foram” e o predicativo “excelentes” flexionaram-se 
no plural porque o substantivo “viagens” está no plural. Esse substantivo, por 
ser a palavra principal dentro do sujeito e não ser antecedido de preposição, 
possui a função sintática de núcleo do sujeito. Ele leva o verbo “foram” a 
concordar com ele (concordância verbal) e o predicativo também 
(concordância nominal). Além disso, dentro do sujeito, há palavras que servem 
para caracterizá-lo: “As”, “primeiras” e “de Joaquim”. Essas palavras têm o 
nome de adjunto adnominal, cujo papel é caracterizar o núcleo e se flexionar 
de acordo com ele (concordância nominal). Note que, dentro do sujeito, 
apenas a expressão “de Joaquim” não sofreu flexão, isso porque é uma 
locução; então a preposição (de) e o sentido impedem essa flexão. Veja as 
funções sintáticas. 
 
 
 
As primeiras viagens de Joaquim foram excelentes. 
 
 
 
 
 
Primeiramente, veremos a concordância verbal. Para isso, é importante 
sabermos diferenciar os tipos de sujeito, o qual pode ser determinado, 
indeterminado e há ainda as orações formadas sem sujeito (sujeito 
inexistente). 
sujeito Predicado nominal 
sujeito Predicado nominal 
Adj Adn Adj Adn Adj Adn núcleo verbo de 
ligação 
predicativo 
Concordância nominal 
Concordância nominal 
Concordância verbal 
Língua Portuguesa para Analista do INSS 
(Teoria e exercícios) 
LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) 
PROFESSOR DÉCIO TERROR 
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Como nossa intenção não é decorar os tipos de sujeito, mas saber a 
flexão do verbo a partir deles, o assunto concordância será visto dentro dos 
tipos de sujeito, para que sejamos bem didáticos e não tenhamos dúvida para 
a prova. Vamos a eles: 
1. Determinado: É o sujeito que se pode identificar com precisão a partir da 
concordância verbal ou do contexto. Pode dividir-se em: 
1.1. Simples: constituído de apenas um núcleo (palavra de valor substantivo). 
Uma boa Constituição é desejada por todos. 
Adj Adn Adj Adn núcleo 
sujeito simples predicado 
 
Alguns políticos se corrompem. 
Adj Adn núcleo 
sujeito simples predicado 
No primeiro exemplo, a locução verbal “é desejada” concorda com o 
núcleo “Constituição”, que é um substantivo no singular. No segundo exemplo, 
o verbo “corrompem” concorda com o núcleo “políticos”, que é um substantivo 
no plural. 
Tome cuidado quando o sujeito for extenso, pois o verbo fica distante do 
núcleo do sujeito e algumas vezes pode haver confusão na flexão do verbo: 
O valor das mensalidades dos cursos preparatórios para a carreira 
jurídica subiu muito no último semestre. 
 Perceba que o verbo “subiu” se flexionou corretamente no singular, por 
concordar com o núcleo do sujeito “valor”, que é um substantivo no singular. 
 Assim, é importantíssimo verificar qual é o núcleo do sujeito, para saber 
a flexão do verbo. Se o núcleo do sujeito estiver no singular, o verbo se 
flexionará no singular; se estiver no plural, verbo no plural. Mas não se pode 
dizer que será sempre assim. Pode haver concordâncias diferentes, 
dependendo da intenção do autor, do valor semântico ou até da ênfase. Dessa 
forma, é necessário aprendermos a concordância verbal com base no sujeito 
simples. 
A concordância verbal com o sujeito simples: 
a) O verbo concorda com o sujeito simples em pessoa e número. 
Os brasileiros necessitam de bons políticos. 
De paz necessitam as pessoas. 
b) As expressões partitivas a maior parte, grande parte, a maioria, 
grande número, acompanhadas de adjunto adnominal no plural, fazem o 
verbo concordar com o núcleo do sujeito ou com o especificador (adjunto 
adnominal). Veja a construção abaixo: 
 
A maior parte dos constituintes se retirou. 
Essa é a concordância literal, pois o substantivo “parte” é o núcleo do 
sujeito. Porém, percebemos que esse vocábulo não possui a carga semântica 
(sentido) principal dentro do sujeito, pois o vocábulo “constituintes” denota 
Adj Adn 
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mais clareza sobre o ser de quem se está falando. Por essa possibilidade de 
interpretação, vários autores começaram a concordar com o adjunto 
adnominal, para enfatizá-lo. Veja: 
A maior parte dos constituintes se retiraram. 
Obs.: Os termos sublinhados apenas mostram didaticamente com quem o 
verbo concorda. Não significa que serão sempre o núcleo do sujeito. 
Veja outros exemplos: 
Grande parte dos torcedores aplaudiu a jogada. 
Grande parte dos torcedores aplaudiram a jogada. 
A maioria dos constituintes votou. 
A maioria dos constituintes votaram. 
c) O mesmo ocorre com o substantivo coletivo com especificador no plural 
(adjunto adnominal). Isso pode levar o verbo ao singular ou ao plural. Veja: 
Um bando de ladrões invadiu a festa. 
Um bando de ladrões invadiram a festa. 
d) Com as expressões mais de + numeral ou menos de + numeral, o 
verbo concorda com o numeral: 
Mais de um candidato prometeu melhorar o país. 
Mais de duas pessoas vieram à festa. 
Menos de duas propostas seriam aceitas. 
Porém, se o verbo contiver pronome de reciprocidade, concordará no 
plural: 
Mais de um sócio se insultaram. (um ao outro) 
Também ocorrerá concordância no plural se houver repetição desta 
expressão: 
Mais de um candidato, mais de um representante faltaram à reunião. 
e) Expressões que denotam quantidade aproximada perto de, cerca de, 
menos de, somadas a núcleo do sujeito no plural, levam o verbo ao plural: 
Perto de quinhentos presos fugiram. 
Cerca de trezentas pessoas ganharam o prêmio. 
Menos de duas pessoas fizeram isto. 
f) Substantivos só usados no plural fazem com que a concordância dependa 
da presença ou não de artigo. 
Sem artigo - verbo no singular 
Férias faz bem. 
Estados Unidos cresceu 0,8 % economicamente neste ano. 
Minas Gerais produz muito leite. 
Precedidos de artigo plural - verbo no plural 
As férias fazem bem. 
Os Estados Unidos cresceram 0,8 % economicamente neste ano. 
As Minas Gerais produzem muito leite. 
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PROFESSOR DÉCIO TERROR 
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 No tocante a nome de lugar, isso tem uma razão semântica. Quando se 
insere o artigo nessa situação, quer-se enfatizar a origem do nome, por 
exemplo, “Estados Unidos” (apenas uma nação), “Minas Gerais” (apenas um 
estado); mas “Os Estados Unidos” (os vários estados, unidos por uma só 
Constituição); “As Minas Gerais” (as várias minas de extração existentes na 
região). 
Por extensão, encaixam-se nesta regra os nomes plurais de obras literárias. 
A obra literária de nome plural com artigo necessita de concordância no plural. 
Note que quem inseriu o artigo foi o próprio autor. Com isso, ele quis enfatizar 
este substantivo, fazendocom que o verbo concorde no plural, justamente 
para preservar o sentido original: 
Os lusíadas contam um pouco da história das Grandes Navegações. 
Os Sertões relatam o sofrimento do sertanejo nordestino. 
Agora, veja a concordância com nome de obra no plural, mas que o 
autor preferiu não utilizar o artigo, para generalizar. Naturalmente o verbo 
concorda no singular: 
Memórias Póstumas de Brás Cubas narra a história de um personagem 
defunto. 
 Entretanto, se queremos enfatizá-lo, poderemos inserir o artigo. Dessa 
forma, a concordância passa a ser também no plural: 
As Memórias Póstumas de Brás Cubas narram a história de um 
personagem defunto. 
 Quando há o verbo “ser” nestas construções, tudo vai depender do termo 
que vier depois – o predicativo. Estando no plural, esse verbo flexionar-se-á no 
plural; no singular, verbo no singular. Veja: 
Os Lusíadas é uma obra da Literatura Portuguesa. 
Os Lusíadas são belas interpretações da história portuguesa 
 Essas são as concordâncias literais, mas admite-se também a 
concordância ideológica (silepse) com a palavra “obra” implícita na frase ("Os 
Lusíadas" exalta a grandeza do povo português). Em concurso, essa silepse 
deve ser evitada, por isso o ideal é forma: 
"Os Lusíadas" exaltam a grandeza do povo português. 
g) quando o sujeito é número percentual, deve-se observar a posição do 
número percentual em relação ao verbo: 
Obs.: Os termos sublinhados apenas mostram didaticamente com quem o 
verbo concorda. Não significa que serão sempre o núcleo do sujeito. 
Verbo concorda com termo posposto ao número: 
80% da população tinha mais de 18 anos. 
Um por cento dos sócios saíram da empresa. 
É rara a construção, mas é aceita a concordância também com o numeral: 
80% da população tinham mais de 18 anos. 
Um por cento dos sócios saiu da empresa. 
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Verbo concorda com o número quando estiver anteposto a ele: 
Perderam-se 40% da lavoura. 
Verbo no plural, se o número vier determinado por artigo ou pronome no 
plural: 
Os 87% da produção perderam-se. 
Aqueles 30% do lucro obtido desapareceram. 
Verbo concorda com o número quando esse estiver sem o termo posposto: 
1% chegou mais tarde. 
2% fizeram a margem consignável. 
h) Quando o sujeito for número fracionário, o verbo concorda com o 
numerador: 
1/4 da turma faltou ontem. 
3/5 dos candidatos foram reprovados. 
i) A expressão “Cada um de” enfatiza a parte separada de um todo, por 
isso, na função de sujeito, leva o verbo ao singular: 
Cada um dos candidatos poderá requerer recurso apenas uma vez. 
j) Concordância com pronomes indefinidos, interrogativos e de tratamento: 
 Tome cuidado na concordância verbal com o sujeito formado por 
pronome indefinido (alguns, nenhuns, vários, muitos) ou pronome 
interrogativo (quais, quantos), seguidos das expressões de nós ou de vós: 
I - Se os pronomes indefinido ou interrogativo se encontrarem no 
singular, o verbo obrigatoriamente concordará com ele (no singular): 
Algum de nós recusou-se a colaborar. 
Qual de vós assumirá a autoria do crime? 
II - Se os pronomes indefinido ou interrogativo se encontrarem no plural, 
o verbo poderá concordar com o núcleo ou com a expressão periférica (de nós, 
de vós) a depender da ênfase e muitas vezes do sentido: 
 
Alguns de nós são omissos. Alguns de nós somos omissos. 
 
