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Aluno: _____________________________________________ Eletrônica II A n a l ó g i c a EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 1/48 Capacitor de Acoplamento Um capacitor de acoplamento acopla um ponto não aterrado a outro ponto não aterrado (acoplar significa deixar passar somente o sinal ca, bloqueando a componente contínua). , onde R = RTH + RL Capacitor de Desvio O capacitor de derivação acopla um ponto desaterrado a um ponto aterrado. A resistência equivalente R = RG||RL é a resistência de Thevenin vista pelo capacitor. 2 C 2 XR V I TH + = Freqüência Crítica (fc) → Xc = R Logo RCf2 1 C = pi → RC2 1fC pi = Se Xc = R → R V 707,0 RR V I THTH 22 = + = Alta Freqüência de Quina (fh): A resistência total deve ser no mínimo 10 vezes maior que a reatância capacitiva. fh > 10fc Se Xc< 0,1R → R V 995,0 )R.1,0(R V I THTH 22 = + = (Acoplamento quase ideal) Circuito Equivalente CC: Reduzimos a fonte ca a zero e abrimos todos os capacitores. Circuito Equivalente CA: Reduzimos todas as fontes cc a zero e curto-circuitamos todos os capacitores. 2 C 22 C 2 LTH XR V X)RR( V I THTH + = ++ = EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 2/48 Operação em Pequeno Sinal Quando polarizamos um transistor, aplicamos uma tensão de polarização CC (VBE) à base. Quando um sinal é aplicado à entrada do amplificador a tensão oscilará acima e abaixo de VBE, portanto existirá uma variação de tensão ao redor do ponto quiescente (∆VBE) o que provocará uma variação (∆IE) de corrente ao redor do valor quiescente. Um amplificador é chamado de pequeno sinais se a amplitude do sinal for suficientemente pequena de forma que a operação do mesmo se dá na região linear da curva IE x VBE. A Figura abaixo à esquerda mostra um sinal, ∆VBE, aplicado na base e a resposta, ∆IE. Uma forma de reduzir a distorção observada no gráfico abaixo é manter a tensão ca da base pequena. Se o sinal for suficientemente pequeno, o gráfico terá uma aparência linear. Regra dos 10% O sinal ca será considerado pequeno quando a corrente ca de pico a pico for menor que 10% da corrente cc do emissor. EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 3/48 Resistência ca do Diodo Emissor (r'e) Beta CA (hfe): b c b c i i I I =β→ ∆ ∆ =β Amplificador Emissor Comum: emissor está aterrado para ca. Inversão de Fase: Semiciclo positivo de Vent → ib aumenta → ic aumenta → queda de tensão em Rc aumenta → VCE diminui (semiciclo negativo). Logo no amplificador emissor comum a saída está defasada de 180° em relação à entrada. Impedância de Entrada da Base: 'e)base(ent b ' ee b b )base(ent rzi ri i vz β=→== Impedância de Entrada do Estágio: 'e21ent r//R//Rz β= Utilizando os Parâmetros CA da Folha de Dados: fe ie' e h hr = E ' e E BE' e I mV25r I Vr =→ ∆ ∆ = Circuito Equivalente CA EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 4/48 Amplificadores de Tensão Resistência ca do Coletor (rc): rc = RC||RL Os Valores rms e de Pico a Pico: 2v2v rmsPP = Ganho de Tensão (Av): entrada saída v v vA = ' ecbentrada rivv ≅= )faseinversãode(irv ccsaída −= ri riA ' ec cc v → − = ' e c V r rA −= Amplificador com Realimentação Parcial (Amplificador Linearizado): Para estabilizar o ganho de tensão devemos deixar uma certa resistência sem ser desviada para ocasionar uma realimentação negativa. Ganho de Tensão: ' ee c v rr rA + − = Trocando ganho por estabilidade: Se re for maior que r'e, as variações de r'e serão encobertas por re (reduzidas drasticamente). Impedância de Entrada da Base: )rr(z i )rr(i i vz 'ee)base(ent b ' eee b b )base(ent +β=→+== ■ Ganho mais estável, distorção devido à não linearidade do diodo base-emissor é menor. Modelo T EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 5/48 Estágios em Cascata: A corrente ca no primeiro coletor tem vários caminhos para circulação, através da resistência Rc do primeiro estágio (3,6KΩ), dos resistores de polarização do segundo estágio (10KΩ e 2,2KΩ) e para dentro da base do segundo transistor (zent(base)). Circuito equivalente ca do segundo estágio: zent(base) = 2,27KQ (impedância de entrada de base do 2o estágio) Calculamos o ganho de tensão do primeiro estágio (A1) e depois calculamos o ganho de tensão do segundo estágio (A2). O ganho total será dado por: A = A1 . A2 Impedância de Saída: importante porque interage com o resistor de carga para determinar a tensão ca na carga. A impedância de saída é também chamada de impedância Thevenin. Ao lado vemos o circuito equivalente para o lado da saída do amplificador EC. O resistor de carga foi desconectado porque estamos aplicando o teorema de Thevenin no circuito. A tensão Thevenin na saída é dada por: Vth = β ib Rc = ic Rc Para obter a impedância de Thevenin, devemos reduzir a fonte de corrente a zero (circuito aberto). Logo rth= Rc Quanto maior for RL em relação à Rc, maior será a tensão de saída. Modelo do Transistor: Onde: e c V r rA −= Ze = R1 || R2 || Ze(base) Zs = Rc Ve = tensão de entrada Vs = tensão de saída EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 6/48 Amplificador Base Comum Modelo T Impedância de Entrada: 'eent ' eEent rzr//Rz ≅→= Tensão de Saída: ccsaída Riv = Tensão de Entrada: 'eeent riv = Ganho de Tensão: ' e C ' ee Cc entrada saída v r RAv ri Ri v vA =→== Impedância de Saída: Csaída Rz = ■ Uma das razões pelas quais o amplificador BC não é tão usado quanto um amplificador EC é sua baixa impedância de entrada. Por isso o amplificador BC não é muito usado em baixas freqüências. Ele é usado principalmente em aplicações de altas freqüências (acima de 10MHz), onde as fontes de baixa impedância são comuns. Amplificador Coletor Comum (Seguidor de Emissor) Impedância de Entrada da Base: Impedância de Entrada do Estágio: Ganho de Tensão (Av): )rr( rA )rr(i riA v vA ' ee e V' eee ee V entrada saída v + =→ + =→= )rr(z i )rr(i i vz 'ee)base(ent b ' eee b b )base(ent +β=→+== )rr(//R//Rz 'ee21ent +β= EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 7/48 Impedância de Saída: Aplicando o teorema de Thevenin a partir da base no Modelo T temos: Rth= R1II R2II RG G21 G 21entth R)R//R( V)R//R(vv + == Somando-se as tensões da malha temos: Vent = (R1 // R2 // RG)ib + r'e ie + RE ie Como ib = ic / β β++= /)R//R//R(rR vi G21 ' eE ent e O resistor de emissor, RE é acionado por uma fonte ca com uma impedância Thevenin de: β+= )R//R//R(rr G21'eth Então: β+= )R//R//R(rr G21'esaída ■ Assim como um amplificador linearizado, o seguidor de emissor também usa realimentação negativa. A resistência de realimentação é igual à resistência total do emissor. Sendo a realimentação negativa muito forte, o ganho de tensão é bastante estável, quase não existe distorção e a impedância de entrada da base é muito alta e a impedância de saída é muito baixa. EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 8/48 AMPLIFICADORES DE POTÊNCIA DEFINIÇÕES E TIPOS DE AMPLIFICADORES Um amplificador recebe um sinal de um determinado transdutor ou outra fonte de entrada, e fornece uma versão amplificada desse sinal para um dispositivo de saída ou outro estágio amplificador. Um sinal de um transdutor na entrada é geralmente pequeno (alguns milivolts de um tape-deck ou CD, ou alguns microvolts de uma antena) e precisa ser amplificado o suficiente para acionar um dispositivo de saída (alto-falante ou outro dispositivo de potência). Em amplificadores de pequenos sinais, os fatores principais são, viade regra, linearidade na amplificação e amplitude de ganho. Como os sinais de tensão e corrente são pequenos em amplificadores de pequenos sinais, a quantidade de potência que ele é capaz de fornecer e sua eficiência são fatores de pouco interesse. Um amplificador de tensão fornece amplificação de tensão, principalmente para aumentar a tensão de um sinal de entrada. Por sua vez, amplificadores de grandes sinais ou de potência fornecem, sobretudo, potência suficiente a uma carga de saída a fim de acionar um alto-falante ou outro dispositivo de potência, tipicamente na faixa de alguns watts a dezenas de watts. Neste capitulo, nos concentramos nos circuitos amplificadores usados para operar com grandes sinais de tensão e níveis de correntes moderadas ou altas. As características principais de um amplificador de grandes sinais são a eficiência de potência do circuito, a máxima quantidade de potência que o circuito é capaz de fornecer, e o casamento de impedância com o dispositivo de saída. Um método usado para classificar amplificadores é por classe. Basicamente, classes de amplificadores indicam a quantidade que o sinal de saída varia, sobre um ciclo de operação, para um ciclo completo do sinal de entrada. Uma breve descrição das classes de amplificadores é fornecida a seguir. Classe A: O sinal de saída varia por um ciclo completo de 360°. A Fig. 1a mostra que isto requer que o ponto-Q seja polarizado em um nível tal que o sinal possa variar para cima e para baixo sem atingir uma tensão suficientemente alta capaz de ser restringida pelo nível da fonte de tensão, ou descer a um ponto que possa atingir o nível inferior da fonte, ou 0 V, para o exemplo mostrado na figura. Classe B: Um circuito classe B fornece um sinal de saída que varia sobre metade do ciclo da entrada, ou por 180° de sinal, como mostrado na Fig. 1b. O ponto de polarização de está, portanto, em 0V, com a saída variando, então, a partir deste ponto de polarização, durante meio ciclo. Obviamente, a saída não é uma reprodução fiel da entrada, se apenas meio ciclo está presente. Dois amplificadores classe B — um para fornecer saída durante o meio ciclo positivo da saída e o outro para operar durante o