Buscar

IMPULSO, DRIVE E INCENTIVO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

IMPULSO, DRIVE E INCENTIVO 
 
Redução de impulso e força de hábito. Quando um organismo é ativado, seja por fontes 
de impulso inatas ou aprendidas, é motivado a reduzir o impulso. Segundo Hull, a redução 
é recompensadora e qualquer comportamento que reduz o impulso tende a ficar associado 
com aquele estado. Na medida em que um comportamento serve consistentemente para 
reduzir um impulso, sua força de hábito aumenta. Hull simbolizou força de hábito como 
sHR para enfatizar a natureza S-R da força de hábito. Quando um organismo se defronta 
com uma situação estímulo que induz um impulso, irá engajar-se em certas respostas numa 
tentativa de reduzir o impulso. Se uma dada resposta é bem sucedida a ligação entre a 
situação estímulo e a resposta aumenta e, conseqüentemente, o mesmo ocorre com a força 
do hábito. 
Para Hull, a força de hábito é permanente; só pode aumentar, não diminuir. Como um 
organismo muda seu comportamento quando o comportamento "habitual" torna-se mal 
sucedido? Segundo Hull, o comportamento mal sucedido faz com que o impulso persista e 
a atividade diminui em freqüência – um processo chamado inibição reativa. À medida que 
o estado de impulso persiste e a inibição reativa dissipa, o comportamento mal sucedido 
ocorre novamente. O fracasso continuado do hábito em reduzir o impulso resulta num 
estado permanente chamado inibição condicionada. A inibição condicionada é específica 
ao hábito mal sucedido e serve para se contrapor à sua força excitatória. Como um 
resultado da inibição condicionada, a segunda resposta mais forte na hierarquia de hábitos 
do organismo torna-se o hábito dominante. Se este comportamento for bem sucedido em 
reduzir o estado de impulso, sua força de hábito é potenciada e, assim, será eliciado da 
próxima vez em que o organismo estiver motivado. Se o segundo hábito também não for 
bem sucedido, este processo irá continuar até que uma resposta bem sucedida for 
descoberta. 
O papel da motivação de incentivo. O modelo de Hull (1943) supõe que o valor de 
recompensa influencia a força da ligação S-R; quanto maior e mais valorizada a 
recompensa, maior a redução do impulso e, portanto, maior a força do hábito. Esta 
suposição foi desafiada por vários estudos, principalmente pelo de Crespi (1942), que 
constatou que mudanças na magnitude da recompensa produzem uma rápida mudança no 
desempenho de ratos numa pista para obter alimento, rápidas demais para ser explicadas 
por alterações na força de hábito. O aumento ou diminuição rápidos na velocidade de 
corrida como resultado de mudanças na magnitude da recompensa indicaram que o 
comportamento dos ratos foi modificado devido a mudanças em motivação e não devido a 
mudanças da força de hábito 
Como resultado destes resultados, Hull (1952) alterou seu modelo incluindo o conceito de 
motivação de incentivo (K), baseado na magnitude da recompensa. A motivação de 
incentivo combina-se com a motivação de impulso para influenciar a intensidade do 
comportamento instrumental. A motivação de incentivo foi estudada por Kenneth Spence 
(Hull morreu pouco antes da publicação do seu livro em 1952). Segundo Spence (1956), 
quando uma recompensa é obtida, a recompensa elicia uma resposta interna de alvo (Rg) 
como salivação diante do alimento. Esta resposta interna elicia um estado interno de 
estímulo (Sg) que motiva comportamento consumatório, levando o animal a consumir o 
alimento

Outros materiais