Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* Centro de Ciências Agrárias e Ambientais CURSO: BACHARELADO EM AGROECOLOGIA COMPONENTE CURRICULAR: IRRIGAÇÃO E MEIO AMBIENTE Professor: Mario Sergio de Araujo UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA * DIMENSIONAMENTO DE BOMBAS HIDRÁULICAS * Máquina: É a designação dada a tudo aquilo capaz de transformar energia. Bombas Hidráulicas: São máquinas que recebem trabalho mecânico e o transforma em energia hidráulica, fornecendo energia ao líquido. CONCEITOS * Bombas Volumétricas Centrífuga, Turbobombas ou Hidrodinâmicas Bombas Especiais TIPOS DE BOMBAS HIDRÁULICAS * O intercâmbio de energia é estático. As partes moveis podem ser alternativas, em que o escoamento é intermitente de escoamento contínuo. BOMBAS VOLUMÉTRICAS * BOMBAS VOLUMÉTRICAS * O intercâmbio depende das forças dinâmicas originadas pelas diferenças de velocidades entre o fluido que escoa e as partes móveis da máquina. CENTRÍFUGA, TURBOBOMBAS OU HIDRODINÂMICAS * CENTRÍFUGA, TURBOBOMBAS OU HIDRODINÂMICAS * Carneiro hidráulico, indústria química, bombas para sólidos. BOMBAS ESPECIAIS * BOMBAS ESPECIAIS * Rotor Difusor COMPONENTES PRINCIPAIS DE UMA BOMBA * ROTOR Órgão móvel que fornece energia ao fluido. É responsável pela formação de depressão no seu centro, para aspirar o fluido, e de sobrepressão na periferia, para elevá-lo. * Canal de seção crescente, no sentido do escoamento, que recebe o fluido vindo do rotor e o encaminha à tubulação de recalque, para transformar energia cinética em energia de pressão. DIFUSOR * ÓRGÃOS PRINCIPAIS DE UMA BOMBA * CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS QUANTO: Número de Rotores na Carcaça Posicionamento do Eixo Pressão desenvolvida Tipo de Rotor Posição do Eixo da Bomba * QUANTO AO NÚMERO DE ROTORES NA CARCAÇA Bomba Monoestágio Bomba Multiestágios * Contém um único rotor dentro da carcaça. BOMBA MONOESTÁGIO * BOMBA MONOESTÁGIO * Contém dois ou mais rotores dentro da carcaça. BOMBA MULTIESTÁGIOS * BOMBA MULTIESTÁGIOS * BOMBA MULTIESTÁGIOS * QUANTO AO POSICIONAMENTO DO EIXO Bombas de eixo horizontal: Concepção construtiva mais comum. Bombas de eixo vertical: É usada na extração de água de poços profundos. * QUANTO AO POSICIONAMENTO DO EIXO * QUANTO À PRESSÃO DESENVOLVIDA Bombas de baixa pressão: Hm ≤ 15 m; Bombas de média pressão: 15 m < Hm ≤ 50m; Bombas de alta pressão: Hm > 50 m. * QUANTO AO TIPO DE ROTOR Rotor Aberto Rotor Semifechado Rotor Fechado * ROTOR ABERTO Usado para dificultar o entupimento, podendo ser usado para bombeamento de líquidos sujos, materiais com areia e sólidos em suspensão. * ROTOR ABERTO * ROTOR SEMIFECHADO Contém um disco, onde são afixadas as palhetas. Usado para bombeamento de água suja com pequenos sólidos em suspensão. * ROTOR SEMIFECHADO * Usado em bombeamento de líquidos limpos. Contém discos dianteiros com palheta fixos em ambos. Evita a recirculação da água. ROTOR FECHADO * ROTOR FECHADO * QUANTO À