 Quais de vós foram insultados? Quais de vós fostes insultados? 
III - Quando os pronomes de tratamento se encontram na função de 
sujeito, o verbo e pronomes adjetivos flexionam-se na terceira pessoa do 
singular e os adjetivos podem concordar literalmente (com a palavra feminina 
Excelência, Alteza, etc) ou por silepse (concordância com a pessoa do sexo 
masculino ou feminino): 
Vossa Excelência está cansado, deputado! 
Vossa Senhoria remeteu seu documento ao endereço errado. 
 
 O autor se exclui do grupo. O autor se inclui no grupo. 
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Questão 1: FURP 2010 Analista Administração de Pessoal (banca Funrio) 
Segundo o padrão formal da língua, há desvio de concordância na opção 
A) 17,2% dos jovens brasileiro continuam fumando. 
B) 18,2% deixaram de fumar. 
C) 18,2% da população brasileira com mais de 15 anos deixaram o cigarro. 
D) 17,2% continuam fumando. 
E) 65% de fumantes pensam em parar de fumar. 
Comentário: Vimos que, quando o sujeito possui expressão de porcentagem, 
o verbo pode concordar com o numeral ou com o termo substantivo. Mas a 
questão cobrou apenas uma coisa bem simples: o adjetivo deve concordar 
com o substantivo. 
 A alternativa (A) é a errada. A locução verbal concorda com o sujeito 
plural, porém o adjunto adnominal “brasileiro” deve se flexionar no plural para 
concordar com o núcleo “jovens”. Veja a correção: 
17,2% dos jovens brasileiros continuam fumando. 
 A alternativa (B) está correta, porque a locução verbal “deixaram de 
fumar” concorda com o numeral plural “18,2%”. 
 A alternativa (C) está correta, porque o verbo “deixaram” concorda com 
o numeral plural “18,2%”. Note que poderia haver a concordância também 
com o substantivo singular “população”. Veja as duas possibilidades: 
18,2% da população brasileira com mais de 15 anos deixaram o cigarro. 
18,2% da população brasileira com mais de 15 anos deixou o cigarro. 
 A alternativa (D) está correta, porque a locução verbal “continuam 
fumando” concorda com o numeral plural “17,2%”. 
 A alternativa (E) está correta, porque o verbo “pensam” concorda com o 
numeral plural “65%”. Note que o substantivo “fumantes” também está 
flexionado no plural. Dessa forma, não cabe outra concordância. 
Gabarito: A 
 
Questão 2: MPOG 2009 Analista (banca Funrio) 
A solidariedade entre o verbo e o sujeito, que ele faz viver no tempo, 
exterioriza-se na concordância, isto é, na variabilidade do verbo para 
conformar-se ao número e à pessoa do sujeito. (Celso Cunha & Lindley Cintra, 
“Nova Gramática do Português Contemporâneo”, 2007) 
A despeito dessa definição ampla, há casos em que a concordância verbal 
pode se dar com um outro elemento da frase. Assinale a única alternativa que 
admite a variação na concordância do verbo indicada entre parênteses. 
A) Os Estados Unidos sediaram (sediou) a Copa do Mundo de 1994. 
B) Dez por cento do eleitorado brasileiro votaram (votou) no meu partido. 
C) Fique atento, pois seguem (segue) em anexo os arquivos pedidos. 
D) O pão e a mortadela ficam (fica) sempre por conta do anfitrião. 
E) Ainda se gravam (grava) discos de vinil em muitas cidades do mundo. 
Comentário: A questão fez vários comentários, mas o que importa mesmo é 
percebermos que ela cobra a variação da concordância, isto é, devemos 
marcar a alternativa que permite a flexão do verbo no singular ou no plural. 
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PROFESSOR DÉCIO TERROR 
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 Na alternativa (A), o sujeito “Os Estados Unidos” encontra-se no plural e 
obriga o verbo a se flexionar no plural. Somente se não houvesse o artigo 
“Os”, o verbo deveria se flexionar no singular (“Os Estados Unidos 
sediaram...” ou “Estados Unidos sediou...”). Como ocorre o artigo “Os”, o 
verbo obrigatoriamente se flexiona no plural. 
 A alternativa (B) é a correta, pois o sujeito com expressão de 
porcentagem “Dez por cento do eleitorado brasileiro” possui como núcleo o 
numeral “Dez” e é seguido pelo termo “do eleitorado”, cujo substantivo se 
encontra no singular. Com base no que vimos sobre a concordância com 
expressão de porcentagem, o verbo pode concordar tanto com o numeral, 
quanto com o substantivo posterior.Assim, ocorre a concordância facultativa 
(no singular ou plural). Veja: 
Dez por cento do eleitorado brasileiro votaram no meu partido. 
Dez por cento do eleitorado brasileiro votou no meu partido. 
 Na alternativa (C), só cabe o verbo no plural (“seguem”), porque só 
pode concordar com o sujeito determinado simples e plural “os arquivos 
pedidos”. 
 Na alternativa (D), só cabe o verbo no plural (“ficam”), porque só pode 
concordar com o sujeito determinado composto “O pão e a mortadela”. 
 Na alternativa (E), só cabe o verbo no plural (“gravam”), porque só 
pode concordar com o sujeito determinado simples plural “discos de vinil”. Tal 
sujeito é paciente e se encontra numa voz passiva sintética, a qual será vista 
adiante em nossa aula. 
Gabarito: B 
 
Questão 3: Pref. Uberlândia-MG 2012 Assistente (banca Consulplan) 
Assinale a afirmativa que NÃO utilizou a concordância gramatical ou lógica. 
A) Os primeiros livros feitos com tipos móveis renováveis, predecessores das 
publicações atuais, surgiram no século XV e semearam uma revolução. 
B) Na semana passada, a Amazon, a maior entre as livrarias on-line, lançou o 
Kindle, aparelho para ser usado na leitura de textos em formato digital. 
C) Pioneiros como o SoftBook e o Rocket e Book eram caros (500 dólares), 
pesados (1,5 quilo) e tímidos em termos tecnológicos (...). 
D) A Sony produziram duas versões de livros digitais entre 2004 e 2006: o 
Librié e o Reader. O primeiro naufragou. 
E) A oferta de amplo conteúdo permite à dupla Kindle-Amazon um sonho 
mais ambicioso: (...). 
Comentário: A alternativa (D) é a errada, pois o sujeito determinado simples 
“A Sony” força o verbo ao singular. Veja a correção: 
“A Sony produziu duas versões de livros digitais entre 2004 e 2006: o Librié 
e o Reader. O primeiro naufragou.” 
Gabarito: D 
 
Questão 4: Prefeitura de Londrina 2011 Administrador (banca Consulplan) 
Fragmento do texto: Que tipo de gente joga lixo na rua, pela janela do carro 
ou deixa a praia emporcalhada quando sai? 
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) 
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Preserva-se a correção gramatical ao se substituir a forma verbal “joga” por 
“jogam”. 
Comentário: A afirmativa está errada, pois o sujeito do verbo “joga” é 
“gente”, o qual se encontra no singular. Assim, o verbo só pode ficar 
flexionado no singular. 
Gabarito: E 
 
Questão 5: Prefeitura de Londrina 2011 Administrador (banca Consulplan) 
Sobre os aspectos referentes à concordância, assinale a alternativa correta: 
A) Em “A atual geração de adultos foi criança...” o verbo “foi” poderia ser 
corretamente flexionado no plural concordando com “adultos”. 
B) Em “O flagrante descaso com o bem público tem suas raízes fincadas...” 
estaria correto o uso do verbo no plural “têm”. 
C) “Existe uma relação entre o nível de educação de um povo...”, o verbo 
“existe” tem como referente “uma relação entre o nível...”. 
D) “A concepção de bem público como algo valoroso nunca é espontânea...”. 
O adjetivo “espontânea” poderia ser corretamente flexionado no masculino 
plural. 
E) “... 3000 toneladas de lixo foram recolhidas das praias cariocas”, pode-se 
corretamente usar no singular “foi recolhido” concordando com “lixo”. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o sujeito do verbo “foi” tem 
como núcleo o substantivo singular “geração”, o qual força o verbo ao 
singular. 
 A alternativa (B) está errada, pois o sujeito do verbo “tem” possui como 
núcleo o substantivo singular “flagrante”, o qual força o verbo ao singular. 
 A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “Existe” é intransitivo e seu 
sujeito é o termo “uma relação entre o nível de educação de um povo”. Todo 
verbo se refere ao sujeito, o que confirma esta alternativa como correta. 
 A alternativa (D) está errada, pois o adjetivo “espontânea” é o 
predicativo do sujeito. O núcleo do sujeito é “concepção” e se encontra no 
feminino e singular, o que força este adjetivo a permanecer na mesma flexão. 
 A alternativa (E) está errada, pois o sujeito da locução verbal “foram 
recolhidas” possui como núcleo o substantivo plural “toneladas”, o qual força o 
verbo ao plural. A expressão “de lixo” é o adjunto adnominal, o qual não 
interfere na concordância. 
Gabarito: C 
 
