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Aula 01 Parte3 LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS)

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LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) 
PROFESSOR DÉCIO TERROR 
Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 
 
1
 
 
 
Aula 1.3 
Sintaxe do período e sua pontuação. 
 
 Olá, pessoal! 
 Continuando a aula 1.2, vamos trabalhar a subordinação. 
Período composto por subordinação adverbial 
Vimos anteriormente que, se no enunciado há apenas um verbo, 
naturalmente temos apenas uma oração (oração absoluta = período simples); 
porém, se houver outro verbo dentro deste enunciado, teremos duas orações 
(período composto). 
Na aula de sintaxe da oração, vimos que o adjunto adverbial solto pode 
receber vírgula quando se encontra após a estrutura principal 
(sujeito→verbo→objeto: S V O). Quando antecipado ou intercalado, recebe 
virgula(s) obrigatoriamente. 
Agora, não nos cabe aprofundar no estudo do adjunto adverbial. Cabe 
mesmo é saber a sua pontuação. 
 
O candidato passou no concurso, devido ao seu esforço no estudo. 
 VTI objeto indireto adjunto adverbial de causa 
sujeito predicado verbal 
período simples 
 
A oração acima possui a estrutura básica S V O: “O candidato passou no 
concurso”. O termo “devido ao seu esforço no estudo” é o adjunto adverbial. 
Esse termo transmite a causa de o aluno ter passado no concurso. Esse 
adjunto adverbial é chamado por nós de solto, porque o verbo não o exigiu. 
Por isso, podemos inserir a vírgula facultativamente. Esta estrutura não foi 
obrigatória, ela foi inserida para que houvesse mais clareza e situasse melhor 
o leitor sobre a circunstância que levou o candidato à aprovação. 
Agora, perceba o seguinte: se disséssemos somente “Devido ao seu 
esforço no estudo”, alguém entenderia o enunciado? 
Logicamente, não! Concorda? 
Por isso, dizemos que esta estrutura é dependente da estrutura S V O, 
isto é: subordinada à principal: 
 
 
 
O candidato passou no concurso, devido ao seu esforço no estudo. 
 
 
 
 
Estrutura básica (principal) Estrutura adverbial (subordinada) 
vírgula 
facultativa 
Língua Portuguesa para Analista do INSS 
(Teoria e exercícios) 
LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) 
PROFESSOR DÉCIO TERROR 
Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 
 
2
 
Quando esse adjunto adverbial recebe um verbo, observamos que 
passaremos a ter duas orações: a principal e a subordinada adverbial causal. 
 
 
O candidato passou no concurso, porque se esforçou no estudo. 
 
sujeito 
VTI objeto indireto VTI + objeto indireto 
predicado verbal predicado verbal 
oração principal oração subordinada adverbial causal 
período composto 
 
Oração principal? Por quê? 
Diferentemente das orações coordenadas que são independentes umas 
das outras e por isso o nome da primeira é oração inicial, a oração principal é a 
base para que a oração subordinada possa se apoiar nela, para se ter o 
entendimento. 
Oração subordinada? Por quê? 
A oração subordinada é aquela que depende da principal para ter 
sentido, assim como aconteceu com o adjunto adverbial, no exemplo acima. 
Oração adverbial? Por quê? 
Porque foi gerada de um adjunto adverbial. Veja, bastou inserir o verbo 
“esforçou”, para que houvesse a oração adverbial. 
Tanto o adjunto adverbial quanto a oração adverbial podem deslocar-se 
para o início ou para o meio da estrutura principal. E, com isso, a vírgula será 
empregada conforme foi visto nos adjuntos adverbiais de grande extensão. 
Assim, via de regra, a oração subordinada adverbial, quando posposta à 
oração principal, será iniciada por vírgula facultativamente. Mas, se for 
antecipada ou intercalada, receberá vírgula ou vírgulas obrigatoriamente. 
Antecipando a estrutura adverbial... 
 
 
Devido ao seu esforço no estudo, o candidato passou no concurso 
adjunto adverbial de causa VTI objeto indireto 
 sujeito 
predicado verbal 
período simples 
 
 
Porque se esforçou no estudo, o candidato passou no concurso 
 VTI + objeto indireto VTI objeto indireto 
 predicado verbal sujeito predicado verbal 
oração subordinada adverbial causal oração principal 
período composto 
 
 
 
 
vírgula 
facultativa 
vírgula 
obrigatória 
vírgula 
obrigatória 
LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) 
PROFESSOR DÉCIO TERROR 
Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 
 
3
Agora, intercalando... 
 
 
O candidato, devido ao seu esforço no estudo, passou no concurso. 
 adjunto adverbial de causa VTI objeto indireto 
sujeito predicado verbal 
período simples 
 
 
O candidato, porque se esforçou no estudo, passou no concurso 
 VTI + objeto indireto VTI objeto indireto 
sujeito predicado verbal predicado verbal 
 oração subordinada adverbial causal 
oração principal 
período composto 
 
As orações subordinadas podem ser divididas também em dois tipos: 
 desenvolvidas (aquelas que possuem conjunção e verbos conjugados em 
modos e tempos verbais); 
O candidato passou no concurso, porque se esforçou no estudo. 
 
 
 
reduzidas (aquelas que perdem a conjunção e por isso os verbos passam 
a uma das formas nominais: gerúndio, infinitivo e particípio). 
 
O candidato passou no concurso, por se esforçar no estudo. 
 
 
 
Por que é chamada de reduzida? 
Porque, ao perder uma conjunção, reduz-se a quantidade de vocábulos 
daquela oração. 
Por que tenho que saber as orações reduzidas? 
Muitas vezes a banca pede para desenvolver a oração reduzida, inserindo 
a conjunção adequada à sua circunstância (valor semântico), por isso veremos 
os valores das orações adverbiais. 
Elas basicamente se dividem em 9. 
1. Causais: exprimem causa, motivo, razão. Esta oração faz parte da 
estrutura causa-consequência, em que a origem ocorre temporalmente antes. 
E a consequência, por ser o resultado, ocorre depois. As principais conjunções 
causais são: porque, pois, que, como (quando a oração adverbial estiver 
antecipada), já que, visto que, desde que, uma vez que, porquanto, na medida 
em que, que, etc: 
Estudo porque necessito. 
Como fazia frio, fechou as janelas. 
 Já que estou cansado, vou descansar. 
 Uma vez que estudou muito, foi aprovado. 
vírgulas obrigatórias 
 
vírgulas obrigatórias 
 
oração principal oração subordinada adverbial causal 
(reduzida de infinitivo) 
oração principal oração subordinada adverbial causal 
(desenvolvida) 
LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) 
PROFESSOR DÉCIO TERROR 
Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 
 
4
Observações: 
I - A conjunção se também pode transmitir valor de causa a orações que 
funcionam como base ou ponto de partida de um raciocínio, em construções 
como: 
Se o estudo é o princípio do concurseiro, é imprescindível a 
organização de seu material de estudo. 
II - Vimos anteriormente que as conjunções porque, porquanto e pois 
podem ser coordenativas explicativas. Agora, percebemos que elas também 
podem ser causais. A diferença básica entre elas é que a oração subordinada 
adverbial causal transmite a origem, a base de um resultado posterior, por isso 
dizemos que o processo verbal nela veiculado é anterior ao da oração principal: 
O caro parou porque ficou sem combustível. 
 Or principal + oração subordinada adverbial causal 
 (ocorreu antes) 
A razão (causa) de o carro ter parado foi a falta de combustível. Note 
que a conjunção causal “porque” inicia a oração “porque ficou sem 
combustível”, a qual ocorreu antes de o carro ter parado, por isso é entendida 
como causa, razão, motivo. 
Compare com este período: 
Aquele carro deve ter ficado sem combustível,pois está parado na rodovia. 
 oração principal + oração coordenada sindética explicativa 
 (ocorreu depois) 
 Veja que, agora, a oração iniciada pela conjunção “pois” (“pois está 
parado na rodovia”) não ocorreu antes de o combustível supostamente ter 
acabado. Isso ocorreu depois. Por esse motivo, esta oração iniciada pela 
conjunção “pois” não é a causa, mas a explicação de alguém ter achado que o 
combustível acabou. 
Questão 1: Prefeitura Palmas – 2010 (banca Dom Cintra) 
Fragmento do texto: O Senhor Presidente da República já disse e repetiu 
que não é preciso desmatar mais nenhum hectare da Amazônia, onde já 
existem áreas suficientemente abertas para assegurar a expansão da produção 
agrícola e da pecuária. 
 Para isso é imprescindível a capacitação e fiscalização dos critérios para 
investimentos do BNDES, uma vez que é fundamental garantir linhas de 
crédito para quem quer produzir de maneira limpa, legal e sustentável na 
Amazônia. 
“Já que somos um Povo da Floresta temos que inventar uma Ciência da 
Floresta”; a forma inadequada de reescrever essa mesma frase é: 
A) Temos que inventar uma Ciência da Floresta já que somos um Povo da 
Floresta. 
B) Como Povo da Floresta que somos, temos que inventar uma Ciência da 
Floresta. 
C) Mesmo que sejamos um Povo da Floresta, temos que inventar uma Ciência 
da Floresta. 
D) Uma vez que somos um Povo da Floresta temos que inventar uma Ciência 
da Floresta. 
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PROFESSOR DÉCIO TERROR 
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5
E) Temos que inventar uma Ciência da Floresta visto que somos um Povo da 
Floresta. 
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois houve apenas a inversão das 
orações. 
 A alternativa (B) está correta, pois, além de haver a inversão das 
orações, ocorreu a substituição do conectivo de causa “já que” por “como”, o 
que preservou a gramaticalidade e o sentido. 
 A alternativa (C) é a errada, pois “Mesmo que” não transmite valor 
adverbial de causa. Veremos adiante que este conectivo transmite valor 
adverbial concessivo. 
 A alternativa (D) está correta, pois, além de haver a inversão das 
orações, ocorreu a substituição do conectivo de causa “já que” por “Uma vez 
que”, o que preservou a gramaticalidade e o sentido. 
 A alternativa (E) está correta, pois houve a substituição do conectivo de 
causa “já que” por “visto que”, o que preservou a gramaticalidade e o sentido. 
Gabarito: C 
 
