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ModuloDidatico-PRJ_901

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FBE- Fundação Bahiana de Engenharia PRJ-901 
 
 
 
 
Módulo Didático 
 
Disciplina Projetos e Pesquisas 
FBE- Fundação Bahiana de Engenharia PRJ-901 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO................................................................................ 01 
1. PROJETO DE PESQUISA........................................................................................02 
1.1 O que é pesquisar?....................................................................................................02 
1.2 Por que pesquisar?.....................................................................................................02 
1.3 Tipos de pesquisa.......................................................................................................02 
1.4 Qualidades pessoais do pesquisador..........................................................................03 
1.5 O que é método.........................................................................................................03 
1.6 Tipos de métodos.......................................................................................................03 
1.7 O que é projeto de pesquisa?....................................................................................04 
1.8 Fases de Elaboração do Projeto.................................................................................04 
2. TIPOS DE PROJETOS...........................................................................05 
3. ESTRUTURA DE UM PROJETO DE PESQUISA..........................05 
3.1 Definindo o tema e título (o quê)..............................................................................06 
3.2 Justificativa (Por Quê)...............................................................................................06 
3.3 Formulação do problema..........................................................................................07 
3.4 Formulação de Hipóteses..........................................................................................07 
3.5 Objetivos (Para quê)..................................................................................................08 
3.6 Revisão da literatura............................................................................................... 10 
3.7 Metodologia (Como?)..............................................................................................10 
3.8 Resultados esperados.............................................................................................. 14 
3.9 Cronograma (quando?)........................................................................................... 14 
3.1. Orçamento (com quanto).........................................................................................17 
FBE- Fundação Bahiana de Engenharia PRJ-901 
 
3.11 Referências Bibliográficas....................................................................................18 
3.12 Anexos.....................................................................................................................20 
4. REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO.............................................................. 21 
4.1 Capa.......................................................................................................................... 21 
4.2 Folha de rosto............................................................................................................21 
4.3 Formato.....................................................................................................................22 
4.4 Margens.....................................................................................................................22 
4.5 Espacejamento...........................................................................................................22 
4.6 Indicativos de seção..................................................................................................23 
4.7 Paginação.................................................................................................................. 23 
4.8 Título........................................................................................................................ 23 
4.9 Sumário.................................................................................................................... 24 
4.10 Desenvolvimento do trabalho.................................................................................24 
4.11 Referências............................................................................................................. 25 
5. CITAÇÕES..................................................................................... 25 
5.1 Citações diretas........................................................................................................ 27 
5.2 Citações indiretas..................................................................................................... 28 
6. ALGUMAS RECOMENDAÇÕES QUANTO À REDAÇÃO............. 29 
 REFERÊNCIAS................................................................................ 33 
 
 
FBE- Fundação Bahiana de Engenharia PRJ-901 
 
INTRODUÇÃO 
Ler textos acadêmicos, preparar resumos, elaborar resenhas, construir projetos. Tudo 
isso exige do estudante tempo, domínio de técnicas específicas e o conhecimento de 
normas básicas. 
O que é projetar? O que é pesquisa? O que é conhecimento? 
Todas essas perguntas estão atreladas com o trabalho a ser apresentado nesse módulo, 
com a intenção de facilitar a busca dos estudantes no que diz respeito aos trabalhos de 
pesquisa e de aprofundamento teórico na construção de Projetos de Pesquisa, definindo 
qual o tipo de estudo apropriado, a estratégia e a tática a serem utilizadas. 
O que fazer? Como começar? 
A formulação da pergunta é o primeiro e mais importante passo de uma pesquisa. É 
onde nasce a pesquisa. A hipótese é a resposta que espera ser encontrada ao final da 
pesquisa. O objetivo é o que irá ser pesquisado. Serve como uma bússola ao 
navegador, indicando o caminho a ser seguido. Porém, duas características são 
importantes: a primeira, se a pergunta é relevante, e a segunda, se é possível 
respondê-la. Pois apenas com perguntas relevantes e possíveis de responder é que 
devemos dedicar nosso tempo e raciocínio com o ato de projetar. E o que projetar? 
Projetar é saber como fazer, mas para isso é preciso conhecer o modo de proceder para 
alcançar a solução de algum problema. E é assim que surge a necessidade de construir 
um Projeto; como documento que possui as idéias principais de uma pesquisa que será 
realizada. E o que é uma pesquisa? 
Uma pesquisa é um processo de construção do conhecimento que tem como metas 
principais gerar novos conhecimentos e/ou corroborar ou refutar algum conhecimento 
pré-existente. É basicamente um processo de aprendizagem tanto do indivíduo que a 
realiza quanto da sociedade na qual esta se desenvolve 
Contudo preparar, elaborar e construir através da pesquisa, do conhecimento e da 
exposição de idéias, que iniciamos o Módulo I de Projetos e Pesquisa. 
 
FBE- Fundação Bahiana de Engenharia PRJ-901 
 
1. PROJETO DE PESQUISA 
1.1 O que é pesquisar?Pesquisar é um procedimento racional e sistemático que tem como objetivo 
proporcionar respostas aos problemas que são propostos. 
A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder 
ao problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de 
desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao problema. 
1.2 Por que pesquisar? 
Há muitas razões que determinam a realização de uma pesquisa. Podem, no entanto, ser 
classificadas em dois grandes grupos: 
a) razões de ordem intelectual (puras): decorrem do desejo de conhecer pela própria 
satisfação de conhecer. 
b) razões de ordem prática (aplicadas): decorrem do desejo de conhecer com vistas a 
fazer algo de maneira mais eficiente. 
Esses dois tipos de pesquisa não podem ser tratados como se fossem mutuamente 
exclusivas. Pois uma pesquisa sobre problemas práticos pode conduzir à descoberta de 
princípios científicos. Da mesma forma, uma pesquisa pura pode fornecer 
conhecimentos passíveis de aplicação prática imediata. 
1.3 Tipos de pesquisa 
• Pesquisa Experimental: É toda pesquisa que envolve algum tipo de 
experimento. 
• Pesquisa Exploratória: É toda pesquisa que busca constatar algo num 
organismo ou num fenômeno. 
• Pesquisa Social: É toda pesquisa que busca respostas de um grupo social. 
 
• Pesquisa Histórica: É toda pesquisa que estuda o passado. 
• Pesquisa Teórica: É toda pesquisa que analisa uma determinada teoria. 
FBE- Fundação Bahiana de Engenharia PRJ-901 
 
1.4 Qualidades pessoais do pesquisador 
O êxito de uma pesquisa depende de certas qualidades intelectuais e sociais do 
pesquisador, dentre as quais estão: 
• conhecimento do assunto a ser 
pesquisado; 
• curiosidade; 
• criatividade. 
• integridade intelectual; 
• atitude auto-corretiva; 
• sensibilidade social; 
• imaginação disciplinada; 
• perseverança e paciência; 
• confiança na experiência. 
 