Questão 6: CEPISA 2007 Advogado (banca Consulplan) 
Silepse é uma concordância anormal feita com a ideia que se faz do termo e 
não com o próprio termo. Há um exemplo de silepse em: 
A) “Eu sei que toda gente despreza o chuchu...” 
B) “... cucurbitácia reles que medra em qualquer beirada de quintal”. 
C) “ ... os médicos nutricionistas banem o chuchu de todas as suas dietas...” 
D) “O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer 
sem quase...” 
E) “Então a alface deixou de ser água e celulose...” 
Comentário: A silepse é concordância ideológica, pois concorda não com a 
palavra, mas com a ênfase em seu sentido. 
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 A alternativa (A) apresenta uma concordância literal, pois o verbo 
“despreza” concorda com o seu sujeito singular “toda gente”. 
 A alternativa (B) apresenta uma concordância literal, pois o verbo 
“medra” concorda com o pronome relativo “que”, o qual retoma o substantivo 
singular “cucurbitácia”. 
 A alternativa (C) apresenta uma concordância literal, pois o verbo 
“banem” concorda com o seu sujeito plural “os médicos nutricionistas”. 
 A alternativa (D) apresenta a concordância siléptica, pois o verbo 
“persistamos” encontra-se na primeira pessoa do plural; já o sujeito está na 
terceira pessoa do plural: “os brasileiros”. A concordância verbal em primeira 
pessoa do plural em “persistamos” nos força a entender que o autor se inclui 
neste grupo de brasileiros. Assim, enfatizou o sentido em detrimento da 
concordância normal, literal. 
 A alternativa (E) apresenta uma concordância literal, pois a locução 
verbal “deixou de ser” concorda com o seu sujeito singular “a alface”. 
Gabarito: D 
 
Questão 7: ALERJ – 2011 – Digitador (banca CEPERJ) 
O segmento “...muitos de nós já não escrevemos mais nada à mão.” – 
apresenta corretamente a concordância, assim como a frase: 
A) Quais de vós pretende escrever à mão? 
B) Poucos dentre eles pretende escrever à mão. 
C) Quantos dentre nós desejam escrever à mão? 
D) Muitos dentre vós exige escrever à mão. 
E) Quais dentre eles quer escrever à mão? 
Comentário: Vimos que a concordância com pronome indefinido ou 
interrogativo, seguidos de “de nós” ou “de vós”, é feita com o núcleo ou com a 
expressão preposicionada: 
 A alternativa (A) está errada, pois a locução verbal pode se flexionar de 
acordo com o pronome interrogativo “Quais” (Quais de vós pretendem 
escrever à mão?) ou com a expressão “de vós” (Quais de vós pretendeis 
escrever à mão?). 
 A alternativa (B) está errada, pois “Poucos” e “eles” se encontram na 
terceira pessoa do plural. Assim, cabe apenas a concordância na terceira 
pessoa do plural: pretendem escrever. 
 A alternativa (C) é a correta, pois a locução verbal pode se flexionar de 
acordo com o pronome interrogativo “Quantos” (Quantos dentre nós desejam 
escrever à mão?) ou com a expressão “dentre nós” (Quantos dentre nós 
desejamos escrever à mão?). 
 A alternativa (D) está errada, pois a locução verbal pode se flexionar de 
acordo com o pronome indefinido “Muitos” (Muitos dentre vós exigem 
escrever à mão.) ou com a expressão “dentre vós” (Muitos dentre vós exigis 
escrever à mão.). 
 Obs.: a forma verbal “exigis” é feia, mas existe, viu!!!!! 
 A alternativa (E) está errada, pois “Quais” e “eles” se encontram na 
terceira pessoa do plural. Assim, cabe apenas a concordância na terceira 
pessoa do plural:querem escrever. 
Gabarito: C 
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1.2. Sujeito determinado composto: formado por mais de um núcleo: 
Manuel e Cristina pretendem casar-se. 
núcleo conj. 
aditiva 
núcleo predicado 
 Deve-se notar que normalmente o verbo concorda no plural, tendo em vista 
haver dois ou mais núcleos, mas nem sempre ocorrerá assim, por isso é 
importante listar a seguir a concordância verbal com base no sujeito composto. 
A concordância verbal com o sujeito composto: 
a) Quando o sujeito composto estiver posposto ao verbo, este poderá 
concordar com todos os núcleos (concordância literal) ou com o mais próximo 
(concordância atrativa): 
Discutiram muito o chefe e o funcionário. 
Discutiu muito o chefe e o funcionário. 
Se houver ideia de reciprocidade, o verbo vai para o plural: 
Estimam-se o chefe e o funcionário. 
Quando o verbo “ser” está acompanhado de substantivo no plural, o verbo 
também se pluraliza: 
Foram vencedores Pedro e Paulo. 
b) Quando o sujeito composto for constituído por núcleos sinônimos, o 
verbo flexiona-se no singular ou plural. Então a concordância dependerá 
bastante da ênfase: 
O rancor e o ódio cegou o amante. 
O desalento e a tristeza abalaram-me. 
Cabe aqui observar que não é simplesmente dizer que a concordância no 
singular ou plural é facultativa. Ela depende da intenção do autor. Com isso se 
observa que o autor normalmente flexiona o verbo no singular para enfatizar a 
proximidade de sentido dos substantivos que formam o sujeito composto. 
c) Com núcleos em gradação, o verbo pode concordar com a totalidade 
(plural) ou com o último substantivo, enfatizando-o: 
Um minuto, uma hora, um dia passam rápido. 
Um minuto, uma hora, um dia passa rápido. 
Observação: a gradação é um recurso estilístico em que há uma enumeração 
de ideias de forma crescente ou decrescente. Note que neste exemplo há uma 
enumeração crescente. 
d) Quando o sujeito composto estiver ligado por nem, verbo no plural 
(adição de duas negações): 
Nem o conforto, nem a glória lhe trouxeram a felicidade. 
e) Quando o sujeito composto estiver ligado por ou, faz-se a concordância 
em função da ideia transmitida pelo ou. Com valor de exclusão, verbo no 
singular: 
José ou Pedro será eleito para o cargo. 
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Perceba que só um dos dois será eleito, porque há apenas um cargo, 
com isso o verbo fica no singular. Porém, se houvesse a troca de “o cargo” 
para “os cargos”, o verbo flexionar-se-ia no plural (“serão”), porque os dois 
ocupariam os cargos e naturalmente a conjunção “ou” passaria de exclusão 
para inclusão. 
Com valor de inclusão ou oposição, verbo no plural: 
Matemática ou Física exigem raciocínio lógico. 
Riso ou lágrimas fazem parte da vida. 
 No primeiro exemplo, note que as duas disciplinas exigem raciocínio 
lógico, não é só uma delas. No segundo exemplo, tanto o riso quanto as 
lágrimas fazem parte da vida, não é apenas um deles. 
f) Concordância com pronomes: 
I – Com a expressão um e outro, o verbo poderá se flexionar no 
singular, admitindo-se também o plural: 
Um e outro falava a verdade. Um e outro falavam a verdade. 
 Mas, se houver reciprocidade, o verbo ficará no plural: 
Um e outro se agrediram. 
II – Com a expressão um ou outro, a concordância dependerá do 
valor de exclusão ou de inclusão da conjunção alternativa ou: 
Um ou outro candidato chegará à cadeira da presidência. (exclusão: apenas um) 
Um ou outro país pobre sairão da condição de miséria. (inclusão: pode ser mais 
de um) 
 Na segunda frase, pode-se observar também a possibilidade de verbo no 
singular, quando não se precisa avivar a ideia de adição, inclusão, pois é 
tomado de valor geral: 
Um ou outro país pobre sairá da condição de miséria. (de maneira geral) 
III – Com a expressão nem um nem outro, o verbo fica no 
singular: 
Nem um nem outro comentou o fato. 
 IV - Quando houver sujeito composto de pronomes pessoais do 
caso reto de diferentes pessoas gramaticais, a primeira pessoa do plural 
prevalece sobre as outras, por subentender o pronome “nós”: 
Eu, tu e ele faremos a prova. (=nós) 
Geralmente, a segunda pessoa prevalece sobre a terceira, por se 
subentender “vós”. Como o brasileiro prefere o pronome “vocês” ao pronome 
“vós”, é fácil encontrar a concordância em terceira pessoa do plural: 
 Tu e ele fareis a prova. (=vós) 
 Tu e ele farão a prova. (=vocês) 
 Como vimos anteriormente na concordância com o sujeito composto, 
se o sujeito estiver posposto, também vale a concordância atrativa: 
Por que faltastes tu e teus amigos às provas? (=vós) 
Por que faltaram tu e teus amigos às provas? (=vocês) 
Por que faltaste tu e teus amigos às provas? (atrativa: tu) 
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g) Quando o sujeito composto estiver ligado por como, assim como, bem 
como (formas correlativas de adição), deve-se preferir o plural, sendo mais 
raro o singular: 
Rio de Janeiro como Florianópolis são belas cidades. 
Tanto uma como a outra suplicava-lhe o perdão. 
h) Quando o sujeito composto estiver ligado por com, deve-se observar 
presença ou não de vírgulas: 
Sem vírgulas: 
Eu com outros amigos limpamos o quintal. 
O verbo concorda com os dois núcleos do sujeito composto “eu” e 
“amigos”, por isso se flexiona no plural: 
Com vírgulas: 
O presidente, com os ministros, desembarcou em Brasília. 
As vírgulas mostram que o sujeito não é composto, pois elas destacam 
um novo termo entre o sujeito simples e o verbo. Este termo intercalado é o 
adjunto adverbial de companhia. Assim, o verbo concorda com núcleo do 
sujeito simples “presidente”. Como este se encontra no singular, o verbo 
também se flexiona no singular. 
i) Quando o sujeito composto é resumido por um pronome-síntese 
(aposto recapitulativo), o verbo concorda apenas com este pronome: 
Risos, gracejos, piadas, nada a alegrava. 
Questão 8: Prefeitura S.L. 2010 Advogado (banca Consulplan) 
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) 
Em “Sobravam os nobres representantes da classe dos proprietários e poucos 
mais.”, por estar anteposto ao sujeito, o verbo “sobravam” também poderia, 
sem ferir a concordância, estar no singular. 
Comentário: O verbo “Sobravam” é intransitivo e obrigatoriamente deve se 
flexionar de acordo com o sujeito determinado composto “os nobres 
representantes da classe dos proprietários e poucos mais”. 
 A banca quis enrolar você!!!!! 
 Ela quis induzir o candidato a pensar que, se o verbo se encontra antes 
do sujeito composto, poderia também se flexionar no singular, mas isso só 
ocorre quando o primeiro núcleo do sujeito composto está no singular, o que 
não ocorreu neste caso. Veja que “nobres” está no plural. 
Gabarito: E 
1.3. Sujeito determinado oculto ou desinencial: é o que ocorre quando a 
terminação verbal (primeiras e segundas pessoas e a terceira do imperativo) 
dispensa o uso do pronome pessoal correspondente: 
Estou muito feliz. (eu) Estás muito feliz. (tu) 
Para o teu carro. (tu no imperativo) Pare o seu carro. (você no imperativo) 
Voltaremos logo! (nós) Voltastes logo! (vós) 
 