Questão 2: Prefeitura Santo Agostinho – 2010 – Contador (banca AOCP) 
“O motivo, segundo o instituto, é que, como essas áreas são afastadas do 
litoral, o clima é seco e isso favorece a baixa umidade.” 
A oração destacada é subordinada adverbial 
(A) comparativa. (B) causal. (C) concessiva. 
(D) consecutiva. (E) conformativa. 
Comentário: A conjunção “como” possui valor adverbial de causa, porque 
pode ser substituída pelos conectivos “já que”, “uma vez que” etc. 
“O motivo, segundo o instituto, é que, uma vez que essas áreas são 
afastadas do litoral, o clima é seco e isso favorece a baixa umidade.” 
Note que a oração subordinada adverbial causal está antecipada da oração 
principal. Isso permite que a conjunção “como” tenha esse valor semântico. 
Gabarito: B 
 
Questão 3: Prefeitura Santo Agostinho – 2010 – Contador (banca AOCP) 
“Mas, segundo ele, quem tem o aparelho mais sofisticado, com o timer, pode 
programar esse mesmo tempo durante o sono, já que o aparelho desliga 
sozinho.” 
A locução conjuntiva destacada acima pode, na posição em que se encontra, 
ser substituída por todas as locuções abaixo, EXCETO por 
(A) dado que. (B) visto que. (C) como. 
(D) porquanto. (E) uma vez que. 
Comentário: A conjunção “como” só pode ter valor causal quando a oração 
subordinada adverbial causal estiver antecipada da principal. Por isso, a 
conjunção “como” não pode ser utilizada nesta frase. 
 Note que os conectivos “dado que”, “visto que”, “porquanto” e “uma vez 
que” possuem valor causal e podem substituir “já que”. 
Gabarito: C 
 
LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) 
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6
2. Consecutivas: Na relação causa-consequência, o processo verbal da 
consequência ocorre após o da causa, e suas conjunções exprimem um efeito, 
um resultado e aparecem de duas formas: 
I - conjunção que precedida de tal, tão, tanto, tamanho: 
Trabalharam tanto que suas mãos ficaram inchadas. 
Tal foi o problema na empresa que todos foram demitidos. 
Nesta estrutura, os intensificadores tal, tamanho, tão, tanto podem ficar 
subentendidos. 
Bebia que caía pelas ruas. (bebia tanto...) 
II – locuções conjuntivas de maneira que, de jeito que, de ordem que, de 
sorte que, de modo que, etc: 
Motivamos a classe empresarial, de sorte que o Brasil aumentou o 
nível de empregos regulares. 
“As notícias de casa eram boas, de maneira que pude prolongar 
minha viagem.” 
III – locução conjuntiva sem que, e a conjunção que, seguida de 
negação. 
Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine sem que a queira comprar. 
Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine, que não a queira comprar. 
Perceba que, na primeira estrutura, a preposição sem tem valor de negação; 
na segunda, sua ausência é preenchida pelo advérbio de negação “não”. 
Questão 4: SEBRAE 2010 Analista (banca Funrio) 
Antes e com tal zelo e sempre e tanto 
Que mesmo em face do maior encanto 
Dele se encante mais meu pensamento. 
(Fonte: Poesia Completa, de Vinícius de Moraes. Editora J. Aguilar, 2005) 
É comum na poesia moderna a omissão dos sinais de pontuação ao final de 
cada verso. Os versos de Vinícius de Moraes contêm apenas o ponto final, mas 
poderiam receber algumas vírgulas caso fossem escritos, por exemplo, como 
frase de um texto em prosa. 
Assinale a alternativa que reescreve o texto empregando corretamente as 
vírgulas. 
A) De tudo ao meu amor serei atento, antes e com tal zelo e sempre e tanto 
que, mesmo em face do maior encanto, dele se encante mais meu 
pensamento. 
B) De tudo ao meu amor serei atento, antes e com tal zelo e sempre e tanto, 
que mesmo em face do maior encanto, dele se encante mais meu 
pensamento. 
C) De tudo ao meu amor serei atento, antes, e com tal zelo e sempre e tanto, 
que, mesmo em face do maior encanto dele se encante mais meu 
pensamento. 
D) De tudo ao meu amor serei atento, antes e com tal zelo e sempre e tanto 
que mesmo, em face do maior encanto dele, se encante mais meu 
pensamento. 
LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) 
PROFESSOR DÉCIO TERROR 
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7
E) De tudo, ao meu amor serei atento antes, e com tal zelo, e sempre e tanto, 
que, mesmo em face do maior encanto dele se encante mais meu 
pensamento. 
Comentário: Primeiro, devemos perceber que a expressão “mesmo em face 
do maior encanto” é um adjunto adverbial de concessão. Como tal termo está 
intercalado e é de grande extensão, deve ficar entre duas vírgulas. Assim, 
eliminamos as alternativas (B), (C), (D) e (E), sobrando a (A) como correta. 
Veja: 
De tudo ao meu amor serei atento, antes e com tal zelo e sempre e tanto que, 
mesmo em face do maior encanto, dele se encante mais meu pensamento. 
 A conjunção “que” inicia uma oração subordinada adverbial consecutiva 
“que, mesmo em face do maior encanto, dele se encante mais meu 
pensamento”. Dentro desta oração, ocorre o adjunto adverbial intercalado 
mostrado anteriormente. A vírgula antes da conjunção “que” não é obrigatória, 
pois há uma combinação com o vocábulo “tanto”. 
Gabarito: A 
 
Questão 5: Pref Belford Roxo – 2011 – Intérprete de Libras (banca CEPERJ) 
Entre as orações sublinhadas no trecho “É que eu achava o mundo tãointeressante que não suportava ficar deitado, vendo-o passar.” se estabelece 
relação semântica de: 
A) conclusão B) consequência C) tempo 
D) modo E) causa 
Comentário: Vimos que a expressão “tão...que” termina com a conjunção 
“que”, a qual inicia oração subordinada adverbial consecutiva (consequência). 
Assim, a alternativa (B) é a correta. 
Gabarito: B 
 
Questão 6: MAPA – 2010 – Economista (banca Dom Cintra) 
Fragmento do texto: Numa sociedade em rápida mutação, onde o sucesso 
das organizações é em geral medido unicamente através do resultado 
financeiro, e onde os bens mudam de mãos assim como as ideias, a 
sustentabilidade surge como princípio fundamental para quem quer fazer 
negócio num mundo interdependente, sendo o alicerce para que as empresas 
mapeiem seu roteiro futuro. 
A última oração do período “Andrew W. Savitz ressalta que as Empresas 
‘precisam inserir as questões sociais em suas estratégias, de modo a refletir 
sua atual importância para os negócios’” exprime em relação à anterior o 
sentido de: 
A) consequência; B) causa; C) concessão; 
D) condição; E) comparação. 
Comentário: A expressão “de modo a” inicia uma oração subordinada 
adverbial consecutiva reduzida de infinitivo (“de modo a refletir sua atual 
importância para os negócios’”). Veja que poderíamos transformá-la numa 
oração desenvolvida: 
LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) 
PROFESSOR DÉCIO TERROR 
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8
...precisam inserir as questões sociais em suas estratégias, de modo que 
reflitam sua atual importância para os negócios... 
 Assim, fica mais prático percebermos a locução conjuntiva adverbial 
consecutiva “de modo que”. 
Gabarito: A 
 
3. Condicionais: Nesta relação de condição, hipótese, é muito cobrada 
a correlação de modo e tempo verbal. Veja: 
verbo no futuro do subjuntivo 
verbo no futuro do presente 
do indicativo 
Se o candidato estudar bastante, passará no concurso. 
 
condição no futuro resultado provável no futuro 
oração subordinada adverbial condicional oração principal 
 
verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo 
verbo no futuro do pretérito 
do indicativo 
Se o candidato estudasse bastante, passaria no concurso. 
 
condição no passado resultado improvável no futuro 
oração subordinada adverbial condicional oração principal 
 
verbo no presente do subjuntivo 
verbo no futuro do presente 
do indicativo 
Caso o candidato estude bastante, passará no concurso. 
 
condição no presente resultado provável no futuro 
oração subordinada adverbial condicional oração principal 
Se uma condição é expressa no futuro ou presente, há condições de 
cumpri-la; por isso o resultado expresso na oração principal é provável. Não há 
certeza de o candidato ser aprovado, mas há grande possibilidade. 
Já numa condição expressa no passado, não há condições de cumpri-la; 
por isso o resultado expresso na oração principal é pouco provável, ou mesmo 
improvável. A banca normalmente pede para substituir as conjunções ou os 
verbos. 
 Algumas vezes, por motivo de ênfase e reforço motivacional, o autor do 
texto troca o tempo verbal da oração principal de futuro do presente para 
presente do indicativo e futuro do pretérito para pretérito imperfeito do 
indicativo. Veja a diferença: 
 Se o candidato estudar, passa no concurso. 
 Se o candidato estudasse, passava no concurso. 
Não há erro nestas substituições, há apenas ênfase. 
Além das conjunções condicionais se e caso, há também as locuções 
conjuntivas contanto que, desde que, salvo se, sem que (=se não), a não ser 
que, a menos que, dado que. 
 Caminharei com você desde que não chova. 
 Não terminará a matéria, sem que se dedique muito. 
 Poderão ganhar o campeonato, salvo se acontecer algum imprevisto. 
 “A carinha podia ser de chinesa, fossem os olhos mais enviesados.” 
LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) 
PROFESSOR DÉCIO TERROR 
Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 
 
9
 Note a última construção. A conjunção condicional fica subentendida, e 
com isso é imprescindível entender a correlação verbal para que não haja 
dúvida neste valor semântico. 
 As locuções conjuntivas condicionais desde que, dado que, uma vez que 
podem ser confundidas com as causais. Para não ficar com dúvida, verifique 
que os verbos nas orações condicionais ficam no modo subjuntivo, enquanto 
os das orações causais ficam no modo indicativo. Compare esses exemplos nos 
respectivos valores adverbiais vistos anteriormente. 
 