Qualquer empreendimento de pesquisa, para ser bem-sucedido, deverá levar em 
consideração o problema dos recursos disponíveis. O pesquisador deve ter a noção de 
tempo a ser utilizado na pesquisa e valorizá-lo. 
Deve prover-se de equipamentos e materiais necessários ao desenvolvimento da 
pesquisa. 
Deve estar atento aos gastos decorrentes da remuneração dos serviços prestados por 
outras pessoas. Em outras palavras, o pesquisador precisa elaborar um Projeto de 
Pesquisa. 
1.5 O que é método 
Método é um meio mais eficaz para atingir determinada meta. 
1.6 Tipos de métodos 
• Segundo os objetivos: É possível se realizar a investigação prática para somente 
depois teorizar acerca dos resultados (análise exploratória dedados) ou então 
primeiro se elaborar uma explicação para os fatos para em seguida testar a 
eficácia de tal explicação (construção hipotético-dedutiva); 
• Segundo a intervenção: Um estudo pode ser realizado intervindo-se o mínimo 
possível no evento sendo pesquisado (estudo observacional) ou realizando-se 
uma intervenção proposital para se verificar os seus efeitos (estudo 
experimental); 
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• Segundo o tempo: Uma pesquisa pode ser feita analisando-se o fenômeno de 
interesse medindo-se cada variável apenas uma vez, ou seja, num único instante 
de tempo (estudo transversal) ou então medindo alguma variável mais de uma 
vez, isto é, em dois instantes de tempo ou mais (estudo longitudinal). 
1.7 O que é projeto de pesquisa? 
Muitas atividades que desempenhamos em nossas carreiras fazem parte de projetos, mas 
outras não podem ser tratadas com o mesmo enfoque. 
A principal característica de um projeto é sua limitação no tempo: todo projeto tem um 
início e um fim. Não existe projeto com duração indeterminada ou que dure para 
sempre. Alguns são definidos a partir de uma data inicial, outros são guiados por uma 
data final, mas sempre uma dessas informações estará claramente definida. 
Assim, uma definição para projeto seria: “A utilização coordenada de recursos 
humanos, financeiros e materiais dentro de um período limitado de tempo para alcançar 
objetivos tangíveis e únicos”. 
No projeto define-se:
• o que fazer; 
• porque fazer; 
• para quem fazer; 
• onde fazer; 
• como, com que, quanto e 
quando fazer; 
• com quanto fazer e como pagar; 
• quem vai fazer
1.8 Fases de Elaboração do Projeto 
A elaboração de um projeto de pesquisa pode ser concebida através de quatro passos 
nos quais podem ser apresentados como esforços em responder às seguintes questões: 
• O quê? 
• Como? 
• Quando? 
• Com quê? 
Ou através planos de projeto orientado pelo Escopo: 
a) Escopo – conjunto de realizações que se pretende colocar sob a forma de um projeto. 
b) Plano de ação – procedimentos e recursos que serão mobilizados para a execução 
daquilo que foi expresso no escopo do projeto. 
c) Plano controle e avaliação – procedimentos necessários para acompanhamento e 
avaliação sistemática da execução do projeto e dos resultados alcançados. 
FBE- Fundação Bahiana de Engenharia PRJ-901 
 
2. TIPOS DE PROJETOS 
a. Projetos da área de prestação de serviços 
b. Projetos da área de indústria 
c. Projetos da área de infra-estrutura 
d. Projeto de pesquisa 
e. Projeto de desenvolvimento 
f. Projeto de engenharia 
 
3. ESTRUTURA DE UM PROJETO DE PESQUISA 
Embora possa sofrer algumas modificações em função da área de pesquisa e dos 
critérios do orientador, a estrutura apresentada a seguir pode servir de base para o 
desenvolvimento de qualquer trabalho científico. 
A estrutura de um projeto de pesquisa compreende: 
Elementos pré-textuais, elementos textuais e elementos pós-textuais. 
1. TEMA E TÍTULO DO PROJETO 
2. JUSTIFICATIVA 
3. PROBLEMA 
4. FORMULAÇÃO DE HIPÓTESES 
5. OBJETIVOS 
5.1. Gerais 
5.2. Específicos 
6. REVISÃO DA LITERATURA 
7. METODOLOGIA 
8. RESULTADOS ESPERADOS 
9. CRONOGRAMA 
10. ORÇAMENTOS 
11. REFERÊNCIAS 
13. ANEXOS 
 
FBE- Fundação Bahiana de Engenharia PRJ-901 
 
Atenção! Projeto de Pesquisa NÃO TEM conclusão. 
 
