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Resumo Processual Civil I AV1

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RESUMO DIREITO PROCESSUAL CIVIL I
O QUE É JURISDIÇÃO: É o poder, ônus e o dever exercido pelo judiciário, essa função é única e indivisível.
É o exercício da função jurisdicional função típica fim do poder judiciário que a caracteriza como tal. O exercício da função jurisdicional, pelo Estado-juíz, é vocacionado à resolução de controvérsias intersubjetivas sempre que outros meios não estatais ou não jurisdicionais para aquele mesmo fim não atuarem a contento, não forem possíveis, ou, ainda quando os interessados assim entendam ser necessário, independentemente de qualquer outra providência.
Da função jurisdicional art. 16 CPC = a jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo território nacional, conforme disposições deste código.
Ao Estado foi dado o poder deresolver os conflitos de interesse, fazendo com que a lide seja solucionada como manda a lei promovendo a paz social.
O QUE É COMPETÊNCIA : É a forma pelo qual a legislação organiza o poder judiciário, e assim a jurisdição
Investidura → Jurisdição (capacidade genérica sobre todo o território nacional) → Competência (capacidade concreta e específica de dizer o direito de forma definitiva)
Perpetuação: a competência é determinada no momento do registro ou da distribuição da petição (e não mais no momento do despacho da inicial ou da distribuição), salvo alteração da competência absoluta
Absoluta (Critérios 1 e 2):Interesse Público. O juiz pode declarar a incompetência de ofício e a qualquer tempo. Alegada em preliminar de contestação. A violação gera nulidade absoluta das decisões, remetendo o processo à competência correta. A decisão proferida pelo juiz absolutamente incompetente conserva seus efeitos até outra decisão do juiz competente. Cabe ação rescisória para anular a sentença no prazo de 2 anos.
Relativas (critérios 3 e 4):Interesse privado. É possível o estabelecimento de foro de eleição pelas partes. Alegada em preliminar de contestação. Caso não alegada, ocorre a sua prorrogação (renúncia implícita à competência). Não cabe ação rescisória, a sentença será plenamente válida.
Competência Territorial: a competência territorial, é aquela indicada pela norma a partir de: do local do evento danoso, do local da situação do imóvel, do local do registro etc.
Ex: do CPC – O Local para desconstituição do casamento civil, união estável, divórcio e partilha dos bens será no local do casamento ou da união estável.
MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA: 
Art. 54 – Competência relativa: a competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência. Súmula 235 STJ, 
Há 4 fatores que podem modificar a competência.
CONEXÃO: Art. 55 = Dar -se quando 2 ou mais ações tiverem comuns entre si, o pedido(o bem da vida pretendido) ou a causa de pedir(os fundamentos fáticos e os jurídicos que justifiquem os pedidos
Obs: Salvo se um deles já estiver sido sentenciado, nesse caso não poderá haver a conexão.
CONTINÊNCIA: Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
Resumo de Direito Processual Civil - Quadro Comparativo
Competência Internacional:
Art. 21 e 22 Competência concorrente: Tratam dos casos que tanto a justiça brasileira quanto a estrangeira tem competência para julgamento.
OBS.: Prevalência das sentenças estrangeiras na competência concorrente: vale a que transitar em julgado primeiro, lembrando que a estrangeira só transita em julgado no Brasil quando homolagada pelo STJ
Art. 23 CPC = Competência exclusiva: só o Brasil julga, não admite jurisdição internacional (art. 23, NCPC):
a) Imóveis situados no Brasil
b) Matéria de sucessão de bens no Brasil (inventário, partilha e outros), ainda que o titular seja estrangeiro ou tenha domicílio no exterior
c) Em caso de separação, divórcio e reconhecimento de dissolução de União Estável, a partilha de bens situados no Brasil é competência da jurisdição nacional
Ex: O Italiano que mora na Áustrália e tem imóvel alugado no Brasil e precisa despejar o inquilino, precisará vir ao Brasil ajuizar a ação.
Obs: Art 25: Quando houver eleição de foro exclusivo internacional, em contratos estrangeiros (contratos alienígenas) não caberá ao Brasil julgar a ação, com a cláusula de eleição de jurisdição deverá a escolha das partes ser analisada pelo juíz brasileiro à luz do princípio da efetividade, assim poderá o juíz negar competência com a afirmação de que o seu julgamento não terá efeito em razão do príncipo da soberania de outros países.
Jurisdição e competência. Há uma diferença entre Jurisdição eCompetência. A primeira é função do Estado, decorrente de sua soberania encarregada de resolver os conflitos, na medida que estes se lhes são apresentados. 
A jurisdição é uma das formas de exercício do poder do Estado: a jurisdição é una.
