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LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 1.3 Sintaxe do período e sua pontuação. Olá, pessoal! Continuando a aula 1.2, vamos trabalhar a subordinação. Período composto por subordinação adverbial Vimos anteriormente que, se no enunciado há apenas um verbo, naturalmente temos apenas uma oração (oração absoluta = período simples); porém, se houver outro verbo dentro deste enunciado, teremos duas orações (período composto). Na aula de sintaxe da oração, vimos que o adjunto adverbial solto pode receber vírgula quando se encontra após a estrutura principal (sujeito→verbo→objeto: S V O). Quando antecipado ou intercalado, recebe virgula(s) obrigatoriamente. Agora, não nos cabe aprofundar no estudo do adjunto adverbial. Cabe mesmo é saber a sua pontuação. O candidato passou no concurso, devido ao seu esforço no estudo. VTI objeto indireto adjunto adverbial de causa sujeito predicado verbal período simples A oração acima possui a estrutura básica S V O: “O candidato passou no concurso”. O termo “devido ao seu esforço no estudo” é o adjunto adverbial. Esse termo transmite a causa de o aluno ter passado no concurso. Esse adjunto adverbial é chamado por nós de solto, porque o verbo não o exigiu. Por isso, podemos inserir a vírgula facultativamente. Esta estrutura não foi obrigatória, ela foi inserida para que houvesse mais clareza e situasse melhor o leitor sobre a circunstância que levou o candidato à aprovação. Agora, perceba o seguinte: se disséssemos somente “Devido ao seu esforço no estudo”, alguém entenderia o enunciado? Logicamente, não! Concorda? Por isso, dizemos que esta estrutura é dependente da estrutura S V O, isto é: subordinada à principal: O candidato passou no concurso, devido ao seu esforço no estudo. Estrutura básica (principal) Estrutura adverbial (subordinada) vírgula facultativa Língua Portuguesa para Analista do INSS (Teoria e exercícios) LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 2 Quando esse adjunto adverbial recebe um verbo, observamos que passaremos a ter duas orações: a principal e a subordinada adverbial causal. O candidato passou no concurso, porque se esforçou no estudo. sujeito VTI objeto indireto VTI + objeto indireto predicado verbal predicado verbal oração principal oração subordinada adverbial causal período composto Oração principal? Por quê? Diferentemente das orações coordenadas que são independentes umas das outras e por isso o nome da primeira é oração inicial, a oração principal é a base para que a oração subordinada possa se apoiar nela, para se ter o entendimento. Oração subordinada? Por quê? A oração subordinada é aquela que depende da principal para ter sentido, assim como aconteceu com o adjunto adverbial, no exemplo acima. Oração adverbial? Por quê? Porque foi gerada de um adjunto adverbial. Veja, bastou inserir o verbo “esforçou”, para que houvesse a oração adverbial. Tanto o adjunto adverbial quanto a oração adverbial podem deslocar-se para o início ou para o meio da estrutura principal. E, com isso, a vírgula será empregada conforme foi visto nos adjuntos adverbiais de grande extensão. Assim, via de regra, a oração subordinada adverbial, quando posposta à oração principal, será iniciada por vírgula facultativamente. Mas, se for antecipada ou intercalada, receberá vírgula ou vírgulas obrigatoriamente. Antecipando a estrutura adverbial... Devido ao seu esforço no estudo, o candidato passou no concurso adjunto adverbial de causa VTI objeto indireto sujeito predicado verbal período simples Porque se esforçou no estudo, o candidato passou no concurso VTI + objeto indireto VTI objeto indireto predicado verbal sujeito predicado verbal oração subordinada adverbial causal oração principal período composto vírgula facultativa vírgula obrigatória vírgula obrigatória LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 3 Agora, intercalando... O candidato, devido ao seu esforço no estudo, passou no concurso. adjunto adverbial de causa VTI objeto indireto sujeito predicado verbal período simples O candidato, porque se esforçou no estudo, passou no concurso VTI + objeto indireto VTI objeto indireto sujeito predicado verbal predicado verbal oração subordinada adverbial causal oração principal período composto As orações subordinadas podem ser divididas também em dois tipos: desenvolvidas (aquelas que possuem conjunção e verbos conjugados em modos e tempos verbais); O candidato passou no concurso, porque se esforçou no estudo. reduzidas (aquelas que perdem a conjunção e por isso os verbos passam a uma das formas nominais: gerúndio, infinitivo e particípio). O candidato passou no concurso, por se esforçar no estudo. Por que é chamada de reduzida? Porque, ao perder uma conjunção, reduz-se a quantidade de vocábulos daquela oração. Por que tenho que saber as orações reduzidas? Muitas vezes a banca pede para desenvolver a oração reduzida, inserindo a conjunção adequada à sua circunstância (valor semântico), por isso veremos os valores das orações adverbiais. Elas basicamente se dividem em 9. 1. Causais: exprimem causa, motivo, razão. Esta oração faz parte da estrutura causa-consequência, em que a origem ocorre temporalmente antes. E a consequência, por ser o resultado, ocorre depois. As principais conjunções causais são: porque, pois, que, como (quando a oração adverbial estiver antecipada), já que, visto que, desde que, uma vez que, porquanto, na medida em que, que, etc: Estudo porque necessito. Como fazia frio, fechou as janelas. Já que estou cansado, vou descansar. Uma vez que estudou muito, foi aprovado. vírgulas obrigatórias vírgulas obrigatórias oração principal oração subordinada adverbial causal (reduzida de infinitivo) oração principal oração subordinada adverbial causal (desenvolvida) LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 4 Observações: I - A conjunção se também pode transmitir valor de causa a orações que funcionam como base ou ponto de partida de um raciocínio, em construções como: Se o estudo é o princípio do concurseiro, é imprescindível a organização de seu material de estudo. II - Vimos anteriormente que as conjunções porque, porquanto e pois podem ser coordenativas explicativas. Agora, percebemos que elas também podem ser causais. A diferença básica entre elas é que a oração subordinada adverbial causal transmite a origem, a base de um resultado posterior, por isso dizemos que o processo verbal nela veiculado é anterior ao da oração principal: O caro parou porque ficou sem combustível. Or principal + oração subordinada adverbial causal (ocorreu antes) A razão (causa) de o carro ter parado foi a falta de combustível. Note que a conjunção causal “porque” inicia a oração “porque ficou sem combustível”, a qual ocorreu antes de o carro ter parado, por isso é entendida como causa, razão, motivo. Compare com este período: Aquele carro deve ter ficado sem combustível,pois está parado na rodovia. oração principal + oração coordenada sindética explicativa (ocorreu depois) Veja que, agora, a oração iniciada pela conjunção “pois” (“pois está parado na rodovia”) não ocorreu antes de o combustível supostamente ter acabado. Isso ocorreu depois. Por esse motivo, esta oração iniciada pela conjunção “pois” não é a causa, mas a explicação de alguém ter achado que o combustível acabou. Questão 1: Prefeitura Palmas – 2010 (banca Dom Cintra) Fragmento do texto: O Senhor Presidente da República já disse e repetiu que não é preciso desmatar mais nenhum hectare da Amazônia, onde já existem áreas suficientemente abertas para assegurar a expansão da produção agrícola e da pecuária. Para isso é imprescindível a capacitação e fiscalização dos critérios para investimentos do BNDES, uma vez que é fundamental garantir linhas de crédito para quem quer produzir de maneira limpa, legal e sustentável na Amazônia. “Já que somos um Povo da Floresta temos que inventar uma Ciência da Floresta”; a forma inadequada de reescrever essa mesma frase é: A) Temos que inventar uma Ciência da Floresta já que somos um Povo da Floresta. B) Como Povo da Floresta que somos, temos que inventar uma Ciência da Floresta. C) Mesmo que sejamos um Povo da Floresta, temos que inventar uma Ciência da Floresta. D) Uma vez que somos um Povo da Floresta temos que inventar uma Ciência da Floresta. LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 5 E) Temos que inventar uma Ciência da Floresta visto que somos um Povo da Floresta. Comentário: A alternativa (A) está correta, pois houve apenas a inversão das orações. A alternativa (B) está correta, pois, além de haver a inversão das orações, ocorreu a substituição do conectivo de causa “já que” por “como”, o que preservou a gramaticalidade e o sentido. A alternativa (C) é a errada, pois “Mesmo que” não transmite valor adverbial de causa. Veremos adiante que este conectivo transmite valor adverbial concessivo. A alternativa (D) está correta, pois, além de haver a inversão das orações, ocorreu a substituição do conectivo de causa “já que” por “Uma vez que”, o que preservou a gramaticalidade e o sentido. A alternativa (E) está correta, pois houve