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BMC APLICADA AO COMPLEXO INFERIOR

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BIOMECÂNICA APLICADA AO COMPLEXO INFERIOR 
 
É constituído a partir das articulações da cintura pélvica, quadril, joelho, 
tornozelo e pé. 
A cintura pélvica incluindo a articulação do quadril exerce um papel 
integral no suporte do peso do corpo e ao mesmo tempo, oferece mobilidade, 
aumentando a amplitude de movimento dos membros inferiores. 
A cintura pélvica é constituída por pares ósseos – íleo, ísquio e púbis – e serve 
como local para inserção de vinte e oito músculos do tronco e coxa, e nenhum 
deles é posicionado para agir somente sobre a cintura. 
Obs: A cintura pélvica e a articulação do quadril fazem parte de um sistema de 
cadeia cinética fechada, no qual as forças sobem pelo quadril e pelve indo para 
o tronco ou descem do tronco para pelve e quadril até joelho, pé e solo. 
Finalmente, o movimento da cintura pélvica e do quadril contribuem 
significativamente para manter o equilíbrio e postura em pé empregando a 
ação muscular contínua para ajuste finos assegurando o equilíbrio. 
 
Movimentos da cintura pélvica: 
 
Movimento no plano sagital – eixo látero/lateral: 
Báscula anterior, inclinação anterior, desvio anterior ou anteversão – é o 
deslocamento da pelve para frente a partir da acentuação da lordose lombar. 
Grau de amplitude de movimento: 70
o
 a 75
o
. 
 
Báscula posterior, inclinação posterior, desvio posterior ou retroversão – é o 
movimento da pelve para trás a partir da retificação da lordose lombar. Grau 
de amplitude de movimento: 50
o
 a 55
o
. 
 
Movimento no plano frontal – eixo ântero/posterior: 
Inclinação lateral: movimento da pelve tendo como base o desnivelamento de 
uma das cristas ilíacas. O grau de amplitude de movimento não é especificado, 
pois esse movimento apresenta como caráter funcional devido aos pequenos 
ajustes no movimento de flexão lateral da coluna vertebral, porção lombar. 
 
Movimento no plano transverso – eixo longitudinal: 
Rotação pélvica: a pelve gira em torno do eixo longitudinal da coluna 
vertebral a partir da coluna lombar. 
 
Obs: Embora os músculos facilitem os movimentos da pelve, não existe um 
grupo muscular que haja sobre a pelve especificamente, assim os movimentos 
pélvicos ocorrem como conseqüência dos movimentos dos quadris e/ou 
coluna vertebral. 
 
ARTICULAÇÃO DO QUADRIL 
É a articulação entre a cabeça do fêmur e o acetábulo. Classificada como 
diartrose, esferoidal permitindo o movimento nos três planos ortogonais. 
Aproximadamente 70% da cabeça do fêmur articula-se com o acetábulo, em 
comparação com os 20 a 25% da cabeça do úmero com a cavidade glenóide. 
 
Movimentos na articulação do quadril: 
 
Plano sagital – eixo latero/lateral: 
Flexão – Aproximação da face anterior da coxa com a face anterior do tronco. 
Grau de amplitude de movimento: 70
o
 a 140
o.
 
Extensão – Retorno da flexão. Grau de amplitude de movimento: 70o a 140o. 
“Hiperextensão” – Segmento coxa desloca-se para trás. Grau de amplitude de 
movimento: 4
o
 a 15
o
. 
Obs: O ligamento ílio-femural ou ligamento Y é forte e suporta a articulação 
do quadril anteriormente na postura em pé e resiste aos movimentos de 
extensão, rotação interna e alguma rotação externa. 
O movimento de hiperextensão pode ser tão limitado por esse ligamento que 
pode deixar de ocorrer na articulação do quadril, propriamente dita, mas 
ocorre como conseqüência da inclinação pélvica anterior. 
 
Plano frontal eixo ântero/posterior: 
 
Abdução – O segmento coxa desloca-se lateralmente ou para fora. 
Adução – Movimento contrário ao de abdução. 
Grau de amplitude de movimento: ± 30
o
. 
 
Plano transverso eixo longitudinal: 
 
Rotação interna - Desloca-se o segmento pé medialmente. Grau de amplitude 
de movimento: ± 70
o
. 
Rotação externa – Deslocamento do segmento pé lateralmente. Grau de 
amplitude de movimento: ± 90
o
. 
 
Obs: A cápsula articular da articulação do quadril é mais densa da parte da 
frente e de cima da articulação, em que as sobrecargas são maiores, e é bem 
mais fina no lado de trás e de baixo da articulação. 
Os ligamentos pubofemural, ísquifemural e íleofemural não resistem ao 
movimento de flexão, ficando todos eles frouxos durante esse movimento. 
Os músculos que cercam a articulação do quadril recebem alguma forma de 
condicionamento ao andarmos, levantarmos ou ao subirmos uma escada, 
porém, a musculatura do quadril precisa ser equilibrada para que os extensores 
não sobrepujem os flexores, e os abdutores os adutores; isso irá assegurar 
controle suficiente sobre a pelve. 
Existem muitos músculos bi-articulares agindo na articulação do quadril, 
desse modo, deve ser dada muita atenção as articulações adjacentes, para 
maximizar um exercício de alongamento ou fortalecimento. 
 
