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DIREITO CIVIL RESUMO HUGO

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DIREITO CIVIL II 
OBRIGAÇOES; 
Obrigação e quando existe um vínculo jurídico entre as duas pessoas (naturais ou jurídicas) 
mediante o qual uma pessoa é obrigada a realizar uma prestação (dever) em favor de outra 
pessoa. 
Essa prestação (obrigação) pode ser de: dar; fazer ou não fazer. 
Exemplo: 
- Realizar um pagamento (obrigação de dar dinheiro) 
- Construir uma casa (obrigação de fazer um serviço) 
- Não desmatar um terreno (obrigação de não fazer) 
A obrigação tem 2 sujeitos: um sujeito ativo (credor) e um sujeito passivo (devedor) = o 
credor e o dever são os sujeitos da obrigação. 
Isso não significa que serão apenas 2 pessoas, pois em uma Obrigação podem haver vários 
credores e vários devedores. 
Sempre existe dois lados de uma relação obrigacional: O lado Credor e o lado Devedor. 
 Relação jurídica obrigacional 
Credor= é o sujeito (pessoa natural ou jurídica) que tem o direito de receber uma 
prestação. (Sujeito ativo) 
Devedor= é o sujeito (pessoa natural e jurídica) que tem a obrigação de realizar uma 
prestação. (Sujeito passivo) 
Obrigação= é o vínculo jurídico que liga os dois sujeitos: liga o credor ao devedor. 
 Elementos da obrigação 
Elemento objetivo= prestação 
Prestação é a atividade do devedor para satisfazer o crédito do credor 
Pode ser: 
a Positiva( exige uma ação do devedor)= o devedor tem que dar ou fazer algo; ou 
b Negativa ( exige uma omissão do devedor)= o devedor não deve fazer algo. 
 Objetos da relação obrigacional 
A relação obrigacional possui 2 objetos: 
A objeto direto (imediato) 
B Objetivo indireto (Mediato) 
O objetivo direto (imediato) é a própria prestação em si, é a atuação do devedor. 
Exemplos: 
- O devedor tem que dar alguma coisa? Então o objeto Direto é ‘’dar’’ 
- O devedor tem que fazer alguma coisa? Então objeto Direto é ‘’fazer’’ 
- O devedor deve não fazer alguma coisa? Então o objeto direto é ‘’não fazer’’ 
Objeto indireto (mediato) é o objeto da prestação: a própria coisa (bem) em si. 
Exemplos: 
- O que o devedor se obrigou a dar? Um carro? Então o objeto indireto é o carro e não 
atividade de dar; 
- O devedor se obrigou a pintar um quadro? Então o objeto indireto é o quadro e não a 
atividade de pintar (fazer). 
 Fontes das obrigações 
a Fonte imediata  LEI 
b Fonte mediatas  Ato jurídico em sentido estrito, Negócio jurídico e ato ilícito 
 Obrigações de dar= POSITIVAS 
As obrigações de dar estão no artigo 233 ao artigo 246 do C. civil 
As obrigações de são obrigações positivas porque exigem uma atividade do devedor. O 
devedor tem de agir para realizar a obrigação. 
Exemplos: Se o devedor assumiu a obrigação de entregar um carro (obrigação de dar), para 
cumprir a obrigação ele deve agir para entregar o carro. 
Se o devedor assumiu a obrigação de pagar um valor (obrigação de dar dinheiro), ele deve 
agir para pagar esse valor. 
Objeto determinado= Objeto certo (coisa certa) Quantidade, gênero e qualidade. 
Objeto Determinável= Objeto incerto (coisa incerta) Quantidade e gênero. 
Exemplo de coisa certa: 
Obrigação de dar coisa certa: É a obrigação de dar um bem específico, não servindo outro 
de mesma espécie, como quando uma pessoa vende o cavalo campeão de sua fazenda. Na 
verdade, há dois tipos de obrigação de dar coisa certa: dar e restituir. A razão é que quando 
tenho a obrigação de devolver um bem que recebi, não posso impor a entrega de outro de 
mesma espécie. Portanto, tenho obrigação de dar coisa certa tanto quando tenho que 
entregar um cavalo que vendi quanto quando tenho que devolver um cavalo que me foi 
emprestado. 