3.1 Definindo o tema e título (o quê) 
O tema parte preferencialmente da realidade circundante do pesquisador, como, por 
exemplo, de seu contexto social, profissional ou cultural. O título parte do tema e é o 
“cartão de apresentação” do projeto de pesquisa. Ele expressa a delimitação e a 
abrangência temporal e espacial do que se pretende pesquisar. 
Do tema é feita a delimitação que deve ser dotada de um sujeito e um objeto. Já o título, 
acompanhado ou não por subtítulo, difere do tema. Enquanto este último sofre um 
processo de delimitação e especificação, para torná-lo viável à realização da pesquisa, o 
título sintetiza o conteúdo da mesma. 
3.2 Justificativa (Por Quê?) 
A justificativa constitui uma parte fundamental do projeto de pesquisa. É nessa etapa 
que você convence o leitor (professor, examinador e demais interessados no assunto) de 
que seu projeto deve ser feito. Para tanto, ela deve abordar os seguintes elementos: a 
delimitação, a relevância e a viabilidade. 
a) Delimitação 
Como é impossível abranger em uma única pesquisa todo o conhecimento de uma área, 
deve-se fazer recortes a fim de focalizar o tema, ou seja, selecionar uma parte num todo. 
Delimitar, pois, é pôr limites. 
O que delimitar? 
-Área específica do conhecimento; 
-Espaçogeográfico de abrangência da pesquisa; 
- Período focalizado na pesquisa. 
b) Relevância 
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Deve ser evidenciada a contribuição do projeto para o conhecimento e para a sociedade, 
ou seja, em que sentido a execução de tal projeto irá subsidiar o conhecimento científico 
já existente e a sociedade de maneira geral ou específica. 
c) Viabilidade 
A justificativa deve demonstrar a viabilidade financeira, material (equipamentos) e 
temporal, ou seja, o pesquisador mostra a possibilidade de o projeto ser executado com 
os recursos disponíveis. 
A justificativa deve ser elaborada em texto único, sem tópicos. 
 3.3 Formulação do problema 
Sem problema não há pesquisa, mas, para formular um problema de pesquisa, surge 
fazer algumas considerações pertinentes no sentido de evitar equívocos. 
- Em primeiro lugar é preciso fazer uma distinção entre o problema de pesquisa e os 
problemas do acadêmico. 
- Em segundo lugar, não confundir tema com problema. O tema é o assunto geral que é 
abordado na pesquisa e tem caráter amplo. O problema focaliza o que vai ser 
investigado dentro do tema da pesquisa. PROBLEMA É UMA INTERROGAÇÃO 
QUE O PESQUISADOR FAZ À REALIDADE. 
A formulação do problema prende-se ao tema proposto: ela esclarece a dificuldade 
específica com a qual se defronta e que se pretende resolver por intermédio da pesquisa. 
Para ser cientificamente válido, um problema deve passar pelo crivo das seguintes 
questões: 
- Pode ser enunciado em forma de pergunta? 
- Corresponde a interesses pessoais (capacidade), sociais e científicos, isto é, de 
conteúdo e metodológicos? Esses interesses estão harmonizados? 
- Constitui-se o problema em questão científica, ou seja, relacionam-se entre si pelo 
menos duas variáveis? 
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- Pode ser objeto de investigação sistemática, controlada e crítica? 
- Pode ser empiricamente verificado em suas conseqüências? 
Tema não é problema! Problemática não é problema! Além disso, é necessário também 
esclarecer o que é uma problemática e um problema. 
Segundo Oliveira (2001, p. 107), uma problemática pode ser considerada como a 
colocação dos problemas que se pretende resolver dentro de um certo campo teórico e 
prático. Um mesmo tema (ou assunto) pode ser enquadrado em problemáticas 
diferentes. 
O problema não surge do nada, mas é fruto de leitura e/ou observação do que se deseja 
pesquisar. Nesse sentido, o aluno deve fazer leituras de obras que tratem do tema no 
qual está situada a pesquisa, bem como observar – direta ou indiretamente – o fenômeno 
(fato, sujeitos) que se pretende pesquisar para, posteriormente, formular questões 
significativas sobre o problema. 
A formulação mais freqüente de um problema na literatura sobre metodologia da 
pesquisa ocorre, de maneira geral, em forma de uma questão ou interrogação. 
 O problema, assim, consiste em um enunciado explicitado de forma clara, 
compreensível e operacional, cujo melhor modo de solução ou é uma pesquisa ou pode 
ser resolvido por meio de processos científicos. Concluem-se disso que perguntas 
retóricas, especulativas e afirmativas (valorativas) não são perguntas científicas. 
3.4 Formulação de Hipóteses 
As hipóteses são possíveis respostas ao problema da pesquisa e orientam a busca de 
outras informações. A hipótese pode também ser entendida como as relações entre duas 
ou mais variáveis, e é preciso que pelo menos uma delas já tenha sido fruto de 
conhecimento científico. 
* Alguns autores utilizam a expressão “questões de pesquisa” ou “questões norteadoras” 
em vez de hipóteses. 
“É preciso não confundir hipótese com pressuposto, com evidência prévia. Hipótese é o 
que se pretende demonstrar e não o que já se tem demonstrado evidente, desde o ponto 
FBE- Fundação Bahiana de Engenharia PRJ-901 
 
de partida. [...] nesses casos não há mais nada a demonstrar, e não se chegará a nenhuma 
conquista e o conhecimento não avança” (SEVERINO, 2000, p. 161). 
Tal como o problema, a formulação de hipóteses prioriza a clareza e a distinção. A 
pesquisa pode confirmar ou refutar a(s) hipótese(s) levantada(s). HIPÓTESES NÃO são 
perguntas, mas SIM AFIRMAÇÕES. 
Nas hipóteses não se busca estabelecer unicamente uma conexão causal (se A, então B), 
mas a probabilidade de haver uma relação entre as variáveis estabelecidas (A e B), 
relação essa que pode ser de dependência, de associação e também de causalidade. 
Enunciado das hipóteses 
• É uma suposição que se faz na tentativa de explicar o problema; 
• Como resposta e explicação provisória, relaciona duas ou mais variáveis do 
problema levantado; 
• Deve ser testável e responder ao problema; 
• Serve de guia na pesquisa para verificar sua validade. 
Surgem de: 
a. observação 
b. resultados de outras pesquisas 
c. teorias 
d. intuição 
Características das Hipóteses
• Consistência 
lógica 
• Verificabilidade 
• Simplicidade 
• Relevância 
• Apoio teórico 
• Especificidade 
• Plausibilidade 
• Clareza 
• Profundidade 
• Fertilidade 
• Originalidade
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Uma hipótese aplicável deve: 
a. ser conceitualmente clara; 
b. ser específica (identificar o que 
deve ser observado); 
c. ter referências empíricas 
(verificável); 
d. ser parcimoniosa (simples); 
e. estar relacionada com as 
técnicas disponíveis; 
f. estar relacionada com uma 
teoria. 
As hipóteses constituem “respostas” supostas e provisórias ao problema. 
A principal resposta é denominada hipótese básica, podendo ser complementada por 
outras, que recebem a denominação de secundárias. 
3.5 Objetivos (Para quê?) 
Atenção! Os objetivos devem ser sempre expressos em verbos de ação. 
Objetivo Geral 
Está ligado a uma visão global e abrangente do tema. Relaciona-se com o conteúdo 
intrínseco, quer dos fenômenos e eventos, quer das idéias estudadas. Vincula-se 
diretamente à própria significação da tese proposta pelo projeto. Deve iniciar com um 
verbo de ação. 
Exemplo de objetivo geral: 
Desenvolver um modelo científico de estúdio de produção em rádio, para ser utilizado 
como referencial básico para novas implantações e a readequação dos existentes em 
cursos de comunicação social, em instituições de ensino superior, visando a melhoria e 
otimização da organização do trabalho e usabilidade do sistema à aprendizagem. 
Objetivos Específicos 
Apresentam caráter mais concreto. Têm função intermediária e instrumental, permitindo 
de um lado, atingir o objetivo geral e, de outro, aplicar este a situações particulares. 
FBE- Fundação Bahiana de Engenharia PRJ-901 
 
Exemplos aplicáveis a objetivos: 
a) quando a pesquisa tem o objetivo de conhecer: 
Apontar, citar, classificar, conhecer, definir, descrever, identificar, reconhecer, relatar; 
b) quando a pesquisa tem o objetivo de compreender: 
Compreender, concluir, deduzir, demonstrar, determinar, diferenciar, discutir, 
interpretar, localizar, reafirmar; 
c) quando a pesquisa tem o objetivo de aplicar: 
Desenvolver, empregar, estruturar, operar, organizar, praticar, selecionar, traçar, 
otimizar, melhorar; 
d) quando a pesquisa tem o objetivo de analisar: 
Comparar,criticar, debater, diferenciar, discriminar, examinar, investigar, provar, 
ensaiar, medir, testar, monitorar, experimentar; 
e) quando a pesquisa tem o objetivo de sintetizar: 
Compor, construir, documentar, especificar, esquematizar, formular, produzir, propor, 
reunir, sintetizar; 
f) quando a pesquisa tem o objetivo de avaliar: 
Argumentar, avaliar, contrastar, decidir, escolher, estimar, julgar, medir, selecionar. 
Lista de alguns verbos operacionais 
 Nível de conhecimento saber / Nível de saber-fazer
Apreciar 
analisar 
escolher 
citar 
classificar 
comparar 
distinguir 
desenvolver(método) 
FBE- Fundação Bahiana de Engenharia PRJ-901 
 