COMPLEXO DO JOELHO: 
 
São identificadas a partir da região do joelho três articulações distintas, a 
saber: patelofemoral, tibiofibular superior ou proximal e tibiofemoral, que é a 
verdadeira articulação do joelho. 
A articulação do joelho é classificada por bicondilar, permitindo os 
movimentos de flexão, extensão, rotação interna e externa. 
A articulação do joelho é muito vulnerável a lesões devido às demandas 
mecânicas, que são colocadas sobre elas e devido à dependência dos tecidos 
moles para seu suporte. 
A estabilidade funcional da articulação deriva da restrição passiva dos 
ligamentos, da geometria articular, dos músculos ativos e das forças 
compressivas que empurram um osso contra o outro. 
A articulação do joelho é caracterizada pela articulação do côndilo lateral do 
fêmur com o platô lateral da tíbia e do côndilo medial do fêmur com o platô 
medial da tíbia, sendo que as estruturas mediais encaixam-se comodamente, já 
as estruturas laterais não se encaixam, pois suas superfícies são convexas. 
 
MOVIMENTOS DA ARTICULAÇÃO DO JOELHO: 
 
Plano sagital – eixo látero/lateral: 
Flexão – Aproximação da face posterior da perna, com a face posterior da 
coxa. 
Extensão – Retorno da flexão. 
Grau de amplitude de movimento: ± 145
o
. 
 
Plano transverso – eixo longitudinal: 
Os movimentos de rotação interna e externa devem ser realizados com a 
articulação do joelho fletida a 90
o
. 
Rotação externa – Os artelhos deslocam-se lateralmente ou para fora. Grau de 
amplitude de movimento: ± 45
o
. 
Rotação interna – Os artelhos deslocam-se medialmente ou para dentro. Grau 
de amplitude de movimento: ± 30
o
. 
 
Obs: Encontram-se no interior da cápsula do joelho duas estruturas 
fibrocartilaginosas, chamadas de meniscos, que tem como função favorecer a 
estabilidade da articulação aumentando a superfície de contato, absorver 
choques (função amortecedora) e deformam-se para permitir o movimento. 
O movimento de flexão da articulação do joelho é acompanhado de rotação 
interna da tíbia sobre o fêmur e o movimento de extensão é acompanhado pela 
rotação externa, que termina na ação de travamento no final da extensão, 
denominado mecanismo parafusar. 
Centro Instantâneo de Rotação (CIR) ou EVOLUTA: pequena alteração que 
ocorre no posicionamento do eixo de rotação da articulação do joelho durante 
o movimento de flexão, permitindo assim, além do movimento de rotação, o 
movimento de deslizamento (cisalhamento) dos côndilos femorais sobre os 
platôs tibiais. 
Patela: protege anteriormente a articulação do joelho, funciona como um tipo 
de polia para musculatura do quadríceps, aumentando o ângulo de inserção do 
tendão patelar, aumentando assim o ângulo de tração e diminuindo a 
desvantagem mecânica. 
 
ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO: 
 
São as articulações tibiofibular inferior ou distal, tibiotalar e fibulotalar. É 
uma articulaçãoem dobradiça uniaxial, que permite o movimento de dorsi 
flexão e extensão do tornozelo ou flexão plantar. Os movimentos são 
realizados no plano sagital – eixo látero/lateral. A dorsi flexão é a 
aproximação do dorso do pé da face anterior da perna. Grau de amplitude de 
movimento: ± 20
o
. 
Movimento de flexão plantar: é a tendência ao alinhamento do pé com o eixo 
longo da perna. Grau de amplitude de movimento: ± 50
o
. 
 
Obs: A estabilidade do tornozelo depende da orientação dos ligamentos, do 
tipo de carga e da posição do tornozelo no momento de sobrecarga. 
São necessários no mínimo, 10
o
 de dorsi flexão e 20
o
 a 25
o
 de flexão plantar 
para a marcha normal. 
Imediatamente a partir da articulação do tornozelo encontramos a articulação 
subtalar, que é a articulação entre o tálus e o calcâneo. Essa articulação 
sustenta grande quantidade de carga, altamente capacitada à absorção de 
choques. 
Os movimentos possíveis da articulação subtalar, em cadeia fechada, são: 
supinação ou inversão e pronação ou eversão. 
Em cadeia aberta os movimentos subtalares são triplanares: 
Supinação ou inversão + flexão plantar + adução. 
Pronação ou eversão + dorsi flexão + abdução.

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