a substituição do conectivo de causa “já que” por “visto que”, o que preservou a gramaticalidade e o sentido. Gabarito: C Questão 2: Prefeitura Santo Agostinho – 2010 – Contador (banca AOCP) “O motivo, segundo o instituto, é que, como essas áreas são afastadas do litoral, o clima é seco e isso favorece a baixa umidade.” A oração destacada é subordinada adverbial (A) comparativa. (B) causal. (C) concessiva. (D) consecutiva. (E) conformativa. Comentário: A conjunção “como” possui valor adverbial de causa, porque pode ser substituída pelos conectivos “já que”, “uma vez que” etc. “O motivo, segundo o instituto, é que, uma vez que essas áreas são afastadas do litoral, o clima é seco e isso favorece a baixa umidade.” Note que a oração subordinada adverbial causal está antecipada da oração principal. Isso permite que a conjunção “como” tenha esse valor semântico. Gabarito: B Questão 3: Prefeitura Santo Agostinho – 2010 – Contador (banca AOCP) “Mas, segundo ele, quem tem o aparelho mais sofisticado, com o timer, pode programar esse mesmo tempo durante o sono, já que o aparelho desliga sozinho.” A locução conjuntiva destacada acima pode, na posição em que se encontra, ser substituída por todas as locuções abaixo, EXCETO por (A) dado que. (B) visto que. (C) como. (D) porquanto. (E) uma vez que. Comentário: A conjunção “como” só pode ter valor causal quando a oração subordinada adverbial causal estiver antecipada da principal. Por isso, a conjunção “como” não pode ser utilizada nesta frase. Note que os conectivos “dado que”, “visto que”, “porquanto” e “uma vez que” possuem valor causal e podem substituir “já que”. Gabarito: C LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 6 2. Consecutivas: Na relação causa-consequência, o processo verbal da consequência ocorre após o da causa, e suas conjunções exprimem um efeito, um resultado e aparecem de duas formas: I - conjunção que precedida de tal, tão, tanto, tamanho: Trabalharam tanto que suas mãos ficaram inchadas. Tal foi o problema na empresa que todos foram demitidos. Nesta estrutura, os intensificadores tal, tamanho, tão, tanto podem ficar subentendidos. Bebia que caía pelas ruas. (bebia tanto...) II – locuções conjuntivas de maneira que, de jeito que, de ordem que, de sorte que, de modo que, etc: Motivamos a classe empresarial, de sorte que o Brasil aumentou o nível de empregos regulares. “As notícias de casa eram boas, de maneira que pude prolongar minha viagem.” III – locução conjuntiva sem que, e a conjunção que, seguida de negação. Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine sem que a queira comprar. Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine, que não a queira comprar. Perceba que, na primeira estrutura, a preposição sem tem valor de negação; na segunda, sua ausência é preenchida pelo advérbio de negação “não”. Questão 4: SEBRAE 2010 Analista (banca Funrio) Antes e com tal zelo e sempre e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. (Fonte: Poesia Completa, de Vinícius de Moraes. Editora J. Aguilar, 2005) É comum na poesia moderna a omissão dos sinais de pontuação ao final de cada verso. Os versos de Vinícius de Moraes contêm apenas o ponto final, mas poderiam receber algumas vírgulas caso fossem escritos, por exemplo, como frase de um texto em prosa. Assinale a alternativa que reescreve o texto empregando corretamente as vírgulas. A) De tudo ao meu amor serei atento, antes e com tal zelo e sempre e tanto que, mesmo em face do maior encanto, dele se encante mais meu pensamento. B) De tudo ao meu amor serei atento, antes e com tal zelo e sempre e tanto, que mesmo em face do maior encanto, dele se encante mais meu pensamento. C) De tudo ao meu amor serei atento, antes, e com tal zelo e sempre e tanto, que, mesmo em face do maior encanto dele se encante mais meu pensamento. D) De tudo ao meu amor serei atento, antes e com tal zelo e sempre e tanto que mesmo, em face do maior encanto dele, se encante mais meu pensamento. LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 7 E) De tudo, ao meu amor serei atento antes, e com tal zelo, e sempre e tanto, que, mesmo em face do maior encanto dele se encante mais meu pensamento. Comentário: Primeiro, devemos perceber que a expressão “mesmo em face do maior encanto” é um adjunto adverbial de concessão. Como tal termo está intercalado e é de grande extensão, deve ficar entre duas vírgulas. Assim, eliminamos as alternativas (B), (C), (D) e (E), sobrando a (A) como correta. Veja: De tudo ao meu amor serei atento, antes e com tal zelo e sempre e tanto que, mesmo em face do maior encanto, dele se encante mais meu pensamento. A conjunção “que” inicia uma oração subordinada adverbial consecutiva “que, mesmo em face do maior encanto, dele se encante mais meu pensamento”. Dentro desta oração, ocorre o adjunto adverbial intercalado mostrado anteriormente. A vírgula antes da conjunção “que” não é obrigatória, pois há uma combinação com o vocábulo “tanto”. Gabarito: A Questão 5: Pref Belford Roxo – 2011 – Intérprete de Libras (banca CEPERJ) Entre as orações sublinhadas no trecho “É que eu achava o mundo tãointeressante que não suportava ficar deitado, vendo-o passar.” se estabelece relação semântica de: A) conclusão B) consequência C) tempo D) modo E) causa Comentário: Vimos que a expressão “tão...que” termina com a conjunção “que”, a qual inicia oração subordinada adverbial consecutiva (consequência). Assim, a alternativa (B) é a correta. Gabarito: B Questão 6: MAPA – 2010 – Economista (banca Dom Cintra) Fragmento do texto: Numa sociedade em rápida mutação, onde o sucesso das organizações é em geral medido unicamente através do resultado financeiro, e onde os bens mudam de mãos assim como as ideias, a sustentabilidade surge como princípio fundamental para quem quer fazer negócio num mundo interdependente, sendo o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro. A última oração do período “Andrew W. Savitz ressalta que as Empresas ‘precisam inserir as questões sociais em suas estratégias, de modo a refletir sua atual importância para os negócios’” exprime em relação à anterior o sentido de: A) consequência; B) causa; C) concessão; D) condição; E) comparação. Comentário: A expressão “de modo a” inicia uma oração subordinada adverbial consecutiva reduzida de infinitivo (“de modo a refletir sua atual importância para os negócios’”). Veja que poderíamos transformá-la numa oração desenvolvida: LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 8 ...precisam inserir as questões sociais em suas estratégias, de modo que reflitam sua atual importância para os negócios... Assim, fica mais prático percebermos a locução conjuntiva adverbial consecutiva “de modo que”. Gabarito: A 3. Condicionais: Nesta relação de condição, hipótese, é muito cobrada a correlação de modo e tempo verbal. Veja: verbo no futuro do subjuntivo verbo no futuro do presente do indicativo Se o candidato estudar bastante, passará no concurso. condição no futuro resultado provável no futuro oração subordinada adverbial condicional oração principal verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo verbo no futuro do pretérito do indicativo Se o candidato estudasse bastante, passaria no concurso. condição no passado resultado improvável no futuro oração subordinada adverbial condicional oração principal verbo no presente do subjuntivo verbo no futuro do presente do indicativo Caso o candidato estude bastante, passará no concurso. condição no presente resultado provável no futuro oração subordinada adverbial condicional oração principal Se uma condição é expressa no futuro ou presente, há condições de cumpri-la; por isso o resultado expresso na oração principal é provável. Não há certeza de o candidato ser aprovado, mas há grande possibilidade. Já numa condição expressa no passado, não há condições de cumpri-la; por isso o resultado expresso na oração principal é pouco provável, ou mesmo improvável. A banca normalmente pede para substituir as conjunções ou os verbos. Algumas vezes, por motivo de ênfase e reforço motivacional, o autor do texto troca o tempo verbal da oração principal de futuro do presente para presente do indicativo e futuro do pretérito para pretérito imperfeito do indicativo. Veja a diferença: Se o candidato estudar, passa no concurso. Se o candidato estudasse, passava no concurso. Não há erro nestas substituições, há apenas ênfase. Além das conjunções condicionais se e caso, há também as locuções conjuntivas contanto que, desde que, salvo se, sem que (=se não), a não ser que, a menos que, dado que. Caminharei com você desde que não chova. Não terminará a matéria, sem que se dedique muito. Poderão ganhar o campeonato, salvo se acontecer algum imprevisto. “A carinha podia ser de chinesa, fossem os olhos mais enviesados.” LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 9 Note a última construção. A conjunção condicional fica subentendida, e com isso é imprescindível entender a correlação verbal para que não haja dúvida neste valor semântico. As locuções conjuntivas condicionais desde que, dado que, uma vez que podem ser confundidas com as causais. Para