diagnosticar (manutenção) 
executar 
gerenciar (informática) 
instalar 
montar (uma operação) 
modelar 
organizar (um posto) 
praticar 
preparar 
realizar 
explicar 
identificar 
julgar 
...e todos os verbos técnico
3.6 Revisão da literatura 
Nessa etapa, como o próprio nome indica, analisam-se as mais recentes obras científicas 
disponíveis que tratem do assunto ou que dêem embasamento teórico e metodológico 
para o desenvolvimento do projeto de pesquisa. É aqui também que são explicitados os 
principais conceitos e termos técnicos a serem utilizados na pesquisa. 
Também chamada de “estado da arte”, a revisão da literatura demonstra que o 
pesquisador está atualizado nas últimas discussões no campo de conhecimento em 
investigação. Além de artigos em periódicos nacionais e internacionais e livros já 
publicados, as monografias, dissertações e teses constituem excelentes fontes de 
consulta. 
Revisão de literatura difere-se de uma coletânea de resumos ou uma “colcha retalhos” 
de citações!
3.7 Metodologia (Como?) 
Metodologia é o conjunto de métodos e técnicas utilizados para a realização de uma 
pesquisa. 
Existem duas abordagens de pesquisa, a qualitativa e a quantitativa. A primeira aborda o 
objeto de pesquisa sem a preocupação de medir ou qualificar os dados coletados, o que 
FBE- Fundação Bahiana de Engenharia PRJ-901 
 
ocorre essencialmente na quantitativa. Porém é possível abordar o problema da pesquisa 
utilizando as duas formas. 
Faz-se necessário, contudo, definir o que é método. Este pode ser compreendido como o 
caminho a ser seguido na pesquisa. 
1. O que é método? 
O método nada mais é do que o caminho a ser percorrido para atingir-se o objetivo 
proposto. Em função da proposta de trabalho ou da área de concentração da pesquisa. 
Os métodos de pesquisa e sua definição dependem do objeto e do tipo da pesquisa. Os 
tipos mais comuns de pesquisa são: 
• de campo; 
• bibliográfica; 
• descritiva; 
• experimental. 
Aliadas aos métodos estão as técnicas de pesquisa, que são os instrumentos específicos 
que ajudam no alcance dos objetivos almejados. 
As técnicas mais comuns são: 
• questionários (instrumento de coleta de dados que dispensa a presença do 
pesquisador); 
• formulários (instrumento de coleta de dados com a presença do pesquisador); 
• entrevistas (estruturada ou não estruturada); 
• levantamento documental; 
• observacional (participante ou não participante); 
• estatísticas. 
 
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Classificação das pesquisas 
- Quanto à natureza: 
• Pesquisa Básica: objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da 
ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais. 
• Pesquisa Aplicada: objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigida 
à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais. 
- Quanto a forma de abordagem (segundo Gil, 1991): 
• Pesquisa Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que significa 
traduzir em números opiniões e informações para classificá-los e analisá-los. 
Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, 
mediana, desvio padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão, etc...). 
• Pesquisa Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real 
e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a 
subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação 
dos fenômenos e a atribuição de significados são básicos no processo de 
pesquisa qualitativa. Não requer os uso de métodos e técnicas estatísticas. O 
ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o 
instrumento chave. É descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados 
indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de 
abordagem. 
- Quanto aos objetivos 
• Pesquisa Exploratória: visa proporcionar maior familiaridade com o problema 
com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Envolvem levantamento 
bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o 
problema pesquisado; análise de exemplos que estimulem a compreensão. 
Assume, em geral, as formas de Pesquisas Bibliográficas e Estudos de caso. 
• Pesquisa Descritiva: visa descrever as características de determinada população 
ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolvem o uso 
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de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação 
sistemática. Assume, em geral, a forma de Levantamento. 
• Pesquisa Explicativa: visa identificar os fatores que determinam ou contribuem 
para a ocorrência dos fenômenos. Aprofunda o conhecimento da realidade 
porque explica a razão, o “porquê” das coisas. Quando realizada nas ciências 
naturais requer o uso do método experimental e nas ciências sociais requer o uso 
do método observacional. Assume, em geral, a formas de Pesquisa Experimental 
e Pesquisa Ex-post-facto. 
- Quanto aos procedimentos técnicos 
• Pesquisa Bibliográfica: quando elaborada a partir de material já publicado, 
constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com 
material disponibilizado na Internet. 
• Pesquisa Documental: quando elaborada a partir de materiais que não receberam 
tratamento analítico. 
• Pesquisa Experimental: quando se determina um objeto de estudo, seleciona-se 
as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, define-se as formas de controle 
e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. 
• Levantamento: quando a pesquisa envolve a interrogação direta das pessoas cujo 
comportamento se deseja conhecer. 
• Estudo de caso: quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos 
objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento. 
• Pesquisa Ex-Post-Facto: quando o “experimento” se realiza depois dos fatos. 
• Pesquisa ação: quando concebida e realizada em estreita associação com uma 
ação ou com a resolução de um problema coletivo. Os pesquisadores e 
participantes representatives da situação ou do problema estão envolvidos de 
modo cooperativo ou participativo. 
FBE- Fundação Bahiana de Engenharia PRJ-901 
 
• Pesquisa Participante: quando se desenvolve a partir da interação entre 
pesquisadores e membros das situações investigadas. 
Toda pesquisa requer um embasamento teórico. Nele é preciso observar a teoria de 
base que dará sustentaçãoao trabalho, a revisão bibliográfica e a definição dos termos. 
3.8 Resultados esperados 
Esse item é dispensável nos trabalhos de graduação, porém é necessário em projetos 
com financiamento. Devem ser explicitados os resultados práticos esperados com a 
pesquisa, como: 
-Números e características de publicações (artigos, livros etc.); 
-Comunicações em congressos ou simpósios; 
-Registro de patentes; 
-Exposição; 
-Criação ou industrialização de produtos. 
3.9 Cronograma (quando?) 
A elaboração do cronograma responde à pergunta quando? A pesquisa deve ser divida 
em partes, fazendo-se a previsão do tempo necessário para passar de uma fase a outra. 
Não esquecer que, se determinadas partes podem ser executadas simultaneamente, pelos 
vários membros da equipe, existem outras que dependem das anteriores, como é o caso 
da análise e interpretação, cuja realização depende da codificação e tabulação, só 
possíveis depois de colhidos os dados. 
 O Cronograma é a previsão de tempo que será gasto na realização do trabalho de 
acordo com as atividades a serem cumpridas. As atividades e os períodos serão 
definidos a partir das características de cada pesquisa e dos critérios determinados pelo 
autor do trabalho. 
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Os períodos podem estar divididos em dias, semanas, quinzenas, meses, bimestres, 
trimestres etc. Estes serão determinados a partir dos critérios de tempo adotados por 
cada pesquisador. 
Cabe frisar que a execução de um projeto terá tantas etapas quantas forem necessárias, 
tendo-se em vista um melhor acompanhamento e controle. Estas deverão constar no 
cronograma com os devidos prazos de execução. 
 Exemplo: 
 ATIVIDADES / PERÍODOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
1 Levantamento do Tema X 
2 Discussões do grupo X 
3 Coleta de dados X X X 
4 Tratamento dos dados X X X X 
5 Montagen do Projeto X X X 
6 Revisão do texto X 
7 Elaboração do Relatório Final 
8 Entrega do trabalho X 
 
Recursos 
Os recursos só serão incluídos quando o Projeto for apresentado para uma instituição 
financiadora de Projetos de Pesquisa. 
 
