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METODOS ALTERN RESOL CONFLITOS 2

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25/8/2014 online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/5
Unidade 1: Apresentação da disciplina
Sumário
 1.1 Objetivos
 1.2 O quê são os “Métodos alternativos de resolução de conflitos
 1.3 Sugestão para estudos
 1.4 Referências bibliográficas & sugestões de leitura
1.1 Objetivos
 Ao final da unidade você estará apto a:
 - conceituar os métodos (ou meios) alternativos de resolução de conflitos;
 - identificar os principais métodos alternativos de resolução de conflitos;
 - diferenciar métodos alternativos de resolução de conflitos da estrutura jurisdicional estatal
1.2 O quê são os métodos alternativos de resolução de conflitos
 "Faz parte da tradição do pensamento jurídico ocidental que, em uma disputa de interesses, “inexiste
critério do justo e do injusto fora da lei positiva”. (expressão atribuída ao filósofo inglês do século XVII
Thomas Hobbes).
 Contemporaneamente, tal concepção sofre alterações significativas. Sistematicamente, firma-se a
percepção que aquilo que se considera “justo” pode e deve ser estabelecido pelas partes consensualmente.
A intervenção de um terceiro, auxiliando-os na busca de solução para o caso concreto, com base na lei,
restringe-se aos casos em que o consenso não tenha sido possível.
 Pelo emprego dos métodos alternativos de resolução de conflitos, o conceito de Justiça concretiza-se
por meio de procedimento equânime na produção de resultados satisfatórios, com as partes dispondo de
pleno conhecimento quanto ao contexto fático e jurídico em que se situam.
 Pelos métodos alternativos de resolução de conflitos, a justiça se concretiza na proporção que as partes
são estimuladas à produção da solução de forma consensual e, tanto pela forma como pelo resultado,
encontram-se satisfeitas" (Conselho Nacional de Justiça, 2013, p 10).
 Imagine duas pessoas em disputa por um interesse comum. O interesse de uma pode prevalecer sobre
o interesse de outra por emprego da força bruta. Mas também pode, pacificamente, ocorrer uma composição
de interesses pelo diálogo e consequente obtenção de uma solução que seja satisfatória para ambas. Tal
processo é a negociação.
 Se as duas pessoas não conseguem obter um consenso sobre a disputa, elas podem recorrer a uma
terceira pessoa para intermediar o conflito e comprometerem-se a aceitar a solução proposta por esta. A
decisão desta terceira pessoa, racionalmente obtida e aceita pelos contendores, origina a mediação e
representa o método alternativo de resolução de conflitos. Entre suas utilidades estão a liberação do
Judiciário para solução de contenciosos, redução de custos para as partes e flexibilização na necessidade
de produção de provas, muitas vezes caras e demoradas.
 Historicamente, os métodos alternativos de resolução de conflitos remontam às primeiras civilizações. O
relato sobre Salomão, rei de Israel em 960 Antes de Cristo, é conhecido.
 Embora detivesse o poder de dizer a lei, a passagem a seguir narrada está mais próxima da arbitragem
do que do processo jurídico.
 Certa feita, duas mulheres, mães de duas crianças recém-nascidas e com a mesma idade, pediram ao
rei para resolver uma disputa. Uma das crianças morrera e a mãe da outra acusava a mãe daquela de ter
raptado seu filho e deixado, em seu lugar, a criança morta.
 Salomão decidiu matar a criança sobrevivente, de modo que ambas as mães lamentassem os filhos
perdidos. Uma das mães concordou com a proposta. A outra, preferiu abdicar ao filho do que vê-lo morto,
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deixando que ele permanecesse com a mulher acusada de rapto. Salomão decidiu, então, que a mãe
verdadeira era a que optara por deixá-lo viver e determinou que permanecesse com a criança.
 No Brasil, a Constituição de 1824, a primeira do país independente, nos artigos 160 e 161, determina a
obrigatoriedade do processo de conciliação (arbitragem) antes da instauração do processo judicial estatal.
 Na Constituição vigente, o artigo 114, §1, sobre os tribunais e juízes do trabalho, estabelece que “
frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros”.
Métodos alternativos de resolução de conflitos são meios para soluções de disputas em que as partes não
são conceituadas como adversárias, mas apenas com interesses conflitantes. A litigância, característica
do processo judicial, está ausente.
Têm seus requisitos e exigências determinadas pelo Estado.
