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SINAIS VITAIS (SSVV) SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR I Considerações Iniciais • “A atenção especial aos sinais vitais foi defendida desde a antiguidade por Hipócrates como um dos mais importantes dados do exame físico”. Conceito • “São os sinais das funções orgânicas básicas, sinais clínicos de vida, que refletem o equilíbrio ou desequilíbrio resultante das interações entre os sistemas do organismo e uma determinada doença”. Por que sinais vitais? • Porque são parâmetros regulados por órgãos vitais e revela, o estado funcionante deles. • A variação de seus valores pode indicar problemas relacionados com insuficiência ou excesso de consumo de oxigênio, depleção sanguínea, desequilíbrio eletrolítico, invasão bacteriana e etc. Quais são os sinais vitais? • Temperatura • Frequência respiratória • Pulso • Pressão arterial A aferição dos sinais vitais é simples? • Sim, é uma forma rápida e eficiente de monitorização da condição do cliente ou de identificação de problemas e de avaliação da resposta do paciente à prescrição médica e de enfermagem. Quando aferir sinais vitais? • A frequência com que se avaliam os SSVV deve ser individualizada para cada paciente. • Os médicos prescrevem que os SSVV sejam verificados em intervalos específicos, com base na condição do cliente e a enfermeira que cuida do paciente decide monitorar os SSVV com maior frequência, caso a condição do cliente se modifique. Importante • Os SSVV fazem parte da 1ª etapa do PE. • O enfermeiro deve saber aferir, compreender e interpretar os valores. • Utilizar equipamento adequado. • Conhecer a faixa normal dos SSVV e conhecer a história clínica. • Minimizar os fatores ambientais. • Abordar com calma. • Informar ao paciente. TEMPERATURA CORPORAL SINAIS VITAIS Conceito • É o equilíbrio entre a produção e perda de calor do organismo, mediado pelo centro termo-regulador. • Os seres humanos são homeotérmicos (animais de sangue quente): seu organismo é capaz de regular sua temperatura corporal. Regulação da temperatura corporal Produção de calor • Exercício físico • ↑ hormônios da tireóide • Estimulação do SN simpático Perda de calor • Radiação: transferência do calor de uma superfície para a superfície de outro sem o contato real. O sangue flui dos órgãos centrais levando calor para a pele e vasos sanguíneos. • Ex: exposição a ambiente frio ↑ perda de calor e cobrir o corpo ↓. Perda de calor • Condução: transferência de calor por contato direto: • Ex: perda de calor para a água durante natação e uso de bolsa de gelo. • Convecção: transferência de calor para longe do corpo: • Ex: uso de ventiladores Perda de calor • Evaporação: transferência de energia do calor quando o líquido é transformado em gás. • Ex: sudorese Fatores que afetam a temperatura corporal • Idade • Ambiente • Hora do dia • Exercício • Estresse • Hormônios Fatores que afetam a medição temperatura corporal • Fumo • Ingerir alimentos quentes e frios • Administração de O2 por meio de máscara Sítios de aferição da temperatura • Oral • Retal • Auricular • Axilar • Esôfago • Artéria pulmonar Faixa de temperatura em diferentes sítios corporais • ORAL: 36,5 – 37,5ºC • AXILAR: 35,8 – 37°C • RETAL: 37 – 38,1°C • TIMPÂNICA: 36,8 – 37,9°C Tipos de termômetros • Termômetro de mercúrio de vidro • Termômetro eletrônico • Termômetro de membrana timpânica • Termômetro de papel descartável • Fitas sensíveis a temperatura Terminologias • Febre/Pirexia: aumento patológico da temperatura corporal. • Hipertermia: elevação da temperatura corporal ou de uma parte do corpo acima do valor normal. • Hipotermia: redução da temperatura corporal ou de uma parte do corpo abaixo do valor normal. • Normotermia/Apirexia: temperatura normal. Conjunto de sinais e sintomas que determinam a FEBRE • 1ª fase: tremores, calafrios e sensação de frio. • 2ª fase: elevação da temperatura, ausência de calafrios e o paciente sente-se quente. • 3ª fase: pele quente e ruborizada Vasodilatação. AUMENTOU FC = Suspeitar de FEBRE!!! FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA SINAIS VITAIS Conceito • É a entrada de O2 na INSPIRAÇÃO e eliminação de CO2 pela EXPIRAÇÃO. • Finalidade: Troca gasosa entre o sangue e o ar dos pulmões. Avaliação da respiração • Frequência: número de movimentos respiratórios por minuto. • Ritmo: regular e irregular. • Caráter: superficial e profunda. • Qualidade: esforço ou ruídos. IPM = incursões por minuto. MRPM = movimentos respiratórios por minuto. Terminologias (adulto) • Eupnéico: padrão respiratório normal. • Taquipnéia: > 20 ipm. • Bradipnéia: < 12 ipm. • Apnéia: ausência de respirações. • Dispnéia: respirações que exigem esforço excessivo. Terminologias (adulto) • Respiração de Biot: padrão respiratório cíclico caracterizado por respiração superficial que se alterna com períodos de apnéia. • Respiração de Cheyne-Stokes: padrão respiratório cíclico caracterizado por períodos de respirações