POSIÇÃO DO EIXO DA BOMBA Sucção Positiva Sucção Negativa ou Afogada * SUCÇÃO POSITIVA O eixo da bomba situa-se acima do nível da água do reservatório de sucção. * SUCÇÃO POSITIVA * O eixo da bomba situa-se abaixo do nível da água do reservatório de sucção. SUCÇÃO NEGATIVA OU AFOGADA * SUCÇÃO NEGATIVA OU AFOGADA * Uma estação elevatória é composta, em geral, de três partes: LIGAÇÃO DE SUCÇÃO CONJUNTO DE PRESSÃO LIGAÇÃO DE RECALQUE ESTAÇÃO ELEVATÓRIA * LIGAÇÃO DE SUCÇÃO É constituída pela canalização ou mangote que liga o reservatório à bomba, incluindo os acessórios, como válvula de pé, curvas, redução excêntrica, abraçadeira. * CONJUNTO DE PRESSÃO É constituída por uma bomba, motor (elétrico ou combustão interna), base fixadora, luva elástica, manômetro, fios de ligação e chave elétrica. * LIGAÇÃO DE RECALQUE É constituída pela ampliação concêntrica; válvula de retenção; válvula de passagem; curvas e canalização que liga a bomba ao reservatório superior ou linha de aspersor ou microaspersor, gotejador ou canal de irrigação. * ESTAÇÃO ELAVATÓRIA COMPLETA * É função da vazão a ser elevada (Q) e da altura manométrica (Hm). Vazão (Q): É o volume que escoa por unidade de tempo (m³/h ou l/h). Depende: Consumo diário, jornada de trabalho e números de bombas em funcionamento. SELEÇÃO DO CONJUNTO MOTOBOMBA * Fórmula de Bresse É recomendada para funcionamento contínuo da bomba, ou seja, 24 horas/dia. Dr = K √Q Dr=Diâmetro de recalque em metros (m); K = Constante (0,8 – 1,3); Q = Vazão (m³/s). DETERMINAÇÃO DO DIÂMETROS DE RECALQUE (Dr) * Fórmula recomendada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). É indicado para o funcionamento intermitente. Dr = 1,3 (T/24)*0,25√Q Dr = Diâmetro de recalque em metros (m); T = Jornada de trabalho em horas (h); Q = Vazão (m³/s). DIÂMETRO DE RECALQUE (Dr) * É o diâmetro comercial imediatamente superior ao diâmetro de recalque. Velocidades econômicas Na sucção Vs ≤ 1,5 m/s No recalque Vr ≤ 2,5 m/s DETERMINAÇÃO DO DIÂMETRO DE SUCÇÃO * Os diâmetros são facilmente calculados pela equação da continuidade (Q = AV). Q = A.V Q = Vazão (m³/s); A = Área da seção (m²) A = Π D²/4 » D = Diâmetro da tubulação (m); DETERMINAÇÃO DO DIÂMETRO DE SUCÇÃO E RECALQUE * Dr = √4Q/ π Vr Dr = Diâmetro recalque em metro (m); Q = Vazão (m³/s); π= 3,14; Vr = Velocidade de recalque (m/s). Vr ≤ 2,5 m/s DETERMINAÇÃO DO DIÂMETRO DE SUCÇÃO E RECALQUE * É o somatório dos desníveis de sucção e recalque acrescidas das perdas de cargas por atrito e localizadas nas tubulações de sucção e recalque. Hm = Hs + Hr Hs = Altura de Elevação de Sucção Hr = Altura de Elevação ou Recalque DETERMINAÇÃO DA ALTURA MANOMÉTRICA (Hm) * Componentes da altura manométrica da instalação DETERMINAÇÃO DA ALTURA MANOMÉTRICA (Hm) * Corresponde à diferença medida em metros, entre o nível do líquido e a linha do centro da bomba, somada as perdas na tubulação de sucção por atrito e localizada. Hs = hs + hfas + hfls hs = Altura estática de