Os recursos financeiros podem estar divididos em Material Permanente, Material de 
Consumo e Pessoal, sendo que esta divisão vai ser definida a partir dos critérios de 
organização de cada um ou das exigências da instituição onde está sendo apresentado o 
Projeto. 
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Material permanente 
 
São aqueles materiais que têm uma durabilidade prolongada. Normalmente é definido 
como bens duráveis que não são consumidos durante a realização da pesquisa. 
Podem ser: geladeiras, ar refrigerado, computadores, impressoras etc. 
 Exemplo: 
ITEM CUSTO (R$) 
Computador 1.300,00 
Impressora 400,00 
Scanner 280,00 
Mesa para o computador 250,00 
Cadeira para a mesa 100,00 
TOTAL: 2.330,00 
Material de Consumo 
São aqueles materiais que não têm uma durabilidade prolongada. Normalmente é 
definido como bens que são consumidos durante a realização da pesquisa. 
Podem ser: papel, tinta para impressora, gasolina, material de limpeza, caneta etc. 
Exemplo: 
ITEM CUSTO (R$) 
10 caixas de disquete para computador 50,00 
10 resmas de papel tipo A4 150,00 
10 cartuchos de tinta para impressora 650,00 
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Pessoal 
É a relação de pagamento com pessoal, incluindo despesas com impostos. 
Exemplo: 
ITEM 
 CUSTO (R$) 
MENSAL 
CUSTO TOTAL 
(R$) (10 meses) 
1 estagiário pesquisador 500,00 5.000,00 
1 digitador 200,00 2.000,00 
1 revisor 2.000,00 
Impostos incidentes (hipotético) 4.000,00 
TOTAL: 700,00 13.000,00 
 
CUIDADO! 
Só estabeleça etapas que possam ser executadas no prazo disponível. 
3.1. Orçamento (com quanto?) 
Respondendo à questão com quanto? O orçamento distribui os gastos por vários itens, 
que devem necessariamente ser separados. Inclui: 
a) pessoal – do coordenador aos pesquisadores de campo, todos os elementos deve ter 
computados os seus ganhos, quer globais, mensais, semanais ou por hora/atividade, 
incluindo os programadores de computador; 
b) material, subdivididos em: 
b.1) elementos consumidos no processo de realização da pesquisa, como papel, canetas, 
lápis, cartões ou plaquetas de identificação dos pesquisadores de campo, 
hora/computador, datilografia, xerox, encadernação etc.; 
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b.2) elementos permanentes, cuja posse pode retornar à entidade financiadora, ou serem 
alugados, computadores, calculadoras, etc.. 
3.11 Referências Bibliográficas 
As referências utilizadas para a elaboração do projeto e as fontes documentais 
previamente identificadas que serão necessárias à pesquisa devem ser indicadas em 
ordem alfabética e dentro das normas técnicas (no Brasil as normas mais aceitas são as 
estabelecidas pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas). 
Referências 
Secção normalmente situada ao final de um trabalho científico, que lista as fontes 
documentais utilizadas, individualmente identificadas através de uma referência. 
Com um autor: 
ÚLTIMO SOBRENOME, Prenomes. Título da obra. Número da edição. Local de 
publicação: Nome da editora, ano da publicação. 
Ex: 
SANTOS, R. Comércio exterior. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996. 
Com dois autores: 
ÚLTIMO SOBRENOME, Prenomes; ÚLTIMO SOBRENOME, Prenomes. Título da 
obra. Número da edição. Local de publicação: Nome da editora, ano da publicação. 
Ex: 
MARTINS, C.; CALDAS, J.F. Administração geral. 4. ed. Rio de Janeiro: Saraiva, 
1992. 
Parte de obras: 
ÚLTIMO SOBRENOME, Nome do autor da parte. Título da Parte. In: Sobrenome do 
autor, Prenomes. Título da obra. Número da edição. Local de publicação: Nome da 
editora, ano da publicação. 
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Ex: 
CORDEIRO, J.C. O Conflito nas Organizações. In: Saraiva, José Francisco. Mudança 
organizacional. 4. ed. Rio de Janeiro: Saraiva, 1992. 
Artigos de jornal: 
- Com o nome do autor: ÚLTIMO SOBRENOME, Prenomes. Título do Artigo, Título 
do jornal, Local de publicação, dia, mês abreviado, ano, seção, caderno ou parte do 
jornal e a paginação correspondente. Quando não houver seção, caderno ou parte, a 
paginação do artigo ou matéria precede a data. 
Ex: 
SANTOS, A.F. As empresas virtuais. Jornal Diário, São Paulo, 18 ago 1997. Encarte 
Técnico, p. 8. 
- Sem o nome do autor: TÍTULO DO JORNAL. Título do artigo. Local de publicação, 
dia, mês abreviado, ano. 
Ex: 
ZERO HORA. As empresas virtuais. Porto Alegre, 15 set 1997. 
Artigos de periódicos (revistas): 
ÚLTIMO SOBRENOME, Prenomes. Título do Artigo. Título do periódico, Local de 
publicação, número de volumes, número do fascículo, página inicial-final do artigo, dia, 
mês abreviado, ano. 
Ex: 
CARVALHO, Antônio José. O fim dos empregos. Revista de Administração, São 
Paulo, 58, n.14, p.170-182, ago-set, 1997. 
Textos completos de pesquisas eletrônicas: 
ÚLTIMO SOBRENOME, Prenomes. Título. Data. Endereço eletrônico: endereço. 
 
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Ex: 
WEBBER, S. Bussiness sources on the internet. 2003. Disponível em:< 
http://www.dis.strach.ac.uk/ftp/pub/interasac/> Acesso em : 7ago. 2003 
Leis: 
LOCAL DE JURISDIÇÃO.Órgão competente. Título e número da lei, partes 
envolvidas (se houver), relator, local, data e dados da publicação. 
Ex: 
BRASIL. Decreto-lei n0 2423, 7 de abril de 1988. Diário Oficial da República 
Federativa do Brasil. Brasília, v.126, n.66, p.6009, 8 abr. 1988. 
OBS: 
Demais referências que não estejam incluídas nos exemplos acima devem ser 
pesquisadas nas normas da ABNT. 
Atenção! 
Existem diferenças entre referências, referências bibliográficas e bibliografia. A palavra 
referências indica as obras efetivamente citadas no trabalho em questão. 
Quando usada sozinha, pode indicar diferentes tipos de obras, como livros, periódicos 
ou documentos, sejam manuscritos, impressos ou em meio eletrônico. 
Quando o trabalho apresentar somente citações de obras publicadas em papel, utiliza-se 
o termo referências bibliográficas. Já a palavra bibliografia indica todas as leituras feitas 
pelo pesquisador durante o processo de pesquisa. 
3.12 Anexos 
Assim como os apêndices, os anexos só devem aparecer nos projetos de pesquisa se 
forem extremamente necessários. São textos de autoria de outra pessoa e não do 
pesquisador. Por exemplo: mapas, documentos originais, fotografias batidas por outra 
pessoa que não o pesquisador. 
 