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Questão 9: Prefeitura Mauriti 2010 Agente Adm (banca Consulplan) 
Em “E antes que você voe, quero ser o seu verbo de ligação”, que tipos de 
sujeito temos? 
A) simples e indeterminado. B) simples e desinencial. 
C) indeterminado e desinencial. D) simplese composto. 
E) composto e indeterminado. 
Comentário: O verbo “voe” possui o sujeito determinado simples “você”, e o 
verbo “quero” possui o sujeito determinado oculto, subentendendo “eu”. O 
sujeito oculto é o mesmo que desinencial, pois a desinência do verbo identifica 
claramente o sujeito. 
Gabarito: B 
1.4. Sujeito determinado elíptico: aquele que mantém o verbo na 3ª 
pessoa do discurso e obrigatoriamente necessita do contexto para permitir 
saber de quem se trata. 
Os alunos ficaram descontentes com a atitude do professor. Deixaram de ir à 
aula no dia seguinte. 
Percebe-se que o sujeito do verbo “ficaram” está determinado 
explicitamente no texto pelo substantivo “alunos”; porém o sujeito da locução 
verbal “deixaram de ir” está implícito no contexto, por omissão, para que não 
haja repetição da palavra “alunos”. Por esse motivo, temos o sujeito elíptico, 
que significa omissão. Ele depende exclusivamente do contexto, sem ele não 
há sujeito elíptico, mas sim, sujeito indeterminado. 
Algumas gramáticas admitem a elipse fazendo parte do sujeito oculto. 
Para essas gramáticas, o sujeito oculto (ou desinencial) é mais amplo, não 
necessita possuir verbo na primeira ou segunda pessoas, mas também admite 
a terceira. Basta que não haja literalmente a palavra no texto, mas esteja 
facilmente subentendida. 
Este é o entendimento da banca Funrio. Perceba isso nas próximas 
questões. 
Questão 10: SEDUC 2008 Professor (banca Funrio) 
 Para Houaiss, que sempre foi moderadamente complicado, viés é “o 
meio furtivo, esconso, de obter ou fazer concluir algo”. Tive preguiça de 
consultar o que era esconso, mas acho que entendi mais ou menos. 
(...) 
 Quem diz ou escreve “viés” sente-se um iluminado, um Moisés com as 
tábuas da lei. Outra noite, numa palestra com estudantes, um deles me 
perguntou se era legítimo o viés da literatura atual. 
 Sinceramente, não entendi bem a pergunta, porque ainda não havia ido 
ao dicionário do Houaiss. Se tivesse ido, responderia que a literatura olha de 
esguelha a sociedade. No fundo, é uma coisa esconsa. 
No fundo, é uma coisa esconsa. 
Qual, das alternativas a seguir, é um comentário IMPERTINENTE acerca de 
algum elemento ou aspecto da oração acima destacada? 
A) o sujeito é oculto. 
B) a expressão “uma coisa esconsa” é objeto direto. 
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C) o predicado é nominal, com predicativo do sujeito. 
D) o verbo é de ligação, indicando estado, e não ação. 
E) as palavras “uma” e “esconsa” funcionam como adjuntos adnominais. 
Comentário: Antes de iniciarmos o comentário de cada alternativa, é bom 
lembrarmos o que comentamos na teoria sobre o sujeito determinado oculto 
(depende da desinência do verbo) e o sujeito determinado elíptico (depende 
do contexto). Vimos que algumas gramáticas não fazem diferença entre esses 
sujeitos, e isso é justamente o que a banca Funrio cobra nesta questão. Para 
ela, estando o sujeito implícito pela desinência verbal ou pelo contexto, há o 
sujeito oculto. 
 A questão cobra a alternativa errada. 
 A alternativa (A) está correta, pois o verbo “é” se refere à palavra 
“literatura”, expressa anteriormente. Normalmente, este seria o sujeito 
elíptico, porém a banca Funrio também considera como sujeito oculto. 
 A alternativa (B) é a incorreta, pois o verbo “é” é de ligação e o termo 
“uma coisa esconsa” é o predicativo e não objeto direto. 
 A alternativa (C) está correta, pois o predicado nominal é estruturado 
com o verbo de ligação “é” e o predicativo “uma coisa esconsa”. 
 A alternativa (D) está correta, pois verbo de ligação não transmite ação. 
A ação é transmitida pelo verbo transitivo direto, transitivo indireto, transitivo 
direto e indireto, além do intransitivo. Assim, o verbo de ligação transmite 
estado. 
 A alternativa (E) está correta, pois o predicativo “uma coisa esconsa” 
possui o núcleo “coisa”. Além disso, o artigo “uma” e o adjetivo “esconsa” 
concordam com esse núcleo e são os adjuntos adnominais. 
Gabarito: B 
 
Questão 11: FURP 2009 Auxiliar de Almoxarifado (banca Funrio) 
Uma das exigências da língua escrita formal é operar a concordância em 
certos enunciados. Das alternativas abaixo, a única construção que está de 
acordo com a norma padrão do idioma é 
A) Não cabia mais na prateleira nenhuma das gramáticas que adquirira. 
B) Sempre lhe tinha interessado questões de fundo filosófico-religioso. 
C) Ficou comprovado, após minuciosa discussão, todos os equívocos da tese. 
D) É da leitura que depende nossos acertos na língua escrita. 
E) Vai faltar muitos alunos na aula antes do feriado prolongado. 
Comentário: A questão nos cobra a correta concordância. Você deve tomar 
cuidado com a inversão, pois muitas vezes o sujeito fica deslocado e isso pode 
atrapalhar a visualização da estrutura básica da oração. 
 A alternativa (A) é a correta, pois o verbo intransitivo “cabia” concorda 
com o núcleo do sujeito singular “nenhuma”. É importante reposicionar os 
termos na ordem natural da oração para facilitar a identificação do sujeito. 
Veja: 
Nenhuma das gramáticas que adquirira cabia mais na prateleira. 
 A alternativa (B) está errada, pois o sujeito plural “questões de fundo 
filosófico-religioso” força a locução verbal ao plural. Note que o pronome “lhe” 
é o objeto indireto. É importante reposicionar os termos na ordem natural da 
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oração para facilitar a identificação do sujeito. Veja a correção: 
Questões de fundo filosófico-religioso sempre lhe tinham interessado. 
 A alternativa (C) está errada, pois o verbo de ligação “ficou” e o 
predicativo “comprovado” devem se flexionar no plural para concordar com o 
sujeito plural “todos os equívocos da tese”. É importante reposicionar os 
termos na ordem natural da oração para facilitar a identificação do sujeito. 
Veja a correção: 
Todos os equívocos da tese ficaram comprovados, após minuciosa discussão. 
 A alternativa (D) está errada, pois o verbo “depende” deve se flexionar 
no plural para concordar com o sujeito plural “nossos acertos”. Vamos 
reposicionar os termos na ordem natural da oração para facilitar a 
identificação do sujeito. Neste caso, tive que excluir a expressão expletiva “é 
que”. Veja a correção: 
Nossos acertos na língua escrita dependem da leitura. 
 A alternativa (E) está errada, pois a locução verbal “Vai faltar” deve se 
flexionar no plural para concordar com o sujeito plural “muitos alunos”. Apesar 
de a questão cobrar apenas a concordância, há também um vício de regência 
que devemos corrigir, pois o verbo “faltar” é transitivo indireto e exige a 
preposição “a”. Novamente, vamos reposicionar os termos na ordem natural 
da oração para facilitar a identificação do sujeito. Veja a correção: 
Muitos alunos vão faltar à aula antes do feriado prolongado. 
Gabarito: A 
2. Sujeito Indeterminado 
Quando não se quer ou não se pode identificar claramente a quem o 
predicado da oração se refere. Há dois casos: 
a) Com o verbo na terceira pessoa do plural sem o sujeito escrito no texto: 
Falaram bem de você. Colocaram o anúncio. Alugaram o apartamento. 
Observe que não há referência a outra palavra como o verbo do sujeito elíptico 
faz. 
b) Com o índice de indeterminação do sujeito se e verbo no singular: 
Precisa -se de ajudantes. 
VTI IIS objeto indireto 
Os verbos transitivos indiretos, intransitivos e de ligação, quando 
acrescidos da partícula “se”, terão sujeito indeterminado e devem ficar 
sempre no singular: 
Trata-se de casos delicadíssimos. (verbo transitivo indireto) 
Vive-se melhor fora das cidades grandes. (verbo intransitivo) 
É-se muito pretensioso na adolescência. (verbo de ligação)Questão 12: CODEVASF 2008 Assistente Técnico (banca Consulplan) 
Assinale a alternativa INCORRETA quanto à concordância verbal: 
A) Alagoas fica na Região Nordeste. 
B) Alguns de nós serão bem classificados no concurso. 
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C) Algum de nós paga o preço de custo do medicamento. 
D) Os Estados Unidos está em campanha para eleger o novo presidente. 
E) Derrubaram a palmeira e o coqueiro centenários. 
Comentário: A alternativa (A) está correta, porque o verbo “fica” está 
flexionado no singular, devido ao seu sujeito ser o topônimo “Alagoas” e não 
estar precedido de artigo “as”. 
 A alternativa (B) está correta, pois o verbo “serão” pode concordar tanto 
com o pronome indefinido plural “alguns” quanto com a expressão “de nós”: 
 Alguns de nós serão bem classificados no concurso. 
 Alguns de nós seremos bem classificados no concurso. 
 A alternativa (C) está correta, porque a expressão “Algum de nós”, com 
o pronome indefinido “Algum” no singular, só admite verbo no singular, como 
ocorreu nesta alternativa. 
 A alternativa (D) é a errada, pois o sujeito é constituído do topônimo 
“Estados Unidos” antecedido do artigo “Os”, o que força o verbo a se flexionar 
no plural: 
Os Estados Unidos estão em campanha para eleger o novo presidente. 
 A alternativa (E) está correta, porque o verbo “Derrubaram” está 
flexionado na terceira pessoa do plural por possuir sujeito indeterminado e 
não se referir explicitamente a nenhum termo da oração. 
Gabarito: D 
 