sucção (m) hfas = As perdas de cargas por atrito na tubulação de sucção (m). hfls = As perdas de cargas localizada na tubulação de sucção provocada por peças especiais (m). DETERMINAÇÃO DA ALTURA SUCÇÃO (Hs) * Corresponde à medida em metros, entre a linha do centro da bomba e o ponto extremo da tubulação de recalque, somadas as perdas por atrito e localizada na tubulação de recalque. Hr = hr + hfar + hflr hr = Altura estática de recalque (m) hfar = As perdas de cargas por atrito na tubulação de recalque (m). hflr = As perdas de cargas na tubulação de recalque provocada por peças especiais (m). DETERMINAÇÃO DA ALTURA RECALQUE (Hr) * É a perda de energia devido ao atrito entre as partículas de água e o contato com a parede da tubulação (metro). PERDA DE CARGA POR ATRITO (Hfa) * Hazen – Williams Hfa = 10,641 (Q/C)1,85 L/(D)4,87 Hfa = perda de carga (m.c.a) Q = vazão (m³/s); V = velocidade (m/s); C = coeficiente de Hazen-Williams que depende da natureza do tubo (tabelado); D = diâmetro interno da linha lateral (m); L = comprimento da tubulação (m). PERDA DE CARGA POR ATRITO (Hf) * * Hfl = K (V²)/2g Hfl = Perda de carga localizada (m) K = Constante que depende do tipo de conexão e diâmetro (tabelado) V = Velocidade de deslocamento do fluido (m/s) g = Aceleração da gravidade 9,81 (m/s²) PERDA DE CARGA LOCALIZADA (Hfl) * VALORES DO COEFICIENTE - K * É a potência necessária no eixo da bomba (CV). PN = Q x Hm x D /2,74 x . Q = Vazão (m³/h) Hm = Altura manométrica da instalação (m) D= Densidade do Fluido (água = 1) 2,74 = Constante = Rendimento da bomba (%) POTÊNCIA NOMINAL (PN) * É a potencia fornecida ao conjunto motobomba (CV) PT = W.PN PT = Potência fornecida ao conjunto motobomba (CV) W = Constante tabelada em função da potência nominal (PN) PN = Potência nominal (CV) POTÊNCIA DE TRABALHO (PT) * * UM PRUDUTOR RURAL TRABALHA 16 HORAS POR DIA, SOLICITOU PARA DIMENSIONAR UM CONJUNTO MOTOBOMBA PARA ATENDER AS NECESSIDADE DE SUA FAZENDA. OS DADOS FORNECIDOS PELO PROPRIETÁRIO FORAM OS SEGUINTES: VAZÃO: 25 m³/h; SUCÇÃO: ALTURA DE SUCÇÃO: 5 m, PEÇAS ESPECIAIS: CURVA SUAVE DE 90º, VÁLVULA DE PÉ, COMPRIMENTO TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO: 6 m. DIMENSIONAMENTO DO CONJUNTO MOTOBOMBA * DIMENSIONAMENTO DO CONJUNTO MOTOBOMBA RECALQUE: DESNÍVEL DO TERRENO: 20m, PEÇAS ESPECIAIS: VÁLVULA DE RETENÇÃO, VÁLVULA DE GAVETA, CURVA DE 90º. COMPRIMENTO DA TUBULAÇÃO DE RECALQUE 150m. * 1)Determinação do diâmetro de recalque Equação da continuidade Q = A.V Q = Vazão (m³/s); A = Área da seção (m²) A = Π D²/4 » D = Diâmetro da tubulação (m); DIMENSIONAMENTO DO CONJUNTO MOTOBOMBA * Q = Π D²/4 .V D =√4Q/ Π.V Q = 25 m³/h Q = 25 /60.60 = 0,007 m³/s Dr = √4.007/ 3,14.2,5» Dr=0,060 m = 60 mm Ξ 75 mm Dr = 3” DIMENSIONAMENTO DO CONJUNTO MOTOBOMBA * 2) Determinação do diâmetro de sucção Diâmetro comercial imediatamente superior ao do recalque Ds = 4” DIMENSIONAMENTO DO CONJUNTO MOTOBOMBA * 3) Determinação da Altura manométrica (Hm) Hm = Hs + Hr = (hs + hfas + hfls) + (hr + hfar + hflr) Altura de sucção Hs = hs + hfas + hfls hs = 5m DIMENSIONAMENTO DO CONJUNTO MOTOBOMBA * Hazen – Williams Hfa = 10,641 (Q/C)1,85 L/(D)4,87 Sendo: Hf = perda de carga (m.c.a) Q = vazão (m³/s); V = velocidade (m/s); C = coeficiente de Hazen-Williams que depende da natureza do tubo; D = diâmetro interno da linha lateral (m); L = comprimento da tubulação (m). DIMENSIONAMENTO DO CONJUNTO MOTOBOMBA * Considerando o comprimento da tubulação de sucção Ls = 6m Hfas = 10,641 (0,007/147,5)1,85.6/(0,1)4,87 Hfas = 0,05m Hfas = (J/100)Ls = (1/100)6 = 0,06m DIMENSIONAMENTO DO CONJUNTO MOTOBOMBA * Hfl = K (V²)/2g Hfl = Perda de carga localizada (m) K = Constante que depende do tipo de conexão e diâmetro (tabelado) V = velocidade de deslocamento do fluido (m/s) g = aceleração da gravidade 9,8 (m/s²) PERDA DE CARGA LOCALIZADA * Hfls = K (V²)/2g = (0,6 + 10) . (1,5)²/2.9,8 = 1,22m Hs = 5,0 + 0,06 + 1,22 = 6,28m PERDA DE CARGA LOCALIZADA * Hr = hr + hfar + hflr hr = 20m ALTURA DE RECALQUE (Hr) * Hfar = 10,641 (Q/C)1,85 Lr/(D)4,87 Lr = 150 m Hfar = 10,641 (0,007/147,5)1,85 150/(0,075)4,87 Hfar = 4,82 m Hfar = (J/100)Lr = (3/100)150 = 4,5m PERDA DE CARGA POR ATRITO * Hfl = K (V²)/2g Hflr =(0,6+3+10).(2,5)²/2.9,8 = 4,34m Hr = 20,0 + 4,82 + 4,34 = 29,16m Hm=Hs+Hr = 6,3+29,16 = 35,46= 36m Q = 25 m³/h Hm = 36m PERDA DE CARGA LOCALIZADA (Hfl) * PN = Q x Hm x D /2,74 x . PN = 25.36/2,74.80% PN = 4,1 CV PT=W.PN= 1,25.4,1 PT= 5,125 = 6 CV POTÊNCIA NOMINAL E DE TRABALHO * É uma seleção rápida, onde pequenas variações de vazão e altura manométrica são aceitáveis. SELECÃO DA BOMBA PELA TABELA * * Utilizado para selecionar uma bomba em condições de trabalho onde não se admite variações no ponto de operação, através da curva de performance (desempenho) SELEÇÃO DA BOMBA PELA CURVA CARACTERÍSTICA * Representa graficamente a área coberta por um modelo de bomba. CURVA DE PERFORMANCE DE UMA BOMBA * Vazão (Q) Altura Monométrica (Hm) Curvas Características dos Rotores Rendimento (%) Rotação (RPM) O QUE CONTÉM UMA CURVA ? * VAZÃO (Q) Indicado na linha horizontal, representada normalmente em m³/h ou l/h. Mostra o limite de vazão mínima à esquerda e o máximo à direita. * ALTURA MONOMÉTRICA (Hm) Indicado na linha vertical, dada em metros de coluna de líquido e fornecendo o valor mínimo inferior e máximo superior de Hm. * São as curvas partindo do eixo vertical para o centro do desenho, representado em polegadas ou milimitros, mostram para diversos diâmetro de rotores as variáveis de altura, vazão e rendimento. CURVAS CARATERÍSTICAS DOS ROTORES * São as curvas situadas aproximadamente no centro do desenho e que determinam os pontos de eficiência da bomba. São representados em porcentagem (%). RENDIMENTO * ROTAÇÃO É o número dado no canto superior direito que Indica a rotação que deve ter a bomba e o motor para atender às condições de serviço. Representado em RPM (Rotação Por Minuto) * *
Compartilhar