não ficar com dúvida, verifique que os verbos nas orações condicionais ficam no modo subjuntivo, enquanto os das orações causais ficam no modo indicativo. Compare esses exemplos nos respectivos valores adverbiais vistos anteriormente. É encontrada também a forma reduzida: Conhecendo os alunos, o professor não os teria punido. (reduzida de gerúndio) Questão 7: FIOTEC 2012 Agente Comunitário (banca Funrio) “Mas para isso ele precisa estar preparado, pois, por mais competente que ele seja nos aspectos técnicos relacionados à lactação, o seu trabalho de promoção e apoio ao aleitamento materno não será bem sucedido se ele não tiver um olhar atento, abrangente, sempre levando em consideração os aspectos emocionais, a cultura familiar, a rede social de apoio à mulher, entre outros.” No fragmento acima, “MAS”, “POIS” e “SE” podem ser substituídos, mantendo o mesmo sentido e fazendo as adequações necessárias, respectivamente por A) porém, porque, caso. B) portanto, assim, e. C) também, conforme, ou. D) contudo, como, quando. E) embora, por isso, que. Comentário: Questão bem objetiva e não precisaríamos perder tempo analisando o texto. Simplesmente devemos perceber que a conjunção coordenativa adversativa “Mas” só pode ser substituída por “porém” ou “contudo”, pois essas são as únicas dentre as alternativas de mesmo valor semântico. Note que “portanto” tem valor coordenativo conclusivo, “também” é advérbio que transmite ideia de adição, inclusão, e “embora” é conjunção de valor adverbial concessivo. Assim, eliminamos as alternativas (B), (C) e (E). Vimos que a conjunção “pois” tem valor explicativo, por isso podemos excluir a alternativa “como”, pois tal conjunção não transmite esse valor. Dessa forma, já sabemos que a alternativa (A) é a correta, pois “porque” também transmite valor explicativo e a conjunção “caso” é subordinativa adverbial condicional, a qual pode substituir tranquilamente a conjunção de mesmo valor “se”, desde que façamos um ajuste no verbo “tiver”, como bem apontou a questão. Assim, podemos transcrever o trecho abaixo: “Porém para isso ele precisa estar preparado, porque, por mais competente que ele seja nos aspectos técnicos relacionados à lactação, o seu trabalho de promoção e apoio ao aleitamento materno não será bem sucedido caso ele não tenha um olhar atento, abrangente, sempre levando em consideração os aspectos emocionais, a cultura familiar, a rede social de apoio à mulher, entre outros.” LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 10 Gabarito: A Questão 8: SEDUC 2008 Professor (banca Funrio) Sinceramente, não entendi bem a pergunta, porque ainda não havia ido ao dicionário do Houaiss. Atente ao valor semântico da palavra destacada (porque), ou seja, observe se ela está indicando uma comparação, uma concessão, uma proporção, uma causa, ou uma comparação e assim por diante. Qual das alternativas a seguir apresenta uma palavra que substitui CORRETAMENTE a palavra destacada no trecho acima — sem variação de seu referido valor semântico? A) portanto. B) enquanto. C) embora. D) pois. E) todavia. Comentário: Vimos anteriormente que a conjunção “porque” inicia oração subordinada adverbial causal. Assim, podemos substituí-la por “pois” e a alternativa correta é a (D). A conjunção “portanto” é coordenativa conclusiva, “enquanto” é subordinativaadverbial temporal, “embora” é subordinativa adverbial concessiva e “todavia” é coordenativa adversativa. Gabarito: D Questão 9: TCE-AC – 2008 – Analista de Controle Externo (banca CESPE) Fragmento do texto: “Se os países decidem adotar programas de biocombustíveis, quer o façam por segurança energética, quer o façam por outros motivos, precisam olhar com atenção quando temos chamados de emergência”, disse. Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) No trecho ‘precisam olhar com atenção quando temos chamados de emergência’, a substituição do termo ‘quando’ por se manteria a correção gramatical e o sentido do texto. Comentário: A conjunção “quando” possui valor temporal e a conjunção “se” possui valor condicional. Assim, essas conjunções não podem ser trocadas, neste contexto. Por isso a afirmativa está errada. Vale lembrar que, em determinadas situações, a conjunção “quando”, além de transmitir o valor temporal, também pode transmitir o valor condicional, com o verbo estiver no futuro do subjuntivo. Exemplo: Quando ela estudar mais, terá melhores resultados. Se ela estudar mais, terá melhores resultados. Notadamente, a conjunção adverbial “Se” enfatiza uma dúvida (se realmente a ação de estudar ocorrerá); já a conjunção “Quando” transmite uma expectativa de ação plenamente possível. Neste caso, a troca dos termos não implica incorreção gramatical e a preservação do sentido dependerá de uma boa leitura do contexto, da intenção do autor. LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 11 Gabarito: E 4. Concessivas: exprimem um fato que se concede, que se admite, em oposição, contraste, ressalva ao da oração principal. As conjunções são: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda quando, mesmo quando, posto que, por mais que, por muito que, por menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que (=embora não). Gostava de Matemática, embora tivesse dificuldades com cálculos. Por incrível que pareça, eles não conheciam ‘pen-drive’. Em que pese à autoridade deste cientista, não podemos aceitar suas afirmações. (Domingos Paschoal Cegalla) Dado que soubesse, não dirigia à noite. Por mais que gritasse, não me ouviram. Nem que a gente quisesse, conseguiria esquecer. (Otto Lara Resende) Deve-se tomar muito cuidado quando a banca pedir a substituição de conjunção ou locução conjuntiva por preposição ou locução prepositiva. Veja: Embora chegasse cedo, não conseguiu lugar para sentar-se. Ao se substituir a conjunção embora pela preposição mesmo, o verbo é obrigado a sair da forma conjugada em modo e tempo verbal para a forma nominal gerúndio. Isso fará com que esta oração seja reduzida de gerúndio: Mesmo chegando cedo, não conseguiu lugar para sentar-se. Se fosse substituída pela locução prepositiva “apesar de”, a oração seria reduzida de infinitivo: Apesar de chegar cedo, não conseguiu lugar para sentar-se. Assim, cuidado com as substituições pedidas na prova. Questão 10: CEITEC 2012 Auditor (banca Funrio) Assinale a alternativa que contém exemplo de oração subordinada adverbial concessiva. A) Estabeleceu-se que, se ambas as margens dos estabelecimentos ribeirinhos pertencessem à mesma nação, só ela poderia navegar pelo canal. (Capistrano de Abreu) B) Triste, triste foi a nossa vida posto que o riso viesse palidamente à flor dos nossos lábios, como um raio de sol atravessando nuvens tempestuosas, (Coelho Neto) C) E preciso não te esqueceres que entrementes continuei estudando o meu malaio, isto é, o tal javanês – além do alfabeto, é claro. (Lima Barreto) D) Na imperceptível claridade que chegava da rua, entrevia o meu braço, a minha mão, um pouco de outra mão, e depois a escuridão espessa. (Raul Pompeia) E) Quem viaja atento às impressões íntimas, estremece, mau grado seu, ao ouvir nesse momento de saudades o tanger de um sino muito, muito ao longe. (Visconde de Taunay) Comentário: Esta questão é bem objetiva e não precisaríamos perder tempo em analisar cada oração, seu sentido, sua estrutura dentro do período. LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 12 Bastava observar os conectivos para achar o valor concessivo. Vimos na teoria que a locução conjuntiva “posto que” é subordinada adverbial concessiva. Ela tem o mesmo valor que “apesar de que”, “mesmo que”, “embora”, “conquanto”. Assim, o que era importante nessa questão era saber as conjunções concessivas. Assim, a alternativa correta é a (B). Triste, triste foi a nossa vida posto que o riso viesse palidamente à flor dos nossos lábios, como um raio de sol atravessando nuvens tempestuosas. Gabarito: B Questão 11: FIOTEC 2012 Agente Comunitário (banca Funrio) “Apesar de a maioria dos profissionais de saúde considerar-se favorável ao aleitamento materno, muitas mulheres se mostram insatisfeitas com o tipo de apoio recebido.” O uso de “apesar de” no fragmento do texto acima reproduzido introduz A) uma relação de causa ou motivo do que se afirma na outra parte do enunciado. B) uma comparação entre as duas partes do enunciado, com valorização da primeira. C) uma ideia oposta à expressa na outra parte do enunciado e que contraria uma provável expectativa. D) uma hipótese ou uma condição necessária para que se cumpra o vem em seguida no enunciado. E) uma consequência daquilo que se afirma na segunda parte do enunciado. Comentário: Vimos que a locução prepositiva “apesar de” tem valor adverbial concessivo. Usamos a estrutura adverbial concessiva para trabalhar um contraste, uma oposição entre termos. Assim, esta questão foi bem objetiva e de simples resolução. Bastava perceber que “apesar de” é adverbial concessiva, para saber que não transmite “causa”, como afirma a alternativa (A), “comparação”, como afirma a alternativa (B), “hipótese” ou “condição”, como afirma a alternativa (D) e “consequência”, como afirma