Sua razão de ser repousa na celeridade da solução e na possibilidade do processo permanecer restrito às
partes, sem publicidade.
 
 Principais métodos alternativos de resolução de conflitos (MASC):
 - Negociação;
 - Mediação;
 - Conciliação;
 - Arbitragem.
 A característica principal dos MASCs consiste no fato de que, pelo diálogo, as partes buscam uma
solução consensual e duradoura para a disputa. Para facilitar o diálogo, é escolhido pelas partes um
terceiro personagem, que é pessoa estranha e imparcial ao litígio, além de dominar técnicas de
negociação.
 É comum advogados, psicólogos e assistentes sociais desempenharem a função mediadora.
 O projeto de lei 4827/1988 “institucionaliza e disciplina a mediação como método de prevenção e solução
consensual de conflitos.”.
 A conciliação se distingue da mediação pela atuação do mediador. Nela, a solução exige maior
celeridade na sua definição e o mediador pode propor o resultado que considerar mais adequado e justo.
Além disso, a conciliação é empregada nos processos judiciais de primeira e segunda instâncias. O artigo
331 do Código de Processo Civil vigente determina ao Juiz chamar as partes para tentativa de conciliação.
 O Tribunal de Justiça de São Paulo possui setor específico de conciliação e mediação para o segundo
grau, sob a seguinte justificativa (somente aplicável aos direitos disponíveis):
 Segundo, Kazuo Watanabe, desembargador aposentado do TJSP: “o princípio de acesso à justiça,
inscrito na Constituição Federal, não assegura apenas acesso formal aos órgãos judiciários, e sim um
acesso qualificado que propicie aos indivíduos o acesso à ordem jurídica justa, no sentido de que cabe a
todos que tenham qualquer problema jurídico, não necessariamente um conflito de interesses, uma atenção
por parte do Poder Público, em especial do Poder Judiciário. Assim, cabe ao Judiciário não somente
organizar os serviços que são prestados por meio de processos judiciais, como também aqueles que
socorram os cidadãos de modo mais abrangente, de solução por vezes de simples problemas jurídicos,
como a obtenção de documentos essenciais para o exercício da cidadania e até mesmo de simples palavras
de orientação jurídica. Mas é, certamente, na solução dos conflitos de interesses que reside a sua função
primordial, e para desempenhá-la cabe-lhe organizar não apenas os serviços processuais como também, e
com grande ênfase, os serviços de solução dos conflitos pelos mecanismos alternativos à solução
adjudicada por meio de sentença, em especial dos meios consensuais, isto é, da mediação e da
conciliação”. (http://www.tjsp.jus.br/Egov/Conciliacao/Default.aspx?f=2 consulta em 24/07/2013).
 A Arbitragem está disciplinada na Lei 9.307/1996 e é de origem contratual, sendo expressamente
proibido às partes que subscrevem o contrato recorrerem à outros métodos para solução de seus conflitos,
inclusive o judicial O árbitro é uma pessoa conhecedora do assunto foco da arbitragem, podendo
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ou não ser advogado, mas não Juiz togado, e não depende de aprovação da Justiça Estatal
para exercício de suas atividades.
 A lei das sociedades anônimas (Lei10.303/2001), no art. 109, § 3º, diz que “O estatuto da sociedade
pode estabelecer que as divergências entre os acionistas e a companhia, ou entre os acionistas
controladores e os acionistas minoritários, poderão ser solucionadas mediante arbitragem, nos termos em
que especificar."
 Na arbitragem, o árbitro desempenha papel semelhante ao do juiz togado, inquirindo as partes,
requerendo e examinando documentos, ouvindo testemunhas e requerendo perícias, com auxílio ou não do
Poder Judiciário. A sentença arbitral possui força de coisa julgada e constitui título executivo (art. 31 da
lei de arbitragem – 9.307/1996).
 Por ser formalmente semelhante ao processo judicial, a conciliação é admitida, ocasião em cabe ao
árbitro apenas homologar ao acordo.
 Resumindo: a arbitragem é método de resolução de conflitos entre duas ou mais pessoas físicas
ou jurídicas em questões que versam sobre direitos patrimoniais. É exercício processual em que o
julgador utiliza mecanismos como realizar audiências, ouvir testemunhas e determinar
levantamento de provas com a finalidade de encontrar a verdade dos fatos e prolatar sentença
sobre a questão.