meio ciclo negativo — são necessários. A combinação dos meios ciclos fornecem, então, uma saída para os 360° completos de operação. Este tipo de conexão realiza a operação denominada push-pull, a qual é discutida adiante. Note que a operação classe B, por si, gera um sinal de saída muito distorcido, uma vez que o sinal de entrada é reproduzido na saída somente durante a metade do seu ciclo. Classe AB: Um amplificador pode ser polarizado em um nível de acima do nível correspondente à corrente zero de base da classe B e acima da metade do nível da fonte de tensão da classe A; esta condição de polarização é empregada em amplificadores classe AB. A operação classe AB ainda requer uma conexão push-pull para atingir um ciclo de saída completo, mas o nível de polarização de é, geralmente, muito próximo do nível zero de corrente de base para uma melhor eficiência de potência, como descrito brevemente. Para operação classe AB, a oscilação do sinal de saída ocorre entre 180° e 360°, e não constitui uma operação classe A, nem mesmo classe B. Classe C: A saída de um amplificador classe C é polarizada para uma operação em menos de 180° do ciclo e só opera com circuitos sintonizados (ressonantes), os quais fornecem um ciclo completo de operação para a freqüência sintonizada ou ressonante. Esta classe de operação é usada, portanto, em aplicações especiais de circuitos sintonizados, tais como rádio ou comunicações. Classe D: Esta classe de operação é uma forma de amplificação para sinais pulsados (digitais), em que o circuito fica "ligado" por um curto intervalo de tempo e desligado por um longo intervalo. Usando técnicas digitais, torna-se possível obter um sinal que varia sobre um ciclo completo (usando circuitos de amostragem-e-retenção) para recriar a saída a partir de muitos EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 9/48 trechos do sinal de entrada. A maior vantagem da operação classe D é que o amplificador está ligado (usando potência) durante curtos intervalos, e a eficiência global pode, na prática, ser muito alta, como descrito em seguida. Eficiência do Amplificador A eficiência de potência de um amplificador, definida como a razão entre a potência de saída e a potência de entrada, melhora da classe A para a classe D. Em termos gerais, vemos que o amplificador classe A, com polarização de na metade do nível da fonte de tensão, usa uma boa quantidade de potência para manter a polarização, mesmo que nenhum sinal de entrada seja aplicado. Isto resulta em uma eficiência muito pobre, sobretudo com sinais pequenos de entrada, quando muito pouca potência ac é liberada para a carga. Realmente, a eficiência máxima de um circuito classe A, que ocorre para a maior oscilação de tensão e corrente de saída, é apenas 25% para uma conexão de carga direta ou realimentada em série, e 50% com uma conexão usando transformador para ligar-se à carga. Pode-se mostrar que a operação classe B, sem nenhuma potência de polarização de para o caso de ausência de sinal de entrada, fornece uma eficiência máxima que atinge 78,5%. A operação classe D pode obter uma eficiência de potência maior do que 90%, fornecendo a operação mais eficiente de todas as classes de operação. Como a classe AB situa-se entre classe A e classe B, em termos de polarização, ela mantém sua eficiência entre 25% (ou 50%) e 78,5%. EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 10/48 Amplificadores em Classe A Um amplificador de potência apresenta características como: altos níveis de sinal (tensão e/ou corrente), baixa sensibilidade e principalmente alta eficiência. A classe A de amplificação não é, assim, a mais indicada para esse propósito (Eficiência teórica típica em torno de 25%). Classes que possibilitam maior eficiência , como a B, AB e D serão mais indicadas. No amplificador de potência classe A, a polarização do transistor de saída é feita de tal forma que a corrente de coletor circula durante todo o ciclo do sinal de entrada VBE. Isto resulta num ângulo de condução de 360° para transistor de saída. Assim para o BJT será caracterizada uma polarização no centro da região linear. A classe A apresenta alta linearidade (baixa distorção). Para o amplificador de potência com BJT serão usados transistores com alta capacidade de dissipação de calor (transistores de potência - famílias BD, TIP) e será por muitas vezes necessário a utilização de dissipadores de calor. Os transistores de potência apresentam em geral baixo HFE. A melhor forma de se polarizar um transistor para operar em Classe A é a polarização por divisor de tensão (independente de beta), por se apresentar com maior estabilidade, o que nos garantirá um ponto quiescente estável no centro da região linear. Reta de Carga cc e ca A resistência ca do coletor é diferente da resistência cc do coletor. A reta de carga ca é mais inclinada, porque a resistência ca do coletor é menor que a resistência cc do coletor. ICQ = corrente cc do coletor lC(sat) = corrente de saturação do coletor VCEQ = tensão cc coletor-emissor rc = resistência ca vista do coletor Como inicialmente o ponto de operação não está no meio da reta de carga ca, temos que a excursão do sinal à esquerda (VCEQ) é maior que a excursão do sinal à direita (ICQ rc). Logo o máximo valor de pico a pico (MPP) da tensão ca sem ceifamento será: MPP = 2 ICQ rc Para aumentarmos a excursão máxima do sinal será deslocando o ponto Q para cima, até o centro da reta de carga ca. Posicionamento do ponto Q otimizado: diminuir a resistência cc do emissor até que o ponto Q produza valores iguais para VCEQ e ICQ rc. 1V/V rRR ECC cC E + + = Somando-se as tensões ca em torno da malha do coletor: Vce + ic rc = 0 (*) r vi cce c − = EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 11/48 A corrente ca do coletor é dada por: ic = ∆lc = lc - ICQ e a tensão ca do coletor é: vce = ∆VCE = VCE - VCEQ Substituindo essas expressões em (*) e rearranjando-a temos: c CE c CEQ CQC r V r V II −+= Quando o transistor satura, VCE = 0 e temos: )eriorsupponto( r V II c CEQ CQ)sat(C += Quando o transistor está no corte, lc = 0 e temos: VCE(corte) = VCEQ + ICQ rc (Ponto inferior) Fórmulas de Potência para Classe A Potência na Carga: L saída L 2 L L R V R VP 2 == ou usando o valor de pico a pico: L 2 )saída(PP L R8 V P = Potência Máxima na Carga: L 2 (max)L R8 )MPP(P = Potência Dissipada no Transistor: Quando o amplificador está sem sinal na entrada, a dissipação de potência no transistor é dada por: PD = VCEQ ICQ A potência dissipada no transistor diminui quando o sinal ca está presente. Potência Total fornecida pela Fonte: Corrente no divisor de tensão formado por R1 e R2 Corrente de alimentação total ou corrente de dreno é a soma da corrente no divisor e a corrente no coletor: ls = I1 + ICQ Ps = VCC Is (potência cc fornecida para o amplificador) A Eficiência: %100x P P S L =η Ganho de Corrente: b c i i iA = Ganho de Tensão: ' e c V r rA = Ganho de Potência: ivP bent csaída entrada saída P AAAiv iv P PA =→== 21 CC 1 RR VI + = EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 12/48 Amplificadores em Classe B Em um amplificador classe B, utiliza-se um par de dispositivos (transistores) com a particularidade de que cada dispositivo conduz alternadamente por um ângulo de 180° do sinal de entrada, ou seja, um dispositivo amplifica o semiciclo positivo, e o outro, o semiciclo negativo, para que isto aconteça o ponto Q é colocado no corte para as retas ca e cc. A vantagem do amplificador classe B é a baixa corrente drenada e a alta eficiência e menor dissipação de potência nos transistores. Em contrapartida, os amplificadores classe B ampliam significativamente o problema da distorção, pois surge a distorção crossover (cruzamento de zero), que acontece entre a passagem do semiciclo positivo para o semiciclo negativo. Nesta passagem ocorre que, em determinado período de tempo, ambos os transistores estão simultaneamente cortados, não ocorrendo amplificação do sinal. Amplificador Coletor Comum (Seguidor de Emissor) Os Limites: Excursão à esquerda = VCEQ Excursão à direita = ICQ re Onde: re = RE || RL Máxima excursão de pico a pico (MPP): Menor valor entre: MPP = 2 lCQ re ou MPP = 2VCEQ ■ Para posicionar o ponto de quiescente (Q) no meio da reta de carga ca aumentaremos a tensão cc na base (variando o valor de R2) de modo a produzir valores iguais para VCEQ e ICQ re. Circuito Push-Pull No semiciclo positivo da tensão de entrada, o transistor superior (T1) está em condução e o inferior, em corte. O transistor superior funciona como um seguidor de emissor comum, de forma que a tensão de saída é aproximadamente igual à tensão de entrada. No semiciclo negativo da tensão de entrada, o transistor superior (T1) entra em corte e o inferior (T2), em condução. O transistor inferior funciona como um seguidor de emissor comum e produz uma tensão na carga aproximadamente igual à tensão de entrada. O transistor superior atua no semiciclo positivo da tensão de entrada e o transistor inferior, no semiciclo negativo. Durante cada semiciclo, a fonte vê, olhando para cada base, uma alta impedância de entrada. Distorção de cruzamento Como o ponto Q é colocado no corte para as retas ca e cc, logo a tensão ca que chega tem que aumentar até cerca de 0,7V para vencer a barreira de potencial dos diodos emissores. Por isso não há fluxo de corrente através de T1 quando o sinal é menor que 0,7V. O funcionamento é semelhante no outro ciclo. Não há fluxo de corrente em T2 até que a tensão ca EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 13/48 de entrada seja mais negativa que -0,7V. Por esta razão se nenhuma polarização