 É encontrada também a forma reduzida: 
Conhecendo os alunos, o professor não os teria punido. (reduzida de gerúndio) 
Questão 7: FIOTEC 2012 Agente Comunitário (banca Funrio) 
“Mas para isso ele precisa estar preparado, pois, por mais competente que ele 
seja nos aspectos técnicos relacionados à lactação, o seu trabalho de 
promoção e apoio ao aleitamento materno não será bem sucedido se ele não 
tiver um olhar atento, abrangente, sempre levando em consideração os 
aspectos emocionais, a cultura familiar, a rede social de apoio à mulher, entre 
outros.” 
No fragmento acima, “MAS”, “POIS” e “SE” podem ser substituídos, mantendo 
o mesmo sentido e fazendo as adequações necessárias, respectivamente por 
A) porém, porque, caso. 
B) portanto, assim, e. 
C) também, conforme, ou. 
D) contudo, como, quando. 
E) embora, por isso, que. 
Comentário: Questão bem objetiva e não precisaríamos perder tempo 
analisando o texto. Simplesmente devemos perceber que a conjunção 
coordenativa adversativa “Mas” só pode ser substituída por “porém” ou 
“contudo”, pois essas são as únicas dentre as alternativas de mesmo valor 
semântico. Note que “portanto” tem valor coordenativo conclusivo, “também” 
é advérbio que transmite ideia de adição, inclusão, e “embora” é conjunção de 
valor adverbial concessivo. Assim, eliminamos as alternativas (B), (C) e (E). 
 Vimos que a conjunção “pois” tem valor explicativo, por isso podemos 
excluir a alternativa “como”, pois tal conjunção não transmite esse valor. 
Dessa forma, já sabemos que a alternativa (A) é a correta, pois “porque” 
também transmite valor explicativo e a conjunção “caso” é subordinativa 
adverbial condicional, a qual pode substituir tranquilamente a conjunção de 
mesmo valor “se”, desde que façamos um ajuste no verbo “tiver”, como bem 
apontou a questão. 
 Assim, podemos transcrever o trecho abaixo: 
“Porém para isso ele precisa estar preparado, porque, por mais competente 
que ele seja nos aspectos técnicos relacionados à lactação, o seu trabalho de 
promoção e apoio ao aleitamento materno não será bem sucedido caso ele 
não tenha um olhar atento, abrangente, sempre levando em consideração os 
aspectos emocionais, a cultura familiar, a rede social de apoio à mulher, entre 
outros.” 
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10
Gabarito: A 
 
Questão 8: SEDUC 2008 Professor (banca Funrio) 
Sinceramente, não entendi bem a pergunta, porque ainda não havia ido ao 
dicionário do Houaiss. 
Atente ao valor semântico da palavra destacada (porque), ou seja, observe se 
ela está indicando uma comparação, uma concessão, uma proporção, uma 
causa, ou uma comparação e assim por diante. Qual das alternativas a seguir 
apresenta uma palavra que substitui CORRETAMENTE a palavra destacada no 
trecho acima — sem variação de seu referido valor semântico? 
A) portanto. 
B) enquanto. 
C) embora. 
D) pois. 
E) todavia. 
Comentário: Vimos anteriormente que a conjunção “porque” inicia oração 
subordinada adverbial causal. Assim, podemos substituí-la por “pois” e a 
alternativa correta é a (D). 
 A conjunção “portanto” é coordenativa conclusiva, “enquanto” é 
subordinativaadverbial temporal, “embora” é subordinativa adverbial 
concessiva e “todavia” é coordenativa adversativa. 
Gabarito: D 
 
Questão 9: TCE-AC – 2008 – Analista de Controle Externo (banca CESPE) 
Fragmento do texto: “Se os países decidem adotar programas de 
biocombustíveis, quer o façam por segurança energética, quer o façam por 
outros motivos, precisam olhar com atenção quando temos chamados de 
emergência”, disse. 
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) 
No trecho ‘precisam olhar com atenção quando temos chamados de 
emergência’, a substituição do termo ‘quando’ por se manteria a correção 
gramatical e o sentido do texto. 
Comentário: A conjunção “quando” possui valor temporal e a conjunção “se” 
possui valor condicional. Assim, essas conjunções não podem ser trocadas, 
neste contexto. Por isso a afirmativa está errada. 
 Vale lembrar que, em determinadas situações, a conjunção “quando”, 
além de transmitir o valor temporal, também pode transmitir o valor 
condicional, com o verbo estiver no futuro do subjuntivo. Exemplo: 
Quando ela estudar mais, terá melhores resultados. 
Se ela estudar mais, terá melhores resultados. 
Notadamente, a conjunção adverbial “Se” enfatiza uma dúvida (se realmente a 
ação de estudar ocorrerá); já a conjunção “Quando” transmite uma 
expectativa de ação plenamente possível. 
 Neste caso, a troca dos termos não implica incorreção gramatical e a 
preservação do sentido dependerá de uma boa leitura do contexto, da intenção 
do autor. 
LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) 
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11
Gabarito: E 
 
4. Concessivas: exprimem um fato que se concede, que se admite, em 
oposição, contraste, ressalva ao da oração principal. As conjunções são: 
embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda quando, mesmo 
quando, posto que, por mais que, por muito que, por menos que, se bem que, 
em que (pese), nem que, dado que, sem que (=embora não). 
 Gostava de Matemática, embora tivesse dificuldades com cálculos. 
 Por incrível que pareça, eles não conheciam ‘pen-drive’. 
 Em que pese à autoridade deste cientista, não podemos aceitar suas 
afirmações. (Domingos Paschoal Cegalla) 
 Dado que soubesse, não dirigia à noite. 
Por mais que gritasse, não me ouviram. 
 Nem que a gente quisesse, conseguiria esquecer. (Otto Lara Resende) 
Deve-se tomar muito cuidado quando a banca pedir a substituição de 
conjunção ou locução conjuntiva por preposição ou locução prepositiva. Veja: 
Embora chegasse cedo, não conseguiu lugar para sentar-se. 
Ao se substituir a conjunção embora pela preposição mesmo, o verbo é 
obrigado a sair da forma conjugada em modo e tempo verbal para a forma 
nominal gerúndio. Isso fará com que esta oração seja reduzida de gerúndio: 
Mesmo chegando cedo, não conseguiu lugar para sentar-se. 
Se fosse substituída pela locução prepositiva “apesar de”, a oração seria 
reduzida de infinitivo: 
Apesar de chegar cedo, não conseguiu lugar para sentar-se. 
Assim, cuidado com as substituições pedidas na prova. 
Questão 10: CEITEC 2012 Auditor (banca Funrio) 
Assinale a alternativa que contém exemplo de oração subordinada adverbial 
concessiva. 
A) Estabeleceu-se que, se ambas as margens dos estabelecimentos ribeirinhos 
pertencessem à mesma nação, só ela poderia navegar pelo canal. 
(Capistrano de Abreu) 
B) Triste, triste foi a nossa vida posto que o riso viesse palidamente à flor dos 
nossos lábios, como um raio de sol atravessando nuvens tempestuosas, 
(Coelho Neto) 
C) E preciso não te esqueceres que entrementes continuei estudando o meu 
malaio, isto é, o tal javanês – além do alfabeto, é claro. (Lima Barreto) 
D) Na imperceptível claridade que chegava da rua, entrevia o meu braço, a 
minha mão, um pouco de outra mão, e depois a escuridão espessa. (Raul 
Pompeia) 
E) Quem viaja atento às impressões íntimas, estremece, mau grado seu, ao 
ouvir nesse momento de saudades o tanger de um sino muito, muito ao 
longe. (Visconde de Taunay) 
Comentário: Esta questão é bem objetiva e não precisaríamos perder tempo 
em analisar cada oração, seu sentido, sua estrutura dentro do período. 
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Bastava observar os conectivos para achar o valor concessivo. Vimos na teoria 
que a locução conjuntiva “posto que” é subordinada adverbial concessiva. Ela 
tem o mesmo valor que “apesar de que”, “mesmo que”, “embora”, 
“conquanto”. Assim, o que era importante nessa questão era saber as 
conjunções concessivas. Assim, a alternativa correta é a (B). 
Triste, triste foi a nossa vida posto que o riso viesse palidamente à flor dos 
nossos lábios, como um raio de sol atravessando nuvens tempestuosas. 
Gabarito: B 
 
Questão 11: FIOTEC 2012 Agente Comunitário (banca Funrio) 
“Apesar de a maioria dos profissionais de saúde considerar-se favorável ao 
aleitamento materno, muitas mulheres se mostram insatisfeitas com o tipo de 
apoio recebido.” 
O uso de “apesar de” no fragmento do texto acima reproduzido introduz 
A) uma relação de causa ou motivo do que se afirma na outra parte do 
enunciado. 
B) uma comparação entre as duas partes do enunciado, com valorização da 
primeira. 
C) uma ideia oposta à expressa na outra parte do enunciado e que contraria 
uma provável expectativa. 
D) uma hipótese ou uma condição necessária para que se cumpra o vem em 
seguida no enunciado. 
E) uma consequência daquilo que se afirma na segunda parte do enunciado. 
Comentário: Vimos que a locução prepositiva “apesar de” tem valor adverbial 
concessivo. Usamos a estrutura adverbial concessiva para trabalhar um 
contraste, uma oposição entre termos. Assim, esta questão foi bem objetiva e 
de simples resolução. Bastava perceber que “apesar de” é adverbial 
concessiva, para saber que não transmite “causa”, como afirma a alternativa 
(A), “comparação”, como afirma a alternativa (B), “hipótese” ou “condição”, 
como afirma a alternativa (D) e “consequência”, como afirma alternativa (E). 
 Assim, a alternativa correta é a (C), pois a oração subordinada adverbial 
concessiva transmite contraste, oposição. 
Gabarito: C 
 