O JUIZ
→ Deveres e poderes (art. 139, NCPC)
	Assegurar às partes igualdade de tratamento
	Velar pela rápida duração do processo
	Prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da Justiça e indeferir postulações meramente protelatórias
	Dever de efetivação (medidas necessárias para o cumprimento da decisão judicial)
	Preferir a autocomposição, mediação e conciliação
	O juiz pode exercer o poder de polícia, tomando todas as medidas cabíveis.
	Determinar, a qualquer tempo, comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá pena de confissão.
	Verificar a presença de processos repetidos e notificar legitimados para propor ação coletiva.
O juíz não é uma pessoa natural, mas sim um órgão assim como o tribunal, art. 94. o juíz é um funcionário público serventuário.
* O processo só se inicia mediante provocação das partes.
Limites: elementos da ação (as partes, o pedido e a causa de pedir limitam a atividade do juiz)
ATENÇÃO: Art. 10, NCPC: ainda que a ausência de condição possa ser declarada de ofício, as partes devem ser ouvidas. 
SUJEITOS DO PROCESSO:
Sujeitos do processo é uma expressão ampla que quer compreender todo aquele que participa do processo.
Sujeitos parciais: as partes e os terceiros intervenientes
Sujeitos Imparciais: o juíz e seus auxiliares
Os demais exercentes das funções essenciais à administração da Justiça, advogados privados e públicos, membros do ministério Público e da Defensoria Pública também são sujeitos do processo nessa perspectiva ampla.
PARTES E PROCURADORES
PARTES: capacidade de ser parte, capacidade de estar em juízo, capacidade postulatório “legitimidade processual”
Capacidade de ser parte: corresponde à capacidade de ter direitos e obrigações na ordem civil. Só aquele que, por força de lei civil, pode contrair obrigações (assumir direitos e ter deveres), isto é ser sujeito de direitos pode ser considerado titular de uma relação jurídica a ser levada ao Estado-juíz.
Capacidade de estar em juízo: capacidade de exercício de direito civil, vale dizer, à verificação sobre em que condições o titular de direitos no plano material pode, validamente, exercê-los.
O art. 72 trata do “curador especial” trata-se de especiais situaçõs em que um curador (função exclusivamente processual) será convocado para atuar em juízo, essa função será exerecida pela Defensoria Pública.
Sucessão das partes e dos procuradores: Art. 108 CPC , a sucessão das partes ou dos procuradores somente poderá ocorrer com a autorização dos envolvidos na relação jurídica e nos casos permitidos legalmente.
Obs: Renúncia do advogado: Sucessão de patrono ou procurador, o advogado tem que informar a parte.
PROCURADORES: Art. 103 CPC, a parte será representada em juízo por advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. Trata-se assim de regra que cede diante da existência de outros fatores que colocam outras funções essenciais à administração da justiça como detentores da capacidade postulatória. Assim é que a parte não será representada por advogado
privado quando se tratar da ação da advocacia pública
AUXILIARES DA JUSTIÇA
De acordo com o artigo 149 CPC, são auxiliares da justiça além de outros cujas atribuições sejam determinadas pelas normas da organização judiciária, o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor, o distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias. 
Escrivão chefe, chefe de secretaria e oficiall de justiça: são a célula mínima dos ofícios de justiça, que nada mais são do que os cartórios ou as scretarias que auxiliam na perspectiva administrativa e burocrática a atuação dos juízes.
Perito: o perito é o auxiliar da justiça que atuará quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, sendo nomeado pelo magistrado para aquela função.
Depositário e administrador: sua finalidade é guardar e conservar os bens penhorados, arrestados, sequestrados ou arrecadados, à não ser que a lei disponha de outro modo.
Intérprete e Tradutor: suas funções são, traduzir documento redigido em língua estrangeira,verter para português as declarações das partes e das testemunhas que não conhecem o idioma nacional, realizar a interpretação simultânea dos depoimentos das partes e testemunhas com deficiência auditiva que se comuniquem por LIBRAS
Conciliadores e mediadores : criação de centros judiciários vocacionados à solução consensual de conflitos, orientando e estimulando a autocomposição establecendo as diretrizes básicas e os princípios que devem guiar a atuação de conciliadores e medidores no atingimento daquele mister.
Ministério Público: atuará na defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses e direitos sociais e individuias disponíveis. Ao ministério público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo observado o disposto no art. 169 CF, propor ao poder legislativo a criação e a extinção de seus cargose serviços auxiliares, provendo os por concuro público de provas ou de provas e títulos…
Advocacia pública: Criação para a União federal uma advocacia própria, a chamada advocacia geral da união, antes da CF 88, quem atuava como advogado da união em juizo era o Ministério Público.
Defensoria Pública: é a instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incubindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gartuita, aos necessitados na forma da constituição

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