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4. REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO 
As regras de apresentação representam um item fundamental na produção de projetos de 
pesquisa e nos trabalhos acadêmicos. É imprescindível destacar algumas considerações 
quanto à numeração de páginas, aspectos referentes à digitação, maneira de redação, 
apresentação, seguindo normas da ABNT: 
4.1 Capa 
A capa, elemento obrigatório que identifica o trabalho, deve conter as informações na 
ordem estabelecida pela NBR 14724, entretanto, por uma questão de praticidade, 
usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem: 
a. Nome da Universidade/Instituição de Ensino: localizado na margem superior, 
centralizado, letras maiúsculas, fonte 16 e em negrito. 
b. Nome do curso: logo abaixo do nome da Universidade, em letras maiúsculas, 
centralizado, fonte 16 e em negrito. 
c. Título do trabalho: em letras maiúsculas, centralizado, fonte 16, negrito. 
d. Nome(s) do(s) autor (es): nome e sobrenome do(s) autor(es), em ordem 
alfabética, em letras maiúsculas, centralizado, (considerando o alinhamento 
horizontal), fonte 14 e em negrito. 
e. Local e ano: nas duas últimas linhas da folha, em letras maiúsculas, centralizado, 
fonte 12 e em negrito. 
Tais elementos devem ser distribuídos de maneira eqüidistantes na folha. 
4.2 Folha de rosto 
A Folha de Rosto, elemento obrigatório, é a repetição da capa com a descrição da 
natureza e objetivo do trabalho, portanto, contém detalhes da identificação do trabalho 
na mesma ordem. 
• Natureza e objetivo do trabalho: trata-se de uma nota explicativa de referência 
ao texto. Deve ser impresso em espaço simples, fonte 10 e com o texto alinhado 
a partir da margem direita. 
4.3 Formato 
Os textos devem ser apresentados em papel branco, formato A4 (21,0 cm x 29,7 cm), 
digitados na cor preta no anverso da folha, utilizando-se da fonte Arial ou Times New 
Roman, justificados e com a indicação de parágrafos. 
Recomenda-se, para digitação, a utilização de fonte tamanho 12 para o texto e 10 para 
citações longas e notas de rodapé. 
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4.4 Margens 
Direita e inferior de 2 cm; esquerda e superior de 3 cm; 
Marca de parágrafo a 1,5cm da margem (geralmente um Tab nos teclados). 
 
4.5 Espacejamento 
O texto deve ser digitado com espaço 1,5; 
As citações de mais de três linhas, as notas, as referências, as legendas das ilustrações e 
tabelas, a ficha catalográfica e a natureza do trabalho (da folha de rosto) devem ser 
digitados em espaços simples; 
 
 
 
Superior 
Esquerda 
Inferior 
Direita 
 
 
 
 
3cm 
3cm 2cm 
2cm 
 
 
 
3cm 
 
 
 
 
 
3 cm 
 1 
 
texto 
 
 
 
 
2cm 
 
 
 
2cm 
 
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As referências, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si com por espaço duplo; 
Os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede ou que os sucede 
por dois espaços duplos. 
Entre seções (títulos) 2,0 
Entre linhas 1,5 
Para citações longas Simples 
 
4.6 Indicativos de seção 
O indicativo numérico de uma seção precede seu título com alinhamento esquerdo, 
separado por um espaço de caractere. 
Não devem ser utilizados ponto, hífen, travessão ou qualquer sinal após o indicativo de 
seção ou de seu título. 
Todas as seções devem conter um texto relacionado com elas. Os títulos, sem indicativo 
numérico (sumário, resumo, referências e outros) devem ser centralizados. 
4.7 Paginação 
Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas 
seqüencialmente, mas não numeradas. A numeração é colocada, a partir da primeira 
folha da parte textual, em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha. 
Se o trabalho tiver mais de um volume, deve ser mantida uma única numeração das 
folhas, do primeiro ao último volume. 
Os apêndices e anexos devem ter suas folhas numeradas de maneira contínua, seguindo 
a paginação do texto principal. 
4.8 Título 
São destacados gradativamente, usando-se racionalmente os recursos de negrito e caixa 
alta. 
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Deve ser adotado o seguinte padrão: 
1. Título de capítulos: impressos em letra maiúscula, negrito, fonte tamanho 14, 
sem parágrafo, utilizando-se algarismos arábicos. 
2. Os itens (partes secundárias): devem ser impressos com a primeira letra das 
palavras principais em maiúscula, negrito, fonte tamanho 12. 
3. A partir do 3º nível devem ser impressos com a primeira letra maiúscula e 
demais minúsculas (mesmo que contenha várias palavras). 
4. Todos os capítulos devem ser iniciados em páginas próprias, ainda que haja 
espaço útil na folha. 
4.9 Sumário 
É um elemento obrigatório, constituído pela enumeração das principais divisões, seções 
e outras partes do trabalho, na mesma ordem em que aparecem no seu desenvolvimento, 
ou seja, deve conter exatamente os mesmos títulos, subtítulos que constam no trabalho e 
as respectivas páginas em que aparecem. 
O título SUMÁRIO deve estar em letras maiúsculas, fonte 14, centralizado e em 
negrito. Após três espaços, serão grafados os capítulos, títulos, itens e/ou subitens, 
conforme aparecem no corpo do texto. 
4.10 Desenvolvimento do trabalho 
O desenvolvimento corresponde à parte principal do trabalho na qual se faz a exposição 
ordenada e pormenorizada do assunto; pode ser dividida em seções e subseções; 
Compreende a contextualização do tema e abrange: 
a.  A revisão da literatura: abordagem de teorias e/ou conceitos que fundamentam 
o trabalho,podendo constituir um ou vários capítulos. 
b. Os métodos e procedimentos utilizados para coleta de dados: é a descrição da 
metodologia utilizada para o desenvolvimento do trabalho, os procedimentos 
adotados nas etapas do trabalho no que se refere ao diagnóstico e/ou estudo de 
caso. 
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c. A apresentação e análise dos dados: nesta parte, são apresentados/descritos os 
dados e a análise dos mesmos, bem como os resultados alcançados, 
relacionando-os à revisão bibliográfica, dispondo ao leitor as deduções e 
conclusões pertinentes ao trabalho com o objetivo de reforçar ou refutar as 
idéias defendidas. 
d. As conclusões e/ou considerações finais: referem-se aos dados e resultados 
encontrados, compreende o fechamento do trabalho com as indicações e/ou 
recomendações. 
4.11 Referências 
É um elemento obrigatório, constituído pela relação de todas as fontes consultadas e 
apontadas no texto que deverão ser relacionadas em ordem alfabética, após três espaços 
do título REFERÊNCIAS, que vem grafado em letras maiúsculas, fonte 14, centralizado 
e em negrito. 
As referências deverão ser feitas com base na NBR 6023. 
Anexos 
Elemento opcional, não elaborado pelo autor, que documenta, esclarece, prova ou 
confirma as idéias expressas no texto. 
Os anexos são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos 
respectivos títulos, devem ser enumerados, identificados e referenciados no texto. 
Exemplo: Anexo A - Plano de Carreira da Empresa. 
5. CITAÇÕES 
Em um trabalho científico devemos ter sempre a preocupação de fazer referências 
precisas às idéias, frases ou conclusões de outros autores, isto é, citar a fonte (livro, 
revista e todo tipo de material produzido gráfica ou eletronicamente) de onde são 
extraídos esses dados. 
As citações podem ser: 
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• Diretas, quando se referem à transcrição literal de uma parte do texto de um 
autor, conservado-se a grafia, pontuação, idioma, etc, devem ser registradas no 
texto entre aspas; 
• Indiretas, quando são redigidas pelo(s) autor(es) do trabalho a partir das idéias e 
contribuições de outro autor, portanto, consistem na reprodução do conteúdo 
e/ou idéia do documento original; devem ser indicadas no texto com a 
expressão: conforme ... (sobrenome do autor). 
• As citações fundamentam e melhoram a qualidade científica do trabalho, 
portanto, elas têm a função de oferecer ao leitor condições de comprovar a fonte 
das quais foram extraídas as idéias, frases ou conclusões, possibilitando-lhe 
ainda aprofundar o tema/assunto em discussão. Têm ainda como função, 
acrescentar indicações bibliográficas de reforço ao texto. 
As fontes podem ser: 
• Primárias: quando é a obra do próprio autor que é objeto de estudo ou pesquisa; 
• Secundária: quando trata-se da obra de alguém que estuda o pensamento de 
outro autor ou faz referência a ele. 
Conforme a ABNT (NBR 6023), as citações podem ser registradas tanto em notas de 
rodapé chamadas de Sistema Numérico, como no corpo do texto, chamado de Sistema 
Alfabético. 
Os elementos são: 
a. Sobrenome do autor em letras maiúsculas; 
b. Data da publicação do texto citado; 
c. Página(s) referenciada(s); 
d. Citações diretas; 
e. Citações indiretas. 
 