Questão 13: Prefeitura C.V. 2010 Oficial Administrativo (banca Consulplan) 
Assinale a afirmativa que apresenta sujeito simples: 
A) Andar é bom para mim. 
B) A gente fica igual a carro usado. 
C) O hotel e o calçadão marcam o programa-saúde do dia. 
D) O médico e o mecânico disseram as novidades. 
E) Confessaram o momento calçadônico. 
Comentário: Com esta questão, a banca quis fazer uma diferença entre 
sujeito determinado simples e sujeito oracional. 
 Na alternativa (A), o verbo “Andar” é o sujeito oracional do predicado 
nominal “é bom para mim”. Ele não é um sujeito simples, porque não tem 
apenas um nome de valor substantivo: é uma oração subordinada substantiva 
subjetiva. 
 Já a alternativa (B) é a correta, pois o termo “A gente” é o sujeito, cujo 
núcleo é o substantivo “gente”. Assim, é determinado simples. 
 Nas alternativas (C) e (D), há sujeitos determinados compostos, pois “O 
hotel e o calçadão” e “O médico e o mecânico” apresentam dois núcleos cada 
um. 
 Na alternativa (E), o sujeito é indeterminado, pois o verbo 
“Confessaram” encontra-se na terceira pessoa do plural e não se refere 
explicitamente a nenhum termo da oração. 
Gabarito: B 
 
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3. Oração sem sujeito (sujeito inexistente): Ocorre quando a oração tem 
apenas o predicado, isto é, o verbo é impessoal. É importante saber quando 
uma oração não possui sujeito, tendo em vista que o verbo deve se flexionar 
na terceira pessoa do singular. Os casos mais importantes ocorrem com: 
I - Verbos que exprimem fenômenos da natureza: 
Venta muito naquela cidade. Amanhã não choverá. 
Nevava bastante. Trovejou pouco no último mês. 
No entanto, quando esses verbos estão empregados de forma figurada, 
naturalmente recebem sujeito determinado; assim, o verbo concorda com ele: 
Choveram recursos contra a última questão da prova. (“recursos” é sujeito) 
Ventaram opiniões na reunião. (“opiniões” é sujeito) 
Trovejaram palavrões contra o deputado. (“palavrões” é sujeito) 
II - Verbo haver significando existir, ocorrer: 
Havia muitas pessoas na sala. Há vários problemas na empresa. 
Deve-se ter cuidado quando esse verbo é o principal numa locução 
verbal. Seu verbo auxiliar não pode se flexionar. Veja: 
Deve haver vários problemas na empresa. (“vários problemas” é apenas um complemento do verbo) 
Tem havido vários problemas na empresa. (“vários problemas” é apenas um complemento do verbo) 
Está havendo vários problemas na empresa. (“vários problemas” é apenas um complemento do verbo) 
 Mas, quando se substitui o verbo “haver” por seus sinônimos “existir” ou 
“ocorrer”, passa-se a sujeito determinado simples. Veja: 
Existem vários problemas na empresa.(“vários problemas” passa a sujeito determinado simples) 
Devem existir vários problemas na empresa.(“vários problemas” passa a sujeito determinado simples) 
Têm ocorrido vários problemas na empresa.(“vários problemas” passa a sujeito determinado simples) 
Estão ocorrendo vários problemas na empresa.(“vários problemas” passa a sujeito determinado simples) 
 
III - Verbos haver e fazer indicando tempo decorrido ou fenômeno natural: 
Já faz meses que não viajo com ele. (É apenas a oração sublinhada que não possui sujeito) 
Há três anos não vejo minha família. (É apenas a oração sublinhada que não possui sujeito) 
Há quatro dias que não a vejo. (É apenas a oração sublinhada que não possui sujeito) 
Faz muito frio na Europa. 
IV- Verbos ser, estar e ir (este, quando seguido de para) na indicação de 
tempo. 
São três horas. Hoje são dez de setembro. Hoje está muito frio. 
Já vai para 4 anos que não leio esse jornal. (É apenas a oração sublinhada que não possui sujeito) 
O verbo “ser” possui concordância peculiar. Observe que esse verbo concorda 
com a quantidade de tempo. Não quer dizer que “três horas” e “dez de 
setembro” (nas orações acima) sejam sujeitos. 
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Observação: Deve-se lembrar de que todos os verbos vistos podem fazer parte 
de uma locução verbal. Assim, sendo eles os verbos principais, devem os 
verbos auxiliares flexionar-se conforme visto acima: 
Deve ventar muito naquelas cidades. 
Amanhã não deve chover. 
Podia haver muitas pessoas na sala. 
Pode ter havido muitas pessoas na sala. 
Está fazendo muito frio na Europa. 
Devem ser três horas. 
 Já deve ir para quatro anos que não leio esse jornal. 
Questão 14: FURP 2009 Auxiliar de Almoxarifado (banca Funrio) 
Indique a frase em que não há sujeito: 
A) Fazia um frio insuportável na área de pesquisa. 
B) Choveram reprovações à atitude do candidato. 
C) Acontece cada coisa estranha! 
D) Restava uma única saída para o candidato. 
E) O empresário trovejava ameaças. 
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois o verbo “fazia” indica 
fenômeno natural, conforme vimos na teoria. Assim, tal verbo não possui 
sujeito. Ele é transitivo direto e o termo “um frio insuportável” é apenas o 
objeto direto. 
 A alternativa (B) apresenta sujeito, pois o verbo “Choveram” está sendo 
empregado no sentido figurado (conotativo). Assim, ele é intransitivo e seu 
sujeito é o determinado simples plural “reprovações”. A prova disso é que, se 
este sujeito estivesse flexionado no singular, tal verbo também se flexionaria 
no singular (Choveu reprovação à atitude do candidato.). 
 A alternativa (C) apresenta sujeito, pois o verbo “acontece” é 
intransitivo e seu sujeito é o termo singular “cada coisa estranha”. A prova 
disso é que, se este sujeito estivesse flexionado no plural, tal verbo também 
se flexionaria no plural (Acontecem tantas coisas estranhas!). 
 A alternativa (D) apresenta sujeito, pois o verbo “Restava” é transitivo 
indireto, seu objeto indireto é “para o candidato” e seu sujeito é o termo 
singular “uma única saída”. A prova disso é que, se este sujeito estivesse 
flexionado no plural, tal verbo também se flexionaria no plural (Restavam 
algumas saídas para o candidato.). 
 A alternativa (E) apresenta sujeito, pois o verbo “trovejava” está sendo 
empregado no sentidofigurado (conotativo). Assim, ele é transitivo direto, 
seu objeto direto é “ameaças” e seu sujeito é o determinado simples “O 
empresário”. A prova disso é que, se este sujeito estivesse flexionado no 
plural, tal verbo também se flexionaria no plural (Os empresários trovejavam 
ameaças.). 
Gabarito: A 
 
Questão 15: FURP 2009 Analista (banca Funrio) 
Indique a alternativa em que a concordância verbal está em desacordo com 
a variedade padrão da Língua. 
A) Muitos de nós reclamou do mau atendimento daquela instituição. 
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B) Deve haver possibilidades de recorrer da ação injusta. 
C) Cerca de cem pessoas aproximavam-se ansiosamente do guichê. 
D) Esses vinte por cento de desconto conquistaram a clientela da loja. 
E) Um piquete de bravos defendeu o castelo do nobre aprisionado. 
Comentário: A alternativa (A) é a errada, pois o sujeito plural “Muitos de 
nós” força o verbo “reclamou” ao plural. Veja a correção: 
Muitos de nós reclamaram do mau atendimento daquela instituição. 
 A alternativa (B) está correta, pois a locução verbal “Deve haver” possui 
o verbo principal “haver” encontra-se no sentido de existir. Assim, não possui 
sujeito e força o verbo auxiliar ao singular. Note que o termo “possibilidades” 
é apenas o objeto direto, o qual não participa da concordância. 
 A alternativa (C) está correta, pois o verbo “aproximavam-se” concorda 
com o sujeito plural “Cerca de cem pessoas”. Note que a expressão “Cerca de” 
apenas transmite imprecisão quanto à quantidade, mas se mantém o plural. 
 A alternativa (D) está correta, pois o verbo “conquistaram” concorda 
com a expressão de porcentagem “vinte por cento”. 
 A alternativa (E) está correta, pois o verbo “defendeu” está flexionado 
no singular para concordar com o núcleo do sujeito “piquete”. 
Gabarito: A 
 