Questão 12: FURP 2009 Auxiliar (banca Funrio) 
Leia o seguinte enunciado: Embora um filme de mistério seja diferente de um 
filme de terror, o princípio que rege os dois tipos de produção é exatamente o 
mesmo: seduzir o espectador e prender-lhe a atenção. 
O sentido e a estruturação da frase acima não se alteram ainda que se 
substitua a conjunção EMBORA (e tão-somente ela) pela locução conjuntiva 
A) desde que. 
B) uma vez que. 
C) por mais que. 
D) contanto que. 
E) para que. 
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Comentário: Neste tipo de questão, você deve ter em mente os valores das 
conjunções e locuções conjuntivas. Assim, fica fácil perceber que a conjunção 
“embora” é adverbial concessiva e só pode ser substituída, dentre as 
alternativas, pela locução conjuntiva de mesmo valor “por mais que”. 
 As locuções conjuntivas “desde que”, “uma vez que” e “contanto que” 
têm valor adverbial condicional; e a locução conjuntiva “para que” tem valor 
adverbial de finalidade. 
Gabarito: C 
 
Questão 13: Sec Edu-RJ – 2011 – Professor (banca CEPERJ) 
No segmento “Desde 2002, a American Civil Liberties Union, uma importante 
organização americana de direitos humanos, está preparada para defender que 
sim, ainda que a luta contra o preconceito prometa ser dura.” (l. 18/19), o 
conectivo em destaque tem valor semântico de: 
A) oposição B) causa C) modo D) tempo E) consequência 
Comentário: Você notou que a locução conjuntiva“ainda que” está listada 
nos conectivos adverbiais concessivos? Assim, essa locução conjuntiva inicia a 
oração subordinada adverbial concessiva, a qual transmite valor de contraste, 
oposição. Por esse motivo, a alternativa (A) é a correta. 
Gabarito: A 
 
Questão 14: Pref São Gonçalo – 2011 – Professor (banca CEPERJ) 
A oração sublinhada em “Andar por uma das três estradas largas e prazerosas 
engrandeceria o espírito, mesmo que levasse à perdição..” estabelece, com a 
oração anterior, valor semântico de: 
A) causa B) oposição C) consequência 
D) proporção E) modo 
Comentário: A locução conjuntiva “mesmo que” inicia oração subordinada 
adverbial concessiva, a qual transmite ideia contrastante, opositiva. Assim, a 
alternativa correta é a (B). 
Gabarito: B 
 
Questão 15: IEEA – 2011 – Arquiteto (banca CEPERJ) 
Considerando a estrutura gramatical, a coerência e a coesão textuais, a 
alternativa que apresenta a reescritura correta do segmento “Essa ideia pode 
soar paradoxal, mas é aceita por engenheiros.” é: 
A) Na medida em que pode estar soando paradoxal, essa ideia é aceita por 
engenheiros. 
B) Porquanto pode soar paradoxal, essa ideia é aceita por engenheiros. 
C) Conquanto possa soar paradoxal, essa ideia é aceita por engenheiros. 
D) Desde que soe paradoxal, essa ideia é aceita por engenheiros. 
E) Por mais que se tenha soado paradoxal, essa ideia é aceita por 
engenheiros. 
Comentário: No período “Essa ideia pode soar paradoxal, mas é aceita por 
engenheiros.”, a oração “Essa ideia pode soar paradoxal” é inicial e “mas é 
aceita por engenheiros” é coordenada sindética adversativa, a qual transmite 
valor de oposição, contrastante. Este valor pode também ser expresso pela 
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oração subordinada adverbial concessiva, desde que haja mudança da 
conjunção e do verbo. 
 Na transformação da estrutura coordenada adversativa para a 
subordinada adverbial concessiva, deve-se perceber o seguinte: 
 a) como a oração coordenada adversativa dá ênfase na oposição, quando 
há a transformação, ela passa a oração principal. 
 b) a oração inicial recebe a conjunção adverbial concessiva e o seu verbo 
passa do modo indicativo para o subjuntivo. 
 Veja: 
 
 “Essa ideia pode soar paradoxal, mas é aceita por engenheiros.” 
 
Conquanto possa soar paradoxal, essa ideia é aceita por engenheiros. 
 
 
 Assim, a alternativa (C) é a correta. 
 Na alternativa (A), a locução conjuntiva “Na medida em que” tem valor 
causal. 
 Na alternativa (B), a conjunção “Porquanto” tem valor causal. 
 Na alternativa (D), a locução conjuntiva “Desde que” tem valor 
condicional. 
 Na alternativa (E), a locução conjuntiva “Por mais que” tem valor 
adverbial concessivo. Porém, houve mudança de sentido, pois as locuções 
verbais “pode soar” e “possa soar” transmitem a possibilidade de algo a ser 
realizado; já a locução verbal “tenha soado” transmite a ideia de algo que já 
foi executado. 
Gabarito: C 
 
Questão 16: C. M. Volta Redonda – 2006 – Consultor Jur. (banca CEPERJ) 
Fragmento do texto: O homem se distingue dos outros animais por várias 
características, mas a fundamental é que o homem é um ser com capacidade 
de trabalho. Enquanto os outros animais apenas recolhem o que encontram na 
natureza – e mesmo a abelha e a formiga, que trabalham, o fazem 
mecanicamente – os homens transformam o meio em que vivem. E, ao 
transformar o meio em que vivem, transformam-se a si mesmos. É através do 
trabalho que os homens podem transformar conscientemente o mundo, 
humanizando-o. 
Pode-se reescrever o primeiro período do texto, sem alteração semântica, do 
seguinte modo: 
A) Porquanto o homem se distingue dos outros animais por várias 
características, a fundamental é que o homem é um ser com capacidade de 
trabalho. 
B) Por que o homem se distingue dos outros animais por várias 
características, a fundamental é que o homem é um ser com capacidade de 
trabalho. 
oração inicial oração coordenada sindética adversativa 
oração principal oração subordinada adverbial concessiva 
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C) Na medida em que o homem se distingue dos outros animais por várias 
características, a fundamental é que o homem é um ser com capacidade de 
trabalho. 
D) Conquanto o homem se distinga dos outros animais por várias 
características, a fundamental é que o homem é um ser com capacidade de 
trabalho. 
Comentário: Primeiramente, observe que, entre as orações, há uma relação 
de oposição, sinalizada pela conjunção “mas”. 
 A alternativa (A) está errada, pois a conjunção “Porque” transmite valor 
adverbial causal. 
 A alternativa (B) está errada, pois a expressão “Por que” está grafada 
incorretamente, pois iniciaria um frase interrogativa, a qual não cabe nesse 
contexto. Poderia ser assim: 
Por que o homem se distingue dos outros animais? 
 A alternativa (C) está errada, pois a locução conjuntiva “Na medida em 
que” transmite valor adverbial causal. 
 A alternativa (D) é a correta, pois a conjunção “Conquanto” inicia a 
oração adverbial concessiva, a qual também transmite o valor de contraste, 
oposição. Veja a sequência de transformação da oração coordenada sindética 
adversativa em subordinada adverbial concessiva: 
 
 
O homem se distingue dos outros animais por várias características, 
mas a fundamental é que o homem é um ser com capacidade de trabalho. 
 
 
 
 
 
Conquanto o homem se distinga dos outros animais por várias 
características, a fundamental é que o homem é um ser com capacidade de 
trabalho. 
 
 
Gabarito: D 
 
Questão 17: ALERJ – 2011 – Taquígrafo (banca CEPERJ) 
“Tudo indicava o plural. No entanto, podia perfeitamente ser o singular.” – 
dentre as frases abaixo, considerando os tempos verbais empregados, aquela 
cujo conector não está empregado corretamente é: 
A) Ainda que tudo indicasse o plural, poderia ser perfeitamente o singular. 
B) Se bem que tudo indicasse o plural, poderia ser perfeitamente o singular. 
C) Conquanto tudo indique o plural, poderia ser perfeitamente o singular. 
D) Embora tudo indique o plural, poderia ser perfeitamente o singular. 
E) Uma vez que tudo indique o plural, poderia ser perfeitamente o singular. 
Comentário: O conectivo “No entanto” inicia a oração coordenada sindética 
adversativa, a qual transmite valor opositivo, contrastante. Esse valor pode 
oração inicial 
oração coordenada sindética adversativa 
oração subordinada adverbial concessiva 
oração principal 
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também ser expresso pela oração subordinada adverbial concessiva, desde que 
haja modificações da conjunção e do tempo verbal. 
 Como a questão pede a alternativa que não preserve esse sentido, cabe 
a (E), pois a locução conjuntiva “Uma vez que” tem valor adverbial de causa. 
 Compare as demais estruturas: 
 
 
“Tudo indicava o plural. No entanto, podia perfeitamente ser o singular.” 
 
Ainda que tudo indicasse o plural, poderia ser perfeitamente o singular. 
Se bem que tudo indicasse o plural, poderia ser perfeitamente o singular. 
Conquanto tudo indique o plural, poderia ser perfeitamente o singular. 
Embora tudo indique o plural, poderia ser perfeitamente o singular. 
 