é aplicada aos diodos emissores, a saída do seguidor de emissor push-pull classe B será a apresentada na figura ao lado. O sinal é distorcido. Por causa do ceifamento entre os semiciclos, a saída não é mais uma onda senoidal. Como o ceifamento ocorre entre o instante em que um transistor corta e o instante em que o outro conduz, chamamos de distorção de cruzamento. Para se reduzir a distorção de cruzamento, precisamos aplicar uma pequena polarização direta para cada emissor. Isto significa localizar o ponto Q um pouco acima do corte. Como orientação, uma corrente ICQ de 1 a 5% de lc<sat) é suficiente para eliminar a distorção por transição. No entanto, feito isso, estaremos modificando a classe do amplificador para AB. Fórmulas de Potência para Classe B Potência na Carga: L saída L 2 L L R V R VP 2 == ou usando o valor de pico a pico: L 2 )saída(PP L R8 V P = Potência Máxima na Carga: L 2 (max)L R8 )MPP(P = Potência Dissipada no Transistor: Idealmente, a potência dissipada no transistor é zero quando não há sinal de entrada. Na realidade há uma pequena dissipação de potência em cada transistor por causa da pequena polarização direta necessária para evitar a distorção de cruzamento. L 2 (max)D R40 )MPP(P = Potência Total fornecida pela Fonte: A Corrente cc de alimentação de um amplificador push-pull classe B é ls=l1 + l2 Onde l1 = corrente cc através dos resistores de polarização l2 = corrente cc através do coletor superior Quando não há sinal de entrada, l2 = ICQ e a corrente drenada é pequena. Porém, quando há sinal de entrada, a corrente drenada aumenta porque a corrente do coletor superior torna-se grande. Se for usada toda a linha de carga ca, o transistor superior terá uma corrente senoidal de meia onda através dele com um valor de pico de: L CEQ )sat(C R V I = O valor médio ou cc de um sinal de meia onda é: L CEQ 2 )sat(C 2 R V Iou I I pi = pi = A potência cc fornecida pela fonte é: Ps = VCC Is A Eficiência: %100x P P (max)S (max)L =η EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 14/48 Polarização de Amplificadores Classe B A Figura ao lado mostra a polarização com divisor de tensão para um circuito push-pull classe B. Os dois transistores têm de ser complementares, significando similaridade nas curvas VBE, nas especificações máximas etc. Por exemplo, o 2N3904 e o 2N3906 são complementares. O primeiro é um transistor npn e o segundo, um pnp. Eles têm similaridade nas curvas VBE, nas especificações máximas, e assim por diante. Pares complementares como esses estão disponíveis para o projeto de praticamente qualquer push-pull classes B. Para evitar a distorção de cruzamento, posicionamos o ponto Q ligeiramente acima da região de corte, com o valor de VBE correto em algum ponto entre 0,6 e 0,7 V. Porém, aqui está o maior problema: a corrente do coletor é muito sensível às variações de VBE. AS folhas de dados indicam que um aumento de 60 mV em VBE produz uma corrente de coletor 10 vezes maior. Por causa disso, quase sempre é necessário um resistor ajustável para fazer o correto posicionamento do ponto Q. Mas um resistor ajustável não resolve o problema da temperatura. Ainda que o ponto Q possa estar perfeito na temperatura ambiente, ele mudará quando a temperatura variar. Conforme já discutido, VBE diminui em aproximadamente 2 mV por grau de aumento na temperatura. À medida que a temperatura aumenta para o circuito acima, a tensão fixada para cada diodo emissor força a corrente de coletor a aumentar rapidamente. Se a temperatura aumentar 30°C, a tensão VBE requerida diminuirá em 60 mV. Por sua vez, a corrente do coletor aumenta em um fator de 10, porque a polarizaçãofixa é de 60 mV para mais. Portanto, o ponto Q está muito instável com a polarização do divisor de tensão. O último perigo para o circuito acima é a deriva térmica. Quando a temperatura aumenta, a corrente do coletor aumenta. À medida que a corrente do coletor aumenta, a temperatura da junção aumenta ainda mais, reduzindo ainda mais o valor correto de VBE. Essa situação em seqüência pode fazer com que a corrente do coletor ultrapasse seus valores nominais, aumentando a potência a níveis excessivos, o que pode destruir o transistor. A ocorrência da deriva térmica depende das propriedades térmicas do transistor, de como ele é resfriado e do tipo de dissipador usado. É comum a polarização por divisor de tensão da figura acima produzir a deriva térmica, que destrói o transistor. Uma forma de evitar a deriva térmica é com a polarização por diodo, mostrada na Figura ao lado. A idéia é usar diodos de compensação para produzir a tensão de polarização nos diodos emissores. Para que esse esquema funcione, as curvas dos diodos devem se igualar às curvas VBE dos transistores. Então, qualquer aumento na temperatura reduz a tensão de polarização proporcionada pelos diodos de compensação em uma quantidade adequada. Por exemplo, considere que uma tensão de polarização de 0,65 V estabeleça uma corrente do coletor de 2 mA. Se a temperatura aumentar em 30°C, a tensão através de cada diodo de compensação cai em cerca de 60 mV. Como a tensão VBE necessária também diminui em 60 mV, a corrente do coletor permanece fixa em 2 mA. Para que a polarização por diodo seja imune às variações de temperatura, as curvas dos diodos devem se igualar às curvas VBE por uma ampla faixa de temperatura. Isso não ocorre facilmente com circuitos discretos por causa da tolerância das componentes. Porém, a polarização por diodo é fácil de ser implementada com circuitos integrados, porque os diodos e transistores estão no mesmo chip, o que significa que eles tem curvas quase idênticas. Com a polarização por diodo, a corrente do coletor iguala-se à corrente através dos diodos de compensação e é dada por: R2 V2VI BECCC − = EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 15/48 O Acionador de Classe B Para acionar o seguidor de emissor classe B, usa-se um acionador EC acoplado diretamente, conforme a Figura ao lado. O transistor Q2 é uma fonte de corrente que estabelece a corrente cc de polarização através dos diodos. Ajustando R2 podemos controlar a corrente cc de emissor através de R4. Isso quer dizer que Q2 fornece corrente contínua através dos diodos de compensação. Por causa dos diodos de polarização, nos coletores de Q3 e Q4, existe um mesmo valor de corrente. Quando um sinal ca aciona a entrada, Q2 comporta- se como um amplificador linearizado. O sinal ca amplificado e invertido no coletor de Q2 aciona as bases de Q3 e Q4. No semiciclo positivo, Q3 conduz e Q4 corta. No semiciclo negativo, Q3 corta e Q4 conduz. Um Amplificador Completo Temos na Figura abaixo um amplificador completo com três estágios: um amplificador de pequeno sinal (Q1), um amplificador classe A de grande sinal (Q2) e um seguidor de emissor push-pull classe B (Q3 e Q4). EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 16/48 AMPLIFICADORES DE POTÊNCIA EM CIRCUITOS INTEGRADOS Os fabricantes dispõem de uma vasta gama de amplificadores de potência em circuitos integrados. Um AmpOp industrial normalizado, como o 741 (a um custo baixo), é capaz de fornecer a potência aproximada de 100 mW sem componentes externos adicionais. A seguir indicam-se dois exemplos de amplificadores de áudio integrados com valores nominais de 4 W e 20 W, respectivamente. O amplificador LM384, esquematizado na Figura ao lado, é projetado para propiciar 34 dB de amplificação em sinais até 300 kHz e fornecer 5 W de potência à uma carga acoplada capacitivamente. Os valores indicados dos componentes originam um fator de distorção a 1 kHz inferior a 1% com a potência de saída de 5 W numa carga de 8 ohms. Quando se usar este dispositivo deve-se ter o cuidado de implantar o circuito adequadamente e evitar acoplamentos de dispersão ou retroação de saída para a entrada, que podem causar oscilações. Para evitar oscilações, o cabo de entrada deve ser blindado e a malha de compensação de atraso R1 C2 deve ser conectada entre o pino de saída e a massa. O condensador C3 usa-se para cancelar os efeitos da indutividade das pontas da fonte de alimentação, enquanto C1 atua como um aterramento das baixas freqüências. O amplificador de 20 W da Figura ao lado é outro exemplo do estado da tecnologia dos amplificadores de potência lineares monolíticos. O TDA2020, conectado como se indica, com uma entrada de 260 mV, origina tipicamente 20 W em 4 ohms com menos de 1% de distorção e eficiência igual a 57%. A resposta em freqüência (-3 dB) vai de 10 Hz a 160 kHz com um ganho de 30 dB. Além disso, o dispositivo tem proteção contra curtocircuitos e desligação térmica se for excedido o limite máximo de dissipação térmica recomendado. Os condensadores C1 a C4 proporcionam contornamento da fonte de alimentação. As malhas R3C5 e R1C6 produzem compensação de atraso na saída e na entrada, respectivamente. A compensação é ainda controlada pelo condensador C7. Como o nível DC da saída é posto a (V+ + V-) / 2, esta operação em fonte de alimentação repartida fornece a saída DC de 0 V e a carga pode ser acoplada diretamente, eliminando a necessidade de um condensador de acoplamento muito grande. Os diodos D1 e D2 fixam (e assim protegem) a saída nas excursões indutivas maiores que as tensões de alimentação. EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 17/48 REGULADOR SÉRIE O regulador série é na realidade uma fonte de alimentação regulada mais sofisticada em relação aos reguladores que utilizam apenas diodo zener. O diodo zener atua apenas como elemento de referência enquanto que o transistor é o elemento regulador ou de controle. Observa-se que o transistor está em