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1 UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA ENGENHARIA BÁSICA DISCIPLINA: COMPLEMENTOS DE FÍSICA (LABORATÓRIO) MOVIMENTO OSCILATÓRIO PÊNDULO SIMPLES ZULEIDE VILARINS CARDOS DA SILVA / C754170 YAGO GLEYCE MARCOS NÃO SEI QUEM MAIS PROF. PROF. 21 / SETEMBRO / 2016 QUARTA-FEIRA 2 Um pêndulo é um sistema composto por uma massa acoplada a um pivô que permite sua movimentação livremente. A massa fica sujeita à força restauradora causada pela gravidade. Existem inúmeros pêndulos estudados por físicos, já que estes descrevem-no como um objeto de fácil previsão de movimentos e que possibilitou inúmeros avanços tecnológicos, alguns deles são os pêndulos físicos, de torção, cônicos, de Foucalt, duplos, espirais, de Karter e invertidos. Mas o modelo mais simples, e que tem maior utilização é o Pêndulo Simples. Este pêndulo consiste em uma massa presa a um fio flexível e inextensível por uma de suas extremidades e livre por outra, representado da seguinte forma: Quando afastamos a massa da posição de repouso e a soltamos, o pêndulo realiza oscilações. Ao desconsiderarmos a resistência do ar, as únicas forças que atuam sobre o pêndulo são a tensão com o fio e o peso da massa m. Desta forma: A componente da força Peso que é dado por P.cosθ se anulará com a força de Tensão do fio, sendo assim, a única causa do movimento oscilatório é a P.senθ. Então: No entanto, o ângulo θ, expresso em radianos que por definição é dado pelo quociente do arco descrito pelo ângulo, que no movimento oscilatório de um pêndulo é x e o raio de aplicação do mesmo, no caso, dado porℓ, assim: 3 Onde ao substituirmos em F: Assim é possível concluir que o movimento de um pêndulo simples não descreve um MHS, já que a força não é proporcional à elongação e sim ao seno dela. No entanto, para ângulos pequenos, , o valor do seno do ângulo é aproximadamente igual a este ângulo. Então, ao considerarmos os caso de pequenos ângulos de oscilação: Como P=mg, e m, g e ℓ são constantes neste sistema, podemos considerar que: Então, reescrevemos a força restauradora do sistema como: Sendo assim, a análise de um pêndulo simples nos mostra que, para pequenas oscilações, um pêndulo simples descreve um MHS. Como para qualquer MHS, o período é dado por: e como Então o período de um pêndulo simples pode ser expresso por: 4 INTRODUÇÃO Diz a história que, certa vez, Galileu estava observando as oscilações de um lustre da Catedral de Pisa quando teve a ideia de fazer medidas do tempo de oscilação. Como naquela época ainda não haviam inventado o relógio e nem o cronômetro, Galileu fez a contagem do tempo de oscilação comparando-o com a contagem das batidas de seu próprio pulso. Fazendo isso ele verificou que mesmo quando as oscilações ficavam cada vez menores o tempo delas era sempre o mesmo. Em sua casa ele repetiu o experimento utilizando um pêndulo e novamente o resultado que tinha obtido com a oscilação do lustre foi confirmado, e verificou ainda que o tempo das oscilações dependiam do comprimento do fio. Ao realizar novos experimentos com pêndulos, Galileu verificou que o tempo de oscilação do pêndulo não depende do peso do corpo que está preso na extremidade do fio, ou seja, o tempo é o mesmo tanto para um corpo leve quanto para um corpo pesado. em 1602 é que apresentou a um amigo seu pela primeira vez a ideia do isocronismo de pêndulos, isto é, que o seu período de oscilação de um pêndulo é independente da sua amplitude (para pequenas oscilações apenas). Foi o inicio do estudo do movimento harmónico simples. No ano seguinte, um outro amigo com quem partilhou a descoberta começou a usar pêndulos para medir a pulsação dos seus pacientes, com um instrumento a que chamou pulsilogium. Galileu investigou as características de pêndulos e chegou à conclusão não só que eram isócronos, característica que, repete-se, só é válida em regime de pequenas oscilações, como também voltavam praticamente à altura a que tinham sido largados, o que hoje se admite como manifestação da conservação de energia, um conceito ainda não introduzido na época. Além disso, observou que pêndulos mais leves cessavam a sua oscilação mais rapidamente que os que possuíam pesos maiores e que o quadrado do período de oscilação é proporcional ao comprimento do pêndulo. Os relógios que estavam ao dispor no tempo de Galileu eram francamente pouco precisos. Tratavam-se de relógios mecânicos que tinham vindo substituir os relógios de água e foram sendo aperfeiçoados, tornado-se mais pequenos e ganhando precisão, mas que se adiantavam ou atrasavam de forma imprevisível, o que os fazia inadequados até para observações astronómicas. Galileu efectuava todas as medições do período dos pêndulos usando como cronómetro a sua pulsação cardíaca. Os pêndulos passaram também a ser utilizados como 5 metrónomos para estudantes de música. Em 1641, quando Galileu já estava completamente cego, ocorreu-lhe que talvez fosse possível adaptar o pêndulo a relógios, utilizando pesos ou molas. Ele acreditava que os defeitos dos relógios convencionais pudessem ser