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A discriminação contra a mulher.

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“Mexeu com uma, mexeu com todas”. Essa frase, estampada em camisetas de atrizes globais, diz respeito à denúncia de assédio sexual cometido pelo ator José Mayer contra uma figurinista da rede globo. Tal mobilização colaborou efetivamente no sentido de destacar a problemática que ainda acomete parte considerável da população brasileira: a discriminação contra as mulheres. De fato, a notoriedade da questão se deve à integração e institucionalização do machismo, cuja influência nos valores sociais convencionou-se apelidar de “a cultura do estupro”. 
Essa denominação, referente não somente ao estupro em si, mas também a qualquer tipo violência psicológica, física ou moral direcionada às mulheres é um nome sugestivo para uma realidade comprovada por dados. Com toda a certeza, no país em que são registradas 50 mil denúncias de estupro ao ano e um estupro a cada onze minutos, a já familiar afirmação de que movimentos femininos de busca por direitos e igualdade são desnecessários expressa tão somente a passividade de uma sociedade patriarcal contaminada por ideais de superioridade masculina.
Como consequência de números tão expressivos, há a tentativa, por parte de unidades governamentais, de reduzir a ocorrência de crimes influenciados pela misoginia. Isso se expressa em leis como a Lei Maria da Penha e a Lei do feminicídio, que, no geral, acabam por ser pouco efetivas. O motivo de tal ineficiência é justamente a complacência de considerável parte da população para com a questão da violência contra a mulher, o que faz com que muitas vezes o abuso seja visto como decorrente de ações da própria vítima. Desse modo, as denúncias se tornam escassas, limitando a atuação de forças policiais. 
Logo, o que se verifica é a presença corriqueira da discriminação contra a mulher na sociedade como um todo, resultado de um longo processo de assimilação que deve ser superado. Em âmbito escolar, seja particular ou público, é crucial a existência garantida por leis de debates entre alunos e professores acerca a igualdade entre homens e mulheres, de modo a induzir uma mudança de mentalidade que seja capaz de prevenir a ocorrência dos crimes em questão.

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