 
Questão 16: Suframa 2008 Arquiteto (banca Funrio) 
Verifica-se um caso de oração sem sujeito em 
A) “Já o nascimento de uma menina, na maioria dos casos, não é 
comemorado.”. 
B) "Ninguém se deu ao trabalho de olhar para mim...”. 
C) “Mas nada na aparência externa de Machrihwa, no norte de Shravasti, 
perto da fronteira com o Nepal, indica esse recorde triste.”. 
D) "Estamos impressionados...”. 
E) “E além disso há o próprio custo do casamento...”. 
Comentário: Na alternativa (A), a locução verbal “é comemorado” se refere 
ao sujeito determinado simples “o nascimento de uma menina”. 
 Na alternativa (B), o verbo “deu” é transitivo direto e indireto, o termo 
“ao trabalho” é o objeto indireto, “se” é o pronome reflexivo, que é 
empregado como objeto direto e o pronome “Ninguém” é o sujeito 
determinado simples. 
 Na alternativa (C), o verbo “indica” é transitivo direto, o termo “esse 
recorde triste” é o objeto direto e o pronome “nada” é o sujeito determinado 
simples. 
 Na alternativa (D), o verbo “Estamos” se refere à primeira pessoa do 
plural (“nós”). Assim, há o sujeito oculto ou desinencial. 
 A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “há” encontra-se no sentido 
de existir. Dessa forma, este verbo é transitivo direto e não possui sujeito, o 
termo “o próprio custo do casamento” é o objeto direto. 
Gabarito: E 
 
 
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Questão 17: MDIC 2009 Analista Técnico Administrativo (banca Funrio) 
Na frase “O Acordo Ortográfico que entrou em vigor em 2009 parece ter a 
aprovação de alguns usuários, mas existem outros que detectam incoerências 
com respeito ao uso do hífen.”, se o verbo EXISTIR for substituído por HAVER, 
mantendo o mesmo sentido da frase original, a forma resultante será a 
seguinte: 
A) há. 
B) haveria. 
C) havia. 
D) houve. 
E) haverá. 
Comentário: Vimos que o verbo “existir” é intransitivo e possui sujeito. 
Assim, o pronome plural “todos” força tal verbo ao plural. Trocando este verbo 
pelo seu sinônimo “haver”, esse pronome passa à função de objeto direto e 
não interfere na concordância. Isso ocorre porque o verbo “haver” é transitivo 
direto e não possui sujeito. 
 Dessa forma, a forma correta é: “...mas há outros que detectam...” 
Gabarito: A 
 
Questão 18: Pref. N. Iguaçu-RJ 2012 Agente Adm (banca Consulplan) 
No trecho “há uma ladeira muito comprida”, o termo sublinhado exerce função 
de 
A) sujeito do verbo haver. D) complemento nominal do período. 
B) objeto indireto do verbo haver. E) objeto direto do verbo haver. 
C) predicado do período. 
Comentário: O verbo “haver”, no sentido de existir, é transitivo direto e não 
possui sujeito. Assim, o termo sublinhado “uma ladeira muito comprida” é o 
objeto direto desse verbo. 
Gabarito: E 
 
Questão 19: Pref. Porto Velho-RO 2012 Administrador (banca Consulplan) 
“Para os gregos, não havia atividade mais apaixonante e gloriosa.” Em relação 
ao sujeito desta oração, assinale a alternativa correspondente. 
A) Não possui sujeito. D) Possui sujeito simples. 
B) Possui sujeito indeterminado. E) Possui sujeito composto. 
C) Possui sujeito oculto. 
Comentário: O verbo “haver”, no sentido de existir, é transitivo direto e não 
possui sujeito. Assim, “atividade mais apaixonante e gloriosa” é o objeto 
direto. 
Gabarito: A 
 
Questão 20: ALERJ – 2011 – Assessoramento às Comissões (banca CEPERJ) 
No segmento “Não deve haver frases convencionais...’, a substituição da 
locução verbal pode ser corretamente feita do seguinte modo: 
A) Não há de existir frases... B) Não há de haver frases... 
C) Não pode existir frases... D) Não podem haver frases... 
E) Não hão de haver frases... 
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Comentário: O verbo “haver”, sendo empregado no sentido de “existir”, é 
impessoal, isto é, não tem sujeito. Na locução verbal “deve haver”, “haver” é o 
principal e é transitivo direto, o termo “frases convencionais” é apenas o objeto 
direto, por isso o verbo auxiliar “deve” não se flexiona. 
 Se o verbo “haver” for substituído por seu sinônimo “existir”, a 
concordância muda, pois este verbo é intransitivo e “frases convencionais” 
passaria a ser o sujeito. 
 Compare: 
Não deve haver frases convencionais 
Não devem existir frases convencionais 
 
 Com base nisso, a alternativa correta é a (B). Veja as demais já 
corrigidas: 
Não hão de existir frases... Não podem existir frases... 
Não pode haver frases... Não há de haver frases... 
Gabarito: B 
 
Questão 21: COFEN 2010 Analista de Pessoal (banca Consulplan) 
Em “naquela época, não havia psicanalistas”, a forma verbal “havia” poderia 
estar no plural, concordando com “psicanalistas”. 
Comentário: O verbo haver, no sentido de existir, é impessoal, isto é, não 
tem sujeito e deve se flexionar no singular. Esse verbo é transitivo direto e o 
termo “psicanalistas” é o objeto direto. 
Gabarito: E 
 
Questão 22: Prefeitura C.V. 2010 Agente Comunitário (banca Consulplan) 
Assinale a oração sem sujeito: 
A) Portugueses e africanos aportaram por aqui. 
B) A vegetação no Pantanal está extinta. 
C) Viajamos para o Sul do Brasil. 
D) Faz dois anos que ele saiu da Amazônia. 
E) O fogo destruiu a Mata Atlântica. 
Comentário: Na alternativa (A), há sujeito determinado composto, pois 
“Portugueses e africanos” apresentam dois núcleos. 
 Na alternativa (B), há sujeito determinado simples, pois “A vegetação” 
apresenta apenas um núcleo. 
 Na alternativa (C), há sujeito determinado oculto ou desinencial, pois 
podemos subentender o pronome “nós”, devido à desinência número-pessoal 
“mos”. 
 A alternativa (D) é a correta, pois o verbo “Faz” está empregado no 
sentido de tempo decorrido. Assim, não tem sujeito. 
 Na alternativa (E), há sujeitodeterminado simples, pois “O fogo” 
apresenta apenas um núcleo. 
Gabarito: D 
 
Questão 23: IBGE 2010 Codificador Censitário (banca Consulplan) 
O vocábulo “tem”, tal como foi usado em “Tem certos dias / Em que eu penso 
em minha gente”, é característico da linguagem oral. Mantendo o tempo 
objeto direto 
sujeito 
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verbal e considerando a concordância exigida é possível sua substituição por: 
A) Existiam. B) Haverão. C) Existirão. D) Há. E) Haveria. 
Comentário: O verbo “Tem” está flexionado no presente do indicativo. Assim, 
já eliminamos as alternativas (A), (B), (C) e (E), sobrando a alternativa (D) 
como correta. 
 Este verbo está sendo empregado em versos de uma música, a qual 
admite a linguagem coloquial, tendo em vista dar prioridade à forma como o 
povo fala, além da prioridade ao som produzido pelas palavras, a rima, a 
métrica. 
 A norma culta prevê tal verbo como transitivo direto, necessitando de 
sujeito e objeto direto, por exemplo: Eu tenho esperança. 
 De acordo com a linguagem formal, ele deve ser substituído pelo verbo 
“Há” (sentido de ocorrer, existir): 
 Há certos dias / Em que eu penso em minha gente 
 Note que “certos dias” é objeto direto do verbo transitivo direto “Há”. A 
expressão “Certos dias”, apesar de possuir palavras que transmitam o valor 
de tempo, não pode ser admitida como adjunto adverbial de tempo, 
simplesmente porque não conseguimos realizar a pergunta “quando?”: 
 Há certos dias / Em que eu penso em minha gente 
 VTD OD adj adv tempo suj VTI OI 
 oração principal + oração subordinada adjetiva restritiva 
Gabarito: D 
 
Questão 24: Prefeitura S.L. 2010 Agente Adm (banca Consulplan) 
Assinale a afirmativa que apresenta a forma verbal adequada: 
A) Vossa Excelência pediu calma. B) Mais de dois alunos faltou. 
C) Deu duas horas no relógio da igreja. D) Haviam sérios compromissos. 
E) Faziam cinco anos que ele não vinha a São Paulo. 
Comentário: A alternativa (A) é a correta, porque o verbo “pediu” encontra-
se flexionado na terceira pessoa do singular, por concordar com o seu sujeito, 
que é o pronome de tratamento “Vossa Senhoria”. 
 A alternativa (B) está errada, porque o sujeito plural “Mais de dois 
alunos” força o verbo “faltou” para o plural: Mais de dois alunos faltaram. 
 A alternativa (C) está errada, porque o sujeito plural “duas horas” força 
o verbo “Deu” para o plural: Deram duas horas no relógio da igreja. 
 A alternativa (D) está errada, porque o verbo haver, no sentido de 
existir, deve se flexionar no singular, por ser impessoal, isto é, não possuir 
sujeito. Como este verbo é transitivo direto, o termo “sérios compromissos” é 
o objeto direto: Havia sérios compromissos. 
 A alternativa (E) está errada, porque o verbo fazer, no sentido de tempo 
decorrido, deve se flexionar no singular, por ser impessoal, isto é, não possuir 
sujeito: Fazia cinco anos que ele não vinha a São Paulo. 
Gabarito: A 
 
Questão 25: Prefeitura S.L. 2010 Agente Adm (banca Consulplan) 
“As orações sem sujeito, formadas apenas pelo predicado, articulam-se a 
partir de um verbo impessoal.” Assinale a alternativa que apresenta uma 
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oração sem sujeito: 
A) Bateram à porta. 
B) Abolimos todas as regras. 
C) Amanheceu repentinamente. 
D) Andam espalhando boatos a meu respeito. 
E) Ele já chegou. 
Comentário: Na alternativa (A), o verbo “Bateram” possui sujeito 
indeterminado, pois está flexionado na terceira pessoa do plural e não faz 
referência a nenhum termo desta oração. 
 Na alternativa (B), o verbo “Abolimos” está flexionado na primeira 
pessoa do plural, por possuir sujeito oculto, desinencial. Perceba que, pela 
desinência “-mos”, subentende-se “nós” como sujeito . 
 A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “Amanheceu” transmite 
sentido de fenômeno da natureza, por isso é impessoal, isto é, não tem 
sujeito. 
 Na alternativa (D), o verbo “Andam” possui sujeito indeterminado, por 
estar flexionado na terceira pessoa do plural e não se referir a nenhum termo 
desta oração. 
 Na alternativa (E), o verbo “chegou” está flexionado na terceira pessoa 
do singular, porque seu sujeito determinado simples “Ele” também está 
flexionado no singular. 
Gabarito: C 
 