Joao deixou seu carro estacionado no aeroporto. Quando voltar de viagem, o 
estacionamento vai ser obrigado a devolver (dar) o carro para Joao, não poderá dar outro 
carro no lugar, porque o estacionamento tem a obrigação de dar coisa certa. 
Obrigação de coisa incerta: É a obrigação de dar um gênero em certa quantidade, como na 
venda de três cavalos de uma fazenda. Em dado momento, os bens a serem entregues 
deverão ser escolhidos, o que chamamos de concentração da prestação. A quem cabe a 
escolha? A quem definido no contrato. Se nada for dito, a escolha caberá ao devedor, que 
não poderá escolher o pior nem ser obrigado a escolher o melhor. 
Coisa incerta: está definida apenas pela quantidade e gênero (ou espécie), mas não está 
determinada a qualidade (ou a qualidade é insuficiente). 
Exemplo: Joao se obrigou a entregar 1000 canetas. Nesse caso, a coisa é incerta pois está 
definida apenas a quantidade de 1000 e pela espécie (canetas), mas não está definida pela 
qualidade: azul? Esferográfica etc... 
OBRIGAÇÕES DE DAR PODEM SER: 
Obrigação de entregar  O devedor deve entregar a coisa para o credor  Transferência 
do domínio. 
Obrigação de restituir  O devedor deve devolver a coisa que pertence ao credor  Não 
há transferência de domínio. 
Obrigação de pagar  o devedor deve pagar um valor ao credor  prestação pecuniária. 
 
Artigo 233 do C. civil  A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora 
não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. 
O artigo 233 do C. civil quer dizer se o devedor tem a obrigação de dar uma coisa certa para 
o credor, essa obrigação compreende também a obrigação de dar os acessórios dessa coisa 
certa, ou seja o devedor tem a obrigação de entregar a coisa certa e todos os acessórios 
dessa coisa certa. 
Exemplo: Joao vendeu seu veículo BMW, placas bmw2424, para maria, Joao assumiu a 
obrigação de entregar coisa certa. 
Juntamente com o carro, João terá de entregar os acessórios desse carro, por exemplo: 
Terá que entregar o carro e câmara traseira instalando no carro. 
(Decorre do princípio da gravitação jurídica). 
Obrigação de fazer: A obrigação de fazer é aquela em que a prestação do devedor consiste 
na realização de uma atividade, como na contratação da prestação de um serviço. A 
obrigação de fazer pode ser de dois tipos: personalíssima (infungível) ou não personalíssima 
(fungível). Será personalíssima quando só o devedor puder cumprir a prestação, como na 
contratação de um pintor famoso para pintura do retrato do credor em um quadro. Será 
não personalíssima quando não só o devedor, mas outra pessoa também puder cumprir a 
prestação, como a contratação de um pintor para pintura das paredes de uma casa. 
Por que diferenciar? Se for obrigação personalíssima e o devedor se recusa a cumpri-la ou 
por sua culpa se tornou impossível, responde por perdas e danos. Se for obrigação não 
personalíssima, poderá o credor optar em reclamar indenização por perdas e danos ou 
mandar executar às custas do devedor. Como isso é feito? Ajuizamento de ação com 
orçamento do serviço, pedindo condenação do devedor do fazer a pagar. Todavia, se for 
urgente, poderá o credor mandar executar o fato independente de prévia autorização 
judicial, buscando em juízo depois o ressarcimento do que foi gasto. 
Obrigação de não fazer: A obrigação de não fazer é uma obrigação a uma abstenção, por 
exemplo, não levantar um muro divisório. Se o devedor descumprir a obrigação, fazendo o 
que se obrigou a não fazer, deverá indenizar o credor em perdas e danos? Nem sempre, 
pois às vezes se tornou impossível, sem culpa do devedor, abster-se do ato. Nesse caso, 
apenas se resolve a obrigação (volta ao estado anterior do negócio), não tendo que 
indenizar perdas e danos. Exemplo: a pessoa se viu obrigada a levantar o muro para 
impedir que a água invadisse sua casa.Se, porém, simplesmente decidiu fazer o que se obrigara a não fazer, será condenado a 
indenizar perdas e danos e, se o fizer, consistir em uma obra, poderá o credor pedir 
judicialmente para desfazê-la. Se for urgente, poderá mandar desfazer independente de 
autorização judicial, buscando em juízo o ressarcimento. 
