Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Anticolinesterásicos EPIFANIO FERNANDES DA SILVA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE BIOFÍSICA E FARMACOLOGIA Introdução • Acetilcolinesterase – enzima responsável por hidrolisar a acetilcolina nas sinapses colinérgicas Inibidores de acetilcolinesterase – agonistas colinérgicos indiretos Atividade da acetilcolinesterase Tipos de colinesterase • Acetilcolinesterase Hidrolisam Ach • Butirilcolinesterase Ésteres Apresentam cerca de 50% de homologia estrutural. Os aminoácidos diferentes são responsáveis pelas diferenças na cinética e na seletividade Tipos de colinesterase • Butirilcolinesterase Distribuição mais ampla (plasma e tecidos) Também chamada de colinesterase plasmática Não seletiva (Ach, procaína, suxametônio) Tipos de colinesterase • Acetilcolinesterase Distribuída pelo SNC (membrana neuronal), nos músculos esqueléticos (junção neuromuscular) e na membrana dos eritrócitos (?) Específica para a hidrólise do Ach Principalmente ligada à membrana mas tem forma solúvel no líquor Estrutura da acetilcolinesterase Atividade da acetilcolinesterase – sítio ativo Hidrólise da acetilcolina Serina – atua como nucleófilo Histidina – catalisador ácido-base Usos clínicos dos anticolinesterásicos • Reversão de bloqueio neuromuscular (neostigmina) • Miastenia gravis (neostigmina, piridostigmina) • Glaucoma (ecotiopato) • Atonia de músculo liso (bexiga e íleo) • Doença de Alzheimer (donepezila) • Intoxicação por drogas anticolinérgicas Anticolinesterásicos Sítio esterásico Sítio aniônico Edrofônio Não Sim Carbamatos Sim Sim Organofosforados Sim Não Classificação dos anticolinesterásicos JNM: junção neuromuscular. P: junção pós-ganglionar parassimpática Anticolinesterásicos - indicações Diagnóstico de miastenia gravis + polar Usado para estimular a bexiga Reversão de bloqueadores musculares – polar Mesmas indicações Intoxicações com fármacos anticolinérgicos Glaucoma Redução da pressão intraocular Anticolinesterásicos – indicações • Tratamento de doença de Alzheimer Ach envolvida com processos motores, cognitivos e de memória Controle e melhora dos sintomas mas não impede a progressão Hepatotóxico Toxicidade dos anticolinesterásicos • São utilizados na agricultura como inseticidas e pesticidas • Toxicologia ocupacional de trabalhadores • Já foram utilizados na II Guerra como armas químicas Toxicidade dos anticolinesterásicos • São utilizados na agricultura como inseticidas e pesticidas • Toxicologia ocupacional de trabalhadores • Já foram utilizados na II Guerra como armas químicas Toxicidade dos anticolinesterásicos • São utilizados na agricultura como inseticidas e pesticidas • Toxicologia ocupacional de trabalhadores • Já foram utilizados na II Guerra como armas químicas Toxicidade dos anticolinesterásicos • O “envelhecimento” da enzima fosforilada ocorre por desalquilação do grupo fosfato e a facilidade desta reação depende da estrutura química do inibidor. Com a enzima “envelhecida” a chance de reativação por uma oxima é mínima. Na enzima envelhecida, há uma interação forte entre o resíduo de histidina protonado do sítio catalítico e o átomo de oxigênio carregado negativamente do grupo fosfato Sintomas da intoxicação por anticolinesterásicos • Muscarínicos: miose, hipermotilidade TGI, cólicas, náuseas, vômitos, bradicardia, hipotensão, broncoconstricção, secreção excessiva (salivar, sudoríparas) • Junção neuromuscular: fasciculações, paralisia por despolarização contínua • SNC: excitação neural, convulsões, comprometimento do centro respiratório Toxicidade dos anticolinesterásicos • Reativação da colinesterase - Pralidoxima Toxicidade dos anticolinesterásicos • Inseticidas – Malathion e Parathion Toxicidade dos anticolinesterásicos • Inseticidas – Malathion e Parathion
Compartilhar