 
Gabarito: E 
 
Questão 18: Pref Cantagalo – 2006 – Assistente Social (banca CEPERJ) 
“Não me atrevo a passar a limpo tal encrenca. Mas o homem cordial pode 
inspirar um passeio pela história.” — determina alteração semântica reescrever 
esses dois períodos do seguinte modo: 
A) Ainda que nãome atreva a passar a limpo tal encrenca, o homem cordial 
pode inspirar um passeio pela história. 
B) Mesmo que não me atreva a passar a limpo tal encrenca, o homem cordial 
pode inspirar um passeio pela história. 
C) Embora não me atreva a passar a limpo tal encrenca, o homem cordial 
pode inspirar um passeio pela história. 
D) Porque não me atrevo a passar a limpo tal encrenca, o homem cordial pode 
inspirar um passeio pela história. 
Comentário: Na estrutura “Não me atrevo a passar a limpo tal encrenca. Mas 
o homem cordial pode inspirar um passeio pela história.”, há a conjunção 
coordenativa adversativa “Mas”, a qual transmite valor de oposição, contraste. 
 Esse mesmo valor pode ser expresso numa estrutura adverbial 
concessiva, desde que haja ajustes nas conjunções e nos verbos. 
 Compare as estruturas: 
Não me atrevo a passar a limpo tal encrenca. Mas o homem cordial pode 
inspirar um passeio pela história. 
Ainda que não me atreva a passar a limpo tal encrenca, o homem cordial 
pode inspirar um passeio pela história. 
Mesmo que não me atreva a passar a limpo tal encrenca, o homem cordial 
pode inspirar um passeio pela história. 
Embora não me atreva a passar a limpo tal encrenca, o homem cordial pode 
inspirar um passeio pela história.i 
 Note que a alternativa (D) muda o sentido, pois a conjunção “Porque” 
traduz valor adverbial causal. 
oração inicial oração coordenada sindética adversativa 
oração sub. adv. concessiva oração principal 
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Gabarito: D 
5. Comparativas: representam o segundo termo de uma comparação e 
se expressam de três formas, com as conjunções como, (tal) qual, tal e qual, 
assim como, (tal) como, (tão ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) 
que ou do que, tanto quanto, que nem, feito (=como, do mesmo modo que), o 
mesmo que (=como): 
I – com verbo expresso: 
A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro. 
Como a flor se abre ao sol, assim minha alma se abriu à luz 
daquele olhar. 
A praia é tal qual você descreveu. (tal como) 
II – com o predicado ou verbo subentendido: 
A luz é mais veloz do que o som. (do que o som é) 
O leopardo é tão ágil quanto a onça. (quanto a onça é) 
 Ele corre feito uma gazela. 
Nas estruturas comparativas de superioridade e inferioridade (com 
verbos expressos ou não), a palavra “do” é opcional. 
Cantava mais do que trabalhava. 
Cantava mais que trabalhava. 
Os mais magros correm mais do que os mais cheinhos. 
Os mais magros correm mais que os mais cheinhos. 
III – como comparação hipotética (uso da conjunção se): 
O homem parou perplexo, como se esperasse um guia. 
Questão 19: Prefeitura Camaçari 2010 – Analista (banca AOCP) 
O título do texto “Burocracia toma mais tempo de diretor do que pedagogia” 
apresenta uma relação lógico-semântica de 
(A) comparação. (B) consecução. (C) concessão. 
(D) causa. (E) explicação. 
Comentário: A conjunção “que” antecipada do termo “mais” forma a 
comparação de superioridade, por isso a alternativa correta é a (A). 
Gabarito: A 
 
Questão 20: Prefeitura Santo Agostinho – 2010 – Contador (banca AOCP) 
“O uso excessivo de umidificadores de ar pode ser tão prejudicial à saúde 
quanto o ar seco...” 
As expressões destacadas estabelecem, no texto, uma relação lógico-
semântica de 
(A) conformidade. (B) condição. (C) concessão. 
(D) causa. (E) comparação. 
Com verbo expresso. 
Verbo 
subentendido 
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Comentário: A expressão “tão...quanto” possui valor comparativo. Por isso, a 
alternativa correta é a (E). 
Gabarito: E 
 
Questão 21: Prefeitura Lagarto – 2011 – Auditor Fiscal (banca AOCP) 
“Assinada pela presidente Dilma Rousseff e pelos ministros da Justiça e da 
Educação, a medida vale tanto para condenados em regime fechado ou 
semiaberto.” 
A relação lógico-semântica que se estabelece no fragmento destacado é a de 
(A) proporção. (B) alternância. (C) comparação. 
(D) consecução. (E) conformidade. 
Comentário: Os conectivos adequados para a frase seriam “tanto...quanto”, 
“tanto...como”. Veja: 
“...a medida vale tanto para condenados em regime fechado quanto para o 
semiaberto...” 
“...a medida vale tanto para condenados em regime fechado como para o 
semiaberto...” 
 Isso nos mostra que a conjunção “ou” não possui valor alternativo, 
apenas ajuda no valor de comparação. Cuidado com as expressões 
“tanto...quanto”, “tanto...como”. Elas, além de transmitir o valor comparativo, 
também podem expressar uma adição: 
“...a medida vale para condenados em regime fechado e para o semiaberto...” 
 Veja que as alternativas não inseriram o valor aditivo. Assim, a 
alternativa correta é a (C). 
Gabarito: C 
 
6. Conformativas: exprimem acordo ou conformidade de um fato com 
outro. Suas conjunções são: como, conforme, segundo, consoante. 
Geralmente é usado para reforçar argumento. A oração principal é a 
declaração feita pelo autor e a oração subordinada adverbial conformativa é a 
base de sustentação do argumento, muito marcado por leis, regulamentos, 
fala de especialistas, etc. Esse valor adverbial é vastamente explorado como 
argumento de autoridade: 
 Como disse o prefeito, o IPTU vai subir 5% este ano. 
 “Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi contar.” (Machado de Assis) 
 Conforme prevê o artigo 37 da CF, o serviço público é impessoal. 
 Consoante opinam alguns, a história se repete. 
Questão 22: Sec Edu-RJ – 2011 – Professor (banca CEPERJ) 
A palavra como tem valor semântico de conformidade no segmento: 
A) “se tentarmos definir uma pessoa como um ser vivo com inteligência, 
sentimentos e noção de ética e moral, sabemos hoje que teríamos que 
incluir na lista animais como cachorros”. 
B) “se tentarmos definir uma pessoa como um ser vivo com inteligência, 
sentimentos e noção de ética e moral, sabemos hoje que teríamos que 
incluir na lista animais como cachorros”. 
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C) “pensadores de peso como o australiano Peter Singer advogam há anos” 
D) “Os seres humanos clonados serão considerados pessoas como nós?” 
E) “não podem responder por seus atos – mais ou menos como pensamos 
das crianças muito jovens.” 
Comentário: Na alternativa (A), a palavra “como” inicia o adjunto adverbial 
de modo “como um ser vivo com inteligência”. Essa palavra, neste caso, é 
uma preposição acidental. 
 Observação: a preposição acidental é aquela que normalmente seria 
uma conjunção; mas, em determinados contextos, passa acidentalmente à 
situação de preposição, pois inicia um adjunto adverbial ou expressões 
denotativas. Veja que “como” é uma conjunção, mas passou a ter o valor de 
preposição, justamente por iniciar o adjunto adverbial. 
 Na alternativa (B), a palavra “como” inicia uma expressão denotativa 
exemplificativa. Veja que “cachorros” é um exemplo de “animais”. Veja que 
poderíamos substituir esta preposição por “tais como”. Essa palavra, neste 
caso, é uma preposição acidental. 
 Na alternativa (C), a preposição “como” inicia uma expressão denotativa 
exemplificativa. Veja que “o australiano Peter Singer” é um exemplo de 
“pensadores de peso”. Veja que poderíamos substituir esta preposição por “tais 
como”. Essa palavra, neste caso, é uma preposição acidental. 
 Na alternativa (D), a conjunção “como” inicia uma estrutura adverbial 
comparativa de igualdade. Veja que podemos subentender o verbo “somos”. 
Isso confirma que “como” é uma conjunção e que a expressão “como nós” é 
umaoração: 
Os seres humanos clonados serão considerados pessoas como nós (somos)?” 
 A alternativa (E) é a correta, pois a conjunção “como” inicia a oração 
subordinada adverbial conformativa. Veja que podemos substituir tal 
conjunção por “conforme”, “segundo”, “consoante”: 
“não podem responder por seus atos – mais ou menos conforme pensamos 
das crianças muito jovens.” 
Gabarito: E 
 
