Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
VIROLOGIA BÁSICA Aula de Revisão para AV1 Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Hoje faremos uma revisão do conteúdo estudado da aula 1 até a aula 5. Daremos ênfase aos principais pontos do conteúdo. Mas, esta revisão no entanto, não é tudo que se deverá ser estudo para a realização da avaliação. Pois, daremos destaque as partes do conteúdo onde é sabido que os alunos apresentam uma maior dificuldade. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Conteúdo Programático desta aula: Rever os pontos mais importantes estudos da aula 1 até a aula 5. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Aula 1- Introdução à Virologia / Classificação e Sistemática viral Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Em 1892, Dmitri Ivanovsky foi estudar a doença do mosaico do tabaco, que destruía as folhas das plantas de tabaco. Dmitri observou que se tratava de uma doença que era infecciosa. Seis anos depois, Martinus Beijerinck realizou os mesmos experimentos e obteve os mesmos resultados. Apesar de o agente infeccioso não poder ser filtrado, parecia ser destruído quando o líquido filtrado era aquecido. Beijerinck concluiu que o agente infeccioso não era um micróbio completo, mas um "fluido contagioso vivo." Assim, Beijerinck usou o termo “VÍRUS”. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA “VÍRUS” - palavra latina significando veneno ou peste para designar este agente infeccioso invisível. Os vírus são partículas infecciosas, só podendo ser observadas em microscopia eletrônica. Podemos definir vírus como: “PARASITAS INTRACELULARES OBRIGATÓRIOS, POIS NÃO POSSUEM ATIVIDADE RIBOSSOMAL, NÃO TÊM METABOLISMO PRÓPRIO E DEPENDEM DA MAQUINARIA DE UMA CÉLULA VIVA PARA SE REPLICAREM”. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DOS VÍRUS Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA O ácido nucleico viral pode ser encontrado nas diversas DNA fita dupla ou DNA fita simples RNA fita dupla ou RNA fita simples Podendo ser ainda: circular fechado ou circular aberto linear contínuo ou linear segmentado Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Proteínas estruturais A organização estrutural das partículas de vírus, mostra configurações tridimensionais que admitem os seguintes tipos formatos dos capsídeos, chamados de simetria viral. A simetria viral pode ser: icosaédrica, helicoidal ou tubular e complexa. icosaédrica helicoidal ou tubular complexa Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Envelope lipídico Alguns vírus além do capsídeo apresentam externamente a este, um envoltório lipoproteico formado por membranas da célula hospedeira que é chamado de envelope viral. CONCEITO DE VIRION: uma partícula viral completa, ou seja, com todas as estruturas e enzimas necessárias para que possa infectar outras célula e conseguir se replicar. No entanto, o termo vírus se aplica num sentido mais amplo, incluindo os diferentes estágios do seu desenvolvimento. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Sistema de Taxonomia dos Vírus O Comitê Internacional para Taxonomia dos Vírus ICTV). Ordens A ordem é designada pelo sufixo virales. Famílias e subfamílias As famílias são designadas pelo sufixo viridae e As subfamílias pelo sufixo virinae. Gêneros Os gêneros são designados pelo sufixo virus. Espécies Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Aula 2- Patogenia das infecções virais Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA MECANISMOS DE LESÃO CELULAR A infecção viral resulta em uma série de alterações que são detectáveis visualmente ou através de exames bioquímicos e sorológicos. Essas alterações resultam da produção de proteínas de vírus e ácidos nucleicos, mas também de alterações na capacidade de biossíntese das células. As células eucarióticas devem realizar constantes sínteses macromoleculares, pois elas estão aumentando de tamanho se dividindo ou em estado de quiescência (em repouso). Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Essas mudanças são muitas vezes referidas como os efeitos citopáticos (ECP) de um vírus, e incluem: Forma alterada, Descolamento do substrato, Lise, Fusão a membrana, Permeabilidade da membrana, Corpos de inclusão, Apoptose. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA No entanto, há uma tendência clara à existência de vírus de não danificar seu hospedeiro sempre que possível. Um bom exemplo disso são os sintomas do vírus da raiva humana. As infecções por vírus da raiva são verdadeiramente terríveis, mas felizmente raramente acontecem em humanos. Em seus hospedeiros normais (por exemplo, raposas), infecção do vírus da raiva produz uma doença muito mais suave que geralmente não mata o animal, diferente ao observado em outros animais que são infectados pela mesma espécie de vírus. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Virulência viral É a capacidade que um vírus possui em causar doença no hospedeiro. E esta virulência vai depender de alguns fatores: tipo de estirpes- virulentas ou avirulentas, da dose ou carga viral recebida pelo hospedeiro; da via de inoculação; da suscetibilidade do hospedeiro. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Transmissão das viroses na natureza Para os vírus se perpetuarem na natureza é necessário que eles possam ser transmitidos para outros hospedeiros, da mesma espécie ou não. Essa transmissão pode ocorrer de forma: horizontal ou vertical Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Transmissão horizontal A Transmissão horizontal é aquela em que o vírus é transmitido de um indivíduo da mesma espécie ou não. Este tipo de transmissão pode ocorrer de diversas formas: Transmissão horizontal por contato, Transmissão horizontal por veículo, Transmissão horizontal por vetor. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Transmissão vertical A Transmissão vertical é aquela em que o vírus é transmitido da mãe para o filho (durante a gestação, ao nascimento ou amamentação). Exemplos: HIV, Hepatite B, Rubéola, Citomegalovirus, etc. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Disseminação Viral Portas de Entrada MUCOSAS sistema respiratório trato gastrointestinal trato geniturinário conjuntiva/córnea PELE PLACENTA Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA MECANISMOS DE DISSEMINAÇÃO DOS VÍRUS ATRAVÉS DO ORGANISMO Seguida da replicação no sítio de entrada, as partículas virais podem permanecer no local de entrada (infecção localizada) ou podem se espalhar para outros tecidos (infecções generalizadas). A disseminação local da infecção no epitélio ocorre quando o vírus é relançado para fora das células e infecta células adjacentes. Em geral, uma infecção que se espalha para além do local primário de infecção é dita ser disseminada. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Se muitos órgãos tornam-se infectados é descrito como infecção sistêmica. Para uma infecção se espalhar para além do sítio primário, as barreiras físicas e imunológicas devem ser ultrapassadas. Após cruzar o epitélio, as partículas virais atingem a membrana basal. A integridade dessa membrana é comprometida pela destruição das células epiteliais e pelo processo inflamatório. Um mecanismo importante de escape das defesas locais do hospedeiro e facilitar a disseminação da infecção no organismo é a liberação direcionada das partículas virais pelas células polarizadas da mucosa. Aula de Revisão para AV1VIROLOGIA BÁSICA A liberação direcionada pela superfície apical facilita a dispersão de muitos vírus recém replicados entéricos nas fezes (exemplo: poliovírus). Em contraste, partículas virais liberadas pela superfície basolateral polarizada das células epiteliais são protegidos das defesas da superfície do lúmen. A liberação direcionada é, portanto, um dos principais determinantes do padrão de infecção Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA DISSEMINAÇÃO DOS VÍRUS PELO ORGANISMO • Disseminação local pela superfície do epitélio • Disseminação linfática • Disseminação através dos nervos periféricos • Disseminação através do sangue (VIREMIA) VIREMIA pode ser: ativa ou passiva primária ou secundária Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA O termo VIREMIA descreve a presença de partículas virais infecciosas no sangue. A VIREMIA pode ser ativa ou passiva / primária ou secundária viremia ativa é produzida pela replicação do vírus, viremia passiva é resultado da introdução das partículas virais no sangue sem que ocorra replicação no sítio de entrada (injeção de um virion dentro da veia). Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA PERÍODOS DA INFECÇÃO VIRAL A infecção viral no organismo progride através de etapas definidas, assim como a replicação viral na célula. E, dependendo do vírus as etapas básicas da doença viral pode variar, tanto no período de tempo, como no aparecimento dos sintomas e na fase de infecciosidade. E, os períodos da infecção viral são divididos em: período de incubação, período prodrômico e período de infecciosidade. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA PADRÕES DE INFECÇÃO A infecção natural resulta da ação de variáveis complexas, tais como as defesas do hospedeiro, composição da população hospedeira e o ambiente. Apesar de tal complexidade e à grande quantidade de vírus e hospedeiros, padrões comuns de infecção aparecem. Em geral, a infecção natural pode ser: infecções agudas infecções crônicas persistentes e/ou latentes Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA EXCREÇÃO DOS VÍRUS DO ORGANISMO A excreção dos vírus é crucial para a manutenção da infecção na população. A excreção geralmente ocorre pelas mesmas superfícies do corpo envolvidas na penetração. Fezes Pele Trato geniturinário Leite materno Sangue Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Aula 03: Estratégias de replicação viral Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA A replicação viral é um fenômeno altamente complexo e seus detalhes variam grandemente conforme o vírus envolvido. Há vírus que se replicam no citoplasma, como os membros da família Picornaviridae, e os que se replicam no núcleo, como os da família Herpesviridae. A estratégia de replicação do genoma viral depende do tipo de ácido nucleico do vírion infectante. Sendo os retrovírus um grupo especial de vírus no que concerne ao modo de replicação de seu genoma. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Replicação do vírus consiste em fazer cópias do genoma viral e cobertura de proteína e a montagem desses dentro de novos vírus. O ácido nucleico e as proteínas do capsídeo, os componentes essenciais de um vírus, são sintetizados separadamente e então montados antes da liberação da célula hospedeira. A replicação do vírus dentro de uma célula hospedeira depende da capacidade do genoma viral para entrar na célula hospedeira, permanecer funcional e direcionar a célula hospedeira a produzir as macromoléculas virais. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Para um vírus específico replicar dentro de uma célula hospedeira: 1 – a célula hospedeira deverá ser permissiva, e o vírus deverá ser compatível com a célula hospedeira; 2 - a célula hospedeira não deverá degradar o vírus; 3 - o genoma viral deverá possuir a s informações para modificar o metabolismo normal da célula hospedeira; e 4 – o vírus deverá ser hábil para usar a capacidade metabólica da célula hospedeira para produzir novas partículas virais contendo cópias replicadas do genoma viral. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA BIOSSÍNTESE VIRAL A biossíntese viral inicia-se logo após a entrada do vírus na célula, processo conhecido como infecção celular. Este processo envolve dois períodos: fase eclipse e fase de maturação Além disso, podemos dividir a biossíntese viral em várias etapas. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA CÉLULAS HOSPEDEIRAS E INFECÇÃO CELULAR A célula dentro da qual o vírus replica é chamada de célula hospedeira. Tipo de célula Tipo de infecção celular permissivas .....................................infecção produtiva não permissivas.................................infecção abortiva transitoriamente permissiva.................infecção restritiva Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA ETAPAS DA BIOSSÍNTESE VIRAL Apesar de detalhes específicos de a replicação viral variarem de um vírus para outro, a estratégia geral para a replicação é a mesma para muitos vírus. Os estágios na replicação viral incluem: ADSORSÃO, PENETRAÇÃO, DESEMPACOTAMENTO, SÍNTESE, MONTAGEM e LIBERAÇÃO Este ciclo de replicação viral é repetido quando o vírus encontra outra célula hospedeira susceptível. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA 1. ADSORÇÃO: LIGAÇÃO de um vírus a superfície da célula hospedeira susceptível. Realizado através das espículas virais aos receptores celulares. 2. ENTRADA: PENETRAÇÃO, é o momento que o vírus, após a adsorção, consegue entrar na célula hospedeira. (a) translocação (b) endocitose (c) fusão do envelope viral Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA 3. DESEMPACOTAMENTO: DESNUDAMENTO é o processo de desmontagem do capsídeo para que seu genoma seja liberado livre no citoplasma, e quando houver as enzimas virais também serão liberadas. 4. SÍNTESE: ocorre a formação de novos genomas virais, transcrição dos RNAm, como também, das diversas proteínas virais (tradução). 5. MONTAGEM: envolve a coleção de todos os componentes necessários para a formação do virion maduro em um local próprio na célula. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA 6. LIBERAÇÃO: muitos vírus são replicados dentro de uma única célula e são liberados juntos. a)Lise celular b)Brotamento Direto Por exocitose Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA ESTRATÉGIAS DE REPLICAÇÃO VIRAL Quando os vírus infectam as células, dois eventos importantes e distintos devem ser orquestrados: a produção de proteínas estruturais e enzimas virais, e replicação do genoma viral. Vírus têm vários métodos de garantir que seus RNAms sejam produzidos e depois traduzidos em proteínas virais, muitas vezes em detrimento ao RNAms da célula hospedeira. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA RNA VIRAL FITA-POSITIVA: é usado diretamente como RNAm viral, a partir do qual as proteínas virais são traduzidas diretamente, não necessitando de ter uma RNA-polimerase viral associada ao genoma. RNA VIRAL FITA-NEGATIVA: uma RNA-polimerase viral associada (transcriptase), que é transportada pelo vírus para dentro da célula, após a liberação do genoma é transcrito uma cópia complementa intermediária que apresenta sentido positivo. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA RETROVIRUS: possuem uma complexa estratégia para a produçãodos RNAm virias. Assim que o vírus infecta uma célula o RNA genômico viral é transcrito por uma transcriptase reversa (RT) associada ao vírus (RNA polimerase dependente de DNA), que converte o RNA genômico viral em um híbrido DNA- RNA. O RNA genômico vai sendo degradado e substituído por uma cópia de DNA para dar uma molécula de DNAdf. O DNAdf é transportado para o núcleo da célula e é integrado ao cromossomo, aleatoriamente, por uma integrase codificada pelo vírus, e é agora denominado DNA proviral. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA ESTRATÉGIAS DE REPLICAÇÃO DOS BACTERIÓGAFOS Os bacteriófagos são vírus que infectam somente bactérias, são conhecidos também como fagos. Na maioria dos casos o ciclo de replicação completa do fago resultam na morte da célula hospedeira. Os fagos matam a célula bacteriana hospedeira quando eles são liberados e são assim chamados de fagos líticos. No entanto, alguns bacteriófagos são capazes de lisogenia, na qual o genoma do fago é incorporado no cromossomo de algumas bactérias, ciclo lisogênico. Dessa forma, eles são chamados bacteriófagos temperados. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Aula 4: Agentes virais infecciosos Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA BACTERIÓFAGOS Os bacteriófagos (também conhecidos como fagos) são vírus que infectam somente organismos procariotos (bactérias), podem apresentar o genoma DNA ou RNA. Todos os bacteriófagos apresentam apenas o nucleocapsídeo (genoma e capsídeo), não existindo formas envelopadas. Existem basicamente dois tipos de ciclos reprodutivos: o ciclo lítico e o ciclo lisogênico. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA VÍRUS DE PLANTAS A imensa maioria dos vírus de plantas tem como material genético o RNA e não possui envelope, mas existem vírus não envelopados de DNA e vírus envelopados de RNA. O primeiro vírus que foi descoberto foi o vírus do mosaico do tabaco. Geralmente, o contágio se dá de uma planta para outra, por enxertos, disseminação de pólen e sementes, ou mesmo por meio de vetores. Há, ainda, a possibilidade de um vegetal ser contaminado pelo simples contato mecânico. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA VÍRUS DE ANIMAIS Os vírus de animais podem apresentar o genoma DNA ou RNA, envelopados ou não. A maioria ao infectar uma célula animal, penetra nela com o nucleocapsídeo, diferente dos bacteriófagos, que só injetam o ácido nucleico. Se o vírus for envelopado, o envelope incorpora-se à membrana plasmática da célula hospedeira, ou membrana do endossoma (quando o vírus for endocitado). No interior da célula o capsídeo se desmonta e libera o genoma viral. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA As seguintes situações podem ocorres, dependendo o tipo de ácido nucleico do vírus: 1- Quando o genoma é DNA, o processo de transcrição e tradução é o tradicional: DNA ----- RNA----- síntese de proteínas 2- Quando o genoma é o RNA, duas situações podem ocorrer, dependendo do tipo de vírus: Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA a. O RNA é transcrito em várias outras moléculas de RNA, que passarão a comandar a síntese de proteínas: b. O RNA é inicialmente transcrito em DNA por meio de uma enzima especial denominada transcriptase reversa, inativa no vírus, mas que se torna ativa na célula hospedeira: Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Enquanto estudavam as doenças de plantas e animais, os virologistas descobriram alguns agentes infecciosos incomuns denominados VIROIDES e PRÍONS que possuem alguns atributos dos vírus. Entretanto, a estrutura destas partículas difere drasticamente dos vírus. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA VIROIDES Os viroides não apresentam capsídeo, possuem uma pequena molécula de RNA fita-simples que podem se replicar automaticamente quando introduzidos mecanicamente dentro de plantas hospedeiras. Até o momento, não existe evidências de que os viroides sejam capazes de codificar proteínas ou RNAm. Ao contrário dos vírus que são parasitas da maquinaria de tradução, os viroides são parasitas da maquinaria de transcrição (síntese de RNAm), eles dependem da RNA polimerase II para replicação. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA SATÉLITES Os satélites são uma pequena molécula de RNA fita-simples, que faltam os genes necessários para a replicação, mas precisam da presença de outro vírus (vírus auxiliar). Ao contrário dos viroides, o genoma do satélite codifica para uma ou duas proteínas. Vírus satélites são partículas distintas que foram descobertas em preparações de seus vírus auxiliares. Essas partículas defectivas (“defeituosas”) contêm genomas que codificam uma proteína estrutural envolvida na formação de seu capsídeo. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Vírus satélites não são derivados do vírus auxiliar; seus genomas não têm homologia com o genoma do vírus auxiliar. Ácidos nucleicos satélites (algumas vezes chamados de virusoides) são empacotados pelas proteínas de capsídeo codificadas pelos genomas do vírus auxiliar. A maioria dos satélites conhecidos são associados com vírus de plantas, mas um bem conhecido exemplo de satélite de humanos é o vírus satélite da hepatite Delta com seu auxiliar, vírus da hepatite B. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA PRÍONS Existe um grupo de doenças infecciosas transmissíveis e crônicas do sistema nervo que mostra efeitos patológicos comuns e são invariavelmente fatais. Através de experimentos, Prusiner observou que o "agente" do Scrapie era desprovido de ácidos nucleicos e resistente às proteases (enzimas que quebram proteínas). Tratava-se, então, do primeiro "agente" infeccioso de natureza proteica. Uma das proteínas produzidas normalmente pelos genes de todos os animais é a proteína príon celular (ou PrPc). Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Os Príons são encontrados em duas isoformas: o príon celular (PrP ou PrPc) que é associada a eventos fisiológicos e o príon scrapie (PrPsc), que está associado a neurotoxicidade. A PrPc pode ter sua estrutura alterada, formando uma proteína modificada, chamada PRÍON. Os príons são capazes de provocar a alteração da conformação de PrPc normais, transformando-as em outros príons. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Aula 05: Imunologia das infecções virais Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Nosso sistema imune é uma vasta rede de moléculas e células com um só objetivo: distinguir entre o que é próprio do indivíduo e o que não é. Sua função principal é nos proteger contra microrganismos como vírus, bactérias e parasitas. Os mecanismos iniciais de defesa são barreiras, como a pele, que impedem a entrada de agentes estranhos. Essas barreiras fazem parte da resposta inata. Caso a resposta inata não seja eficaz, inicia-se a defesa direcionada a patógeno específico, que é a resposta imune adaptativa. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Importância da resposta imune antiviral Diagnóstico e observação clínica Elucidar processos patológicos com sintomas e sinais clínicos gerais Diferenciar a fase da doença Diagnosticar doença congênita Selecionar doadores de sangue Avaliar o prognóstico da doença Avaliar eficácia e/ou a suspensão da terapêutica Desenvolvimento de vacinas antivirais. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA RESPOSTA IMUNE INATA Tambémé conhecida como resposta imune inespecífica, é a primeira linha de defesa do nosso organismo. Somente quando as defesas inatas do hospedeiro são vencidas, evadidas ou dominadas, é necessária uma resposta imune adaptativa. Defesas físicas e químicas primárias Fase da vida Sistema Complemento a) a via Clássica; b) a via alternativa e c) a via das lectinas Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Resposta inflamatória As células envolvidas (incluindo linfócitos, neutrófilos, mastócitos e muitos outros tipos celulares) são frequentemente denominadas células inflamatórias. A inflamação é importante não só no controle de infecções virais, mas também contribui para os efeitos patogênicos observados. A resposta inflamatória, como a maioria das respostas inatas, é essencial para o início da imunidade adaptativa. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Interferon O interferon constitui a primeira defesa ativa do organismo contra uma infecção viral, um “sistema de alarme precoce” em nível local e sistêmico. Além de ativar a defesa antiviral da célula-alvo no sentido de bloquear a replicação viral, os interferons também ativam a resposta imunológica e amplificam o reconhecimento da célula infectada pela célula TCD8+. O organismo produz diferentes tipos de interferons: IFN- IFN- e IFN-. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Os interferons apresentam várias atividades: • Ações antivirais: Início de um estado antiviral nas células: bloqueiam a síntese de proteínas virais e inibem o crescimento celular. •Ações imunomoduladoras: O IFN-eIFN-ativam as células NK, os macrófagos; aumentam a expressão das moléculas do MHC e regulam a atividade das células T. • Outras ações: Regulam os processos inflamatórios e o crescimento tumoral. Conteúdo Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Defesas inatas mediadas por células: As células envolvidas na defesa inata são, principalmente, as células NK e os macrófagos que respondem à infecções virais produzindo uma variedade de fatores solúveis que podem mediar mecanismo antivirais. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA RESPOSTA IMUNE ADAPTATIVA A imunidade humoral e a imunidade mediada por célula desempenham diferentes papéis no combate às infecções virais. A imunidade humoral atua principalmente sobre os virions extracelulares, ao passo que a imunidade mediada por célula (linfócitos T) é dirigida contra a célula que produz o vírus. A imunidade humoral é aquela envolvida com a produção de anticorpos. A melhor resposta protetora na forma de anticorpo é gerada para as proteínas virais que interagem com os receptores celulares (espículas virais). Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Imunidade mediada por célula: é a imunidade mediada por linfócitos T promove as respostas dos anticorpos e as respostas inflamatórias (linfócitos TCD4+) e mata as células infectadas (linfócitos TCD8+). A imunidade mediada por células é especialmente importante no combate às infecções causadas por vírus formadores de sincícios, que podem se disseminar de uma célula para outra sem exposição aos anticorpos Os CTL matam células infectadas e, como consequência, eliminam a fonte de novos vírus Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA ESTRATÉGIAS DE ESCAPE QUE OS VÍRUS UTILIZAM PARA DE EVADIR DO SISTEMA IMUNOLÓGICO VARIAÇÃO ANTIGÊNICA: estratégia utilizada pelos vírus para escapar do sistema imune consiste em alterar seus antígenos. Há três modos pelos quais pode ocorrer a variação antigênica: 1. Apresentação de uma ampla variedade de tipos antigênicos; muito observado em bactérias; 2. Modificação da estrutura do antígeno; pode realizar essa modificação de duas maneiras; Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA Deriva antigênica: causada por mutações pontuais nos genes que codificam as suas duas glicoproteínas de superfície. Desvio antigênico: quando ocorre redistribuição do genoma do vírus da gripe de humanos e vírus da gripe de animal em um mesmo hospedeiro animal (simultaneamente). 3. Rearranjos programados no DNA: alterações antigênicas ocorrem repetidamente em um único hospedeiro infectado. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA CAPACIDADE DE LATÊNCIA: as células infectadas não fazem apresentação de antígeno através do MHC de classe para os linfócitos TCD8+, assim sem apresentação de antígeno a célula infectada não será destruída. SUBVERSÃO DO SISTEMA IMUNE: muitos vírus têm desenvolvido mecanismos que subvertem vários aspectos do sistema imune. PRODUÇÃO DE IMUNOSSUPRESSÃO: muitos patógenos suprimem a resposta imune em geral, e muitos outros podem causar imunossupressão de forma moderada ou transitória. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA RESPOSTA IMUNE PATOGÊNICA: um exemplo clinicamente importante desse tipo de escape, é a bronquiolite sibilante causada pelo vírus sincicial respiratório (VRS), comum em crianças pequenas. Observou-se que, crianças que eram vacinadas apresentavam um quadro mais grave da doença do que as crianças que não haviam sido vacinadas. Aula de Revisão para AV1 VIROLOGIA BÁSICA RESUMINDO... Nesta aula vimos: Os pontos mais importantes estudos da aula 1 até a aula 5. Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73
Compartilhar