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DO DOMICÍLIO 
 Art. 70 
O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo. 
Residência 
É o lugar de morada, de habitação (elemento objetivo). A ela deve somar-se o ânimo definitivo da pessoa (elemento subjetivo), que se exterioriza na vontade de permanência estável no território em que vive. Dessa conjugação de fatores é que emerge o domicílio do indivíduo para fins civis. 
Art. 71 
Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente viva, considerar-se-á domicilio seu qualquer delas. 
Morando em diversas residências, seja em função do trabalho, seja por outras conveniências, o indivíduo terá fixado o domicilio com base em qualquer delas. Com isso, todos os interessados poderão tomar como domicílio da parte adversa o local que mostrar -se mais conveniente dentre os vários admitidos por força do dispositivo legal. 
Art. 72 
 É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde está é exercida. 
Quando a necessidade de fixação do domicílio estiver ligada a demandas ou outras questões relativas à profissão do indivíduo, entra em cena a possibilidade de definição estribada no local onde é exercida. Isto porque em tese é mais proveitoso e mais cômodo à pessoa deslindar questões pertinentes ao seu mister profissional exatamente no lugar onde o desempenha, permitindo que se afaste o mínimo possível de seus afazeres para estar em juízo. O sistema eleito pelo legislador é idêntico ao que idealizou para o caso de multiplicidade de residências, pois também nesse caso qualquer deles servirá como domicílio, à escolha do interessado. Em verdade, todos os lugares em que a pessoa exerce a profissão são considerados domicílio para os fins legais, salvo as exceções previstas na lei, bastando optar pelo que for mais conveniente nas circunstâncias concretas.
Parágrafo único – Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem. 
No que concerne à hipótese de multiplicidade de lugares onde a pessoa cuida de seus afazeres profissionais, o sistema eleito pelo legislador é idêntico ao que idealizou para o caso de pluralidade de residências, isto é, qualquer deles servirá como domicílio, à escolha do interessado. A intenção da lei é, outra vez, facilitar a definição do domicílio e permitir que com menos contratempos possam ser solucionados os litígios surgidos. 
Art. 73 
Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada. 
 
Como toda pessoa deve ter domicílio definido para os fins civis, quem não possuir paradeiro certo consubstanciado em residência fixa (andarilhos, artistas de circos, ciganos, nômades em geral, submeter-se-á à multiplicidade ampliada de domicílios, de tal sorte que poderá ser considerado domicílio qualquer lugar onde for encontrado, ainda que e caráter absolutamente transitório. Uma vez fixado, o domicílio não mais sofrerá alteração para aquele específico fim que exigiu a opção do interessado, de modo que, por exemplo, a ação iniciada no lugar em que se encontrava o réu sem residência habitual tramitará até o encerramento naquele juízo, mesmo na hipótese de ocorrer mudança de localidade pelo demandado. 
 Art. 74 
Muda-se o domicílio, transferindo a residência com a intenção manifesta de o mudar. 
 
Assim como ocorre quando da fixação do domicílio, a mudança ordinária do mesmo está atrelada a dois elementos, sendo um deles objetivo e o outro subjetivo: o objetivo, consubstanciado na alteração da morada; o subjetivo, no efetivo desejo de modificação do local de residência. 
 
 
Parágrafo único – A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem. 
 
A mudança de domicílio corresponderá a intenção de não permanecer mais no local em que se encontra. O modo exigido por lei para que se dê a exteriorização da referida intenção será a simples comunicação feita pela pessoa que se mudou à municipalidade do lugar que deixa e à do local para onde v ai. Como, em regra, a pessoa natural que se muda não faz tal declaração, seu ânimo de fixar domicílio em outro local resultará da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem. 
Art. 75 
Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: 
 I – Da União, o Distrito Federal; 
II – Dos Estados e Territórios, as respectivas capitais; 
III – Do município, o lugar onde funcione a administração municipal; 
IV – das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou ode elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
Parágrafo primeiro – Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados. 
Parágrafo segundo – Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver -se-á por domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder. 
DOMICÍLIO DA PESSOA JURÍDICA
As pessoas jurídicas têm seu domicílio que é a sua sede jurídica, onde os credores podem demandar o cumprimento das obrigações. Como não têm residência, é o local de suas atividades habituais, de seu governo, administração ou direção, ou ainda, o determinado no ato constitutivo. 
DOMICÍLIO DAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO 
As pessoas jurídicas de direito público interno têm por domicílio a sede de seu governo.
 