série com a carga, daí o nome regulador série. Funcionamento: A tensão de saída estará disponível na carga (VL), então: VL = VZ - VBE Como VZ >> VBE podemos aproximar: VL = VZ Sendo VZ constante, a tensão no ponto "x" será constante Caso VIN aumente podemos analisar o que acontece aplicando LKT: VIN = VR + VZ, mas VR = VCB, logo: VIN = VCB + VZ VCE = VCB + VBE Portanto, quando VIN aumenta, como VZ é constante, VCB também aumentará provocando um aumento de VCE, de modo a suprir a variação na entrada, mantendo VL constante. VL = VIN - VCE Então: se VIN aumenta VCE aumenta VL não se altera Caso VIN diminua podemos analisar o que acontece aplicando LKT, obedecendo os mesmos princípios adotados anteriormente. Neste caso VCB diminui. Com a diminuição de VIN VCE diminui VL não se altera REGULADOR PARALELO A exemplo do regulador série, o transistor atua como elemento de controle e o zener como elemento de referência. Como a carga fica em paralelo com o transistor, daí a denominação regulador paralelo, cujo circuito é mostrado abaixo. A análise do seu funcionamento segue basicamente os mesmos princípios do regulador série, no que diz respeito aos parâmetros do transistor e do diodo zener. EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 18/48 Funcionamento: VZ = VCB como VZ é constante, VCB será constante VCE = VCB + VBE, mas VCB >> VBE Logo: VCE = VCB, onde VCE = VZ Ao variar a tensão de entrada dentro de certos limites, como VZ é fixa, variará VBE variando a corrente IB e conseqüentemente IC. Em outras palavras, variando-se a tensão de entrada ocorrerá uma atuação na corrente de base a qual controla a corrente de coletor. Neste caso, VCE tende a permanecer constante desde que IZ não assuma valores menores que IZ(MIN) e maiores que IZ(MAX). Os parâmetros para o projeto de em regulador paralelo são essencialmente: VIN, VLe IL(MAX). REGULADOR COM AMPLIFICADOR DE ERRO O regulador com amplificador de erro torna o circuito mais sensível às variações da tensão de entrada, ou variações da corrente de carga, através da introdução de um transistor junto ao elemento de referência. A figura a seguir ilustra esse tipo de regulador, onde os elementos que compõem o circuito tem as seguintes funções: Diodo Zener: é utilizado como elemento de referência de tensão; Transistor T1: é o elemento de controle, que irá controlar a tensão de saída a partir de uma tensão de correção a ele enviada através de um circuito comparador; Transistor T2: é basicamente um comparador de tensão DC, isto é, compara duas tensões, VR2 e VR3, sendo a tensão VR3 fixa (denominada também tensão de referência), cuja finalidade é controlar a tensão de polarização do circuito de controle. Qualquer diferença de tensão entre os dois resistores irá fornecer à saída do comparador uma tensão de referência que será aplicada ao circuito de controle. Funcionamento: Quando houver uma variação da tensão de entrada, a tendência é ocorrer uma variação da tensão de saída. Supondo que VIN aumente, a tensão nos extremos de RL tenderá a aumentar, aumentando a tensão VR2 e VR3, mas, como a tensão no emissor de T2 é fixada por VZ, então um aumento de tensão no ponto "x" provocará um aumento de VBE2, que aumentará IB2 e conseqüentemente IC2. Quando IC2 aumenta, haverá um aumento da tensão em R1 (VR1), uma vez que a tensão do emissor de T2 é fixada pela tensão de zener (VZ). Como VBE1 é fixa, então um aumento de VR1 provocará um aumento de VCE1. Lembrar que VR1 = VCB1 e que VCB1 + VBE1 = VCE1. Um aumento de IC2 provocará também um discreto aumento na corrente de base de T1 (IB1). IC2 = IR1 - IB1 IR1 = IC2 + IB1 EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 19/48 O TRANSISTOR DE EFEITO DE CAMPO O transistor de efeito de campo (FET field effect transistor) é um transistor unipolar, ou seja ele funciona com apenas um tipo de carga (elétron ou lacuna). Sendo um transistor ele possui muitas semelhanças com os bipolares que estudamos até agora. Os FETs se classificam em duas classes: os JFETs e os MOSFETS. O JFET (junction FET ou FET de junção) é construído a partir de um pedaço de semicondutor tipo n ou p, sendo seu funcionamento igual, diferindo apenas como nos bipolares NPN e PNP, na polarização. Embora existam JFETs de quatro terminais, na maioria das vezes eles tem três terminais que são análogos aos dos transistores bipolares: Como nos transistores bipolares os elétrons circulam do emissor para o coletor, no JFET eles vão da fonte (S) para o dreno (D). A corrente convencional vai no sentido inverso. Na fabricação do JFET canal n partimos de um bloco de semicondutor tipo n e adicionamos por difusão duas áreas de material p. As extremidades do material n serão uma o dreno (D) e a outra a fonte (S). As áreas de material p formarão a porta (G). Vide figura abaixo: Ao aplicarmos uma tensão VDD entre dreno e fonte os elétrons podem fluir pelo material n, da fonte para o dreno. Sendo a porta de material p, formam-se dois diodos p-n, um entre porta e dreno e outro entre porta e fonte. Num bipolar nós polarizamos o diodo base-emissor diretamente e o diodo base-coletor inversamente para funcionamento correto como transistor. No JFET nós polarizamos reversamente os dois diodos. Isto cria em volta das junções de porta uma camada de depleção, pela recombinação dos elétrons e das lacunas em torno das junções reversamente polarizadas. Veja a figura abaixo onde é mostrada a polarização usual e a formação das camadas de depleção em torno da porta. Estas camadas de depleção formam um estreitamento no material n, dificultando a passagem dos elétrons da fonte (S) para o dreno (D). Quanto maior for a tensão na porta (mais negativa em relação à fonte) maior será a zona de depleção, mais estreito fica o canal e menos corrente circulará pelo JFET. EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 20/48 A denominação efeito de campo é proveniente destes estreitamentos do canal, causados por um campo elétrico neutro (camada de depleção) que controla a passagem de corrente. Num transistor bipolar a corrente de base controla a corrente de coletor (IC = βIB). Num JFET a tensão de porta (VGG) controla a corrente entre dreno e fonte. Como a polarização é reversa no diodo porta-fonte, a corrente que circula é quase nula. Na prática podemos considerar IG = 0. Mas se IG = 0, aplicando a lei de Ohm na entrada do JFET temos: GentGG .IRV = ou ∞=== 0 V I VR GG G GG ent Isto significa que o JFET tem uma impedância de entrada elevadíssima, da ordem de centenas de Mega Ohms. Por outro lado se IG = 0, por Kirchhoff temos que ID = IS. Para aplicações de baixa freqüência podemos até inverter dreno e fonte que o JFET funciona igualmente. Para freqüências mais elevadas as capacitâncias parasitas entre porta e dreno são menores que as entre porta e fonte. O JFET será sempre polarizado com os dois diodos com tensão reversa. Logo podemos concluir que a corrente de dreno máxima será quando VGS = 0, pois assim a zona de depleção será a menor possível. O funcionamento do JFET com VGS = 0 (porta curto circuitada à terra) é mostrado na figura abaixo. Repare como esta curva se parece com a curva de coletor de um bipolar. Note que: • A corrente de dreno (IDSS = I drain source shorted) sai de zero, quando VDS = 0 e sobe rapidamente, de forma linear até que VDS = VP, então há uma estabilização de IDSS, mesmo com o aumento de VGS, até atingirmos VDS = VDS(max), quando há uma ruptura com IDSS disparando e o JFET sendo destruído; EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 21/48 • O ponto VP (de pinchoff ou estrangulamento) é a tensão mínima para que IDSS fique praticamente constante; • IDSS é a corrente máxima que pode circular por um JFET. O fabricante fornece o valor de IDSS, bem como o de VDS(max). Outro dado importante é o valor de VP, que nem sempre é dado pelos fabricantes. Eles fornecem sempre VGS(off) que é a tensão de porta que leva o JFET ao corte (ID = 0). A figura abaixo ilustra o ponto de VGS(off). Veja que, como dissemos, se VGS = 0, temos ID máximo, que é de 8mA na figura acima. Se aumentarmos a diferença de potencial entre porta e fonte (VGS), sempre com a polarização reversa, ID vai diminuindo até que com VGS = -4V (porta a 4 V abaixo da fonte), temos ID = 0, ou seja o JFET está cortado. Assim temos no nosso exemplo VGS(off) = -4V. Por características construtivas sabemos que VP = |VGS(off)| ou então: PGS(off) VV −= A figura acima ilustra bem este aspecto. Note que VP é a tensão mínima para que IDS seja aproximadamente constante quando VGS = 0. A parte da curva da figura acima entre VDS = 0 e VDS = VP é bastante linear, o que equivale a reta de saturação de um transistor bipolar. Esta região é chamada de região ôhmica do JFET pois a relação entre V e I é linear. Isto equivale a um resistor com valor: DSS P DS I VR = O valor de RDS é em torno de centenas de ohms. Calculamos a corrente em um JFET pela curva de transcondutância, graficamente ou pela equação dessa curva. A transcondutância é a relação entre ID versus VGS. Todos os JFETs apresentam curvas de transcondutância iguais às da figura abaixo, variando apenas os valores de IDSS e VGS(off). A equação matemática para esta curva é (Equação de Shockley): 2 GS(off) GS DSSD V V1.II −= EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 22/48 O fabricante fornece IDSS e VGS(off), assim basta saber a tensão VGS do nosso circuito para calcular ID. Repare que esta curva é uma parábola, pois ID = K x IDSS , sendo K um fator quadrático: 2 GS(off) GS V V1K −= Por ser quadrático o fator que relaciona a corrente de dreno o JFET é chamado de dispositivo quadrático, o que