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1º CORINTIOS 13

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1º CORINTIOS 13
A superioridade do
amor em relação
aos dons
(1 Co 13.1-13)
O c apít u lo 13 d e I C o r ín t io s é considerado
a obra mais grandiosa, mais vigorosa
e mais profunda que Paulo escreveu.
Paulo fala sobre a superioridade
do amor sobre os dons, as excelências
magníficas do amor e a perenidade do
amor.
Todavia, o que é amor? Muitas pessoas
relacionam o amor com a emoção. O
coração bate forte, as mãos ficam geladas,
perpassa um calafrio pela espinha. Então,
as pessoas pensam: Isso é amor!
Examinaremos esse capítulo dentro desse contexto.
Quando você estuda as cartas do apóstolo Paulo às igrejas
de Efeso, Filipos, Colossos e Tessalônica, observa que ele
agradece a Deus pelo amor existente entre aqueles irmãos.
Paulo elogia aquelas igrejas pelo amor que tinham. Porém,
Paulo não elogia a igreja de Corinto nesse particular. Ao
contrário, Paulo elogia a igreja de Corinto pelos dons, mas
não pelo amor. Corinto era uma igreja cheia de dons. Não
faltava àquela igreja nenhum dom (1.7), entretanto, faltava lhe
a prática do amor.
Na verdade esse era o ponto vulnerável daquela igreja.
Era uma igreja trôpega e frágil na prática do amor fraternal.
O capítulo 13 está entre dois capítulos tratando de dons
espirituais. Não foi cochilo do apóstolo Paulo colocar esse
texto sobre o amor “sanduichado” entre dois capítulos que
tratam de dons espirituais. Paulo está dizendo que todos os
dons mais dramáticos e mais maravilhosos que podemos
imaginar são inúteis, se não houver amor. Como diz F. F.
Bruce: “O exercício mais generoso dos dons espirituais não
pode compensar a falta de amor”. Não podemos entender
a mensagem desse capítulo a não ser que o interpretemos à
luz deste contexto.
A superioridade do amor (13.1-3)
O amor é superior a todos os dons extraordinários. Esse
é o argumento de Paulo. A igreja de Corinto estava muito
orgulhosa dos dons que tinha, especialmente os dons
de sinais. Os crentes de Corinto acreditavam que aqueles
que possuíam esses dons eram superiores aos demais. Eles
chegaram a pensar que os detentores desses dons de sinais,
especialmente, o falar em outras línguas, eram crentes de
primeira categoria, que haviam alcançado um estágio mais
elevado de intimidade com Deus. Então, eles estavam orgulhosos
e ensoberbecidos por esses dons da igreja.
Paulo, porém, desmistifica esse equívoco deles, mostrando
que o amor é superior aos dons. 
O amor é melhor doque o dom de línguas (13.1). 
O amor é melhor do que odom de profecia e de conhecimento (13.2).
O amor é melhor do que o dom de milagres (13.2). 
O amor é melhor do que o dom da contribuição sacrificial (13.3). 
O amor é melhor do que o próprio martírio, dar o seu corpo para ser queimado (13.3).
O amor é superior aos dons por duas razões: 
Pelas suas qualidades e pela sua perenidade. Os dons cessam. Eles são
apenas para esta vida. Os dons são apenas para este mundo.
Eles são para a igreja militante. Porém, o amor é também
para a Igreja triunfante. O amor transcende a História. Ele
é eterno.
Em primeiro lugar, sem amor, eu ofendo os outros (13.1).
Paulo já havia ensinado que o amor edifica (8.1). Quando os dons são exercidos em amor, eles edificam a igreja. Mas quando os dons não são usados com amor, magoamos as pessoas.
O que essas figuras “bronze que soa” e “címbalo que retine” significam? “Bronze que soa” e “címbalo que retine”
eram instrumentos usados no culto pagão em Corinto, o culto de mistério do deus Dionísio e da deusa Cibele. 
Eram formas de se convocar os fiéis para adorar esses deuses pagãos. Nas ruas de Corinto ecoava o toque dos gongos barulhentos e dos címbalos estridentes, instrumentos que caracterizavam esses adoradores. Ambos eram utilizados nestas religiões de mistério para invocar a deidade, afastar os demônios ou despertar os adoradores. Não eram melodiosos nem produziam harmonia. Era uma batida monótona, chocante, e doída que cansava e incomodava as pessoas. Era como o latido de um cão.
Igualmente desagradável é o uso do dom de falar em línguas sem a motivação controlada pelo amor. Paulo afirma
que uma pessoa pode falar a língua dos homens e dos anjos, mas se não houver amor, vai cansar as pessoas, ferindo-as e
ofendendo-as. Não importa se as línguas são humanas ou angelicais; sem amor, elas se tornam desagradáveis e rudes.
O homem que se deixa levar pelo falar, antes que pelo fazer, vem a ser nada mais que mero som. A melhor linguagem
do céu ou da terra, sem amor, é apenas barulho
Em segundo lugar, sem amor, eu nada sou (13.2). 
Os crentes de Corinto pensavam que aqueles que tinham o
dom de profecia, línguas, conhecimento, e fé para realizar
milagres eram os crentes “nota dez”, pessoas muito importantes.