Questão 23: Prefeitura Lagarto – 2011 – Auditor Fiscal (banca AOCP) 
“Segundo ele, há uma concorrência desleal entre trabalho e educação na 
prisão, já que ambos ajudam a diminuir a pena, mas o primeiro é remunerado 
e o segundo não.” 
O fragmento acima pode ser reescrito, sem prejuízo semântico e gramatical, 
pelo fragmento 
(A) Segundo ele, apesar de haver uma concorrência desleal entre trabalho e 
educação na prisão, ambos ajudam a diminuir a pena, mas o primeiro é 
remunerado e o segundo não. 
(B) Segundo ele, à medida que há uma concorrência desleal entre trabalho e 
educação na prisão, ambos ajudam a diminuir a pena, mas o primeiro é 
remunerado e o segundo não. 
(C) Segundo ele, embora haja uma concorrência desleal entre trabalho e 
educação na prisão, ambos ajudam a diminuir a pena, mas o primeiro é 
remunerado e o segundo não. 
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20
(D) Segundo ele, há uma concorrência desleal entre trabalho e educação na 
prisão, porquanto ambos ajudam a diminuir a pena, mas o primeiro é 
remunerado e o segundo não. 
(E) Segundo ele, há uma concorrência desleal entre trabalho e educação na 
prisão, como ambos ajudam a diminuir a pena, mas o primeiro é 
remunerado e o segundo não. 
Comentário: Note que a reescrita deve manter o mesmo sentido da frase 
original. Perceba que a locução conjuntiva “já que” possui valor adverbial de 
causa. A única alternativa que possui o mesmo valor é a (D), pois a conjunção 
“porquanto” inicia a oração subordinada adverbial causal “porquanto ambos 
ajudam a diminuir a pena”. 
 A alternativa (A) está errada, porque “apesar de” transmite valor 
adverbial concessivo. 
 A alternativa (B) está errada, porque “à medida que” transmite valor 
adverbial proporcional. 
 A alternativa (C) está errada, porque “embora” transmite valor adverbial 
concessivo. 
 A alternativa (E) está errada, porque “como” só pode transmitir valor 
adverbial causal quando sua oração estiver antecipada da oração principal. Da 
forma como se encontra nesta alternativa, a conjunção “como” levou a uma 
incoerência gramatical. 
Gabarito: D 
7. Proporcionais: iniciam ideia de proporção, com as locuções 
conjuntivas à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais ... 
tanto mais, quanto mais ... tanto menos, quanto mais ... tanto menos, quanto 
menos ... tanto mais, quanto mais ... mais, quanto menos ... menos, tanto ... 
quanto (como). 
 Os alunos respondiam, à medida que eram chamados. 
 À proporção que subiam a montanha, o ar ia ficando rarefeito. 
 O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai diminuindo. 
 Tanto gostava de um quanto aborrecia o outro. 
 Não são corretas as locuções à medida em que, na medida que, a 
medida que, com valor de proporção, cabendo apenas à medida que. Outro 
detalhe, não há crase em locuções conjuntivas de outro valor, somente há nas 
proporcionais: “à medida que” e “à proporção que”. 
 Vimos que a locução conjuntiva “na medida em que” é causal. Ela pode 
também fazer parte de estrutura oracional adjetiva, a qual será vista na 
adiante. Compare todos: 
“À medida que os anos passam, as minhas possibilidades diminuem.” 
 oração subordinada adverbial proporcional + oração principal 
 
 “A rigor, tal cordialidade não existe na medida em que é apregoada.” 
 oração principal + oração subordinada adverbial causal 
 “A expansão da lavoura algodoeira não pôde produzir-se em São 
Paulo na mesma medida em que se produziu noutras terras.” 
 oração principal + oração subordinada adjetiva restritiva 
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21
Observação: A locução conjuntiva ao passo que deve receber especial 
atenção, pois pode agregar três valores semânticos distintos. Ela possui valor 
de tempo concomitante e se estende à proporção (que também possui a 
concomitância temporal) e à oposição (pois também pode agregar, além do 
valor de tempo concomitante, o de adversidade): 
Subordinada adverbial proporcional: 
“Pequenos cogumelos, ao passo que devoram os tecidos dos insetos, semeiam 
os seus esporos mortais.” (= à proporção que) 
Subordinada adverbial temporal: 
Ela dormia, ao passo que o professor dissertava. (= enquanto) 
Coordenativa adversativa: 
É feia, ao passo que a irmã é bonita. (= mas) 
 Deve-se entender, antes de tudo, que esta locução conjuntiva transmite 
tempo concomitante e, dependendo do contexto, transmite os outros dois 
valores semânticos. Perceba que a proporção se dá com uma ideia de evolução 
temporal, os processos verbais vão se acumulando, progredindo 
temporalmente, de forma diferente dos outros valores semânticos. 
Questão 24: ALERJ – 2011 – Digitador (banca CEPERJ) 
No trecho “A escrita cursiva está seguindo o rumo tomado pelos dinossauros, à 
medida que os teclados de computador e os smartphones são cada vez mais 
usados pelos jovens.” (Folha de S. Paulo, 27/06/2011) a sintaxe que se 
estabelece entre as orações pelo conector em destaque tem valor de: 
A) causa B) alternância C) tempo 
D) proporção E) consequência 
Comentário: A locução conjuntiva “à medida que” inicia a oração subordinada 
adverbial proporcional. Assim, a alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
 
Questão 25: TCE-PE – 2004 – Auditor C Pub (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Identidade nacional, hierarquia social e liderança 
político-econômica iam sendo reconfiguradas e impostas pelos portugueses-
abrasileirados à medida que um projeto de nação, já no terceiro século 
colonial, começava a iluminar as cabeças mais revolucionárias, convencendo as 
elites (não tenhamos ilusões) e, indiretamente, a população das cidades de 
maior projeção econômica a dar o chute inicial no processo de expulsão do 
colonizador metropolitano, o português, ou qualquer outro povo invasor. 
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) 
Mantêm-se a correção gramatical e as informações originais do trecho ao se 
substituir a expressão “à medida que” (l.3) por à proporção que. 
Comentário: A locuções conjuntivas “à medida que” e “à proporção que” são 
adverbiais proporcionais, por isso podem ser trocadas, permanecendo o 
sentido e a correção gramatical. 
Gabarito: C 
 
8. Finais: indicam finalidade, objetivo, com as locuções conjuntivas: 
para que, a fim de que, que (= para que), porque (= para que): 
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 Afastou-se depressa, para que não o víssemos. 
 Viemos aqui a fim de que realizássemos um acordo. 
 “Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis) 
 “Fez tudo porque eu não obtivesse bons resultados.” 
 Muito utilizada é a forma reduzida de infinitivo: 
 Suportou todo tipo de humilhação para obter o visto americano. 
Questão 26: FURP 2010 Analista (banca Funrio) 
Fragmento do texto: A equipe que percorreu o País de cima a baixo em 
setembro de 2008, para produzir a Pesquisa Especial de Tabagismo (Petab), 
registrou um segundo detalhe igualmente extraordinário: o número de ex-
fumantes (26 milhões de pessoas) passou a ser maior do que o de fumantes 
(24,6 milhões). Dessa forma, os que deixaram o cigarrosão equivalentes a 
18,2% da população com mais de 15 anos de idade; e os que continuam 
fumando representam 17,2%. 
A oração “para produzir a Pesquisa Especial de Tabagismo (Petab)” estabelece, 
com a anterior, uma relação de 
A) finalidade. 
B) contraste. 
C) consequência. 
D) causa. 
E) comparação. 
Comentário: Vimos que a preposição “para” tem valor de finalidade. Isso 
pode ser comprovado porque podemos substituir por “a fim de”. Compare: 
A equipe que percorreu o País de cima a baixo em setembro de 2008, para 
produzir a Pesquisa Especial de Tabagismo (Petab)... 
A equipe que percorreu o País de cima a baixo em setembro de 2008, a fim de 
produzir a Pesquisa Especial de Tabagismo (Petab)... 
Gabarito: A 
 
Questão 27: FIOTEC 2012 Auxiliar Administrativo (banca Funrio) 
Um dos argumentos citados no Preâmbulo da Declaração considera “essencial 
que os direitos humanos sejam protegidos pelo Estado de Direito, para que o 
homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e 
a opressão”. 
Reescrevendo-se o trecho acima transcrito de modo coerente com o conteúdo 
original, um dos resultados possíveis seria o seguinte: 
A) É essencial que o Estado de Direito proteja os direitos humanos, a fim de 
que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a 
opressão e a tirania. 
B) É essencial que os direitos humanos tenham a proteção do Estado de 
Direito, contanto que o homem não seja compelido, como recurso último, 
para a rebelião à tirania e à opressão. 
C) É essencial que o Estado de Direito seja protecionista com os direitos 
humanos, sem o que o homem não venha a ser compelido, como recurso 
último, à rebelião contra a opressão e a tirania. 
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D) É essencial que os direitos humanos sejam protegidos do Estado de Direito, 
porquanto o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião, à 
tirania e à opressão. 
E) É essencial que o Estado de Direito faça a proteção dos direitos humanos, 
posto que que o homem não seja compelido, como recurso último, à 
rebelião contra a tirania e a opressão. 
Comentário: Primeiro, observe o trecho original: 
“essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo Estado de Direito, 
para que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião 
contra a tirania e a opressão” 
 Assim, há a locução conjuntiva adverbial de finalidade “para que”. Agora, 
vou negritar os conectivos das alternativas. Confronte: 
A) É essencial que o Estado de Direito proteja os direitos humanos, a fim de 
que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra 
a opressão e a tirania. 
B) É essencial que os direitos humanos tenham a proteção do Estado de 
Direito, contanto que o homem não seja compelido, como recurso último, 
para a rebelião à tirania e à opressão. 
C) É essencial que o Estado de Direito seja protecionista com os direitos 
humanos, sem o que o homem não venha a ser compelido, como recurso 
último, à rebelião contra a opressão e a tirania. 
D) É essencial que os direitos humanos sejam protegidos do Estado de Direito, 
porquanto o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião, 
à tirania e à opressão. 
E) É essencial que o Estado de Direito faça a proteção dos direitos humanos, 
posto que que o homem não seja compelido, como recurso último, à 
rebelião contra a tirania e a opressão. 
 Assim, fica claro que a locução conjuntiva “para que” só pode ser 
substituída pela locução conjuntiva de finalidade “a fim de que”, fazendo com 
que a alternativa (A) seja a correta. 
 Na alternativa (B), “contanto que” transmite valor adverbial condicional. 
 Na alternativa (C), a expressão “ sem o que” transmite valor adverbial 
condicional. 
 Na alternativa (D), “porquanto” só pode ter valor coordenativo 
explicativo ou subordinativo adverbial causal, mas não de finalidade. 
 Na alternativa (E), além de “posto que” ter valor subordinativo adverbial 
concessivo, houve uma repetição desnecessária da conjunção “que”, o que 
causou erro gramatical e incoerência textual. 
Gabarito: A 
 
