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NUTRIÇÃO MATERNO INFANTIL Profª AMANDA ALCARAZ DA SILVA DEFICIÊNCIA DE FERRO NO GRUPO MATERNO INFANTIL IMPORTÂNCIA DO FERRO PARA O GRUPO MATERNO INFANTIL O risco de óbito materno no parto e puerpério O nascimento de bebês com baixo peso e prematuros Melhora a capacidade cognitiva da criança Resistência a infecções http://nutricao.saude.gov.br/ferro_info_publico.php Por que a mulher em idade fértil, a gestante e as crianças são suscetíveis à anemia ferropriva? Alimentação inadequada, pobre em ferro, interação nutriente- nutriente (Ferro X Cálcio), ingestão de ferro heme e não heme, vitamina C etc. Ciclo menstrual; Durante a gestação: maior necessidade do mineral; Baixa adesão ao aleitamento materno exclusivo; Introdução da alimentação complementar de forma precoce, antes dos 6 meses. Ponto de corte da Organização Mundial da Saúde Para Classificação da Anemia em Gestantes e Crianças de 6 a 60 meses: hemoglobina < 11 g/dL Carência em expansão em todos os segmentos sociais, não há um levantamento nacional Programa Nacional de Suplementação de Ferro – Portaria do Ministério da Saúde n° 730 de 13 de maio de 2005 67,6% de prevalência de anemia entre lactentes e 50% entre pré-escolares Em torno de 30% das gestantes no Brasil são anêmicas PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO Suplementação medicamentosa de sulfato ferroso para gestante a partir da 20ª semana gestacional e mulheres a até o 3° mês pós-parto (distribuição diária de sulfato ferroso e ácido fólico para gestantes) Crianças de 6 a 18 meses (distribuição semanal) Distribuição gratuita às unidades de saúde do SUS em todo território nacional Saúde de Ferro, Ministério da Saúde, 2005 PÚBLICO A SER ASSISTIDO E INTERVENÇÃO O suplemento deve ser administrado no mesmo horário todos os dias, entre as refeições (mínimo de 30 minutos antes da refeição), de preferência com suco e nunca com leite. Caso haja esquecimento de suplementar na hora de costume, tomar o suplemento logo em seguida, e manter a mesma rotina habitual. O uso do sulfato ferroso na gravidez muitas vezes é associado aos enjoos e às náuseas, podendo gerar resistência em continuar a suplementação. Importante esclarecer! Em casos de intolerância, orientar a gestante a tomar um comprimido de 60 mg de ferro elementar pelo menos duas vezes por semana. ORIENTAÇÕES PARA O USO DO SUPLEMENTO ALIMENTOS RICOS EM FERRO E EDUCAÇÃO NUTRICIONAL DEFICIÊNCIA DE VITAMINA A NO GRUPO MATERNO INFANTIL Importância da Vitamina A Para o Grupo Materno-Infantil: Proteção contra infecções intestinais e respiratórias Mantém as mucosas úmidas e saudáveis Essencial para o crescimento e desenvolvimento do feto e da criança Mantém a córnea saudável, evita cegueira noturna FAIXA ETÁRIA RDA/AI (µg/dia) UL CRIANÇAS 0- 6 m 400 600 7-12 m 500 600 1 – 3a 300 600 4 – 8a 400 900 GESTANTE ≤ 18 a 750 2800 19 – 30a 770 3000 31 – 50a 770 3000 LACTANTE ≤ 18 a 1200 2800 19 – 30a 1300 3000 31 – 50a 1300 3000 VITAMINA A GRUPOS VULNERÁVEIS À HIPOVITAMINOSE A População infantil da região nordeste do Brasil – 16 a 55% apresentam dosagem < que 20 µg/dL Bolsões de pobreza de Minas Gerais, São Paulo e áreas da região Norte PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA A – VITAMINA A MAIS OBJETIVOS Erradicar a hipovitaminose A em crianças e puérperas de áreas endêmicas: região Nordeste, Vale do Jequitinhonha (MG) e Vale do Ribeira (SP) Incentivar o consumo de vitamina A Implantar um sistema de monitoramento do impacto da suplementação de vitamina A Cápsulas com 200 000 UI Cápsulas com 100 000 UI IDADE DOSE FREQUÊNCIA 6 – 11 meses 100 000 UI 1 vez a cada 6 meses 12 – 59 meses 200 000 UI DEFICIÊNCIA DE IODO NO GRUPO MATERNO INFANTIL IMPORTÂNCIA DO IODO NO FUNCIONAMENTO DO ORGANISMO O iodo participa da síntese dos hormônios tireoidianos, triiodotironina (T4) e tiroxina (T3), produzidos pela glândula tireoide. Crescimento físico e neurológico Manutenção do metabolismo basal Manutenção da temperatura corporal Funcionamento do coração, fígado, rins etc. T3 e T4 FAIXA ETÁRIA RDA/AI (µg/dia) UL CRIANÇAS 0- 6 m 110 ND 7-12 m 130 ND 1 – 3a 90 200 4 – 8a 90 300 GESTANTE ≤ 18 a 220 900 19 – 30a 220 1100 31 – 50a 220 1100 LACTANTE ≤ 18 a 290 900 19 – 30a 290 1100 31 – 50a 290 1100 IODO ALIMENTOS FONTE DE IODO Peixes de água salgada Ostra,marisco, moluscos Vegetais Leite e ovos de animais que se alimentaram de ração iodada ou pasto rico em iodo Algas CAUSAS DA DEFICIÊNCIA DE IODO Consumo de alimentos oriundos de solos (regiões montanhosas, distantes do mar) pobres em iodo Uso do sal não iodado na alimentação diária CONSEQUÊNCIAS DA DEFICIÊNCIA DO IODO Crianças Cretinismo (deficiência cognitiva permanente) Surdo-mudez, anomalias congênitas, bócio Gestantes Altas taxas de natimortos, baixo peso ao nascer Do risco de aborto e mortalidade materna 1953 – iodação de sal torna-se obrigatória 1974 – iodação obrigatória de todo o sal destinado ao consumo humano e animal 1999 - iodação de 40 a 100 ppm 2003 – iodação de 20 a 60 ppm ANIVISA -RDC 23/2013 = 15 mg/kg a 45 mg/kg http://nutricao.saude.gov.br/iodo.php http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/fa263e804f4b4ec28268dad785749fbd/Apres enta%C3%A7%C3%A3o+Dicol++p%C3%BAblica+abril+2013.pdf?MOD=AJPERES 0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 1955 1974 1984 2000 PORCENTAGEM DE BÓCIO NO BRASIL APÓS A IODAÇÃO DO SAL DE COZINHA Porcentagem de bócio MINISTÉRIO DA SAÚDE No dia 1° de dezembro de 2005 foi lançada a portaria do MS n° 2.362 com o objetivo de restaurar o Programa Nacional para Prevenção e Controle dos Distúrbios por Deficiência de Iodo – Pró – Iodo ESTRATÉGIAS DO PROGRAMA PRÓ-IODO Monitoramento do teor de iodo no sal para consumo humano Monitoramento do impacto da iodação do sal na saúde da população Atualização dos parâmetros legais do conteúdo de iodo no sal destinado ao consumo humano Implementação contínua de estratégias de informação, educação, comunicação e mobilização social Brasil, 2008 BIBLIOGRAFIA GIBNEY, M.; MACDONALD, I.A & ROCHE, H.M. Nutrição e Metabolismo Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. WEFFORT, V.R.S. & LA MOUNIER, J.A. Nutrição em pediatria: da neonatologia à adolescência. São Paulo: Manole, 2009. MONTEIRO, J & CAMELO JR, J.S. Nutrição e Metabolismo: caminhos da nutrição e terapia nutricional: da concepção à adolescência. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
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