é bom paracertas aplicações principalmente em áudio onde muitas vezes misturamos sinais. Assim podemos representar o JFET como uma fonte de corrente cuja saída é K x IDSS, dependendo da tensão VGS, isto para VDS acima de VP. Na região ôhmica (VDS<VP) o JFET se comporta como um resistor RDS = VP / IDSS. Portanto para representar o circuito equivalente de um JFET precisamos de dois modelos, mostrados abaixo: Estes modelos são construídos tomando por base o comportamento ideal do JFET mostrado a seguir onde temos ID = constante ou seja uma reta bem horizontal e também para VDS < VP todas as curvas se sobrepondo. Dependendo de como polarizamos o JFET ele pode se comportar como uma fonte de corrente (região ativa) ou como um resistor (na saturação). Os modelos acima apresentam um resistor entre porta(G) e fonte(S), RGS, que sabemos ser muito elevado, podendo simplesmente ser desprezado. Já vimos que o ponto VP define a separação entre as duas regiões de operação do JFET, assim precisamos saber seu valor correto. A folha de dados do fabricante nos dá VP para VGS = 0. Para VGS ≠ 0 calculamos: VP’ = ID x RDS A seqüência de cálculo é: Calcular: DSS P DS I VR = EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 23/48 Calcular: 2 GS(off) GS DSSD V V1.II −= Calcular VP’, que é VP proporcional à VGS que está sendo usado no circuito. Polarização do FET A Figura abaixo (a) mostra a polarização da porta. Uma tensão VGG fixa é aplicada na porta. Esta é a pior forma de polarizar um amplificador JFET, porque o ponto Q varia em função de IDSS e VGS(off). Como essas variáveis modificam-se com a temperatura e com a substituição do JFET, é impossível obter um ponto Q estável com a polarização de porta. A polarização por divisor de tensão é o método de polarização preferido para amplificadores bipolares, porém não para JFETs. Embora alguns circuitos com JFET tenham sido projetados com a polarização por divisor de tensão mostrada na Figura abaixo (b), ela não surgiu como o principal tipo de polarização do JFET. O próximo tipo de polarização do bipolar é a polarização de emissor com duas alimentações. Quando as tensões de alimentação positiva e negativa estão disponíveis, a maioria dos projetistas usará esse tipo de polarização do bipolar, porque ela apresenta no estágio final a maior saída sem distorção. A forma análoga de polarização do JFET é a polarização com fonte simétrica, mostrada na Figura abaixo (c). Embora ela tenha sido usada com êxito com JFETs, essa não é a polarização que é usada na maioria das vezes com amplificadores JFET. Finalmente, chegamos à autopolarização, mostrada na Figura abaixo (d). Esse tipo de polarização não tem equivalente em circuitos bipolares. A autopolarização é a forma preferida de polarização para um amplificador JFET. Você verá que esse tipo de polarização é mais usado do que qualquer outro tipo de JFET. Por sua simplicidade, ela oferece um método elegante e efetivo para a polarização de um amplificador JFET. Embora o ponto Q não seja sólido como uma rocha, ele é estável o suficiente para a maioria das aplicações de amplificadores que usam JFET. EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 24/48 Polarização Fixa O resistor RG está presente para assegurar que Vi apareça na entrada do amplificador FET na análise AC. Para a análise DC, temos: IG ≅ 0 A e VRG = IG RG = 0 . RG = 0 V. A queda de zero volt através de RG permite substituir RG por um curto-circuito equivalente, para a análise DC. Como o terminal negativo da bateria está conectado na porta, pode-se concluir que a polaridade de VGS é oposta à de VGG. Aplicando a lei das tensões de Kirchhoff na malha de entrada, no sentido horário, resulta em: –VGG –VGS = 0. VGS = –VGG. Uma vez que VGG é uma fonte de constante, a tensão VGS é fixa, daí a notação "configuração com polarização fixa". A corrente de dreno (ID) é dada pela equação de Shockley: 2 GS(off) GS DSSD V V1.II −= Uma vez que VGS é fixa para esta configuração, ela pode ser substituída na equação de Shockley para se determinar o valor de ID. Este é um dos poucos casos em que a solução matemática pode ser empregada diretamente. Através da malha dreno-fonte, obtém-se VDS. Lembre que IS = ID, onde resultará em: Na figura ao lado temos o ponto de operação utilizado para projetos de polarização de FETs. DDDDDS RIVV −= EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 25/48 Autopolarização A autopolarizacão elimina a necessidade de duas fontes DC. A tensão controladora de porta-fonte é agora determinada pela tensão através do resistor RS colocado entre a fonte e o terra. Para a análise DC, os capacitores podem ser substituídos por circuitos-abertos e o resistor RG substituído por um curto-circuito equivalente, já que a condição é que IG = 0mA. A corrente através de RS é a corrente de fonte IS, mas IS = ID e VRS = RS ID. Para a malha porta-fonte, encontramos: – VGS –VRS = 0 VGS = –VRS ou ainda VGS = –RSID Observe neste caso que VGS é função da corrente de saída ID. Para se obter a corrente de dreno ID podemos adotar o método matemático ou o método gráfico. Através do método matemático ID poderá ser definido pela equação de Shockley. 2 GS(off) GS DSSD V V1.II −= Resolvendo o sistema da equação VGS = –RS ID com a equação de Shockley, determinamos o ponto de operação (valores de IDQ e VGSQ). − −= DSGS 2 GS(off) GS DSSD IR=V V V1.II Após a realização dos cálculos, deve e tomar o cuidado de assumir o valor correto de ID, pois este deve estar entre zero e IDSS. O método gráfico é determinado através da curva de transferência (transcondutáncia), uma vez que VGS = –RS ID, adotando um determinado valor para ID, podemos traçar uma reta sobre a curva de transferência, o ponto de encontro entre a reta e a curva de transferência será definido como o ponto Quiescente, rebatendo este ao eixo de lDSS, obtem-se o valor de ID, porém este método deve ser realizado cuidadosamente, pois existe uma grande chance de desenhar-se a curva de EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 26/48 transferência de forma inadequada, ou mesmo não desenha-la dentro das devidas escalas, além de nos induzir ao erro. Verifique ainda que através da malha dreno-fonte, obtém-se VDS. Lembre que IS = ID, onde resultará em: )R(RIVV DSDDDDS +−= Além disso: VS = RS . ID e VG = 0 V. VD = VDD – RD . ID Polarização por Divisor de Tensão A polarização por divisor de tensão aplicada aos amplificadores com TBJ também é aplicada aos amplificadores com FET. A configuração básica é exatamente a mesma, mas a análise DC é consideravelmente diferente. IG = 0 A para os amplificadores com FET, mas, para os amplificadores que utilizam TBJ, o valor de IB pode afetar os níveis de corrente e tensão nos circuitos de entrada e saída. Lembre-se de que IB é o elo de ligação entre os circuitos de entrada e saída na configuração com divisor de tensão para o TBJ, enquanto VGS faz o mesmo para a configuração com FET. Uma vez que IG = 0 A, a lei das correntes de Kirchhoff permite afirmar que IR1 = IR2 e o circuito equivalente-série que aparece à esquerda da figura pode ser utilizado para se determinar o valor de VG. A tensão VG, igual à tensão através de R2, pode ser determinada com o auxílio da regra do divisor de tensão: RR VRV 21 DD2 G + = Aplicando a lei das tensões de Kirchhoff no sentido horário na malha de entrada (malha de VGS), resulta em: VG – VGS – VRS = 0 ⇒ EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 27/48 VGS = VG – VRS Substituindo VRS = ISRS = IDRS, temos: VGS = VG – IDRS Resolvendo o sistema desta equação com a equação de Shockley, determinamos o ponto de operação (valores de IDQ e VGSQ). − −= SDGGS 2 GS(off) GS DSSD RIV=V V V1.II Após a realização dos cálculos, deve e tomar o cuidado de assumir o valor correto de ID, pois este deve estar entre zero e IDSS. Uma vez determinados os valores de IDQ e VGSQ, a análise restante pode ser feita da maneira usual. Ou seja, VDS = VDD – ID (RD + RS) VD = VDD – IDRD VS = IDRS Polarização de Fonte A Figura abaixo mostra a polarização de fonte (similar à polarização de emissor com duas alimentações). A ideia é sobrepujar as variações em VGS. O valor de ID é dado por: R VVI S GSSS D − = Para a polarização de fonte funcionar bem, VSS tem de ser muito maior do que VGS. Entretanto, uma faixa de variação típica para VGS é de -1 a -5 V, logo você pode ver que uma realimentação perfeita não é possível com as tensões de alimentação típicas. Novamente, a estabilidade máxima na polarização requer um VSS tão grande quanto possível e um VGS também tão pequeno quanto possível. EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 28/48 Polarização por Fonte de Corrente Quando alimentações positiva e negativa estão disponíveis, você pode usar a polarização por fonte de corrente, mostrada na Figura abaixo (a). Como o transistor bipolar é polarizado pelo emissor, sua corrente de coletor é dada por: R VVI E BEEE C − = Como o trarisistor bipolar funciona como uma fonte de corrente CC, ele força a corrente do dreno do JFET a ser igual à corrente do coletor do bipolar: ID = IC A Figura (b) ilustra como é eficiente a polarização por fonte de corrente. Como Ic é constante, os dois pontos Q têm o mesmo valor da corrente do dreno. A fonte de corrente elimina efetivamente a influência de VGS. Embora VGS seja diferente para cada ponto Q, ele não mais influencia o valor da corrente de dreno. Essa é a estabilidade definitiva na polarização para um JFET. Análise AC para FET A Transcondutância Para analisar amplificadores JFET, precisamos discutir uma grandeza CA chamada transcondutância, designada por gm. Algebricamente, a