Questão 28: Investe Rio 2010 Administrador (banca Funrio) 
Em “Os habitantes viram-se forçados a dar-lhe todos os dias duas ovelhas, a 
fim de apaziguar o seu furor.”. A expressão “a fim de”, no caso em questão, 
introduz uma finalidade. Dentre as alternativas abaixo com que se poderia 
completar o enunciado acima, a expressão cuja palavra destacada também 
introduz uma finalidade é 
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A) Como seu patrono determinara a princípio, assim foi feito. (como) 
B) Foram instados a cumprir a vontade do colonizador autoritário. (a) 
C) Para saciar a sanha assassina dos revoltosos, concedeu-se à exigência. 
(para) 
D) As donzelas eram as escolhidas no sacrifício em honra aos deuses. (em) 
E) O fato que se terá passado há muitos anos ainda assusta o povo. (que) 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois “como” não tem valor de 
finalidade, mas de conformidade. 
 A alternativa (B) está errada, pois a preposição “a” é apenas uma 
palavra exigida pela transitividade de “instados”. 
 A alternativa (C) é a correta, pois a preposição “Para” inicia a oração 
subordinada adverbial de finalidade “Para saciar a sanha assassina dos 
revoltosos”. 
 A alternativa (D) está errada, pois a preposição “em” transmite valor de 
causa. (sacrifício por causa da honra aos deuses). 
 A alternativa (E) está errada, pois “que” é apenas um pronome relativo, 
o qual não transmite valor semântico. Tal pronome será estudado adiante. 
Gabarito: C 
 
Questão 29: SEFAZ-RJ – 2012 – Analista de Controle Interno (banca CEPERJ) 
“Suas sugestões, no entanto, não encontraram respaldo para serem postas em 
prática”. A forma desenvolvida equivalente à oração reduzida sublinhada é: 
A) para que sejam postas em prática. 
B) para que tenham sido postas em prática. 
C) para que foram postas em prática. 
D) para que fossem postas em prática. 
E) para que eram postas em prática. 
Comentário: A banca queria apenas que você prestasse atenção quanto à 
transformação do infinitivo “serem” para o passado, tendo em vista que a 
oração principal “Suas sugestões ... não encontraram respaldo” possui o verbo 
“encontraram” no tempo pretérito perfeito do indicativo. Além disso, quando a 
oração subordinada adverbial de finalidade está desenvolvida, deve apresentar 
verbo conjugado no modo subjuntivo. 
 Assim, a alternativa (D) é a correta, por ser a única que apresenta verbo 
no passado e no modo subjuntivo: “fossem” (pretérito imperfeito do 
subjuntivo). 
Gabarito: D 
 
Questão 30: Sec Edu – 2011 – Inspetor (banca CEPERJ) 
Na frase “O dono do bar, para atrair mais freguesia, anunciou que fazia 
sanduíches de qualquer tipo de carne.” , a preposição indica: 
A) causa B) finalidade C) consequência 
D) modo E) lugar 
Comentário: Veja que conseguimos substituir a preposição “para” por “a fim 
de”, “com o objetivo de”. Assim, esta preposição tem valor de finalidade. 
Gabarito: B 
 
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Questão 31: Funasa – 2010 – Técnico (banca Dom Cintra) 
“Não se trata nesse caso de exercício como aliado para manter a saúde do 
corpo. Estamos falando de bem-estar psicológico”; a preposição para, nesse 
segmento do texto, apresenta o mesmo sentido em: 
A) A saúde do corpo é necessária para o bom desempenho escolar. 
B) Os funcionários foram para a academia aliviar as tensões. 
C) Eles estão para fazer esses exercícios há vários meses.D) Pediu para sair do emprego em razão do estresse. 
E) Vieram para cá a fim de fazer atividades físicas. 
Comentário: A oração “para manter a saúde do corpo” tem valor adverbial de 
finalidade. Note que foi dito que não se trata de exercício com a finalidade de 
manter a saúde do corpo. 
 A alternativa (A) é a correta, pois percebemos que “o bom desempenho 
escolar” é a finalidade, o objetivo, de se manter o corpo saudável. 
 Na alternativa (B), a preposição “para” tem sentido de direção a um 
lugar: ir para a academia. 
 Na alternativa (C), a preposição “para” tem sentido de iminente início de 
algo. Note que podemos substituir pela preposição “por”: Eles estão por 
fazer... 
 Na alternativa (D), note que não podemos entender que ele fez o pedido 
com a finalidade de sair do emprego. Ele solicitou a saída do emprego e 
pronto. Sair do emprego foi o termo pedido, e não sua finalidade. Adiante, 
quando falarmos de orações subordinadas substantivas, você verá que ela, na 
realidade, é o objeto direto do verbo “pediu”: 
Pediu que saísse do emprego em razão do estresse. 
 Na alternativa (E), a preposição “para” tem sentido de direção a um 
lugar: vieram para cá. 
Gabarito: A 
 
Questão 32: ALERJ – 2011 – Assessoramento às Comissões (banca CEPERJ) 
Fragmento do texto: Quando era ministro da Educação, Passarinho recebeu 
correspondência de um reitor de uma universidade, solicitando verbas ao 
“iminente ministro”, que não pestanejou. Colocou de volta no correio, dizendo 
ao solicitante que já havia sido nomeado... 
A oração reduzida “solicitando verbas ao ‘iminente ministro’” tem valor 
semântico de: 
A) causa B) consequência C) finalidade 
D) tempo E) modo 
Comentário: A oração reduzida de gerúndio “solicitando verbas ao ‘iminente 
ministro’” transmite valor adverbial de finalidade. Veja que o reitor teve uma 
intenção ao enviar a correspondência ao ministro. Sua finalidade era solicitar 
verbas. Assim, podemos perceber que a alternativa correta é a (C). 
Passarinho recebeu correspondência de um reitor de uma universidade, para 
solicitar verbas ao “iminente ministro”... 
Gabarito: C 
 
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9. Temporais: indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na 
oração principal, podendo ser um tempo geral, concomitante, antes ou depois 
de um referente. Suas conjunções: quando, enquanto, logo que, mal (= logo 
que), sempre que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, 
agora que, ao mesmo tempo que, toda vez que. 
Não fale enquanto come. 
Mal você saiu, ela chegou. 
Só voltou a jogar quando se sentiu bem. 
Assim que chegou, foi para a cozinha. 
 A forma reduzida também é muito utilizada: 
 Terminada a festa, todos foram embora. 
Questão 33: FUNAI 2009 Arquiteto (banca Funrio) 
Na composição de um texto, alguns elementos linguísticos expressam 
circunstâncias diversas, com a finalidade de imprimir coerência à escrita. O 
fragmento que apresenta corretamente um desses elementos e a circunstância 
que ele expressa é 
A) “... quando não reprime diretamente” – modo. 
B) “...na medida em que bancou as mentiras que o Estado” – modo. 
C) “Por outro lado, nos seminários sobre liberdade de imprensa no Brasil” – 
tempo. 
D) ” Reportagem é, antes de mais nada, uma profunda investigação de um 
fato. – tempo. 
E) “Enquanto a mídia americana continuar na mesma toada” – modo. 
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois o advérbio “diretamente” 
possui o sufixo “-mente”, o qual sinaliza modo. 
 A alternativa (B) está errada, pois vimos anteriormente que “na medida 
em que” é uma locução conjuntiva que inicia uma oração subordinada 
adverbial causal. 
 A alternativa (C) está errada, pois “sobre” é uma preposição que 
transmite valor semântico de assunto. 
 A alternativa (D) está errada, pois a expressão “antes de mais nada” não 
transmite um valor temporal, mas uma relevância, preferência. Note que você 
não precisaria saber seu valor semântico, mas apenas entender que, neste 
caso, a preposição “antes” não possui sentido exclusivo de tempo. 
 A alternativa (E) está errada, porque a conjunção “Enquanto” inicia uma 
oração subordinada adverbial temporal. 
Gabarito: A 
 
Questão 34: FURP 2009 Analista (banca Funrio) 
Marque a única alternativa que apresenta um período composto por 
subordinação. 
A) Matamos o tempo; o tempo nos enterra. 
B) O homem perdeu tudo, mas manteve a dignidade. 
C) A desgraça vem a cavalo e volta a pé. 
D) Malha-se o ferro enquanto está quente. 
E) Duvidei da certidão, todavia ela era legítima. 
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Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o período composto 
“Matamos o tempo; o tempo nos enterra.” apresenta duas orações 
coordenadas por adição. 
 A alternativa (B) está errada, pois o período composto “O homem 
perdeu tudo, mas manteve a dignidade.” apresenta duas orações 
coordenadas, sendo que a segunda é adversativa. 
 A alternativa (C) está errada, pois o período composto “A desgraça vem 
a cavalo e volta a pé.” apresenta duas orações coordenadas por adição. 
 A alternativa (D) é a correta, pois o período composto “Malha-se o ferro 
enquanto está quente.” apresenta duas orações: a primeira é a principal e a 
segunda é subordinada adverbial temporal “enquanto está quente”. 
 A alternativa (E) está errada, pois o período composto “Duvidei da 
certidão, todavia ela era legítima.” apresenta duas orações coordenadas, 
sendo que a segunda é adversativa. 
Gabarito: D 
 