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5.1 Citações diretas 
Curtas: 
As citações curtas, com até 3 linhas, deverão ser apresentadas no texto entre aspas e ao 
final da transcrição, faz-se a citação. 
Exemplo 1: 
É neste cenário, que "[...] a AIDS nos mostra a extensão que uma doença pode tomar no 
espaço público. Ela coloca em evidência de maneira brilhante a articulação do 
biológico, do político, e do social." (HERZLICH e PIERRET, 1992, p.7). 
Exemplo 2: 
Segundo Paulo Freire (1994, p. 161), "[...] transformar ciência em conhecimento usado 
apresenta implicações epistemológicas porque permite meios mais ricos de pensar sobre 
o conhecimento [...]". 
Exemplo 3: 
Nóvoa (1992, p.16) se refere à identidade profissional da seguinte forma: "A identidade 
é um lugar de lutas e conflitos, é um espaço de construção de maneiras de ser e de estar 
na profissão." 
Exemplo 4: 
O papel do pesquisador é o de servir como ''veículo inteligente e ativo'' (LÜDKE e 
ANDRÉ, 1986, p.11) entre esse conhecimento acumulado na área e as novas evidências 
que serão estabelecidas a partir da pesquisa. 
Longas: 
As citações longas, com mais de 3 linhas, deverão ser apresentadas separadas do texto 
por um espaço. O trecho transcrito é feito em espaço simples de entrelinhas, fonte 
tamanho 10, com recuo de 4 cm da margem esquerda. Ao final da transcrição, faz-se a 
citação. 
Exemplo 1: 
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O objetivo da pesquisa era esclarecer os caminhos e as etapas por meio dos quais essa 
realidade se construiu. Dentre os diversos aspectos sublinhados pelas autoras, vale 
ressaltar que: 
[...] para compreender o desencadeamento da abundante retórica que fez com que a 
AIDS se construísse como 'fenômeno social', tem-se freqüentemente atribuído o 
principal papel à própria natureza dos grupos mais atingidos e aos mecanismos de 
transmissão. Foi construído então o discurso doravante estereotipado, sobre o sexo, o 
sangue e a morte [...]. (HERZLICH e PIERRET, 1992, p.30). 
Exemplo 2: 
A escolha do enfoque qualitativo se deu porque concebemos a pesquisa qualitativa na 
linha exposta por Franco (1986, p.36), como sendo aquela que: 
[...] assentada num modelo dialético de análise, procura identificar as múltiplas facetas 
de um objeto de pesquisa (seja a avaliação de um curso, a organização de uma escola, a 
repetência, a evasão, a profissionalização na adolescência, etc.) contrapondo os dados 
obtidos aos parâmetros mais amplos da sociedade abrangente e analisando-os à luz dos 
fatores sociais, econômicos, psicológicos, pedagógicos, etc. [...]. 
5.2 Citações indiretas 
Reproduz-se a idéia do autor consultado sem, contudo transcrevê-la literalmente. Nesse 
caso, as aspas ou o itálico não são necessários, todavia, citar a fonte é indispensável. 
Exemplo 1: 
De acordo com Freitas (1989), a cultura organizacional pode ser identificada e 
aprendida através de seus elementos básicos tais como: valores, crenças, rituais, estórias 
e mitos, tabus e normas. 
Exemplo 2: 
A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida através de seus elementos 
básicos tais como: valores, crenças, rituais, estórias e mitos, tabus e normas. Existem 
diferentes visões e compreensões com relação à cultura organizacional. O mesmo se dá 
em função das diferentes construções teóricas serem resultantes de opções de diferentes 
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pesquisadores, opções estas que recortam a realidade, detendo-se em aspectos 
específicos (FREITAS, 1989). 
Exemplo 3: 
É na indústria têxtil de São Paulo que temos o melhor exemplo da participação da 
família na divisão do trabalho. A mulher, neste setor, tem uma participação mais ativa 
na gestão dos negócios e os filhos um envolvimento precoce com a operação da 
empresa da família. (DURAND apud BERHOEFTB, 1996, p. 35). 
A expressão latina apud que significa: citado por, conforme,segundo, é utilizada 
quando se faz referência a uma fonte secundária. 
6. ALGUMAS RECOMENDAÇÕES QUANTO À REDAÇÃO 
a) Escrever sempre através de linguagem impessoal, utilizando a terceira pessoa do 
singular. Ex.: “Os processos foram analisados e [...]”; “Verificou-se uma 
variação muito [...]” et cetera. 
b) Quando da utilização de palavra estrangeira, utilize o estilo de fonte em itálico; 
c) Evitar o uso da expressão etc (et cetera), e quando a utilizar, não usar vírgula 
antes; 
d) No meio do texto não se deve utilizar palavras grafadas com letra no formato 
maiúsculo ou com estilo de fonte negrito ou sublinhado, como recurso para 
chamar a atenção do leitor. Desperte-a através do conteúdo do trabalho; 
e) Ao iniciar qualquer frase com números, faça-o por extenso; 
f) Para a indicação de séculos, use algarismos romanos. Ex.: século XVIII; 
g) Quando as siglas aparecerem pela primeira vez no texto, a forma completa do 
nome precede a sigla. Ex.: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – 
IBGE; 
h) Use frases curtas, seja simples e direto. Utilize parágrafos curtos; 
i) Observe o tempo verbal adequado para desenvolver o texto; na introdução e no 
referencial teórico utilize o verbo no presente; na metodologia, quando do 
desenvolvimento do projeto, utilize o verbo no futuro e, para a mesma seção no 
relatório, altere-o para o passado; na demonstração dos resultados utilize o verbo 
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no passado; na análise pode-se utilizar os dois tempos, presente e passado, 
quanto couber; e, na conclusão, utilizá-lo no passado; 
j) A utilização de aspas deve acontecer para: transcrição de textos (de até 3 linhas); 