transcondutãncia é dada por: V Ig GS D m ∆ ∆ = Como as mudanças em ID e VGS equivalentes para a corrente e a tensão CA, a Equação acima pode ser escrita como: v g gs d m i = EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 29/48 Se os valores de pico a pico são id = 0,2 mA e vgs = 0,1 V, então: o2.000μ)mho2(10 0,1V 0,2mAg 3-m mh=== A unidade "mho" é a razão entre a corrente e a tensão. O equivalente formal para o mho é o Siemens (S). A maioria das folhas de dados continua a usar o mho em vez do siemens. Elas também usam o símbolo gfs para gm. Modelo Ideal CA para JFET A Figura abaixo esclarece o significado de gm em relação à curva de transcondutância. Entre os pontos A e B, uma mudança em VGS produz uma mudança em ID. A razão da mudança em ID para a mudança em VGS é igual ao valor de gm entre A e B. Se selecionamos um outro par de pontos mais para cima na curva em C e D, obtemos mais de uma mudança em ID para uma dada mudança em VGS. Portanto, gm tem um valor maior mais para cima na curva. O maior valor de gm é para a maior tensão efetiva de porta que controla a corrente de dreno. A Figura abaixo mostra um circuito equivalente ca simples para um JFET. Há uma resistência RGS muito alta entre a porta e a fonte. Esse valor está bem na faixa das dezenas ou centenas de megohms. O dreno do JFET funciona como uma fonte de corrente com um valor de gm.vgs. Se soubermos os valores de gm e de vgs poderemos calcular a corrente ca de dreno. Esse modelo é uma primeira aproximação porque ele não inclui a resistência interna da fonte de corrente, a capacitância do JFET e assim por diante. Em baixas frequências, podemos usar esse modelo CA simples na análise de defeitos e análises preliminares. (a) Transcondutância; (b) circuito equivalente; (c) variação da transcondutância. A Transcondutância e a Tensão de Corte Porta-Fonte Aqui está uma fórmula útil: m0 DSS GS(off) g 2IV −= Ela é útil porque VGS(off) é difícil de ser medida com precisão. Porém, IDSS e gm0 são fáceis de serem medidos com grande precisão. Portanto, a aproximação padrão é medir IDSS e gm0, e então calcular VGS(off). Isso é feito na folha de dados. EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 30/48 Quando VGS = 0, gm tem o seu valor máximo. Esse valor máximo é designado como de gm0, ou gfs0 na folha de dados. Quando VGS é negativa, gm diminui de valor. Aqui está a equação de gm para qualquer valor de VGS: −= GS(off) GS m0m V V1gg Observe que gm diminui linearmente quando VGS se torna mais negativa, como mostrado na Figura acima (c). Essa propriedade é útil em controle automático de ganho. AMPLIFICADORES JFET A Figura abaixo (a) mostra um amplificador fonte-comum (CS - commom-source). Ele é similar a um amplificador EC. Portanto, muitas das ideias que você aprendeu antes sobre transistores bipolares se aplicam aqui. Por exemplo, os capacitores de acoplamento e de derivação funcionam como curtos para CA. Por isso, a tensão CA de entrada é acoplada diretamente à porta. Como a fonte está no terra para CA por meio do capacitor de derivação, toda tensão CA de entrada aparece entre a porta e a fonte. Isto produz uma corrente CA de dreno. Como a corrente CA flui através do resistor do dreno, obtemos um amplificador com tensão CA invertida na saída. Esse sinal de saída é então acoplado ao resistor de carga. A Figura abaixo (b) mostra o circuito equivalente CA. Aqui, a resistência da porta está em paralelo com a resistência porta-fonte do JFET. Como a tensão CA de entrada aparece através dos terminais porta-fonte, a fonte de corrente tem um valor de gmvent. Essa corrente CA de dreno circula através da resistência CA de dreno, que são as resistências RD e RL em paralelo. (a) Amplificador fonte-comum; (b) circuito equivalente. EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 31/48 Ganho de Tensão Na Figura acima (a), a resistência CA de dreno é: rd = RD || RL Quando a corrente de saída gmvent flui através de rd, ela produz uma tensão de saída de vsaída = gm vent rd Divida ambos os lados por vent e obtenha: drm ent saída g v v = Lembre-se de que o ganho de tensão é definido como a tensão de saída dividida pela tensão de entrada. Portanto, a equação anterior pode ser escrita como A = gm rd Ela diz que o ganho de tensão de um amplificador fonte-comum é igual à transcondutância vezes a resistência CA do dreno. Atalhos do Transistor Bipolar para o JFET Lembre-se de que a gm de um transistor bipolar é dada por: e m r' 1g = Há uma conexão entre o ganho de tensão de um JFET e de um transistor bipolar. Essa conexão permite-nos usar um atalho para derivação e recordação das fórmulas do JFET. Como os transistores bipolares e os JFETs têm circuitos equivalentes similares, toda as fórmulas para ganho de tensão são análogas umas às outras. Isso significa que podemos reescrever qualquer fórmula de bipolar para um circuito JFET comparável mudando os subíndices e substituindo r'e por 1/gm. Por exemplo, o amplificador bipolar EC tem um ganho de tensão de: e c r' rA −= Um amplificador JFET CS tem o mesmo projeto de configuração. Portanto, podemos substituir rc por rd e r'e por 1/gm para obter: dmrg−=−= m d 1/g rA Um amplificador JFET linearizado como o da Figura abaixo (a) tem parte da resistência de fonte sem o capacitor de derivação. Isso é similar ao amplificador bipolar linearizado cujo ganho de tensão é: ee c r'r rA + −= EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 32/48 Se você se lembra dessa fórmula para o transistor bipolar, pode obter facilmente a fórmula equivalente para JFET. Substitua rc por rd, re por rs, e r'e por 1/gm para obter: ms d 1/gr rA + −= Como um exemplo final, o seguidorde fonte da Figura (b) é similar a um seguidor de emissor cujo ganho de tensão é: er'r rA e e + = Quando você substitui re por rs e r' por 1 lgm obtém o ganho de tensão de um seguidor de fonte; ms s 1/gr rA + = É importante lembrar-se da última equação, porque o seguidor de fonte é um dos circuitos JFET mais largamente usados. Semelhante ao seguidor de emissor, o seu ganho de tensão é menor do que 1. Mas ele tem a maior vantagem, que é a altíssima impedância de entrada. Você verá o seguidor de fonte usado em todos os tipos de aplicações. EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 33/48 MOSFET O FET de óxido de semicondutor e metal, MOSFET, tem uma fonte, uma porta e um dreno. A diferença básica para o JFET é porta isolada eletricamente do canal. Por isso, a corrente de porta é extremamente pequena, para qualquer tensão positiva ou negativa. MOSFET DE MODO DEPLEÇÃO A Figura abaixo mostra um MOSFET de modo depleção canal n e o seu símbolo. O substrato em geral é conectado a fonte (pelo fabricante), Em algumas aplicações usa-se o substrato para controlar também a corrente de dreno. Neste caso o encapsulamento tem quatro terminais. Os elétrons livres podem fluir da fonte para o dreno através do material n. A região p é chamada de substrato, e ela cria um estreitamento para a passagem dos elétrons livres da fonte ao dreno. A fina camada de dióxido de silício (SiO2), que é um isolante, impede a passagem de corrente da porta para o material n. A Figura ao lado mostra o MOSFET de modo depleção com uma tensão de porta negativa. A tensão VDD força os elétrons livres a fluir através do material n. Como no JFET a tensão de porta controla a largura do canal. Quanto mais negativa a tensão, menor a corrente de dreno. Até um momento que a camada de depleção fecha o canal e impede fluxo dos elétrons livres. Com VGS negativo o funcionamento é similar ao JFET. Como a porta está isolada eletricamente do canal, pode-se aplicar uma tensão positiva na porta (inversão de polaridade bateria VGG do circuito da Figura acima). A tensão positiva na porta aumenta o número de elétrons livres que fluem através do canal. Quanto maior a tensão, maior a corrente de dreno. Isto é que a diferencia de um JFET. Características de dreno e transferência para um MOSFET tipo depleção de canal n. EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 34/48 MOSFET DE MODO CRESCIMENTO OU INTENSIFICAÇÃO O MOSFET de modo crescimento ou intensificação é uma evolução do MOSFET de modo depleção e de uso generalizado na indústria eletrônica em especial nos circuitos digitais. A Figura acima mostra um MOSFET de canal n do tipo crescimento e o seu símbolo. O substrato estende-se por todo caminho até o dióxido de silício. Não existe mais um canal n ligando a fonte e o dreno. Quando a tensão da porta é zero, a alimentação VDD força a ida dos elétrons livres da fonte para o dreno, mas substrato p tem apenas uns poucos elétrons livres produzidos termicamente. Assim, quando a tensão da porta é zero, o MOSFET fica no estado desligado (off). Isto é totalmente diferente dos dispositivos JFET e MOSFET de modo depleção. Quando a porta é positiva, ela atrai elétrons livres na região p. Os elétrons livres recombinam-se com as lacunas na região próxima ao dióxido de silício. Quando a tensão é suficientemente positiva, todas as lacunas encostadas a dióxido de silício são preenchidas e elétrons livres começam a fluir da fonte para o dreno. O efeito é o mesmo que a criação de uma fina camada de material tipo n próximo ao dióxido de silício. Essa camada é chamada de camada de inversão tipo n. Quando ela existe o dispositivo, normalmente aberto, de repente conduz e os elétrons livres fluem facilmente da fonte para o dreno. O VGS mínimo que cria a camada de inversão tipo n é chamado tensão de limiar, simbolizado por VGS(th). Quando VGS é menor que VGS(th), a corrente de dreno é zero. Mas quando VGS é maior VGS(th), uma camada de inversão tipo