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Aula 01 concurso de pessoas

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Penal II – Dependência
Aula 01 
 Concurso de Pessoas 
Conceito:
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Circunstâncias incomunicáveis
Cometimento da infração penal por mais de um agente. Pode se dar por meio da coautoria, participação, concurso de agentes, etc.
Crimes unissubjetivos => concurso eventual de pessoas (podem ser praticados por um único agente).
Crimes plurissubjetivos => concurso necessário de pessoas (é imprescindível que tenha outro agente para cometer a infração penal).
Concurso eventual de pessoas: Ciente e voluntária participação de duas ou mais pessoas na mesma infração penal. (Art. 29 CP)
Requisitos do concurso de pessoas: 
- Pluralidade de agentes e condutas;
- Relevância causal de cada conduta;
- Liame subjetivo ou psicológico (ciência do agente de que está cometendo uma infração penal)
- Identidade de infração penal.
Consequências:
Listadas no art. 29, CP (REGRA)
Teorias:
Teoria pluralista: quando houver mais de um agente, praticando cada um conduta diversa dos demais, ainda que obtendo apenas um resultado, cada qual responderá por um delito. Esta teoria foi adotada pelo Código Penal ao tratar do aborto, pois quando praticado pela gestante, esta incorrerá na pena do art. 124, se praticado por outrem, aplicar-se-á a pena do art. 126. O mesmo procedimento ocorre na corrupção ativa e passiva. (EXCEÇÃO A REGRA) 
T. dualista: Para a teoria dualística, ou dualista, no concurso de pessoas há um crime para os autores e outro para os partícipes. Neste caso, deve-se separar os coautores, que praticam um delito, e os partícipes, que cometem outro. 
No crime há uma ação principal, que é a ação do autor do crime, o que executa a ação típica, e ações secundárias, acessórias, que são as realizadas por aqueles que instigaram ou auxiliaram o autor a cometer o delito. 
Monista ou unitária: (ADOTADA) 
A tradicional teoria monista, unitária ou igualitária, prega que o crime, ainda que tenha sido praticado em concurso de várias pessoas, permanece único e indivisível. Não se faz distinção entre as várias categorias de pessoas (autor, partícipe, instigador, cúmplice etc.), sendo todos autores (ou coautores) do crime. Portanto, todos os que tomam parte na infração penal cometem idêntico crime. Art.29,CP.
Teoria das autorias no concurso de pessoas: 
Restritiva (art. 29, CP): Autor é quem realiza os atos executórios e partícipe é quem pratica os atos acessórios, que não necessariamente são crimes.
Teoria Objetivo – Material
Falha – Não vislumbra autoria mediata e coautoria
[Adotada atualmente]
Extensiva [Não é adotada]
Teoria da Equivalência das condições
Falha – não distingue autoria de participação 
Domínio final do fato: é autor quem tem o domínio sobre os atos executórios.
Complementa a teoria objetivo formal.
Tem por base a teoria restritiva – critério objetivo – subjetivo.
A teoria adotada pelo código é restritiva, mas na prática ela é aliada ao domínio final do fato.
Espécies de autoria de acordo com a Teoria do Domínio Final do Fato:
Autoria propriamente dita (autor executor)
Autoria intelectual (art. 62, I, CP) “mandante” – agravante genérica 
 3. Autoria mediata - erro (art. 22 parágrafo 2º, CP)
 - coação moral irresistível (art.22,CP)
 - utilização de inimputáveis (art. 26, CP)
 - ausência de conduta (pessoa como instrumento)
Não há concurso de pessoas, é quem raciocina toda empreitada criminosa, utilizando uma terceira pessoa para que esta seja mero instrumento de execução do crime. Essa terceira pessoa não responde por crime, por isso não há concurso de pessoa. - 
Coautoria – Divisão de tarefas. Agentes atuando com unidade de vontades e desígnios. 
Controvérsias 
Teorias adotadas pelo CP, doutrina e jurisprudência. (Restritiva, complementada pelo domínio final do fato). 
Autoria colateral: pluralidade de condutas, de sujeitos, unidade de infração penal, mas NÃO há liame subjetivo. 
Todos os agentes serão considerados AUTORES.
Autoria incerta: ocorre nos casos de autoria colateral e que não é possível identificar qual dos agentes deu causa ao resultado => todos serão responsabilizados pela TENTATIVA, 
Partícipe: Realiza conduta acessória.
“Colaboração dolosa em crime alheio”
Teorias:
 - Acessoriedade mínima, 
- Acessoriedade Limitada (ADOTADA): para que o partícipe tenha sua conduta passível de responsabilidade penal é necessário que a conduta do autor seja típica e ilícita
 - Acessoriedade extrema, 
- Hiperacessoriedade. 
Se a participação é considerada uma conduta acessória,
Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Formas de participação: 
- induzimento = fazer surgir a ideia no agente.
 - instigação = reforçar uma ideia já existente 
- auxílio = pegar uma chave, vigiar a porta... 
ATENÇÃO: a participação somente pode ocorrer até a consumação do delito. 
Espécies de participação:
- Participação de participação (participação em cadeia) 
=> Participação a uma conduta acessória 
- Participação sucessiva => pluralidade de formas de participação pelo mesmo agente. 
- Participação omissiva (agente garantidor – art. 13, parágrafo 2º, do CP): 
1ª corrente: configura verdadeira autoria de crime comissivo por omissão e não participação.
2ª corrente: configura participação
Ex: Um policial (agente garantidora) vê um assalto acontecendo e nada faz para interrompê-lo. O policial será responsabilizado pelo resultado da ação. O policial será partícipe. 
CUIDADO! Se não for um agente garantidor, a sua omissão configuraria mera conivência, sendo assim, irrelevante para o direito penal. 
Punibilidade no concurso de pessoas
Participação de menor importância: Art. 29, parágrafo 1º, CP. (há liame subjetivo, há o liame causal, mas conduta “não tão importante” para o resultado)
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Cooperação dolosamente distinta: 
EXCEÇÃO A TEORIA UNITÁRIA
ART. 29, § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Ex.: A e B vão furtar uma casa. A fica responsável por entrar na casa, enquanto B fica vigiando no carro. A é uma pessoa nervosa, anda armado e tem tendências pervertidas. B não sabe disso, B é uma pessoa tranquila, só sabe que A é nervoso. A invade a casa na certeza de que não há ninguém, separa a res, a coisa alheia e enquanto isso A ouve um barulho e verifica que há uma adolescente de 15 anos em casa. A estupra a menor. 
Não era previsível para B que o estupro iria acontecer. B só responde por furto, pois o fato não era previsível. Mas, se fosse previsível, mesmo não querendo o pior resultado, B teria a pena aumentada até a metade.
Comunicabilidade das circunstâncias e condições pessoais: [Observar art. 30 CP]
Elementares: sempre se comunicam no concursode pessoas (Obs. Desde que haja ciência). (Todo dado essencial para o tipo penal)
Circunstâncias: (acessório para aplicação de pena)
- Objetivas: SOMENTE SE COMUNICAM se os agentes tiverem ciência. (meios de execução)
- Subjetivas: NUNCA se comunicam (condições pessoais do agente ou ao motivo determinante do crime)

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