Questão 26: Prefeitura C.V. 2010 Fiscal (banca Consulplan) 
“O sujeito simples apresenta um só núcleo.” Assinale a alternativa que 
apresenta o sujeito simples: 
A) Os prédios e as casas são amplos. B) Telefonaram para você 
C) A população cresceu desordenadamente. D) Anoiteceu rapidamente. 
E) Está frio. 
Comentário: Na alternativa (A), o sujeito “Os prédios e as casas” é 
composto. 
 Na alternativa (B), o sujeito é indeterminado, pois o verbo “telefonaram” 
está flexionado na terceira pessoa do plural e não se refere a nenhum termo 
da oração. 
 A alternativa (C) é a correta, pois o sujeito é determinado simples, por 
haver apenas um núcleo: população. 
 Na alternativa (D), o sujeito é inexistente, pois “Anoiteceu” é verbo que 
expressa fenômeno da natureza. 
 Na alternativa (E), o sujeito é inexistente, pois “Está” é verbo que 
expressa temperatura. 
Gabarito: C 
 
Questão 27: Prefeitura S.M. 2008 Assistente Social (banca Consulplan) 
Assinale a alternativa que NÃO manteve o sentido original e a obediência à 
norma culta, na reescrita: 
A) Existem aqui vários problemas pela falta de conhecimento sobre altas 
habilidades./Sobre altas habilidades, tem aqui vários problemas pela falta 
de conhecimento. 
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B) Jogamos fora o que temos de melhor./O que temos de melhor jogamos 
fora. 
C) Há um esforço entre especialistas de desmistificar o superdotado./Entre os 
especialistas, existe um esforço de desmistificar o superdotado. 
D) Por causa da péssima educação pública, nosso maior desperdício é o de 
talentos em geral./Nosso maior desperdício é o de talentos em geral, 
devido à péssima educação pública. 
E) O conceito mais apropriado é o de alta habilidade./O conceito de alta 
habilidade é o mais apropriado. 
Comentário: Esta é uma questão que tem relação com o tema “Equivalência 
e transformação de estruturas”. 
 A alternativa (A) é a errada, pois o verbo “ter” é transitivo direto e, na 
linguagem formal e culta, não se deve usá-lo no sentido de “existir”. Assim, 
devemos manter o verbo intransitivo “existir” (com seu sujeito “vários 
problemas”), ou trocá-lo pelo verbo transitivo direto “haver” (agora, o termo 
“vários problemas” é o objeto direto). Veja: 
“...existem aqui vários problemas...” ou “...há aqui vários problemas...” 
 Note que a antecipação do adjunto adverbial “sobre altas habilidades” 
não interfere na mudança de sentido, também não causa problema 
gramatical. 
 A alternativa (B) está correta, porque houve apenas a troca de posição 
dos termos básicos, mantendo-se o sentido e a correção gramatical. 
 A alternativa (C) está correta, porque houve a troca de posição dos 
termos básicos. Além disso, devemos perceber que o verbo “Há” foi 
corretamente substituído por seu sinônimo “Existe”. Note que o verbo “Existe” 
está no singular, porque “um esforço” é seu sujeito. 
 A alternativa (D) está correta, porque houve apenas a troca de posição 
dos termos básicos. Note que o adjunto adverbial de causa “Por causa da 
péssima educação pública” era iniciado pela locução prepositiva de causa “Por 
causa de”. Manteve-se o sentido e a correção gramatical com a troca por 
“devido a”. 
 A alternativa(E) está correta, porque houve apenas a troca de posição 
dos termos básicos, mantendo-se o sentido e a correção gramatical. 
Gabarito: A 
 
Questão 28: IBGE 2009 Agente (banca Consulplan) 
Frases isoladas que servem de apoio para a resolução da questão: 
1. Ao vê-lo ausente de casa por um par de anos, a vizinha aproximou-se 
cautelosa de sua mãe, jurou sua amizade à família e perguntou se havia 
algum problema com o rapaz. 
2. Há os que adivinham as entrelinhas, ignorando as linhas. 
3. Meus ensaios têm colimado assuntos candentes e controvertidos. 
4. Sua imaginação criativa não se detém sobre a aborrecida lógica do texto. 
O sentido original do texto e a correção gramatical serão mantidos ao 
substituir: 
A) aproximou-se (frase 1) por se aproximou. 
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B) há (frase 2) por existe. 
C) têm (frase 3) por tem. 
D) detém (frase 4) por detem. 
E) N.R.A. 
Comentário: Esta é outra questão que tem relação com o tema “Equivalência 
e transformação de estruturas”. 
 A alternativa (A) é a correta, pois, mesmo não havendo palavra atrativa, 
por motivo de eufonia (soar bem), podemos posicionar o pronome oblíquo 
átono antes do verbo (próclise). Esse recurso é muito usado na linguagem 
moderna. 
 A alternativa (B) está errada, porque o verbo “Há” é impessoal, por não 
ter sujeito. Esse verbo é transitivo direto e o pronome demonstrativo “os” é o 
objeto direto. Como neste contexto o verbo “existir” tem o mesmo sentido do 
verbo “haver” e é intransitivo, o pronome “os” passa a ser o sujeito, forçando 
o verbo ao plural: “Existem os que...” 
 A alternativa (C) está errada, pois “Meus ensaios” é o sujeito e 
obrigatoriamente o verbo “têm” deve permanecer com o acento diferencial de 
plural. 
 A alternativa (D) está errada, pois não existe a palavra “detem”. Como é 
uma palavra oxítona terminada em “em”, deve ser acentuada graficamente: 
“detém”. 
 Na alternativa (E), “N.R.A” significa “Nenhuma Resposta Anterior”. Como 
já encontramos a resposta, esta alternativa está errada. 
Gabarito: A 
 
Questão 29: Prefeitura C.V. 2010 Oficial Administrativo (banca Consulplan) 
Assinale a afirmativa que apresenta a forma verbal adequada: 
A) O radiador, a embreagem, o cárter, tudo estavam danificados. 
B) Os médicos pareciam chegarem. 
C) A maioria faltaram. 
D) Cerca de vinte pessoas andaram no calçadão. 
E) Haviam sérios compromissos. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a locução verbal “estavam 
danificados” deveria se flexionar no singular, haja vista ter que concordar com 
o aposto recapitulativo (ou resumitivo) “tudo”. O termo “O radiador, a 
embreagem, o cárter” é o sujeito composto, mas o verbo deve concordar, 
neste caso, com este aposto: 
O radiador, a embreagem, o cárter, tudo estava danificado. 
 Na alternativa (B), a locução verbal “pareciam chegarem” deve fazer 
com que o infinitivo se flexione no singular: 
Os médicos pareciam chegar. 
 Na alternativa (C), o verbo “faltaram” deve se flexionar no singular, 
porque o seu sujeito está no singular: A maioria faltou. 
 A alternativa (D) é a correta, pois o verbo “andaram” flexiona-se no 
plural devido a seu sujeito também estar no plural “Cerca de vinte pessoas”. 
Note que a expressão que denota quantidade aproximada “Cerca de” não 
interfere na concordância, pois apenas põe em dúvida a certeza da quantidade 
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específica, mas certamente é plural. 
 Na alternativa (E), o verbo haver, no sentido de existir, não tem sujeito, 
portanto não pode se flexionar no plural. Este verbo é transitivo direto, por 
isso o termo “sérios compromissos” é apenas o objeto direto: 
Havia sérios compromissos. 
Gabarito: D 
 
Questão 30: IBGE 2011 Agente (banca Consulplan) 
Observe as frases quanto à concordância verbal e nominal. 
1. Sempre houve condições de os idosos viverem com a família. 
2. Sempre houveram condições de os idosos viverem com a família. 
3. Já existiu carinho da família para com os idosos. 
4. Hoje devem haver muitos idosos abandonados nas Casa de Repouso. 
5. Amanhã quais de nós tomaremos conta dos pais idosos? 
Estão corretas apenas as afirmativas 
A) 1, 4, 5 B) 1, 3, 4 C) 2, 3, 5 D) 1, 3, 5 E) 2, 3, 4 
Comentário: O verbo “haver”, no sentido de “existir”, não tem sujeito, por 
isso deve se flexionar no singular. Como este verbo é transitivo direto, o 
termo “condições”, nas frases 1 e 2, são os objetos diretos. Assim, a frase 1 
está correta e a 2, errada; o que nos permite eliminar as alternativas (C) e 
(E). 
 O verbo “existir” é intransitivo e concorda com o núcleo de seu sujeito 
“carinho”. Assim, a frase 3 está correta e eliminamos a alternativa (A). 
 A locução “devem haver” está errada, pois o verbo “haver” é o principal 
desta locução e está no sentido de “existir”. Assim, o seu verbo auxiliar não 
pode se flexionar. Como este verbo é transitivo direto, o termo “muitos idosos 
abandonados” é o objeto direto e não participa da flexão deste verbo: 
Hoje deve haver muitos idosos abandonados nas Casa de Repouso. 
 Assim, eliminamos a alternativa (B) e sabemos que a alternativa (D) é a 
correta. 
 Para confirmar, veja que, quando a expressão “quais de nós” for o 
sujeito, o verbo pode concordar tanto com o pronome interrogativo plural 
“quais”, quanto com a expressão “de nós”: 
 Amanhã quais de nós tomaremos conta dos pais idosos? 
 Amanhã quais de nós tomarão conta dos pais idosos? 
Gabarito: D 
 