de frequência e profundidade aumentadas que se alternam com períodos de apnéia. • Respiração de kussmaul: Taquipnéia e profundidade aumentada das respirações. FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA NORMAL = 12-20 ipm. PULSO Definição • Após cada batimento cardíaco, o sangue é ejetado do ventrículo esquerdo para a artéria aorta. • A pressão e o volume resultam em oscilações em toda extensão da parede arterial. As artérias • São aproximadamente 53 artérias. • 97.000 km de canais. OBSERVAÇÃO • O pulso é tomado onde uma artéria possa ser comprimida levemente contra um osso, com as pontas de 2 ou 3 dedos. NUNCA COM O POLEGAR • O examinador poderá sentir seu próprio pulso digital. Fatores que alteram o pulso • Emoções • Atividade física • Alimentação • Drogas PULSO TEMPORAL PULSO CAROTÍDIO PULSO BRAQUIAL PULSO RADIAL PULSO FEMORAL PULSO POPLÍTEO PULSO PEDIOSO Ao examinar o pulso devemos analisar: • Freqüência • Ritmo • Amplitude • Comparação FREQUÊNCIA • É necessário contar sempre o número de pulsações durante 1 minuto. • Normal: 60 a 100 bpm • Taquicardia: >100 bpm • Bradicardia: < 60 bpm RITMO • É dado pela seqüência das pulsações. • Se elas ocorrem a intervalos iguais, o ritmo é REGULAR; • Se os intervalos são variáveis, ora mais longos, ora mais curtos, o ritmo é IRREGULAR. AMPLITUDE • É avaliada pela sensação captada em cada pulsação e está relacionada com o enchimento da artéria durante a sístole e seu esvaziamento durante a diástole. • “Intensidade com que o sangue bate nas paredes das artérias”. AMPLITUDE • Classificação: • Pulso amplo/magnus (Forte e cheio) • Mediano • Pequeno/parvus (Fraco e filiforme) COMPARAÇÃO • Averiguar a igualdade ou desigualdade dos pulsos radiais palpando simultaneamente as duas artérias radiais. • A desigualdade pode indicar afecções de aorta. LOCAIS DE AVALIAÇÃO • PACIENTE CONSCIENTE: pulso radial. • PACIENTE INCONSCIENTE:pulso carotídeo e femoral. • PACIENTE PEDIÁTRICO: pulso braquial. PRESSÃO ARTERIAL Considerações iniciais • O coração bombeia o sangue para os demais órgãos do corpo por meio de artérias. • Quando o sangue é bombeado, ele é “empurrado” contra a parede dos vasos sanguíneos. • Esta tensão gerada na parede das artérias é denominada PRESSÃO ARTERIAL. Conceito • É relação entre o volume de sangue ejetado (volume sistólico) e a resistência periférica. PA = DC x RVP PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA (PAS) ou MÁXIMA • Pressão exercida pelo coração na contração para bombear sangue para o resto corpo. PRESSÃO ARTERIAL DIASTÓLICA (PAD) ou MÍNIMA • Pressão do sangue nos vasos quando o coração encontra-se na fase de relaxamento. Uma pressão 120 x 80 mmHg significa: • Que a pressão(força) exercida pelo seu coração para empurrar o sangue pelas artérias é igual a 120 mmHg. • E que a pressão (resistência) que suas artérias estão oferecendo à passagem do sangue é de 80 mmHg. Por quê controlar a PA? • A HAS está associada a complicações cardiovasculares como o AVC (derrame), IAM e IRC. TIPOS DE APARELHO Medição da PA (Método Palpatório) • Permite obter um valor aproximado da Pressão Arterial Sistólica, diminuindo a probabilidade de erros no Método Auscultatório. Medição da PA (Método Auscultatório) ATENTAR PARA LARGURA DO MAGUITO • A largura da bolsa de borracha do manguito deve corresponder a 40% da circunferência do braço. • O comprimento da bolsa do manguito deve envolver 80% a 100% da circunferência do braço. ERROS • Pressionar excessivamente o diafragma do estetoscópio sobre a artéria; • Inflação excessiva; • Deflação muito rápida (2mmHg/segundo); • Mãos e equipamentos excessivamente frios. Situações especiais • CRIANÇAS: A determinação da pressão arterial em crianças é recomendada em toda avaliação clínica, empregando-se manguito com bolsa de borracha de tamanho adequado à circunferência do braço. • IDOSOS: Na medida da pressão arterial do idoso, existem dois aspectos importantes: hiato auscultatório, pseudo-hipertensão e hipertensão do avental branco. • GESTANTES: Recomenda-se que a medida seja feita na posição sentada. Observações • Na dúvida, ou sendo necessário repetir a verificação, esvaziar completamente o manguito antes de fazer novamente a medida. • Além de anotar os valores da PAS e PAD é recomendado anotar a posição do paciente e o braço em que foi realizada a medida. Variações Fisiológicas • Idade • Sexo • Raça • Sono • Emoções • Atividade Física • Alimentação • Mudança de posição PRESSÃO DIFERENCIAL • CONVERGENTE: PAS E PAD = VALORES PRÓXIMOS • EX: 200 X 190 mmHg (ICC e derrame pleural) • DIVERGENTE: PAS E PAD = VALORES AFASTADOS • EX: 110 x 40 mmHg (arteriosclerose) CLASSIFICAÇÃO PAD (mmHg) PAS (mmHg) Classificação < 85 < 130 Normal 85-89 130-139 Normal limítrofe 90-99 140-159 Hipertensão leve (estágio 1) 100-109 160-179 Hipertensão moderada (estágio 2) > 110 > 180 Hipertensão grave (estágio 3) < 90 > 140 Hipertensão sistólica isolada
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