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Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul
Campus Virtual
	
	Avaliação a Distância 
Unidade de aprendizagem: Estudos Socioculturais
Curso: Direito
Professor:
Nome do estudante;
Data: 
Orientações:
Procure o professor sempre que tiver dúvidas.
Entregue a atividade no prazo estipulado.
Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.
Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA).
1) Leia a reportagem sobre trabalho escravo “Roupas da Zara são fabricadas com mão de obra escrava”, publicada em 16/08/2011 e disponível em http://reporterbrasil.org.br/2011/08/roupas-da-zara-sao-fabricadas-com-mao-de-obra-escrava/ 
 
Em seguida, pesquise outras reportagens que mostrem a realidade do trabalho escravo, e  desenvolva um texto de no mínimo 20 linhas apontando como podemos interpretar tal realidade utilizando o referencial teórico de Karl Marx. (3,0 pontos)
R – 
Segue abaixo algumas reportagens com o tema, Trabalho Escravo:
 
http://g1.globo.com/economia/trabalho-escravo-2014/platb/
http://reporterbrasil.org.br/2014/01/paulistano-usa-carvao-feito-com-trabalho-escravo-e-infantil/
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/05/31/trabalho-escravo-e-flagrado-em-fazenda-de-goias-14-pessoas-foram-resgatadas.htm
	Baseado nas concepções marxistas, que defendem o socialismo como ferramenta fundamental de transição entre o sistema capitalista, atualmente sistema econômico hegemônico , para se chegar ao comunismo, sistema que visa igualdade plena a todos, é que fundamentaremos nosso texto.
	Para Marx o homem no capitalismo é considerado pela sua força de trabalho, onde este a vende por um salário, o qual deve dar conta de sua subsistência e de manter e perpetuar sua força de trabalho. Tudo o que excede sua subsistência é chamado de mais-valia, que se transforma em acúmulo de capital nas mãos dos donos dos meios de produção.
	Para além da dinâmica Trabalho x Capital , existe o trabalho escravo, onde o indivíduo não vende seu trabalho por um salário, bem como não tem qualquer direito ou garantia. Pode-se aproximar o escravo do conceito de mercadoria, uma vez que quem detém sua força de trabalho ( em geral os donos dos meios de produção) é que estipula qual suas necessidades e o que ele deve fazer e quando fazer, instituindo o vínculo de posse. 
	Ao escravo por sua vez não pode mudar sua condição, visto que não tem qualquer direito, permanecendo desse modo (escravo) ao tempo que convém ser útil ao seu dono. Tal fato , mesmo que pareça ser prática de tempos passados, ainda acontece em determinadas empresas. Pode-se depreender disso que a busca pelo lucro, precede qualquer outro interesse ou valores em organizações que praticam essa modalidade de produção. 
O sistema capitalista tem em sua raiz a exclusão dos menos favorecidos aumentando ainda mais a desigualdade entre a sociedade, isso resulta numa classe de trabalhadores que se obrigam a exercer determinados trabalhos para garantir a subsistência mínima sua e dos seus familiares, porém quando vítimas desse tipo de exploração não veem saída, trabalham com o receio de serem despedidos e perderem seu único sustento o que os obriga a continuarem a exercer uma profissão degradante e exploratória garantindo a riqueza do seu dono/chefe/capitalista.
2) Leia, atentamente, os seguintes artigos selecionados da Declaração Universal dos Direitos Humanos promulgada pela ONU em 1948.
 
Artigo XI. Todo homem acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público, no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias a sua defesa. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não se constituam delito perante o direito nacional ou internacional. Também não será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.
Artigo XIV. Todo homem, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países. Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas.
Artigo XXIX. Todo homem tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível. No exercício de seus direitos e liberdades, todo homem estará sujeito apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento a respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer às justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática.
 
Considere, agora, o seguinte episódio que mobilizou a opinião pública nos anos 2011 e 2012:
 
Julien Assange, fundador do WikiLeaks, tenta evitar sua extradição da Inglaterra para a Suécia, onde é acusado de crimes sexuais, os quais ele nega ter cometido. O australiano teme ainda que da Suécia ele possa ser extraditado aos Estados Unidos, onde é investigado por espionagem devido à publicação de centenas de milhares de documentos do Departamento de Estado sobre as guerras ao Iraque e Afeganistão. Assange sustenta que nos EUA poderia ser condenado à prisão perpétua ou à pena de morte. Em decorrência, procurou asilo político na Embaixada do Equador em Londres.
 