1.3 Sugestões para estudo
 Esta disciplina é oferecida na modalidade EAD (Educação a distância). Nesta modalidade, você dispõe
de total liberdade para determinar seu horário e dias de estudo. Mas, ao contrário da modalidade presencial,
o nível de responsabilidade para o estudo a distância é maior, pois exige disciplina, motivação, organização,
saber estudar de forma independente e autônoma, além de saber pesquisar conteúdos.
 Não deixe para estudar e resolver os exercícios no limite dos prazos, pois você poderá perceber, de
modo desagradável, que a falta de rigor e disciplina são os principais elementos no fracasso escolar.
1.4 Referências bibliográficas & sugestões de leitura
CNJ. Caderno de exercícios em Mediação Judicial, disponível em
http://www.cnj.jus.br/images/programas/conciliacao/caderno_de_exercicios.pdf. Data da consulta:
25/07/2013.
Conselho Nacional de Justiça. Manual de Mediação Judicial, disponível em
http://www.cnj.jus.br/images/programas/conciliacao/manual_mediacao_judicial_4ed.pdf. Data da consulta:
25/07/2013.
Lei 9.307/1996 (Lei de Arbitragem). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9307.htm Data de consulta:
25/07/2013.
Tribunal de Justiça de SP, setor de Conciliação e Mediação. http://www.tjsp.jus.br/Egov/Conciliacao. Data a
de consulta: 25/07/2013
Exercício 1:
O quê são métodos alternativos de resolução de conflitos?
A - São métodos que envolvem a litigância na solução de disputas 
B - São métodos que podem envolver litigância na solução de disputas 
C - São métodos que não envolvem litigância na solução de disputas 
D - A litigância não é elemento que possa caracterizar os métodos alternativos de resolução de
conflitos 
E - Nenhuma das respostas anteriores é verdadeira 
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Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não fez comentários
Exercício 2:
Objetivos explícitos dos métodos alternativos de resolução de conflitos é permitir ao Judiciário resolver um
maior número de casos de disputas em determinado período de tempo e possibilitar aos litigantes menores
custos associados a formas rápidas de resolução de disputas, sem a necessidade de produção de provas.
 
A - A afirmação é FALSA, pois a produção de provas é imprescindível em qualquer processo
contencioso, mesmo nos métodos alternativos de resolução de conflitos 
B - A afirmação é VERDADEIRA, pois a necessidade de produção de provas pode estar ausente em
alguns métodos alternativos de resolução de conflitos 
C - A afirmação é FALSA não em razão da necessidade de produção de provas, mas porque afirmar
que “permitir ao Judiciário resolver um maior número de casos de disputas em determinado período
de tempo” é inserir o Judiciário no contexto da simples produção mecanicista, algo incompatível
com a ideia de Justiça. 
D - A afirmação é FALSA por que os métodos alternativos de resolução de conflitos situam-se
eminentemente na esfera privada (por isso a denominação “alternativos”) e, portanto, situam-se
fora da esfera de influência do Poder Judiciário. 
E - Nenhuma das respostas anteriores é Verdadeira 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não fez comentários
Exercício 3:
Em que pese o fato de as condições objetivas para implementação dos métodos alternativos de resolução
de conflitos ser regrada pelo Estado, estes não se confundem com o processo judicial e, portanto, as
sentenças arbitrais não apresentam o efeito da coisa julgada, embora constituam título executivo.
A - O enunciado é FALSO porque as sentenças arbitrais não constituem titulo executivo. 
B - O enunciado é FALSO porque as sentenças arbitrais apresentam o efeito de coisa julgado,
embora não constituam título executivo. 
C - O enunciado é FALSO porque as sentenças arbitrais não apresentem o efeito de coisa julgada
nem constituem titulo executivo. 
D - O enunciado é FALSO coisa julgada e titulo executivo são características do processo judicial e
não dizem respeito aos métodos alternativos de resolução de conflitos. 
E - Nenhuma das respostas anteriores é Verdadeira 
Comentários:
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Exercício 4:
A Arbitragem está disciplinada na Lei 9.307/1996 e é de natureza ______,
sendo expressamente proibido às partes que a subscrevem recorrerem à outros
métodos para solução de seus conflitos.
Escolha a alternativa correta:
A - Jurisdicional 
B - Jurisdicional e contratual, ou seja, possui natureza mista 
C - Contratual 
D - Pública e processual 
E - Pública, mas sob a forma de contrato 
Comentários:
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