termos utilizados com significado diferente; apelidos e termos de gíria. 
Estilo do Texto 
Os projetos de pesquisa são elaborados com a finalidade de serem lidos por professores 
pesquisadores incumbidos de analisar suas qualidades e limitações. Espera-se, portanto, 
que seu estilo seja adequado a esses propósitos. Embora cada pessoa tenha seu próprio 
estilo, ao se redigir o projeto, convém atentar para certas qualidades básicas da redação, 
que são apresentadas a seguir. 
lmpessoalidade 
O relatório deve ser impessoal. Convém, para tanto, que seja redigido na terreira pessoa. 
Referências pessoais, como "meu projeto", "meu estudo" e "minha tese" devem ser 
evitadas. São preferíveis expressões como: "este projeto", "o presente estudo" etc. 
Objetividade 
O texto deve ser escrito em linguagem direta, evitando-se que a seqüência seja desviada 
com considerações irrelevantes. A argumentação deve apoiar-se em dados e provas e 
não em considerações e opiniões pessoais. 
Clareza 
As idéias devem ser apresentadas sem ambigüidade, para não originar interpretações 
diversas. Deve-se utilizar vocabulário adequado, sem verbosidade, sem expressões com 
duplo sentido e evitar palavras supérfluas, repetições e detalhes prolixos. 
Precisão 
Cada palavra ou expressão deve traduzir com exatidão o que se quer transmitir, em 
especial no que se refere a registros de observações, medições e análises. As ciências 
possuem nomenclatura técnica específica que possibilita conferir precisão ao texto. O 
redator do relatório não pode ignorá-las. Para tanto, deverá recorrer a dicionários 
especializados e a outras obras que auxiliem na obtenção de precisão conceitual. 
Deve-se evitar o uso de adjetivos que não indiquem claramente a proporção dos objetos, 
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tais como: pequeno, médio e grande, bem como expressões do tipo: quase todos, uma 
boa parte etc. Também devem ser evitados advérbios que não explicitem exatamente o 
tempo, o modo e o lugar, como, por exemplo: recentemente, antigamente, lentamente, 
algures, alhures e provavelmente. Deve-se preferir, sempre que possível, o uso de 
termos passíveis de quantificação, já que são estes os que conferem maior precisão ao 
texto. 
Coerência 
As idéias devem ser apresentadas numa seqüência lógica e ordenadas. Poderão ser 
utilizados tantos títulos quanto forem necessários para as partes dos capítulos; sua 
redação, porém, deverá ser uniforme, iniciando-se ou com verbos ou com substantivos. 
O texto deve ser elaborado de maneira harmoniosa. Para tanto, deve-se conferir especial 
atenção à criação de parágrafos. Cada parágrafo deve referir-se a um único assunto e 
iniciar-se de preferência com uma frase que contenha a idéia-núcleo do parágrafo - o 
tópico frasal. A essa idéia básica associam-se pelo sentido outras idéias secundárias, 
mediante outras frases. Deve-se também evitar a criação de um texto no qual os 
parágrafos sucedem-se uns aos outros como compartimentos estanques, sem nenhuma 
fluência entre si (transições). 
Concisão 
O texto deve expressar as idéias com poucas palavras. Convém, portanto, que cada 
período envolva no máximo duas ou três linhas. Períodos longos, abrangendo várias 
orações subordinadas, dificultam a compreensão e tornam pesada a leitura. Não se deve 
temer a multiplicação de frases, pois, à medida que isso ocorre, o leitor tem condições 
de entender o texto sem maiores dificuldades. 
Quando os períodos longos forem inevitáveis, convém colocar na primeira metade as 
palavras essenciais: o sujeito, o verbo e o adjetivo principal. Isso porque as palavras da 
primeira parte da mensagem são mais facilmente memorizáveis. Quando, porém, são 
feitas intercalações com muitas palavras separando o sujeito e o verbo principal, o 
entendimento torna-se mais difícil. 
Simplicidade 
A simplicidade, paradoxalmente, constitui uma das qualidades mais difíceis de serem 
alcançadas na redação de um relatório ou monografia. É comum as pessoas escreverem 
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mais para impressionar do que para expressar. Também há os que julgam indesejável 
empregar linguagem familiar num trabalho científico. Essas posturas são injustificáveis. 
Devem ser utilizadas apenas as palavras necessárias. O uso de sinônimos pelo simples 
prazer da variedade deve ser evitado. Também se deve evitar o abuso dos jargões 
técnicos, que tornam a prosa pomposa, mas aborrecem o leitor. Convém lembrar que o 
excesso de palavras não confere autoridade a ninguém; muitas vezes constitui artifício 
para encobrir a mediocridade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 REFERÊNCIAS 
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documentação - apresentação de citações em documentos: NBR 10520. Rio de 
Janeiro: ABNT, 2002. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Informação e 
documentação - trabalhos acadêmicos - apresentação: NBR 14724. Rio de Janeiro: 
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fundamentos e técnicas. 4. ed. rev. e ampl. Campinas: Papirus, 1994. 
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4. ed. São Paulo: Atlas, 
1994. 
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TCC, teses, dissertações. 4. ed. São Paulo: Hucitec, 2000. 
UNIVILLE – UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE. Resolução n. 12/03, de 
17 de julho de 2003. Define a pesquisa na UNIVILLE e estabelece normas para sua 
execução. Joinville, 17 de julho de 2003.

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