corrigidos pelo movimento periódico intrínseco aos pêndulos. Numa ocasião que o seu filho Vicenzio o visitou, ele contou-lhe as suas intenções e pediu-lhe para desenhar esboços da máquina. Decidiram construí-la, para verificar a existência de erros inesperados teoricamente. Foi a descoberta de Galileu que permitiu o florescer de novos relógios muito mais precisos, porque o período do pêndulo depende do seu comprimento, uma variável fácil de controlar, ao invés da sua amplitude, como se julgava e que é de difícil controlo. A aplicação deste princípio encontra-se patente tanto nos antigos relógios de pêndulo quanto nos relógios em que oscila uma mola ou os que possuem um cristal de quartzo a oscilar. Quinze anos depois da sua morte, em 1657, Christiaan Huygens, autor que também demonstrou que o pêndulo não é precisamente isócrono, publicou um livro em que descrevia o relógio de pêndulo, marcando efectivamente o início do desenvolvimento destes aparelhos. 6 objetivos do Trabalho Usar um cronômetro de mão para obter a melhor estimativa do período de um pêndulo de comprimento fixo, bem como a melhor estimativa da incerteza nesse valor. Investigar a possibilidade de diminuir a incerteza no período medindo vários períodos juntos. Usar o período calculado para obter uma estimativa da aceleração local da gravidade e a incerteza nesse valor. Utilizar a cifra de 10 segundos para limite do tempo na oscilação do pêndulo. O pêndulo simples trata-se de um fio leve e inextensível de comprimento L, o qual tem em sua extremidade uma massa pontual m, enquanto a outra extremidade é fixa de certa forma que permita a livre oscilação do sistema. Ao deslocar o pêndulo da sua posição de equilíbrio, este oscila sob a ação da força peso da massa m, bem como da força tração T. Em ângulos de pequenas amplitudes, obtemos o período através da seguinte expressão: É possível veri ficar a dependência do período de oscilação do pêndulo simples com a aceleração gravitacional e com o comprimento do seu fio. Por sua vez, o experimento provou de forma simples e objetiva o quão independente o mesmo se faz da massa do corpo. Após tais observações, foram feitas algumas comparações utilizando diferentes comprimentos para determinarmos o período de oscilação. Feito isso, utilizamos a mesma fórmula do período para encontrar a aceleração gravitacional de cada resultado e então calcular a média (a razão da soma de todos os resultados do período pelo número de resultados) e é claro, chegamos em valores próximos a 9,8 m/s², justamente porque a tal variável, outrora assume o seu valor correto dado como constante. = 7 MATERIAIS E MÉTODOSOs materiais usados para o teste realizado no laboratório foram: - Pêndulo com Linha Fina - 2 pesos de massa M1 e M2 - 1 Régua - 1 Cronômetro Descrição do Experimento Fixamos um fio inextensível de comprimento “L” em um ponto superior, e na extremidade inferior penduramos um corpo de massa “M” qualquer. Se deslocarmos um pouco o corpo, formando um ângulo com o eixo vertical relativo ao pivô do pêndulo, e em seguida soltar o corpo, ele entrara em movimento oscilatório. Marcar o tempo de 10 segundos no cronômetro. O dispositivo descrito consiste no pêndulo simples. Na Primeira Parte: Medir o comprimento do fio e determinar os tamanhos utilizados para efetuar os procedimentos. Na Segunda Parte : O procedimento visou em determinar o período do pêndulo, conforme o solicitado pelo professor nas situações abaixo: Em seguida adicionar os dados em uma tabela comparativa. Medimos o período do pêndulo 8 (para minimizar os erros escolhemos medir esse período através da medição de cinco ciclos consecutivos, e em seguida calculamos o período médio), com o auxilio de um cronômetro, para diferentes valores de seu comprimento, dados que foram fornecidos pelo professor. RESULTADOS E ANÁLISE DOS RESULTADOS Amplitude M Tempo de 10 Oscilasções Período T (s) 0,05 21,29 2,129 0,1 21,37 2,137 0,15 21,13 2,113 0,6 21,81 2,181 Comprimento Valor Tempo de 10 oscilasções Período Raiz Quadrada 0,3 5,2 13,07 1,307 0,55 0,4 6,94 14,53 1,453 0,63 0,5 8,68 15,78 1,578 0,71 0,7 12,15 18,44 1,844 0,84 0,8 13,88 19,47 1,947 0,89 9 0,9 15,62 20,46 2,046 0,95 1 17,36 21,38 2,138 1,00 A tabela acima mostra o tempo de cada oscilação bem como, os desvios já calculados de acordo com a equação. Nota-se que, os resultados dos períodos para as massas são praticamente iguais o que comprova que o período do pêndulo não depende da massa. Observa-se um aumento no tempo de oscilação mediante a altura do centro de massa do corpo a extremidade da haste. CONCLUSÃO A massa pendular m não influi no período T do movimento. Assim dois pêndulos de mesmo comprimento L mas de massas diferentes M e m, apresentam o mesmo período T. O período de um pêndulo simples independe da amplitude, ou seja, da altura em que m é abandonada, assim, os pêndulos da figura abaixo, tanto na situação 1 como na 2, demoram o mesmo tempo para a sua trajetória. REFERÊNCIAS - Apostila de Física Experimental II, Roteiros para Experimentos de Física.
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