alternativa (E). Assim, a alternativa correta é a (C), pois a oração subordinada adverbial concessiva transmite contraste, oposição. Gabarito: C Questão 12: FURP 2009 Auxiliar (banca Funrio) Leia o seguinte enunciado: Embora um filme de mistério seja diferente de um filme de terror, o princípio que rege os dois tipos de produção é exatamente o mesmo: seduzir o espectador e prender-lhe a atenção. O sentido e a estruturação da frase acima não se alteram ainda que se substitua a conjunção EMBORA (e tão-somente ela) pela locução conjuntiva A) desde que. B) uma vez que. C) por mais que. D) contanto que. E) para que. LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 13 Comentário: Neste tipo de questão, você deve ter em mente os valores das conjunções e locuções conjuntivas. Assim, fica fácil perceber que a conjunção “embora” é adverbial concessiva e só pode ser substituída, dentre as alternativas, pela locução conjuntiva de mesmo valor “por mais que”. As locuções conjuntivas “desde que”, “uma vez que” e “contanto que” têm valor adverbial condicional; e a locução conjuntiva “para que” tem valor adverbial de finalidade. Gabarito: C Questão 13: Sec Edu-RJ – 2011 – Professor (banca CEPERJ) No segmento “Desde 2002, a American Civil Liberties Union, uma importante organização americana de direitos humanos, está preparada para defender que sim, ainda que a luta contra o preconceito prometa ser dura.” (l. 18/19), o conectivo em destaque tem valor semântico de: A) oposição B) causa C) modo D) tempo E) consequência Comentário: Você notou que a locução conjuntiva“ainda que” está listada nos conectivos adverbiais concessivos? Assim, essa locução conjuntiva inicia a oração subordinada adverbial concessiva, a qual transmite valor de contraste, oposição. Por esse motivo, a alternativa (A) é a correta. Gabarito: A Questão 14: Pref São Gonçalo – 2011 – Professor (banca CEPERJ) A oração sublinhada em “Andar por uma das três estradas largas e prazerosas engrandeceria o espírito, mesmo que levasse à perdição..” estabelece, com a oração anterior, valor semântico de: A) causa B) oposição C) consequência D) proporção E) modo Comentário: A locução conjuntiva “mesmo que” inicia oração subordinada adverbial concessiva, a qual transmite ideia contrastante, opositiva. Assim, a alternativa correta é a (B). Gabarito: B Questão 15: IEEA – 2011 – Arquiteto (banca CEPERJ) Considerando a estrutura gramatical, a coerência e a coesão textuais, a alternativa que apresenta a reescritura correta do segmento “Essa ideia pode soar paradoxal, mas é aceita por engenheiros.” é: A) Na medida em que pode estar soando paradoxal, essa ideia é aceita por engenheiros. B) Porquanto pode soar paradoxal, essa ideia é aceita por engenheiros. C) Conquanto possa soar paradoxal, essa ideia é aceita por engenheiros. D) Desde que soe paradoxal, essa ideia é aceita por engenheiros. E) Por mais que se tenha soado paradoxal, essa ideia é aceita por engenheiros. Comentário: No período “Essa ideia pode soar paradoxal, mas é aceita por engenheiros.”, a oração “Essa ideia pode soar paradoxal” é inicial e “mas é aceita por engenheiros” é coordenada sindética adversativa, a qual transmite valor de oposição, contrastante. Este valor pode também ser expresso pela LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 14 oração subordinada adverbial concessiva, desde que haja mudança da conjunção e do verbo. Na transformação da estrutura coordenada adversativa para a subordinada adverbial concessiva, deve-se perceber o seguinte: a) como a oração coordenada adversativa dá ênfase na oposição, quando há a transformação, ela passa a oração principal. b) a oração inicial recebe a conjunção adverbial concessiva e o seu verbo passa do modo indicativo para o subjuntivo. Veja: “Essa ideia pode soar paradoxal, mas é aceita por engenheiros.” Conquanto possa soar paradoxal, essa ideia é aceita por engenheiros. Assim, a alternativa (C) é a correta. Na alternativa (A), a locução conjuntiva “Na medida em que” tem valor causal. Na alternativa (B), a conjunção “Porquanto” tem valor causal. Na alternativa (D), a locução conjuntiva “Desde que” tem valor condicional. Na alternativa (E), a locução conjuntiva “Por mais que” tem valor adverbial concessivo. Porém, houve mudança de sentido, pois as locuções verbais “pode soar” e “possa soar” transmitem a possibilidade de algo a ser realizado; já a locução verbal “tenha soado” transmite a ideia de algo que já foi executado. Gabarito: C Questão 16: C. M. Volta Redonda – 2006 – Consultor Jur. (banca CEPERJ) Fragmento do texto: O homem se distingue dos outros animais por várias características, mas a fundamental é que o homem é um ser com capacidade de trabalho. Enquanto os outros animais apenas recolhem o que encontram na natureza – e mesmo a abelha e a formiga, que trabalham, o fazem mecanicamente – os homens transformam o meio em que vivem. E, ao transformar o meio em que vivem, transformam-se a si mesmos. É através do trabalho que os homens podem transformar conscientemente o mundo, humanizando-o. Pode-se reescrever o primeiro período do texto, sem alteração semântica, do seguinte modo: A) Porquanto o homem se distingue dos outros animais por várias características, a fundamental é que o homem é um ser com capacidade de trabalho. B) Por que o homem se distingue dos outros animais por várias características, a fundamental é que o homem é um ser com capacidade de trabalho. oração inicial oração coordenada sindética adversativa oração principal oração subordinada adverbial concessiva LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 15 C) Na medida em que o homem se distingue dos outros animais por várias características, a fundamental é que o homem é um ser com capacidade de trabalho. D) Conquanto o homem se distinga dos outros animais por várias características, a fundamental é que o homem é um ser com capacidade de trabalho. Comentário: Primeiramente, observe que, entre as orações, há uma relação de oposição, sinalizada pela conjunção “mas”. A alternativa (A) está errada, pois a conjunção “Porque” transmite valor adverbial causal. A alternativa (B) está errada, pois a expressão “Por que” está grafada incorretamente, pois iniciaria um frase interrogativa, a qual não cabe nesse contexto. Poderia ser assim: Por que o homem se distingue dos outros animais? A alternativa (C) está errada, pois a locução conjuntiva “Na medida em que” transmite valor adverbial causal. A alternativa (D) é a correta, pois a conjunção “Conquanto” inicia a oração adverbial concessiva, a qual também transmite o valor de contraste, oposição. Veja a sequência de transformação da oração coordenada sindética adversativa em subordinada adverbial concessiva: O homem se distingue dos outros animais por várias características, mas a fundamental é que o homem é um ser com capacidade de trabalho. Conquanto o homem se distinga dos outros animais por várias características, a fundamental é que o homem é um ser com capacidade de trabalho. Gabarito: D Questão 17: ALERJ – 2011 – Taquígrafo (banca CEPERJ) “Tudo indicava o plural. No entanto, podia perfeitamente ser o singular.” – dentre as frases abaixo, considerando os tempos verbais empregados, aquela cujo conector não está empregado corretamente é: A) Ainda que tudo indicasse o plural, poderia ser perfeitamente o singular. B) Se bem que tudo indicasse o plural, poderia ser perfeitamente o singular. C) Conquanto tudo indique o plural, poderia ser perfeitamente o singular. D) Embora tudo indique o plural, poderia ser perfeitamente o singular. E) Uma vez que tudo indique o plural, poderia ser perfeitamente o singular. Comentário: O conectivo “No entanto” inicia a oração coordenada sindética adversativa, a qual transmite valor opositivo, contrastante. Esse valor pode oração inicial oração coordenada sindética adversativa oração subordinada adverbial concessiva oração principal LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 16 também ser expresso pela oração subordinada adverbial concessiva, desde que haja modificações da conjunção e do tempo verbal. Como a questão pede a alternativa que não preserve esse sentido, cabe a (E), pois a locução conjuntiva “Uma vez que” tem valor adverbial de causa. Compare as demais estruturas: “Tudo indicava o plural. No entanto, podia perfeitamente ser o singular.” Ainda que tudo indicasse o plural, poderia ser perfeitamente o singular. Se bem que tudo indicasse o plural, poderia ser perfeitamente o singular. Conquanto tudo indique o plural, poderia ser perfeitamente o singular. Embora tudo indique o plural, poderia ser perfeitamente o singular. Gabarito: E Questão 18: Pref Cantagalo – 2006 – Assistente Social (banca CEPERJ) “Não me atrevo a passar a limpo tal encrenca. Mas o homem cordial pode inspirar um passeio pela história.” — determina alteração semântica reescrever esses dois períodos do seguinte modo: A) Ainda que nãome atreva a passar a limpo tal encrenca, o homem cordial pode inspirar um passeio pela história. B) Mesmo que não me atreva a passar a limpo tal encrenca, o homem cordial pode inspirar um passeio pela história. C) Embora não me atreva a