Relacione os artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos com a descrição do caso envolvendo Julien Assange, e escreva um texto dissertativo de até 1 página sobre as razões e os direitos de Assange em buscar proteção, dos EUA e da Inglaterra em querer puni-lo, e do Equador em relação à concessão de asilo político. (3,0 pontos).
A Declaração Universal dos Direitos Humanos promulgada pela ONU criada em 10 de dezembro de 1948 traz um significado das expressões liberdades fundamentais e em seu preâmbulo diversas considerações tais como garantias inerentes a todos os seres humanos como a dignidade da pessoa humana, liberdade, igualdade e justiça e condena atos bárbaros, desrespeito pelos direito, a tirania e opressão. Levanta ainda o compromisso dos integrantes da ONU a se comprometer e a desenvolver a cooperação entre os Estados-membros.
No Brasil, claramente podemos ver traços desta Declaração Universal na nossa própria Constituição Federal de 1988, onde traz diversas garantias aos direitos da pessoa humana entre outros.
Sobre o caso Assange pode-se ver que tais direitos foram por ele utilizados, já que este pediu asilo político na embaixada do Equador em Londres o qual foi aceito. O asilo político é concedido em virtude de uma perseguição político-criminal. Jullien teme ser condenado severamente pelos crimes que cometeu, tornando-se mundialmente conhecido por ter publicado centenas de milhares de documentos do departamento de Estado Americano sobre as guerras ao Iraque e Afeganistão.
De acordo com o Artigo XIV da referida Declaração, declara que “toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países”; e que “este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos propósitos e princípios das Nações Unidas”.
Sua extradição está sendo requerida e as relações diplomáticas entre a Inglaterra e Equador ficaram complicadas, já que Julliem deve ser extraditado para que ele responda aos crimes em que foi acusado, de acordo com as leis de seu País. O Equador por sua vez não entrega qualquer pessoa que tenha sido beneficiada pelo asilo.
Tal situação foi ameaçado pelo governo da Inglaterra que demostrou querer desrespeitar esse ato, com o rompimento das relações diplomáticas com o Equador e ingressar na embaixada equatoriana e fazer a extradição de Assenge.
Tais direitos são mais que assegurados, além da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o asilo político tem diversos tratados internacionaisque o garantem. A exemplo disso temos os países da América que observam dois tratados internacionais de 1954 da Organização dos Estados Americanos, a Convenção sobre Asilo Diplomático e a Convenção sobre Asilo Territorial.
3) O problema da segregação cultural é uma questão em pauta no mundo cada vez mais globalizado. Sobre esse tema, leia o texto abaixo sobre a entrevista do professor da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais em Paris, Pap N´Diaye, que é filho de um senegalês com uma francesa e concordou em falar ao R7 sobre racismo na França:
 
A França enfrenta uma crise institucional ao presenciar o jovem Mohamed Merah, cidadão francês, assassinar cruelmente seus compatriotas. À parte dos distúrbios psicológicos que Mohamed possivelmente sofria, a atitude radical do jovem é reflexo dos problemas raciais no país, afirmou ao R7 Pap N´Diaye, historiador francês especialista em formas de discriminação contemporânea e professor na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais em Paris.
É possível conectar o aumento da presença de grupos fundamentalistas muçulmanos nos bairros mais pobres da França, onde se encontram a maior parte dos afrodescendentes franceses, com o sentimento de ser segregado, esquecido pela república [governo], e ser estigmatizado [por ser negro ou muçulmano] pelo sistema.
Disponível em: http://noticias.r7.com/internacional/noticias/racismo-alimenta-terrorismo-e-conflito-social-na-franca-20120327.html . Acesso em: 21 out. 2013.
Desenvolva, com base nas referências e discussões apresentadas no material didático, uma resposta à seguinte questão: 
É possível tornar realidade um projeto de universalização de direitos humanos que possa estabelecer novos padrões de humanidade  por intermédio da política? Comente criticamente, argumentando e justificando o seu comentário, a posição do Professor Pap N´Diaye. Seu texto deve ter no máximo 15 linhas. (4,0 pontos)
A questão da Universalização dos direitos humanos é discutida há muitos anos e causa ainda muita controvérsia quando se trata de colocá-las em prática. Ainda que tenhamos avançado no que diz respeito aos direitos civis dos cidadãos, ainda há resquícios de uma visão social que reforça situações de desigualdade. 
Diante desse fato, a política exerce um papel fundamental, uma vez que em sua gênese tem o fundamento de negociar interesses em benefício do bem comum. Assim, constitui o melhor mecanismo para que possamos exercer nossos direitos e obrigações, de maneira que prevaleça o interesse coletivo sobre os anseios individuais ou de determinado grupo. Não há outra forma para que possamos efetivamente cumprir com os tratados estabelecidos e acordados ente todos os Estados membros que assinaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
	Mas o que ainda vemos é o interesse de poucos prevalecerem sobre os da maioria, hoje, quem detém do maior poder aquisitivo é que manda na política e consequentemente na forma de governar. Somos reféns de nós mesmos, já que somos nós que elegemos quem nos governa, está em nossas mãos a esperada mudança.

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