Todavia, Paulo contesta essa idéia e diz que sem
amor essas pessoas eram totalmente insignificantes. Sem
amor, os crentes que têm os dons mais espetaculares, ganham
nota zero e se tornam nulidade. Deus não se deleita
num cristão sem amor. Deus não pode usar, para a Sua
glória, um cristão sem amor, alerta David Prior.
Em terceiro lugar, sem amor, eu nada ganho (13.3). 
Do conhecimento e dos feitos poderosos, Paulo se volta para os
atos de misericórdia e dedicação. Havia uma idéia meritória quando alguém ofertava alguma coisa com sacrifício. Ou quando alguém entregava o próprio corpo para ser queimado. Nas religiões de mistério existia muito esse tipo de sacrifício. Os pais sacrificavam os próprios filhos a Moloque. Outros se entregavam a si mesmos, acreditando que com isso granjeariam a simpatia dos deuses. Ainda hoje há muitos religiosos radicais que se entregam a missões suicidas com a ilusão de que receberão recompensas na vida futura. Exemplo disso é o acontecido no dia 11 de setembro de 2001, quando quatro pilotos muçulmanos, agindo em nome de Alá, seqüestraram aeronaves americanas e fizeram delas armas de ataque contra o povo americano. 
Duas aeronaves foram lançadas sobre as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, outra foi jogada sobre o Pentágono em Washington, DC e outra por intervenção dos passageiros, deixou de atingir seu alvo e caiu no Estado da Pennsylvania. Paulo, já no primeiro século da era cristã, alertava para o fato de que ainda que a pessoa seja capaz de dar todos os seus bens e entregar o próprio corpo para ser queimado, se isso não for inspirado por uma motivação certa, por uma teologia certa, pelo amor, nada disso adiantaria. Sem amor, todo o sacrifício se perde e nada se ganha. O amor é superior aos dons.
As virtudes do amor (13.4-8) 
O que é o amor? O amor é paciente e benigno. O que não é o amor? O amor não é ciumento, não se ufana, não se ensoberbece. O amor não se conduz inconveniente, não procura os seus interesses e não se ressente do mal. O amor não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade. O que o amor faz? O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta; o amor jamais acaba.
Em primeiro lugar, o amor épaciente (13.4). O amor paciente tem uma capacidade infinita de suportar. O termo grego makrothumein sempre descreve a paciência com pessoas e não com circunstâncias. Trata-se daquela pessoa que tem poder para vingar-se, mas não o faz. A palavra grega makrothumia é paciência esticada ao máximo. Num tempo em que os nervos das pessoas estão à flor da pele, o amor paciente é necessidade vital. Há pessoas que têm o pavio curto, e outras que nem têm pavio. As pessoas estão parecendo barris de pólvora: explodem ao sinal de qualquer calor. O amor tem uma infinita capacidade de suportar situações adversas e pessoas hostis. A idéia é a mesma da longanimidade. Quem ama tem um ânimo longo, um ânimo esticado ao máximo. O amor é paciente com as pessoas. Ele tem a capacidade de andar a segunda milha. Quando alguém o fere, ele dá a outra face. Ele não paga ultraje com ultraje.
O amor não arde em ciúmes, não se ufana e não se ensoberbece (13.4). O verdadeiro amor não se aborrece com o sucesso dos outros. Não é preciso ser um psicólogo para saber disto: Nós temos mais dificuldade de
nos alegrarmos com os que se alegram do que chorar com os que choram. Temos uma dificuldade imensa de celebrar as vitórias do outro, de aplaudir o outro e nos alegrarmos com o triunfo e o sucesso do outro. O amor não se ufana. A palavra “ufanar”, nesse texto, significa cheio de vento. Tem gente que parece um balão, cheio de vaidades. E como um poço de vaidades. “Não se ensoberbece.” Havia crentes na igreja de Corinto que estavam cheios de empáfiá e vaidade. Havia aqueles que se vangloriavam na presença de Deus (1.29). Havia outros que se vangloriavam em homens (3.21), numa espécie de culto à personalidade. Paulo corrige a igreja dizendo que essa prática é contrária ao amor
O amor não se conduz inconvenientemente nem procura seus próprios interesses (13.5). O amor é a própria antítese do egoísmo. Ele não é egocentralizado, mas outrocentralizado. Ele não vive para si mesmo, mas para servir ao outro. 
Por que temos contendas dentro de casa, no trabalho e na igreja? Porque estamos sempre lutando pelo que é nosso e nunca pelo que é do outro! Só há contenda quando você briga pelos seus interesses, quando o egoísmo está na frente. Mas quando você coloca a causa do outro na frente da sua necessidade não existe contenda. LEON MORRIS
A eternidade do amor (13.8-13)
Em primeiro lugar, ele menciona o crescimento desde a infância até a maturidade. Diz o apóstolo: “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino” (13.11). Ele compara a infância com a maturidade. E como se a vida terrena fosse a infância. Como se a eternidade fosse a plena maturidade. Quando você chega à plenitude da sua maturidade, passa a conhecer as coisas com clareza.
Todos os dons que temos são para esta vida. Mas o ' amor vai reinar no céu. Paulo argumenta com a igreja que o amor é esse oxigênio que vai existir no céu. Quando os dons desaparecerem e se tornarem obsoletos, o amor vai ser absolutamente necessário, porque o amor é exatamente o oxigênio que vai manter o relacionamento no céu.

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