passar a limpo tal encrenca, o homem cordial pode inspirar um passeio pela história. D) Porque não me atrevo a passar a limpo tal encrenca, o homem cordial pode inspirar um passeio pela história. Comentário: Na estrutura “Não me atrevo a passar a limpo tal encrenca. Mas o homem cordial pode inspirar um passeio pela história.”, há a conjunção coordenativa adversativa “Mas”, a qual transmite valor de oposição, contraste. Esse mesmo valor pode ser expresso numa estrutura adverbial concessiva, desde que haja ajustes nas conjunções e nos verbos. Compare as estruturas: Não me atrevo a passar a limpo tal encrenca. Mas o homem cordial pode inspirar um passeio pela história. Ainda que não me atreva a passar a limpo tal encrenca, o homem cordial pode inspirar um passeio pela história. Mesmo que não me atreva a passar a limpo tal encrenca, o homem cordial pode inspirar um passeio pela história. Embora não me atreva a passar a limpo tal encrenca, o homem cordial pode inspirar um passeio pela história.i Note que a alternativa (D) muda o sentido, pois a conjunção “Porque” traduz valor adverbial causal. oração inicial oração coordenada sindética adversativa oração sub. adv. concessiva oração principal LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 17 Gabarito: D 5. Comparativas: representam o segundo termo de uma comparação e se expressam de três formas, com as conjunções como, (tal) qual, tal e qual, assim como, (tal) como, (tão ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que, tanto quanto, que nem, feito (=como, do mesmo modo que), o mesmo que (=como): I – com verbo expresso: A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro. Como a flor se abre ao sol, assim minha alma se abriu à luz daquele olhar. A praia é tal qual você descreveu. (tal como) II – com o predicado ou verbo subentendido: A luz é mais veloz do que o som. (do que o som é) O leopardo é tão ágil quanto a onça. (quanto a onça é) Ele corre feito uma gazela. Nas estruturas comparativas de superioridade e inferioridade (com verbos expressos ou não), a palavra “do” é opcional. Cantava mais do que trabalhava. Cantava mais que trabalhava. Os mais magros correm mais do que os mais cheinhos. Os mais magros correm mais que os mais cheinhos. III – como comparação hipotética (uso da conjunção se): O homem parou perplexo, como se esperasse um guia. Questão 19: Prefeitura Camaçari 2010 – Analista (banca AOCP) O título do texto “Burocracia toma mais tempo de diretor do que pedagogia” apresenta uma relação lógico-semântica de (A) comparação. (B) consecução. (C) concessão. (D) causa. (E) explicação. Comentário: A conjunção “que” antecipada do termo “mais” forma a comparação de superioridade, por isso a alternativa correta é a (A). Gabarito: A Questão 20: Prefeitura Santo Agostinho – 2010 – Contador (banca AOCP) “O uso excessivo de umidificadores de ar pode ser tão prejudicial à saúde quanto o ar seco...” As expressões destacadas estabelecem, no texto, uma relação lógico- semântica de (A) conformidade. (B) condição. (C) concessão. (D) causa. (E) comparação. Com verbo expresso. Verbo subentendido LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 18 Comentário: A expressão “tão...quanto” possui valor comparativo. Por isso, a alternativa correta é a (E). Gabarito: E Questão 21: Prefeitura Lagarto – 2011 – Auditor Fiscal (banca AOCP) “Assinada pela presidente Dilma Rousseff e pelos ministros da Justiça e da Educação, a medida vale tanto para condenados em regime fechado ou semiaberto.” A relação lógico-semântica que se estabelece no fragmento destacado é a de (A) proporção. (B) alternância. (C) comparação. (D) consecução. (E) conformidade. Comentário: Os conectivos adequados para a frase seriam “tanto...quanto”, “tanto...como”. Veja: “...a medida vale tanto para condenados em regime fechado quanto para o semiaberto...” “...a medida vale tanto para condenados em regime fechado como para o semiaberto...” Isso nos mostra que a conjunção “ou” não possui valor alternativo, apenas ajuda no valor de comparação. Cuidado com as expressões “tanto...quanto”, “tanto...como”. Elas, além de transmitir o valor comparativo, também podem expressar uma adição: “...a medida vale para condenados em regime fechado e para o semiaberto...” Veja que as alternativas não inseriram o valor aditivo. Assim, a alternativa correta é a (C). Gabarito: C 6. Conformativas: exprimem acordo ou conformidade de um fato com outro. Suas conjunções são: como, conforme, segundo, consoante. Geralmente é usado para reforçar argumento. A oração principal é a declaração feita pelo autor e a oração subordinada adverbial conformativa é a base de sustentação do argumento, muito marcado por leis, regulamentos, fala de especialistas, etc. Esse valor adverbial é vastamente explorado como argumento de autoridade: Como disse o prefeito, o IPTU vai subir 5% este ano. “Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi contar.” (Machado de Assis) Conforme prevê o artigo 37 da CF, o serviço público é impessoal. Consoante opinam alguns, a história se repete. Questão 22: Sec Edu-RJ – 2011 – Professor (banca CEPERJ) A palavra como tem valor semântico de conformidade no segmento: A) “se tentarmos definir uma pessoa como um ser vivo com inteligência, sentimentos e noção de ética e moral, sabemos hoje que teríamos que incluir na lista animais como cachorros”. B) “se tentarmos definir uma pessoa como um ser vivo com inteligência, sentimentos e noção de ética e moral, sabemos hoje que teríamos que incluir na lista animais como cachorros”. LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 19 C) “pensadores de peso como o australiano Peter Singer advogam há anos” D) “Os seres humanos clonados serão considerados pessoas como nós?” E) “não podem responder por seus atos – mais ou menos como pensamos das crianças muito jovens.” Comentário: Na alternativa (A), a palavra “como” inicia o adjunto adverbial de modo “como um ser vivo com inteligência”. Essa palavra, neste caso, é uma preposição acidental. Observação: a preposição acidental é aquela que normalmente seria uma conjunção; mas, em determinados contextos, passa acidentalmente à situação de preposição, pois inicia um adjunto adverbial ou expressões denotativas. Veja que “como” é uma conjunção, mas passou a ter o valor de preposição, justamente por iniciar o adjunto adverbial. Na alternativa (B), a palavra “como” inicia uma expressão denotativa exemplificativa. Veja que “cachorros” é um exemplo de “animais”. Veja que poderíamos substituir esta preposição por “tais como”. Essa palavra, neste caso, é uma preposição acidental. Na alternativa (C), a preposição “como” inicia uma expressão denotativa exemplificativa. Veja que “o australiano Peter Singer” é um exemplo de “pensadores de peso”. Veja que poderíamos substituir esta preposição por “tais como”. Essa palavra, neste caso, é uma preposição acidental. Na alternativa (D), a conjunção “como” inicia uma estrutura adverbial comparativa de igualdade. Veja que podemos subentender o verbo “somos”. Isso confirma que “como” é uma conjunção e que a expressão “como nós” é umaoração: Os seres humanos clonados serão considerados pessoas como nós (somos)?” A alternativa (E) é a correta, pois a conjunção “como” inicia a oração subordinada adverbial conformativa. Veja que podemos substituir tal conjunção por “conforme”, “segundo”, “consoante”: “não podem responder por seus atos – mais ou menos conforme pensamos das crianças muito jovens.” Gabarito: E Questão 23: Prefeitura Lagarto – 2011 – Auditor Fiscal (banca AOCP) “Segundo ele, há uma concorrência desleal entre trabalho e educação na prisão, já que ambos ajudam a diminuir a pena, mas o primeiro é remunerado e o segundo não.” O fragmento acima pode ser reescrito, sem prejuízo semântico e gramatical, pelo fragmento (A) Segundo ele, apesar de haver uma concorrência desleal entre trabalho e educação na prisão, ambos ajudam a diminuir a pena, mas o primeiro é remunerado e o segundo não. (B) Segundo ele, à medida que há uma concorrência desleal entre trabalho e educação na prisão, ambos ajudam a diminuir a pena, mas o primeiro é remunerado e o segundo não. (C) Segundo ele, embora haja uma concorrência desleal entre trabalho e educação na prisão, ambos ajudam a diminuir a pena, mas o primeiro é remunerado e o segundo não. LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 20 (D) Segundo ele, há uma concorrência desleal entre trabalho e educação na prisão, porquanto ambos ajudam a diminuir a pena, mas o primeiro é remunerado e o segundo não. (E) Segundo ele, há uma concorrência desleal entre trabalho e educação na prisão, como ambos ajudam a diminuir a pena, mas o primeiro é remunerado e o segundo não. Comentário: Note que a reescrita deve manter o mesmo sentido da frase original. Perceba que a locução conjuntiva “já que” possui valor adverbial de causa. A única alternativa que possui o mesmo valor é a (D), pois a conjunção “porquanto” inicia a oração subordinada adverbial causal “porquanto ambos ajudam a diminuir a pena”. A alternativa (A) está errada, porque “apesar de” transmite valor adverbial concessivo. A alternativa (B) está