Questão 35: SEFAZ-RJ – 2012 – Analista de Controle Interno (banca CEPERJ) 
 “Os 10% mais ricos concentram 75% da riqueza do país. Para agravar 
ainda mais o quadro da desigualdade brasileira, os pobres pagam mais 
impostos que os ricos. 
 Segundo levantamento feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica 
Aplicada), apresentado hoje (15/5) ao CDES (Conselho de Desenvolvimento 
Econômico e Social) reunido em Brasília, os 10% mais pobres do país 
comprometem 33% de seus rendimentos em impostos, enquanto que os 10% 
mais ricos pagam 23% em impostos. 
 "O país precisa de um sistema tributário mais justo que seja progressivo 
e não regressivo como é hoje. Ou seja, quem ganha mais deve pagar mais; 
quem ganha menos, pagar menos". 
Entre os cinco elementos sublinhados no fragmento de texto acima, aquele que 
mostra o valor semântico corretamente identificado é: 
A) para – direção 
B) segundo – ordem 
C) enquanto – tempo 
D) como – conformidade 
E) ou seja – explicação 
Comentário: Muito cuidado ao realizar questões com conectivos, pois podem 
aparecer “pegadinhas”. 
 A banca queria “derrubar” os desavisados, pois, na pressa, ao ver a 
conjunção “enquanto”, o candidato poderia marcar logo, logo a alternativa (C), 
mas veja em nosso material teórico que tal conjunção pode ter dois valores: 
coordenativa adversativa ou subordinativa adverbial temporal. 
 Porém, no contexto em que está inserida, ela tem valor coordenativo 
adversativo, podendo inclusive ser substituída por “porém”. 
 Veja: 
...os 10% mais pobres do país comprometem 33% de seus rendimentos em 
impostos, enquanto que os 10% mais ricos pagam 23% em impostos. 
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...os 10% mais pobres do país comprometem 33% de seus rendimentos em 
impostos, porém os 10% mais ricos pagam 23% em impostos. 
 A alternativa (A) está errada, porque a preposição “Para” inicia a oração 
subordinada adverbial de finalidade “Para agravar ainda mais o quadro da 
desigualdade brasileira”. 
 A alternativa (B) está errada, porque“Segundo” inicia o adjunto 
adverbial de conformidade “Segundo levantamento feito pelo Ipea”. 
 A alternativa (D) está errada, pois a conjunção “como” é subordinativa 
adverbial comparativa, pois podemos subentender expressão “da mesma 
forma que”, “da mesma forma como”. Compare: 
"O país precisa de um sistema tributário mais justo que seja progressivo e não 
regressivo como é hoje. 
"O país precisa de um sistema tributário mais justo que seja progressivo e não 
regressivo da mesma forma como é hoje. 
"O país precisa de um sistema tributário mais justo que seja progressivo e não 
regressivo da mesma forma que é hoje. 
 A alternativa (E) é a correta, pois “Ou seja” é uma expressão denotativa 
de explicação. 
Ou seja, quem ganha mais deve pagar mais; quem ganha menos, pagar 
menos". 
Gabarito: E 
 
Questão 36: Pref Cantagalo – 2006 – Assistente Social (banca CEPERJ) 
A vírgula foi empregada para separar termos que possuem a mesma função 
sintática em: 
A) “...para que se evitassem doenças como ataques cardíacos, derrames 
cerebrais, diabetes, reumatismos...” 
B) “Até a segunda metade do século XX, a desnutrição foi nosso principal 
problema de saúde pública;” 
C) “Infelizmente, quando ocorre aumento de peso, os sinais opostos são 
quase imperceptíveis...” 
D) “Portanto, cerca de 50 milhões de pessoas deveriam perder peso para que 
se evitassem doenças...” 
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois a expressão denotativa de 
exemplificação “como ataques cardíacos, derrames cerebrais, diabetes, 
reumatismos” possui quatro núcleos, os quais são separados pelas vírgulas. 
Assim, realmente elas separam termos de mesma função sintática. 
 Na alternativa (B), a vírgula ocorre porque o adjunto adverbial de tempo 
“Até a segunda metade do século XX” está antecipado. 
 Na alternativa (C), a dupla vírgula ocorre porque a oração subordinada 
adverbial temporal “quando ocorre aumento de peso” está intercalada. 
 Na alternativa (D), a vírgula ocorre porque se pode inseri-la após a 
conjunção coordenativa conclusiva (“Portanto”). 
Gabarito: A 
 
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Questão 37: São J.R.Preto - 2008 - Auditor Fiscal Tributário (banca VUNESP) 
Ao se cozer o leite, elimina-se microorganismos únicos e se perde a 
especificidade do produto. 
Desenvolvendo-se a oração inicial do trecho, a conjunção a ser empregada é 
(A) Quando. (B) Embora. (C) Portanto. (D) Ou. (E) Que. 
Comentário: Note que antes se coze o leite, assim os microorganismos únicos 
são eliminados e se perde a especificidade do produto. 
 Dessa forma, fica fácil perceber o valor temporal da oração “Ao se cozer 
o leite”. 
 A banca facilitou muito nossa vida, inserindo a conjunção “Embora” 
(adverbial concessiva), “Portanto” (coordenada conclusiva), “Ou” (coordenada 
alternativa) e “Que” ( a qual pode ter vários valores semânticos, mas não teria 
coerência neste contexto). 
Gabarito: A 
 
Questão 38: Prefeitura N S Socorro – 2011 – Contador (banca AOCP) 
A relação lógico-semântica estabelecida no período 
“Quando meu dono bebe vira outro” é a de 
(A) finalidade. (B) causa. (C) tempo. (D) concessão. (E) consecução. 
Comentário: A conjunção “Quando” transmite valor de tempo. 
Gabarito: C 
 
Questão 39: Correios 2006 – Engenheiro (banca AOCP) 
Em “Ao terminar a guerra, um soldado que por muito serviu ao rei dirigiu-se 
ao soberano”, os termos destacados exercem a função sintática de: 
a) Objeto direto. b) Adjunto adnominal. 
c) Adjunto adverbial. d) Objeto indireto. 
Comentário: Veja que a expressão “Ao terminar a guerra” possui verbo. 
Assim, é uma oração. Esta oração está reduzida de infinitivo, por não possuir 
conjunção e o verbo se encontrar na forma nominal infinitiva. Veja que 
podemos desenvolver essa oração em “Depois que terminou a guerra” ou 
“Quando terminou a guerra”. Isso nos mostra que realmente temos uma 
oração subordinada adverbial temporal. 
 Agora, veja o pedido da questão: ela pede a função sintática que esta 
expressão ocupa. Naturalmente, o ideal nas alternativas seria a inserção da 
expressão “oração subordinada adverbial temporal”. Como isso não ocorreu, 
cabe a alternativa (C), pois esta oração desempenha uma circunstância 
adverbial em relação à oração principal “um soldado...dirigiu-se ao soberano. 
 Mas fique atento: a expressão “Ao terminar a guerra” não é um adjunto 
adverbial de tempo, mas uma oração subordinada adverbial temporal reduzida 
de infinitivo. 
Gabarito: C 
Comentário do autor 
 Além das orações coordenadas, vistas na aula anterior, também são 
estruturas independentes as orações intercaladas. Elas não fazem parte do 
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grupo de orações coordenadas, pois são inserções feitas pelo autor, com 
desprendimento sintático, por isso podem ser separadas por vírgula, 
travessão ou parênteses. Essa estrutura é também chamada de expressão 
parentética ou comentário do autor e transmite certos valores semânticos: 
a) advertência: esclarece um ponto que o falante julga necessário: 
Em 1945 – isto aconteceu no dia do meu aniversário – conheci um 
dos meus melhores amigos. 
b) opinião: o falante aproveita a ocasião para opinar: 
D. Benta (malvada que era) dizia que a sua doença impedia a 
brincadeira da garotada. (Machado de Assis) 
c) desejo: o falante aproveita a ocasião para exprimir um desejo, bom 
ou mau: 
José – Deus o conserve assim! – conquistou o primeiro lugar da 
classe. 
d) escusa: o falante se desculpa: 
“Pouco depois retirou-se: eu fui vê-la descer as escadas, e não sei por 
que fenômenos de ventriloquismo cerebral (perdoem-me os filósofos essa 
frase bárbara) murmurei comigo...” (Machado de Assis) 
e) permissão: o falante solicita algo: 
Meu espírito (permita-me aqui uma comparação de criança), meu 
espírito era naquela ocasião uma espécie de peteca.” (Machado de Assis) 
f) ressalva: o falante faz uma limitação à generalidade de um 
enunciado: 
Ele, que eu saiba, nunca veio aqui. 
“Cobiça de cátedras e borlas que, diga-se de passagem, Jesus Cristo 
repreendeu severamente aos fariseus.” (Camilo Castelo Branco) 
 Os livros, pode-se bem dizer, são o alimento do espírito. 
g) esclarecimento, síntese ou conclusão do que foi enunciado: 
“– A razão é clara: achava a sua conversação menos insossa que a dos 
outros homens.” (Machado de Assis) 
“Não era desgosto: era cansaço e vergonha” (Cochat Osório) 
“Eu em sua igreja não mando: só assisto e apoio” (S. de Mello Breyner 
Andressen) 
Questão 40: FUNAI 2009 Arquiteto (banca Funrio) 
No fragmento “Independente das posições político-ideológico-partidárias de 
cada um, seja um cidadão seja uma empresa – afinal, todos têm direito à livre 
manifestação nas sociedades democráticas –, o que tem acontecido é 
lamentável sob qualquer ponto de vista.”, os travessões foram empregados 
para 
A) indicar a mudança de interlocutor. 
B) isolar uma palavra. 
C) isolar uma explicação acessória. 
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31
D) enfatizar o final do enunciado. 
E) negar o que está mencionado anteriormente. 
Comentário: O segmento “afinal, todos têm direito à livre manifestação nas 
sociedades democráticas” é um comentário à parte do autor, o qual serve para 
explicar informação anterior. Assim, a alternativa correta é a (C). 
Gabarito: C 
 
Questão 41: FURP 2010 Analista (banca Funrio) 
Fragmento do texto: Ao revelar, ontem, que o índice de fumantes no Brasil 
teve uma queda surpreendente nos últimos 15 anos – ele caiu pela metade –, 
o Instituto

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