n conecta a fonte ao dreno e a corrente de dreno é alta. VGS(th) pode variar de menos de 1V até mais de 5V dependendo do MOSFET. A Figura abaixo mostra as curvas ID x VDS e ID x VGS do MOSFET de modo intensificação e reta de carga típica. No gráfico ID x VDS, a curva mais baixa é para VGS(th). Quando VGS maior que VGS(th), a corrente de dreno é controlada pela tensão da porta. Neste estágio o MOSFET pode trabalhar tanto quanto um resistor (região ôhmica) quanto uma fonte de corrente. A curva ID x VGS, é a curva de transcondutância e é uma curva quadrática. O início da parábola está em VGS(th). Ela é dada por: 2 GS(th)GSD )Vk(VI −= onde k é uma constante que depende do MOSFET em particular. As folhas de especificações fornecem normalmente a tensão de limiar (VGS(th)) e um valor de corrente de dreno (ID(on)) para um nível de VGS(on). Desta forma, dois pontos são definidos de imediato. Para completar a curva, a constante k da Equação acima deve ser determinada a partir dos dados das folhas de especificações, substituindo estes na Equação acima e resolvendo para k: EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 35/48 2 GS(th)GSD )Vk(VI −= 2 GS(th)GS(on)D(on) )Vk(VI −= ( )2GS(th)GS(on) D(on) VV I k − = Uma vez definido k, outros níveis de ID podem ser determinados a partir de valores de VGS. TENSÃO PORTA-FONTE MÁXIMA Os MOSFET têm uma fina camada de dióxido de silício, um isolante que impede a circulação de corrente de porta tanto para tensões positivas como negativas. Essa camada isolante é mantida tão fina quanto possível para dar a porta um melhor controle sobre a corrente de dreno. Como a camada é muito fina, é fácil destruí-la com uma tensão porta fonte excessiva. Além da aplicação direta de tensão excessiva entre a porta fonte, pode-se destruir a camada isolante devido a transientes de tensão causados por retirada/colocação do componente com o sistema ligado. O simples ato de tocar um MOSFET pode depositar cargas estáticas suficiente que exceda a especificação de VGS máximo. Alguns MOSFET são protegidos por diodos zener internos em paralelo com a porta e a fonte. Mas eles tem como inconveniente, diminuir a impedância de entrada. EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 36/48 AMPLIFICADORES DISCRETOS E INTEGRADOS Um circuito discreto (que significa separado ou distinto), é composto por componentes separados. Por exemplo, um amplificador discreto tem resistores, transistores, capacitores etc. Estes, normalmente são soldados na placa de circuito impresso e interligados por meio de trilhas ou fios de material condutor, normalmente o cobre. Se este mesmo amplificador for construído em um circuito integrado, os componentes do circuito serão construídos em uma única pastilha de silício através do processo de dopagem e interligados em sua estrutura atómica por meio de finíssimos fios condutores. Depois de pronto, a pastilha é encapsulada e conectada ao meio exterior por meio de pinos metálicos. Um dos problemas encontrados na construção de CIs é que não se pode construir capacitores de grandes valores em pastilhas de silício. Os mesmos já foram até fabricados em pastilha, mas sempre menores que 50pF. Devido a esta limitação, os amplificadores montados em CIs tem quase sempre acoplamento direto, que, como nós já estudamos, não utiliza capacitores no acoplamento entre os estágios. Amplificadores com acoplamento direto tem uma característica interessante, que é amplificar, além de tensões alternadas, tensões contínuas. Por isso são normalmente chamados de amplificadores CC. Amplificadores com acoplamento por capacitor não amplificam tensão contínua. AMPLIFICADOR DIFERENCIAL O amplificador diferencial é um dos melhores estágios de acoplamento direto disponíveis para o projetista de Cl. É um tipo de amplificador que é muitíssimo usado na etapa de entrada dos amplificadores operacionais. Veja abaixoo diagrama em blocos de um amplificador operacional. O amplificador diferencial apresenta duas entradas V1 e V2. Quando V1 > V2, teremos a polaridade apresentada na saída, se V1 = V2 o sinal na saída será zero. O que o amplificador diferencial faz na verdade é amplificar a diferença entre as tensões presentes nas duas entradas. A Figura abaixo mostra a forma modificada de um amplificador diferencial que é usada em CIs amps op. Quando Eñinv aumenta, a corrente de emissor do transistor T1 aumenta. Isto eleva a tensão na extremidade superior de Re, que equivale à diminuição do VBE do transistor T2. Um VBE menor de T2 significa uma menor corrente de coletor nesse transistor, o que aumenta a tensão de saída. Logo esta entrada é chamada de entrada não inversora, a tensão de saída está em fase com Eñinv. Quando Einv aumenta, a corrente de coletor de T2 aumenta, o que significa que a tensão de saída diminuirá. Por isso, a entrada de tensão Einv é chamada de entrada inversora. A tensão de saída está 180° defasada em relação a esta entrada. IT é chamada de corrente de cauda, que é a corrente no resistor Re. Quando os transistores forem idênticos, a corrente de cauda se divide igualmente entre os transistores, isto significa que le1 = le2. CORRENTE DE COMPENSAÇÃO DE ENTRADA (CORRENTE DE OFFSET) É a diferença entre as correntes de base dos dois transistores. Esta corrente indica o quanto os transistores estão casados. Se os transistores forem idênticos, a corrente de compensação de entrada(lln(off)) será zero. Iin(off) = IB1 - IB2 EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 37/48 A corrente de compensação de entrada pode fazer com que uma tensão indesejável apareça na saída do amplificador diferencial, dependendo dos valores dos resistores de base de cada transistor. CORRENTE DE POLARIZAÇÃO DE ENTRADA É a média entre as duas correntes de base: Iin(bias) = (IB1 + IB2) / 2 TENSÃO DE COMPENSAÇÃO(OFFSET) DE ENTRADA Com as duas bases aterradas e se os transistores forem idênticos, o amplificador diferencial que nós estamos analisando terá uma tensão entre coletor e terra dada pela fórmula abaixo: Vc = Vcc - lc Rc Este é o valor quiescente da tensão no coletor de T2. Qualquer desvio deste valor de tensão quiescente é chamado de tensão de compensação de saída. Se os transistores não forem idênticos, as correntes de emissor serão diferentes e haverá uma tensão de compensação de saída. Para eliminar a tensão de compensação de saída, temos que aplicar uma tensão em uma das entradas do amplificador diferencial, que é chamada de tensão de compensação de entrada. Por exemplo, se a folha de dado de um amplificador operacional informar que ele tem uma tensão de compensação de entrada de ± 10mV, então será preciso aplicar uma tensão de ± 10mV em uma das entradas para zerar a tensão de compensação de saída. Em geral, quanto menor a tensão de compensação de entrada, melhor o amplificador diferenciai porque os transistores estão mais bem casados. Aqui está um dos grandes motivos pelo qual o amplificador diferencial é amplamente usado como estágio de entrada nos amplificadores operacionais. Em uma pastilha de silício, é bem mais fácil de se construir transistores bem casados. Se um amplificador diferencial for projetado com transistores discretos, isto seria praticamente impossível. ANÁLISE CA DE UM AMPLIFICADOR DIFERENCIAL Em um amplificador diferencial, um sinal é qualquer variação a partir de um valor quiescente. Pois um amplificador diferencial pode amplificar sinais cc ou ca. A Figura abaixo mostra o circuito equivalente ca de um amplificador diferencial. ' e in e r2 vi = ec ii ≅ c' e in ccout Rr2 vRiv == Ganho de tensão: ' e c in out r2 RA v vA =→= Impedância de Entrada: b in in i vZ = (impedância de entrada) ' e b in b' e in e r2i vi r2 vi β≅→β≅= Logo: 'ein r2Z β= EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 38/48 MODO COMUM Operação em modo comum é quando aplicamos o mesmo sinal em ambas entradas, podendo ser também sinais de mesmo potencial e defasagem 0o entre si. Geralmente, a maioria dos sinais de interferência são aplicados em modo comum. Idealmente não haverá tensão ca na saída em um sinal de entrada em modo comum, pois a tensão entre as bases é zero. As entradas do amplificador diferencial podem funcionar como pequenas antenas. Por esse motivo o amplificador pode receber em suas entradas pequenas interferências. Uma grande razão da popularidade do amplificador diferencial é a sua característica de atenuar estes sinais (interferências). Admitindo transistores idênticos, as tensões iguais na base produzem correntes iguais de emissor. Como as duas correntes de emissor são iguais, não há corrente através do fio que interliga os emissores. Ganho de Tensão em Modo Comum: e c ' ee c ' eee cc )MC(in out MC R2 R rR2 R )rR2(i Ri v vA = + = + == RAZÃO DE REJEIÇÃO EM MODO COMUM (RRMC) Para se medir a qualidade de um amplificador usa-se a relação abaixo, onde quanto maior o valor de RRMC, maior será a qualidade do amplificador: Onde: A → ganho de tensão diferencial Amc → ganho de tensão em modo comum Se o amplificador diferencial fosse perfeito, RRMC seria infinito porque Amc seria zero. As folhas de dados muitas vezes especificam RRMC em decibéis, utilizando a seguinte fórmula para a conversão em decibel: RRMC' = 20 log RRMC (dB) FONTE CC Para se melhorar o funcionamento do amplificador diferencial é preciso aumentar o valor de RC, para aumentar o ganho diferencial, e aumentar RE, para diminuir o ganho em modo comum. Mas aumentando o valor de Rc e RE haverá uma modificação na polarização do transistor, conseqüentemente afetará o funcionamento do amplificador. Para melhorar o funcionamento e ao mesmo tempo não afetar o desempenho