errada, porque “à medida que” transmite valor adverbial proporcional. A alternativa (C) está errada, porque “embora” transmite valor adverbial concessivo. A alternativa (E) está errada, porque “como” só pode transmitir valor adverbial causal quando sua oração estiver antecipada da oração principal. Da forma como se encontra nesta alternativa, a conjunção “como” levou a uma incoerência gramatical. Gabarito: D 7. Proporcionais: iniciam ideia de proporção, com as locuções conjuntivas à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais ... tanto mais, quanto mais ... tanto menos, quanto mais ... tanto menos, quanto menos ... tanto mais, quanto mais ... mais, quanto menos ... menos, tanto ... quanto (como). Os alunos respondiam, à medida que eram chamados. À proporção que subiam a montanha, o ar ia ficando rarefeito. O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai diminuindo. Tanto gostava de um quanto aborrecia o outro. Não são corretas as locuções à medida em que, na medida que, a medida que, com valor de proporção, cabendo apenas à medida que. Outro detalhe, não há crase em locuções conjuntivas de outro valor, somente há nas proporcionais: “à medida que” e “à proporção que”. Vimos que a locução conjuntiva “na medida em que” é causal. Ela pode também fazer parte de estrutura oracional adjetiva, a qual será vista na adiante. Compare todos: “À medida que os anos passam, as minhas possibilidades diminuem.” oração subordinada adverbial proporcional + oração principal “A rigor, tal cordialidade não existe na medida em que é apregoada.” oração principal + oração subordinada adverbial causal “A expansão da lavoura algodoeira não pôde produzir-se em São Paulo na mesma medida em que se produziu noutras terras.” oração principal + oração subordinada adjetiva restritiva LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 21 Observação: A locução conjuntiva ao passo que deve receber especial atenção, pois pode agregar três valores semânticos distintos. Ela possui valor de tempo concomitante e se estende à proporção (que também possui a concomitância temporal) e à oposição (pois também pode agregar, além do valor de tempo concomitante, o de adversidade): Subordinada adverbial proporcional: “Pequenos cogumelos, ao passo que devoram os tecidos dos insetos, semeiam os seus esporos mortais.” (= à proporção que) Subordinada adverbial temporal: Ela dormia, ao passo que o professor dissertava. (= enquanto) Coordenativa adversativa: É feia, ao passo que a irmã é bonita. (= mas) Deve-se entender, antes de tudo, que esta locução conjuntiva transmite tempo concomitante e, dependendo do contexto, transmite os outros dois valores semânticos. Perceba que a proporção se dá com uma ideia de evolução temporal, os processos verbais vão se acumulando, progredindo temporalmente, de forma diferente dos outros valores semânticos. Questão 24: ALERJ – 2011 – Digitador (banca CEPERJ) No trecho “A escrita cursiva está seguindo o rumo tomado pelos dinossauros, à medida que os teclados de computador e os smartphones são cada vez mais usados pelos jovens.” (Folha de S. Paulo, 27/06/2011) a sintaxe que se estabelece entre as orações pelo conector em destaque tem valor de: A) causa B) alternância C) tempo D) proporção E) consequência Comentário: A locução conjuntiva “à medida que” inicia a oração subordinada adverbial proporcional. Assim, a alternativa (D) é a correta. Gabarito: D Questão 25: TCE-PE – 2004 – Auditor C Pub (banca CESPE) Fragmento do texto: Identidade nacional, hierarquia social e liderança político-econômica iam sendo reconfiguradas e impostas pelos portugueses- abrasileirados à medida que um projeto de nação, já no terceiro século colonial, começava a iluminar as cabeças mais revolucionárias, convencendo as elites (não tenhamos ilusões) e, indiretamente, a população das cidades de maior projeção econômica a dar o chute inicial no processo de expulsão do colonizador metropolitano, o português, ou qualquer outro povo invasor. Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) Mantêm-se a correção gramatical e as informações originais do trecho ao se substituir a expressão “à medida que” (l.3) por à proporção que. Comentário: A locuções conjuntivas “à medida que” e “à proporção que” são adverbiais proporcionais, por isso podem ser trocadas, permanecendo o sentido e a correção gramatical. Gabarito: C 8. Finais: indicam finalidade, objetivo, com as locuções conjuntivas: para que, a fim de que, que (= para que), porque (= para que): LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 22 Afastou-se depressa, para que não o víssemos. Viemos aqui a fim de que realizássemos um acordo. “Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis) “Fez tudo porque eu não obtivesse bons resultados.” Muito utilizada é a forma reduzida de infinitivo: Suportou todo tipo de humilhação para obter o visto americano. Questão 26: FURP 2010 Analista (banca Funrio) Fragmento do texto: A equipe que percorreu o País de cima a baixo em setembro de 2008, para produzir a Pesquisa Especial de Tabagismo (Petab), registrou um segundo detalhe igualmente extraordinário: o número de ex- fumantes (26 milhões de pessoas) passou a ser maior do que o de fumantes (24,6 milhões). Dessa forma, os que deixaram o cigarrosão equivalentes a 18,2% da população com mais de 15 anos de idade; e os que continuam fumando representam 17,2%. A oração “para produzir a Pesquisa Especial de Tabagismo (Petab)” estabelece, com a anterior, uma relação de A) finalidade. B) contraste. C) consequência. D) causa. E) comparação. Comentário: Vimos que a preposição “para” tem valor de finalidade. Isso pode ser comprovado porque podemos substituir por “a fim de”. Compare: A equipe que percorreu o País de cima a baixo em setembro de 2008, para produzir a Pesquisa Especial de Tabagismo (Petab)... A equipe que percorreu o País de cima a baixo em setembro de 2008, a fim de produzir a Pesquisa Especial de Tabagismo (Petab)... Gabarito: A Questão 27: FIOTEC 2012 Auxiliar Administrativo (banca Funrio) Um dos argumentos citados no Preâmbulo da Declaração considera “essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo Estado de Direito, para que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão”. Reescrevendo-se o trecho acima transcrito de modo coerente com o conteúdo original, um dos resultados possíveis seria o seguinte: A) É essencial que o Estado de Direito proteja os direitos humanos, a fim de que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a opressão e a tirania. B) É essencial que os direitos humanos tenham a proteção do Estado de Direito, contanto que o homem não seja compelido, como recurso último, para a rebelião à tirania e à opressão. C) É essencial que o Estado de Direito seja protecionista com os direitos humanos, sem o que o homem não venha a ser compelido, como recurso último, à rebelião contra a opressão e a tirania. LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 23 D) É essencial que os direitos humanos sejam protegidos do Estado de Direito, porquanto o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião, à tirania e à opressão. E) É essencial que o Estado de Direito faça a proteção dos direitos humanos, posto que que o homem não seja compelido, como recurso último, à rebelião contra a tirania e a opressão. Comentário: Primeiro, observe o trecho original: “essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo Estado de Direito, para que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão” Assim, há a locução conjuntiva adverbial de finalidade “para que”. Agora, vou negritar os conectivos das alternativas. Confronte: A) É essencial que o Estado de Direito proteja os direitos humanos, a fim de que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a opressão e a tirania. B) É essencial que os direitos humanos tenham a proteção do Estado de Direito, contanto que o homem não seja compelido, como recurso último, para a rebelião à tirania e à opressão. C) É essencial que o Estado de Direito seja protecionista com os direitos humanos, sem o que o homem não venha a ser compelido, como recurso último, à rebelião contra a opressão e a tirania. D) É essencial que os direitos humanos sejam protegidos do Estado de Direito, porquanto o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião, à tirania e à opressão. E) É essencial que o Estado de Direito faça a proteção dos direitos humanos, posto que que o homem não seja compelido, como recurso último, à rebelião contra a tirania e a opressão. Assim, fica claro que a locução conjuntiva “para que” só pode ser substituída pela locução conjuntiva de finalidade “a fim de que”, fazendo com que a alternativa (A) seja a correta. Na alternativa (B), “contanto que” transmite valor adverbial condicional. Na alternativa (C), a expressão “ sem o que” transmite valor adverbial condicional. Na alternativa (D), “porquanto” só pode ter valor coordenativo explicativo ou subordinativo adverbial causal, mas não de finalidade. Na alternativa (E), além de “posto que” ter valor subordinativo adverbial concessivo, houve uma repetição desnecessária da conjunção “que”, o que causou erro gramatical e incoerência textual. Gabarito: A Questão 28: Investe Rio 2010 Administrador (banca Funrio) Em “Os habitantes viram-se forçados a dar-lhe todos os dias duas ovelhas, a fim de apaziguar o seu furor.”