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O Pacto Social Thomas Hobbes

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O Pacto Social, um "Cálculo" 
Anderson Manuel de Araújo1 
Thomas Hobbes elaborou uma hipótese bastante plausível a respeito da natureza humana. Tal 
hipótese justificaria a necessidade de o ser humano viver em sociedade e, portanto, conviver 
pacificamente com os outros humanos. 
No "Leviatã", um dos principais livros de Hobbes, ele caracteriza o ser humano inserido num 
hipotético "estado de natureza", no qual ainda não havia nem leis, nem propriedade privada. O homem 
era livre e, de certa maneira, podia fazer o que quisesse, pois não havia lei que restringisse o seu desejo. 
Mas sendo todos os seres humanos igualmente livres, num mundo sem leis, poderia haver tranquilidade, 
quer dizer, paz? 
Não, pois se todos podem realizar os seus desejos sem impedimento algum, o homem vive 
constantemente sob o medo de perder o que é seu e até mesmo a própria vida. Neste sentido, Hobbes 
afirma que reina o medo e a insegurança no estado de natureza. Neste estado vive-se "uma guerra de 
todos contra todos", ou pelo menos a possibilidade constante desta guerra. 
Por isso, os homens resolvem fazer um acordo ou pacto para garantir as suas conquistas e, 
portanto, a paz. Eles se associam e se organizam, formando o estado político. Neste estado há leis e um 
soberano que garante a paz e a ordem. Interessante notar que em Hobbes o homem não é naturalmente 
um animal político como pensou Aristóteles, mas um animal que age naturalmente em seu próprio 
benefício. 
Para Hobbes a sociedade é resultado de um pacto para garantir a vida do homem. Hobbes diz 
que o homem faz um "cálculo", raciocina, utiliza a razão para garantir a sua vida e conclui, visando a 
conservação da vida, que o estado político é a melhor forma de vida, ainda que este estado limite as 
liberdades individuais. 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
HOBBES, Thomas. Leviatã. Trad. João Paulo Monteiro. São Paulo: Martins Fontes, 2008. 
 
 
1
 Mestre em Filosofia pela UFMG. andersonfilosofia@yahoo.com.br

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