substituem-se os resistores por fontes de corrente. Para se obter uma fonte de corrente física usa-se o circuito espelho de corrente da figura ao lado. Se os dois transistores T1 e T2 forem idêntico, então teremos: I0 = Iref. mcA ARRMC = EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 39/48 As fontes de corrente físicas possuem alta resistência interna. Nos exemplos abaixo de amplificadores diferenciais, a corrente le é obtida usando a expressão: X BEeecc e R VVVI −+= AMPLIFICADOR OPERACIONAL É um circuito integrado que tem a função de realizar operações matemáticas tais como: soma, subtração, integração, etc. Amplificador Operacional Ideal: O AmpOp ideal constitui um modelo simplificado de um amplo conjunto de amplificadores de tensão atualmente existentes no mercado. Caracteriza-se pelas seguintes propriedades: ■ Impedância de entrada infinita. ■ Impedância de saída nula. ■ Ganho de tensão infinito. ■ Ausência de qualquer limitação em freqüência e em amplitude. ■ Largura de banda infinita. ■ Tensão de offset de entrada nula. ■ Deriva térmica nula. ■ Taxa de limitação de inclinação (slew rate) infinita. - A taxa de limitação de inclinação fornece um parâmetro especificando a máxima taxa de mudança de tensão de saída quando é aplicado um grande sinal de entrada em forma de degrau. Se alguém tentar acionar a saída numa taxa de variação de tensão maior que a taxa de limitação de inclinação, a saída não será capaz de variar suficientemente rápido, e não variará sobre a faixa completa esperada, resultando num sinal cortado ou distorcido. A principal consequência do conjunto de propriedades é, na prática, a possibilidade de estabelecer um curto-circuito virtual entre os dois terminais de entrada do AmpOp. Com efeito, a existência de uma tensão finita na saída só é compatível com um ganho infinito desde que a diferença de potencial entre os dois terminais de entrada seja nula. A natureza virtual deste curto- circuito deve-se à coexistênciade uma igualdade entre tensões sem ligação física entre terminais. Na prática os AmpOp não são ideais mas sim reais, o que implica que aquelas características são aproximadas. No entanto, considerar os AmpOp ideais simplifica o estudo das suas aplicações e é o que vamos fazer. Como em condições normais o ganho dos amplificadores operacionais é muito elevado, na amplificação pode ocorrer distorções prejudiciais à finalidade do projeto. Nestas condições, com a finalidade de se controlar o ganho do amplificador e também de reduzir a distorção, é utilizado um circuito externo de realimentação negativa. As mesmas técnicas utilizadas na realimentação de circuitos com transistores podem ser usadas com os AmpOp de modo a reduzir o ganho global a valores aceitáveis, permitindo a sua fixação para valores bem precisos e fazer o ganho do circuito independente do ganho em malha aberta do amplificador operacional. EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 40/48 Amplificador Inversor Amplificador Somador n n 2 2 1 1 R v... R v R vi +++= )V R 'R...V R 'RV R 'R(i'Rvo n n 2 2 1 1 +++−=−= Se R1 = R2 = ... = Rn = R. Então: )V...VV( R 'Rvo n21 +++−= Amplificador Diferenciador dt dvCi ic = R vi o−= Como i = ic, temos: (*)R v dt dvC oi −= Podemos isolar o valor de v0 da expressão (*), e ficamos com: dt dvRCv io −= . O que indica que o sinal de saída é proporcional à derivada do sinal de entrada. ■ Na prática o circuito acima é sensível a ruído, tendendo a saturar. A solução é limitar o ganho em altas freqüências colocando em série com C uma resistência Rs. O circuito só se comportará como diferenciador se f << fc, pois nessas condições a reatância de C será muito maior do que Rs e na prática é como se não existisse Rs. Na freqüência de corte a reatância de C fica igual a Rs , isto é, Xc = Rs → CR2 1f S c pi = Amplificador Integrador dt dvCi oc = R vi i= Como i = ic, temos: ∫−=⇒−=⇒−= t 0 tio i o t oi dv RC 1vdt R vdv d dvC R v O que indica que o sinal de saída é proporcional à integral do sinal de entrada. 1 2 1 2 i o R RA iR iR v vA −=→−== EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 41/48 ■ O circuito acima necessita de uma ligeira modificação para torná-lo prático. Em virtude de o capacitor ser um circuito aberto para sinais cc, não há realimentação negativa na freqüência zero. Sem a realimentação negativa, o circuito considera qualquer tensão de compensação de entrada como uma tensão de entrada válida. O resultado é que o capacitor se carrega e a tensão de saída entra na saturação positiva ou negativa, na qual permanece indefinidamente. Uma forma de reduzir o efeito da tensão de compensação de entrada é diminuir o ganho de tensão na freqüência zero inserindo um resistor em paralelo com o capacitor. Esse resistor deve ser pelo menos 10 vezes maior do que o resistor de entrada. Se a resistência acrescentada for de 10R, o ganho de tensão de malha fechada será 10 e a tensão de compensação de saída será reduzida para um nível aceitável. Quando houver um sinal válido na entrada, o resistor adicional quase não tem efeito na carga do capacitor. Buffer ou Seguidor de Tensão O buffer ou seguidor de tensão é caracterizado por ter ganho de tensão igual a 1, altíssima resistência de entrada e baixíssima resistência de saída. A principal aplicação de um circuito buffer é isolar um circuito que tem alta resistência de saída de uma carga de baixo valor. Amplificador Não Inversor 1 21 i o 21 1o i R RR v v RR Rvv +=→ + = 1 2 i o R R1 v vA +== Regulador Série com Amplificador Operacional 2 21 Zo 21 2 oZ R RRvv RR Rvv +=→ + = Z 2 1 o v)R R1(v += Retificador Ativo Quando o sinal da entrada não inversora se torna positivo, a saída se torna positiva e liga o diodo. O circuito se comporta como um seguidor de tensão (buffer) e o semiciclo positivo aparece através do resistor de carga. Quando a entrada fica negativa, a saída do AmpOp torna-se negativa e desliga o diodo. Com o diodo aberto, não aparecerá nenhuma tensão através do resistor de carga, e a saída final é quase um sinal de meia onda perfeito. EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 42/48 Detector de Pico Ativo Utilizado para detectar o pico de sinais pequenos. O circuito de reativação serve para descarregar o capacitor, preparado o circuito para um outro sinal de entrada com valor de pico diferente. Comparadores Aplicações Não Lineares Na curva característica do AmpOp em malha aberta pude-se verificar que a saída varia linearmente com a entrada se esta se mantiver no intervalo entre -0,1 mV e 0,1 mV. Fora deste intervalo o AO satura. Na prática se a tensão de entrada, em módulo, for muito maior do que 0,1 mV a curva característica de transferência se aproxima da ideal. Comparador de Zero Não Inversor O circuito da Figura abaixo muitas vezes é chamado de comparador de zero ou detector de zero não inversor porque quando a tensão de entrada passar por zero a saída muda de +VSat para -VSat ou vice -versa. Comparador de Zero Inversor É semelhante ao não inversor, porém o sinal é aplicado na entrada inversora. EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 43/48 Comparador de Zero Inversor com Histerese (Disparador Schimitt) Por causa do alto ganho os circuitos comparadores anteriores são sensíveis a ruídos. Quando a entrada está passando por zero, se aparecer um ruído na entrada a saída oscilará entre +Vsat e -Vsat até que o sinal supere o ruído. O circuito ligado na saída entenderá que o sinal na entrada do comparador passou varias vezes por zero, quando na realidade foi o ruído que provocou as mudanças na saída. Para evitar isso deve ser colocada uma imunidade contra ruído chamada de histerese, que em termos de característica de transferência resulta no gráfico da Figura abaixo: Observe no circuito da Figura acima que a realimentação é positiva (se as entradas fossem invertidas o circuito seria um amplificador não inversor). A realimentação positiva faz com que a mudança de +VSat para -VSat ou vice versa seja mais rápida (só é limitada pelo "slew rate" do AmpOp). Os valores das tensões que provocam a mudança da saída são calculados por: 21 sat1 1 RR VRV + += e 21 sat1 2 RR VRV + −= , a Histerese = V1 - V2 Comparador de Nível Inversor Num comparador de nível a tensão de entrada é comparada com uma tensão de referencia (VR), ao invés do terra. EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 44/48 Saída de Potência A máxima corrente de saída de um AmpOp é aproximadamente 20mA. Quando a carga solicitar uma corrente maior, é necessário colocar entre a carga e o AmpOp um reforçador de corrente que é em geral um transistor na configuração coletor comum. A Figura abaixo da esquerda é um circuito não-inversor com saída de potência, mas a corrente na carga só circula num sentido. O circuito da Figura abaixo da direita permite que a entrada seja alternada (no semiciclo positivo conduz Q1 e no semiciclo negativo conduz Q2). EElleettrrôônniiccaa AAnnaallóóggiiccaa IIII 45/48 Filtros Ativos Um filtro pode ser construído, utilizando-se componentes passivos: resistores, capacitores e indutores. Em baixas freqüências, os indutores se apresentam volumosos e caros. Utilizando-se AmpOp, é possível construir um filtro RC ativo. Um filtro ativo possui um amplificador para produzir amplificação de tensão e bufferização ou isolamento do sinal. Há várias configurações de projeto de filtros ativos, conhecidos como Butterworth - máximo plano, Bessel - resposta transiente ótima, Chebischev - boa rejeição de sinal fora da banda passante e outros. Discutiremos o mais popular dos filtros ativo, conhecido
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