. A expressão “a fim de”, no caso em questão, introduz uma finalidade. Dentre as alternativas abaixo com que se poderia completar o enunciado acima, a expressão cuja palavra destacada também introduz uma finalidade é LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 24 A) Como seu patrono determinara a princípio, assim foi feito. (como) B) Foram instados a cumprir a vontade do colonizador autoritário. (a) C) Para saciar a sanha assassina dos revoltosos, concedeu-se à exigência. (para) D) As donzelas eram as escolhidas no sacrifício em honra aos deuses. (em) E) O fato que se terá passado há muitos anos ainda assusta o povo. (que) Comentário: A alternativa (A) está errada, pois “como” não tem valor de finalidade, mas de conformidade. A alternativa (B) está errada, pois a preposição “a” é apenas uma palavra exigida pela transitividade de “instados”. A alternativa (C) é a correta, pois a preposição “Para” inicia a oração subordinada adverbial de finalidade “Para saciar a sanha assassina dos revoltosos”. A alternativa (D) está errada, pois a preposição “em” transmite valor de causa. (sacrifício por causa da honra aos deuses). A alternativa (E) está errada, pois “que” é apenas um pronome relativo, o qual não transmite valor semântico. Tal pronome será estudado adiante. Gabarito: C Questão 29: SEFAZ-RJ – 2012 – Analista de Controle Interno (banca CEPERJ) “Suas sugestões, no entanto, não encontraram respaldo para serem postas em prática”. A forma desenvolvida equivalente à oração reduzida sublinhada é: A) para que sejam postas em prática. B) para que tenham sido postas em prática. C) para que foram postas em prática. D) para que fossem postas em prática. E) para que eram postas em prática. Comentário: A banca queria apenas que você prestasse atenção quanto à transformação do infinitivo “serem” para o passado, tendo em vista que a oração principal “Suas sugestões ... não encontraram respaldo” possui o verbo “encontraram” no tempo pretérito perfeito do indicativo. Além disso, quando a oração subordinada adverbial de finalidade está desenvolvida, deve apresentar verbo conjugado no modo subjuntivo. Assim, a alternativa (D) é a correta, por ser a única que apresenta verbo no passado e no modo subjuntivo: “fossem” (pretérito imperfeito do subjuntivo). Gabarito: D Questão 30: Sec Edu – 2011 – Inspetor (banca CEPERJ) Na frase “O dono do bar, para atrair mais freguesia, anunciou que fazia sanduíches de qualquer tipo de carne.” , a preposição indica: A) causa B) finalidade C) consequência D) modo E) lugar Comentário: Veja que conseguimos substituir a preposição “para” por “a fim de”, “com o objetivo de”. Assim, esta preposição tem valor de finalidade. Gabarito: B LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 25 Questão 31: Funasa – 2010 – Técnico (banca Dom Cintra) “Não se trata nesse caso de exercício como aliado para manter a saúde do corpo. Estamos falando de bem-estar psicológico”; a preposição para, nesse segmento do texto, apresenta o mesmo sentido em: A) A saúde do corpo é necessária para o bom desempenho escolar. B) Os funcionários foram para a academia aliviar as tensões. C) Eles estão para fazer esses exercícios há vários meses.D) Pediu para sair do emprego em razão do estresse. E) Vieram para cá a fim de fazer atividades físicas. Comentário: A oração “para manter a saúde do corpo” tem valor adverbial de finalidade. Note que foi dito que não se trata de exercício com a finalidade de manter a saúde do corpo. A alternativa (A) é a correta, pois percebemos que “o bom desempenho escolar” é a finalidade, o objetivo, de se manter o corpo saudável. Na alternativa (B), a preposição “para” tem sentido de direção a um lugar: ir para a academia. Na alternativa (C), a preposição “para” tem sentido de iminente início de algo. Note que podemos substituir pela preposição “por”: Eles estão por fazer... Na alternativa (D), note que não podemos entender que ele fez o pedido com a finalidade de sair do emprego. Ele solicitou a saída do emprego e pronto. Sair do emprego foi o termo pedido, e não sua finalidade. Adiante, quando falarmos de orações subordinadas substantivas, você verá que ela, na realidade, é o objeto direto do verbo “pediu”: Pediu que saísse do emprego em razão do estresse. Na alternativa (E), a preposição “para” tem sentido de direção a um lugar: vieram para cá. Gabarito: A Questão 32: ALERJ – 2011 – Assessoramento às Comissões (banca CEPERJ) Fragmento do texto: Quando era ministro da Educação, Passarinho recebeu correspondência de um reitor de uma universidade, solicitando verbas ao “iminente ministro”, que não pestanejou. Colocou de volta no correio, dizendo ao solicitante que já havia sido nomeado... A oração reduzida “solicitando verbas ao ‘iminente ministro’” tem valor semântico de: A) causa B) consequência C) finalidade D) tempo E) modo Comentário: A oração reduzida de gerúndio “solicitando verbas ao ‘iminente ministro’” transmite valor adverbial de finalidade. Veja que o reitor teve uma intenção ao enviar a correspondência ao ministro. Sua finalidade era solicitar verbas. Assim, podemos perceber que a alternativa correta é a (C). Passarinho recebeu correspondência de um reitor de uma universidade, para solicitar verbas ao “iminente ministro”... Gabarito: C LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 26 9. Temporais: indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na oração principal, podendo ser um tempo geral, concomitante, antes ou depois de um referente. Suas conjunções: quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, agora que, ao mesmo tempo que, toda vez que. Não fale enquanto come. Mal você saiu, ela chegou. Só voltou a jogar quando se sentiu bem. Assim que chegou, foi para a cozinha. A forma reduzida também é muito utilizada: Terminada a festa, todos foram embora. Questão 33: FUNAI 2009 Arquiteto (banca Funrio) Na composição de um texto, alguns elementos linguísticos expressam circunstâncias diversas, com a finalidade de imprimir coerência à escrita. O fragmento que apresenta corretamente um desses elementos e a circunstância que ele expressa é A) “... quando não reprime diretamente” – modo. B) “...na medida em que bancou as mentiras que o Estado” – modo. C) “Por outro lado, nos seminários sobre liberdade de imprensa no Brasil” – tempo. D) ” Reportagem é, antes de mais nada, uma profunda investigação de um fato. – tempo. E) “Enquanto a mídia americana continuar na mesma toada” – modo. Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois o advérbio “diretamente” possui o sufixo “-mente”, o qual sinaliza modo. A alternativa (B) está errada, pois vimos anteriormente que “na medida em que” é uma locução conjuntiva que inicia uma oração subordinada adverbial causal. A alternativa (C) está errada, pois “sobre” é uma preposição que transmite valor semântico de assunto. A alternativa (D) está errada, pois a expressão “antes de mais nada” não transmite um valor temporal, mas uma relevância, preferência. Note que você não precisaria saber seu valor semântico, mas apenas entender que, neste caso, a preposição “antes” não possui sentido exclusivo de tempo. A alternativa (E) está errada, porque a conjunção “Enquanto” inicia uma oração subordinada adverbial temporal. Gabarito: A Questão 34: FURP 2009 Analista (banca Funrio) Marque a única alternativa que apresenta um período composto por subordinação. A) Matamos o tempo; o tempo nos enterra. B) O homem perdeu tudo, mas manteve a dignidade. C) A desgraça vem a cavalo e volta a pé. D) Malha-se o ferro enquanto está quente. E) Duvidei da certidão, todavia ela era legítima. LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 27 Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o período composto “Matamos o tempo; o tempo nos enterra.” apresenta duas orações coordenadas por adição. A alternativa (B) está errada, pois o período composto “O homem perdeu tudo, mas manteve a dignidade.” apresenta duas orações coordenadas, sendo que a segunda é adversativa. A alternativa (C) está errada, pois o período composto “A desgraça vem a cavalo e volta a pé.” apresenta duas orações coordenadas por adição. A alternativa (D) é a correta, pois o período composto “Malha-se o ferro enquanto está quente.” apresenta duas orações: a primeira é a principal e a segunda é subordinada adverbial temporal “enquanto está quente”. A alternativa (E) está errada, pois o período composto “Duvidei da certidão, todavia ela era legítima.” apresenta duas orações coordenadas, sendo que a segunda é adversativa. Gabarito: D Questão 35: SEFAZ-RJ – 2012 – Analista de Controle Interno (banca CEPERJ) “Os 10% mais ricos concentram 75% da riqueza do país. Para agravar ainda mais o quadro da desigualdade brasileira, os pobres pagam mais impostos que os ricos. Segundo levantamento feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), apresentado hoje (15/5) ao CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) reunido