Questão 31: IBGE 2011 Supervisor (banca Consulplan) 
Quanto à concordância verbal e nominal marque a alternativa correta. 
A) Os Cieps, com certeza, ofereceria educação de qualidade para as classes 
desfavorecidas. 
B) Os debates sobre preconceito racial foi caloroso. 
C) Muitos de nós ainda têm preconceito racial. 
D) As famílias que haviam no período escravocrata agia impiedosamente 
contra os escravos. 
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E) Fazem muitos anos que a Lei Áurea foi assinada, mas preconceito ainda 
perdura no país. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, porque o sujeito plural “Os Cieps” 
força o verbo ao plural (“ofereceriam”). 
 A alternativa (B) está errada, porque o sujeito plural “Os debates” força 
o verbo e seu predicativo ao plural: “foram calorosos”. 
 A alternativa (C) é a correta, pois a expressão “Muitos de nós” admite o 
verbo concordando com o pronome indefinido plural “Muitos” ou com a 
expressão “de nós”: 
 Muitos de nós ainda têm preconceito racial. 
 Muitos de nós ainda temos preconceito racial. 
 A alternativa (D) está errada, porque o verbo “haviam” está no sentido 
de existir. Assim, deve se flexionar no singular. 
 Na outra oração, o sujeito plural “As famílias” leva o verbo “agia” ao 
plural: 
As famílias que havia no período escravocrata agiam impiedosamente contra 
os escravos. 
 A alternativa (E) está errada, pois o verbo “Fazem” está sendo 
empregado no sentido de tempo decorrido. Assim, deve se flexionar no 
singular: 
Faz muitos anos que a Lei Áurea foi assinada, mas preconceito ainda perdura 
no país. 
Gabarito: C 
 
Questão 32: Pref. Santo Agostinho – 2010 – Contador (banca AOCP) 
“Há 110 dias não chove no Distrito Federal e a umidade relativa do ar chegou a 
12% no dia 4 de setembro.” 
O sujeito da forma verbal há é 
(A) desinencial. (B) composto. (C) simples. 
(D) inexistente. (E) indeterminado. 
Comentário: Questão simples, não é? Basta lembrarmos que o verbo “Há” 
está no sentido de tempo decorrido, o mesmo do verbo “faz”, por isso é 
impessoal e não tem sujeito. 
Gabarito: D 
 
Questão 33:BNDES / 2009 / Superior (banca Cesgranrio) 
Assinale a opção que apresenta ERRO de concordância verbal, segundo o 
registro culto e formal da língua. 
(A) Necessita-se de novos programas de qualidade de vida. 
(B) A pressão, a ansiedade e a tensão muscular, tudo prejudicava a saúde do 
trabalhador. 
(C) Os Estados Unidos contrataram profissionais especializados em 
comunicação. 
(D) Já fazem três meses que ele se adaptou a uma nova realidade profissional. 
(E) Cada um dos profissionais do RH deve saber administrar o seu estresse. 
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Comentário: Note que a questão pediu a alternativa errada. 
 A alternativa (A) está correta, pois o verbo “Necessita-se” é transitivo 
indireto e o “se” é o índice de indeterminação do sujeito, o qual obriga a 
flexão no singular. 
 A alternativa (B) está correta, pois o verbo “prejudicava” concorda 
corretamente com o pronome “tudo”, o qual é um aposto recapitulativo e se 
refere ao sujeito composto “A pressão, a ansiedade e a tensão muscular”. 
Nesses casos, o verbo obrigatoriamente se flexiona no singular. 
 A alternativa (C) está correta, pois o topônimo (nome de lugar) plural 
“Estados Unidos”, quando antecedido de artigo, obrigatoriamente leva o verbo 
ao plural. 
 A alternativa (D) é a errada, pois o verbo “fazem” está em sentido de 
tempo decorrido, por isso não tem sujeito e obrigatoriamente se flexiona na 
terceira pessoa do singular: faz. 
 A alternativa (E) está correta, pois a expressão “Cada um”, na função de 
sujeito, levará o verbo para a terceira pessoa do singular, mesmo que o termo 
posterior esteja no plural, como ocorreu com “dos profissionais”. 
Gabarito: D 
Vimos os tipos de sujeito e a concordância verbal voltada a eles. Agora, 
vamos tratar de algumas concordâncias peculiares, as quais normalmente se 
referem a um sujeito simples. 
Concordância do verbo de ligação “ser” com predicativo de valor 
substantivo 
a) Se estiver entre dois núcleos das classes a seguir, em ordem, concordará, 
preferencialmente, com a classe que tiver prioridade, independente de função 
sintática: 
Pronome pessoal > substantivo próprio de pessoa > substantivo concreto > 
substantivo abstrato > pronome indefinido, demonstrativo ou interrogativo 
Tu és Maria. Maria és tu. 
Tu és minhas alegrias. Minhas alegrias és tu. 
Maria é minhas alegrias. Minhas alegrias é Maria. 
As terras são a riqueza. A riqueza são as terras. 
Emoções são tudo. Tudo são emoções. 
Às vezes, pode-se subverter a regra por motivo de ênfase: 
"Tudo é flores no presente" (Gonçalves Dias) 
b) Se o sujeito indica peso, medida, quantidade, seguido de é pouco, é 
muito, é bastante, é suficiente, é tanto, o verbo ser fica no singular: 
Três mil reais é pouco pelo serviço. 
Dez quilômetros já é bastante para um dia. 
 
Questão 34: CEITEC 2012 Auditor (banca Funrio) 
Quanto à concordância do verbo SER, a língua padrão desaprova a seguinte 
construção: 
A) Ontem foram sete de janeiro. 
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B) Todos fomos muito distraídos. 
C) Era duas e meia da manhã e chovia. 
D) Tuas alegrias somos nós, teus filhos. 
E) Na infância, tudo são mimos. 
Comentário: A alternativa (A) está correta. Vimos no tópico oração sem 
sujeito que o verbo “ser” deve concordar com o numeral que indica tempo, 
por exemplo: “São duas horas.”, “São dois de setembro.”. Assim, “Ontem 
foram sete de janeiro.” é uma construção correta, a única diferença é que o 
verbo está flexionado no tempo passado. 
 Por causa dessa explicação, percebemos que a alternativa (C) é a 
incorreta, pois o verbo “ser” deveria concordar com o numeral: “Eram duas e 
meia da manhã e chovia.”. 
 A alternativa (B) está correta, pois o verbo “fomos” concorda 
ideologicamente com o pronome “nós”, que fica subentendido. Esta é a 
concordância chamada siléptica, pois literalmente temos o sujeito “Todos”, de 
terceira pessoa do plural, mas subentendemos o pronome de primeira pessoa 
do plural “nós”: Todos (nós) fomos muito distraídos. 
 A alternativa (D) está correta, pois o verbo “ser” concorda com o 
predicativo “nós”. Conforme vimos na teoria acima, o pronome pessoal do 
caso reto tem mais “força”, em relação a um substantivo comum (“alegrias”), 
fazendo com que o verbo se flexione na primeira pessoa do plural: 
Tuas alegrias somos nós... 
 
 A alternativa (E) está correta, pois o verbo “ser” concorda com o 
predicativo plural “mimos”. Conforme vimos na teoria acima, o substantivo 
comum plural tem mais “força”, em relação a um pronome indefinido singular 
(“tudo”), fazendo com que o verbo concorde no plural: 
...tudo são mimos. 
 
Gabarito: C 
 
Concordância com o pronome relativo “que” 
Você viu em aulas anteriores que o pronome relativo inicia uma oração 
subordinada adjetiva e serve para retomar um substantivo anterior. Ele pode 
cumprir várias funções sintáticas e a que nos interessa nesta aula é a de 
sujeito: 
Conversei com o fundador da instituição que cuida de crianças carentes. 
A oração grifada possui o verbo “cuida”, o qual é transitivo indireto. Seu 
objeto indireto é “de crianças carentes”. Assim o termo que falta é o sujeito. 
Perceba que o pronome relativo “que” retoma o substantivo “instituição”. 
Assim, quando lemos “que”, entendemos “instituição” e então teremos: “a 
instituição cuida de crianças carentes”. Veja: 
 
Conversei com o fundador da instituição que cuida de crianças carentes. 
 
Conversei com o fundador da instituição. A instituição cuida de crianças carentes. 
VTI sujeito 
objeto indireto 
VTI sujeito 
objeto indireto 
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Um ponto muitas vezes duvidoso na hora da concordância é com o 
pronome relativo na função de sujeito antecipado da expressão “um dos”. Isso 
porque depende contextualmente de identificar que palavra será retomada por 
esse pronome. Veja: 
 
Pelé foi um dos homenageados que levou o Brasil ao tricampeonato. 
Pela concordância do verbo, percebemos que o sujeito “que” retomou o 
vocábulo “um” dentre vários homenageados. Temos, assim, a ênfase a um dos 
homenageados. Mas, se não se quisesse dar essa relevância, o pronome 
relativo poderia retomar “homenageados” e assim o verbo se flexionaria no 
plural. Veja: 
Pelé foi um dos homenageados que levaram o Brasil ao tricampeonato. 
Não podemos, assim, decorar que a concordância pode ser no singular 
ou plural, na realidade depende da intenção comunicativa do texto. Perceba o 
exemplo abaixo, que exige a interpretação de retomada de apenas um dos 
termos: 
Este é um dos países candidatos que sediará a copa do mundo. 
Especial atenção deve ser dada à estrutura “o que”, em que “o” é 
pronome demonstrativo reduzido (=aquilo, aquele, isso) e “que” é pronome 
relativo e seu valor de coesão é retomá-lo. Sendo o pronome relativo sujeito, o 
verbo flexionará no singular. Veja: 
Nas análises feitas pela Petrobras, os técnicos encontraram novas fontes, 
o que possibilita um ganho no campo da energia. 
O pronome relativo “que” está na função de sujeito, o qual retoma o 
pronome demonstrativo “o” (singular), por isso o verbo “possibilita” está no 
singular. 
Concordância com o pronome relativo “o qual” e suas variações 
Este pronome também inicia uma oração subordinada adjetiva. 
 
Algumas leis que estão em vigor no país deverão ser revistas. 
 
Algumas leis as quais estão em vigor no país deverão ser revistas. 
 
Note que “Algumas leis” é o sujeito da locução verbal “deverão ser 
revistas” e o pronome relativo “que” (ou “as quais”) é

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