Obrigações de meio e resultado: Nas obrigações de resultado, o devedor se vincula a 
atingir determinado resultado, sob pena de inadimplemento e, consequentemente, dever 
de indenizar perdas e danos. 
Já na obrigação de meio, o devedor não se vincula a atingir determinado resultado, mas sim 
a corresponder no meio para atingi-lo, ou seja, a empregar a diligência na busca do 
resultado. Não responde se o resultado não for atingido, apenas se não empregou a 
diligência necessária. Um advogado ou um médico tem obrigação de meio, enquanto que, 
segundo a jurisprudência do STJ, o cirurgião plástico, embora seja um médico, tem 
obrigação de resultado, quando se tratar de intervenção meramente estética ou 
embelezadora. 
Obrigação divisível: é aquela em que pode ser fracionado o objeto da prestação, o que não 
é possível na obrigação indivisível. Como exemplo, a obrigação de dar dinheiro é obrigação 
divisível e a obrigação de dar um cavalo é obrigação indivisível. 
Só há importância em determinar o tipo de obrigação quando houver pluralidade de 
devedores e/ou credores. Sendo obrigação divisível, não há problema, pois cada um cobra 
ou é cobrado em sua parte (se não for determinada a parte que cabe a cada um, presume-
se dividida em partes iguais). Entretanto, sendo obrigação indivisível, como cada um 
cobrará ou será cobrado em sua parte, já que o objeto não pode ser dividido? Havendo 
mais de um devedor em obrigação indivisível, cada um responde por toda a dívida, pois não 
há como fracionar a cobrança. Agora, aquele que pagar a dívida, sub-roga-se nos direitos do 
credor perante os demais coobrigados (art. 259 do CC). Exemplo: se duas pessoas devem 
um cavalo, qualquer um deles pode ser cobrado, mas quem pagar poderá cobrar do outro, 
em dinheiro, metade do valor do animal. 
Obrigação indivisível: A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma 
coisa ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem 
econômica, ou dada a razão determinante de negócio jurídico. 
Exemplo: Um quadro, um carro, ou um animal, são objetos indivisíveis por que seu 
fracionamento altera a substância da coisa. 
Se havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado 
pela dívida toda. 
O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros 
coobrigados. 
Obrigações Alternativas: A obrigação alternativa é aquela que compreende duas ou mais 
prestações, mas se extingue com a realização de apenas uma delas. Exemplo: obrigação de 
dar um carro ou uma moto. A quem cabe a escolha de que prestação cumprir? Em regra ao 
devedor, pois a obrigação se extingue com ele cumprindo uma ou outra prestação. Todavia, o 
contrato pode prever que a escolha cabe ao credor. É o que diz o art. 252 do CC, que 
completa: não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em 
outra. 
Importante: o que ocorre quando uma ou todas as prestações não puderem ser cumpridas? A 
resposta irá variar se a escolha cabia ao devedor ou ao credor 
Obrigações solidárias: Na pluralidade de credores ou devedores em obrigação indivisível, 
todos são obrigados ou têm direito a toda dívida por ser fisicamente impossível dividir o 
objeto da prestação. Todavia, é possível haver obrigação divisível em que todos são 
obrigados ou têm direito a toda a dívida por determinação da lei ou da vontade das partes: 
é a obrigação solidária. Imagine dois amigos devendo vinte mil reais a um credor. Em tese, 
cada um deve dez mil reais, mas, se for obrigação solidária, o credor pode cobrar toda a 
dívida de qualquer deles (quem paga se sub-roga nos direitos do credor perante os demais 
devedores). Por outro lado, se um devedor deve vinte mil reais a dois amigos, em tese, 
deve dez mil reais para cada um deles, mas, se for obrigação solidária, qualquer dos 
credores pode cobrar toda a dívida (quem recebe se torna devedor perante os demais 
credores). Portanto, haverá solidariedade quando houver mais de um devedor ou mais de 
um credor obrigados ou com direito à totalidade da dívida. A solidariedade não se presume, 
resultando apenas da lei ou da vontade das partes. A solidariedade pode ser ativa ou 
passiva, a depender se a pluralidade está no pólo ativo ou passivo da obrigação.

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