em Brasília, os 10% mais pobres do país comprometem 33% de seus rendimentos em impostos, enquanto que os 10% mais ricos pagam 23% em impostos. "O país precisa de um sistema tributário mais justo que seja progressivo e não regressivo como é hoje. Ou seja, quem ganha mais deve pagar mais; quem ganha menos, pagar menos". Entre os cinco elementos sublinhados no fragmento de texto acima, aquele que mostra o valor semântico corretamente identificado é: A) para – direção B) segundo – ordem C) enquanto – tempo D) como – conformidade E) ou seja – explicação Comentário: Muito cuidado ao realizar questões com conectivos, pois podem aparecer “pegadinhas”. A banca queria “derrubar” os desavisados, pois, na pressa, ao ver a conjunção “enquanto”, o candidato poderia marcar logo, logo a alternativa (C), mas veja em nosso material teórico que tal conjunção pode ter dois valores: coordenativa adversativa ou subordinativa adverbial temporal. Porém, no contexto em que está inserida, ela tem valor coordenativo adversativo, podendo inclusive ser substituída por “porém”. Veja: ...os 10% mais pobres do país comprometem 33% de seus rendimentos em impostos, enquanto que os 10% mais ricos pagam 23% em impostos. LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 28 ...os 10% mais pobres do país comprometem 33% de seus rendimentos em impostos, porém os 10% mais ricos pagam 23% em impostos. A alternativa (A) está errada, porque a preposição “Para” inicia a oração subordinada adverbial de finalidade “Para agravar ainda mais o quadro da desigualdade brasileira”. A alternativa (B) está errada, porque“Segundo” inicia o adjunto adverbial de conformidade “Segundo levantamento feito pelo Ipea”. A alternativa (D) está errada, pois a conjunção “como” é subordinativa adverbial comparativa, pois podemos subentender expressão “da mesma forma que”, “da mesma forma como”. Compare: "O país precisa de um sistema tributário mais justo que seja progressivo e não regressivo como é hoje. "O país precisa de um sistema tributário mais justo que seja progressivo e não regressivo da mesma forma como é hoje. "O país precisa de um sistema tributário mais justo que seja progressivo e não regressivo da mesma forma que é hoje. A alternativa (E) é a correta, pois “Ou seja” é uma expressão denotativa de explicação. Ou seja, quem ganha mais deve pagar mais; quem ganha menos, pagar menos". Gabarito: E Questão 36: Pref Cantagalo – 2006 – Assistente Social (banca CEPERJ) A vírgula foi empregada para separar termos que possuem a mesma função sintática em: A) “...para que se evitassem doenças como ataques cardíacos, derrames cerebrais, diabetes, reumatismos...” B) “Até a segunda metade do século XX, a desnutrição foi nosso principal problema de saúde pública;” C) “Infelizmente, quando ocorre aumento de peso, os sinais opostos são quase imperceptíveis...” D) “Portanto, cerca de 50 milhões de pessoas deveriam perder peso para que se evitassem doenças...” Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois a expressão denotativa de exemplificação “como ataques cardíacos, derrames cerebrais, diabetes, reumatismos” possui quatro núcleos, os quais são separados pelas vírgulas. Assim, realmente elas separam termos de mesma função sintática. Na alternativa (B), a vírgula ocorre porque o adjunto adverbial de tempo “Até a segunda metade do século XX” está antecipado. Na alternativa (C), a dupla vírgula ocorre porque a oração subordinada adverbial temporal “quando ocorre aumento de peso” está intercalada. Na alternativa (D), a vírgula ocorre porque se pode inseri-la após a conjunção coordenativa conclusiva (“Portanto”). Gabarito: A LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 29 Questão 37: São J.R.Preto - 2008 - Auditor Fiscal Tributário (banca VUNESP) Ao se cozer o leite, elimina-se microorganismos únicos e se perde a especificidade do produto. Desenvolvendo-se a oração inicial do trecho, a conjunção a ser empregada é (A) Quando. (B) Embora. (C) Portanto. (D) Ou. (E) Que. Comentário: Note que antes se coze o leite, assim os microorganismos únicos são eliminados e se perde a especificidade do produto. Dessa forma, fica fácil perceber o valor temporal da oração “Ao se cozer o leite”. A banca facilitou muito nossa vida, inserindo a conjunção “Embora” (adverbial concessiva), “Portanto” (coordenada conclusiva), “Ou” (coordenada alternativa) e “Que” ( a qual pode ter vários valores semânticos, mas não teria coerência neste contexto). Gabarito: A Questão 38: Prefeitura N S Socorro – 2011 – Contador (banca AOCP) A relação lógico-semântica estabelecida no período “Quando meu dono bebe vira outro” é a de (A) finalidade. (B) causa. (C) tempo. (D) concessão. (E) consecução. Comentário: A conjunção “Quando” transmite valor de tempo. Gabarito: C Questão 39: Correios 2006 – Engenheiro (banca AOCP) Em “Ao terminar a guerra, um soldado que por muito serviu ao rei dirigiu-se ao soberano”, os termos destacados exercem a função sintática de: a) Objeto direto. b) Adjunto adnominal. c) Adjunto adverbial. d) Objeto indireto. Comentário: Veja que a expressão “Ao terminar a guerra” possui verbo. Assim, é uma oração. Esta oração está reduzida de infinitivo, por não possuir conjunção e o verbo se encontrar na forma nominal infinitiva. Veja que podemos desenvolver essa oração em “Depois que terminou a guerra” ou “Quando terminou a guerra”. Isso nos mostra que realmente temos uma oração subordinada adverbial temporal. Agora, veja o pedido da questão: ela pede a função sintática que esta expressão ocupa. Naturalmente, o ideal nas alternativas seria a inserção da expressão “oração subordinada adverbial temporal”. Como isso não ocorreu, cabe a alternativa (C), pois esta oração desempenha uma circunstância adverbial em relação à oração principal “um soldado...dirigiu-se ao soberano. Mas fique atento: a expressão “Ao terminar a guerra” não é um adjunto adverbial de tempo, mas uma oração subordinada adverbial temporal reduzida de infinitivo. Gabarito: C Comentário do autor Além das orações coordenadas, vistas na aula anterior, também são estruturas independentes as orações intercaladas. Elas não fazem parte do LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 30 grupo de orações coordenadas, pois são inserções feitas pelo autor, com desprendimento sintático, por isso podem ser separadas por vírgula, travessão ou parênteses. Essa estrutura é também chamada de expressão parentética ou comentário do autor e transmite certos valores semânticos: a) advertência: esclarece um ponto que o falante julga necessário: Em 1945 – isto aconteceu no dia do meu aniversário – conheci um dos meus melhores amigos. b) opinião: o falante aproveita a ocasião para opinar: D. Benta (malvada que era) dizia que a sua doença impedia a brincadeira da garotada. (Machado de Assis) c) desejo: o falante aproveita a ocasião para exprimir um desejo, bom ou mau: José – Deus o conserve assim! – conquistou o primeiro lugar da classe. d) escusa: o falante se desculpa: “Pouco depois retirou-se: eu fui vê-la descer as escadas, e não sei por que fenômenos de ventriloquismo cerebral (perdoem-me os filósofos essa frase bárbara) murmurei comigo...” (Machado de Assis) e) permissão: o falante solicita algo: Meu espírito (permita-me aqui uma comparação de criança), meu espírito era naquela ocasião uma espécie de peteca.” (Machado de Assis) f) ressalva: o falante faz uma limitação à generalidade de um enunciado: Ele, que eu saiba, nunca veio aqui. “Cobiça de cátedras e borlas que, diga-se de passagem, Jesus Cristo repreendeu severamente aos fariseus.” (Camilo Castelo Branco) Os livros, pode-se bem dizer, são o alimento do espírito. g) esclarecimento, síntese ou conclusão do que foi enunciado: “– A razão é clara: achava a sua conversação menos insossa que a dos outros homens.” (Machado de Assis) “Não era desgosto: era cansaço e vergonha” (Cochat Osório) “Eu em sua igreja não mando: só assisto e apoio” (S. de Mello Breyner Andressen) Questão 40: FUNAI 2009 Arquiteto (banca Funrio) No fragmento “Independente das posições político-ideológico-partidárias de cada um, seja um cidadão seja uma empresa – afinal, todos têm direito à livre manifestação nas sociedades democráticas –, o que tem acontecido é lamentável sob qualquer ponto de vista.”, os travessões foram empregados para A) indicar a mudança de interlocutor. B) isolar uma palavra. C) isolar uma explicação acessória. LÍNGUA PORTUGUESA INSS (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR DÉCIO TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 31 D) enfatizar o final do enunciado. E) negar o que está mencionado anteriormente. Comentário: O segmento “afinal, todos têm direito à livre manifestação nas sociedades democráticas” é um comentário à parte do autor, o qual serve para explicar informação anterior. Assim, a alternativa correta é a (C). Gabarito: C Questão 41: FURP 2010 Analista (banca Funrio) Fragmento do texto: Ao revelar, ontem, que o índice de fumantes no Brasil teve uma queda surpreendente nos últimos 15 anos – ele caiu pela metade –, o Instituto
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