DOMICÍLIO DAS PESSOAS JURÍDICAS DE direito privado 
As pessoas jurídicas de direito privado têm por domicílio o lugar onde funcionarem sua diretoria e administração ou onde elegerem domicílio especial nos seus estatutos ou atos constitutivos. 
PLURALIDADE DO DOMICÍLIO DA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO 
O art. 75, parágrafo primeiro, admite a pluralidade domiciliar da pessoa jurídica de direito privado desde que tenham diversos estabelecimentos (por exemplo, agências, escritórios de representação, departamentos, filiais), situados em comarcas diferentes, caso em que poderão ser demandadas no foro em que tiverem praticado o ato. De forma que o local de cada estabelecimento dotado de autonomia será considerado domicílio para os atos ou negócios nele efetivados, com o intuito de beneficiar os indivíduos que contratarem com a pessoa jurídica. 
 
Domicílio da pessoa jurídica de direito privado estrangeira
Se a sede da Administração, ou diretoria, da pessoa jurídica se acha no exterior, os estabelecimentos, agências, filiais ou sucursais situados no Brasil terão por domicílio o local onde as obrigações foram contraídas pelos respectivos agentes. 
Art. 76 
Tem domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.
Domicílio necessário o u legal: Ter -se-á domicílio necessário ou legal quando for terminado por lei, em razão da condição ou situação de certas pessoas. 
Parágrafo único – O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da marinha ou Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamentesubordinado; a do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença. 
 
DOMICÍLIO DOS INCAPAZES 
O domicílio do absolutamente incapaz ( menor de 16 anos) terão por domicílio o de seus representantes legais (pais, tutores). 
DOMICÍLIO DO SERVIDOR PÚBLICO 
Deriva do domicílio legal ou necessário do servidor público de lei, pois o artigo em exame entende por domiciliado o funcionário público no local onde exerce suas funções por investidura efetiva. Logo tem por domicílio o lugar onde exerce sua função permanente. 
Domicílio do militar
O domicílio do militar do Exército é o lugar onde servir e o da Marinha ou Aeronáutica em serviço ativo, a sede do comando a que se encontra imediatamente subordinado. 
Domicílio do marítimo
Marinha mercante é a encarregada de transportar mercadorias e passageiros. Os oficiais e tripulantes dessa marinha têm por domicílio necessário o lugar onde estiver matriculado o navio, embora passem a vida em viagens. 
 DOMICÍLIO DO PRESO 
O preso terá por domicílio o lugar onde cumprir a sentença. 
Sentença em trânsito em julgado;
Cumpre sentença em segunda instância sem recurso;
Quem é preso provisoriamente.
 Tratando -se de preso internado em manicômio judiciário, é competente o juízo local para julgar pedido de sua interdição. 
Domicilio em plataforma de petróleo 
 Campos onde a plataforma foi registrada.
Art. 77 
O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve. 
 O dispositivo contém regra especial dirigida aos embaixadores, cônsules, ministros e agentes diplomáticos do Brasil em geral. Esses, embora vivam normalmente em países estrangeiros por causa de suas respectivas missões, são considerados aqui domiciliados. No caso de serem citados no país onde vivam, podem alegar extraterritorialidade (vigência, no estrangeiro, da lei de um país) para que sejam demandados no Distrito Federal ou em algum ponto do território nacional onde serviram por último. 
 Art. 78 
Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar o domicílio onde se exercitarem e cumpram os direitos e obrigações dele resultantes. 
FORO DE ELEIÇÃO 
Domicílio contratual ou de eleição é o estabelecido contratualmente pelas partes em contrato escrito, que especificam onde se cumprirão o s direitos e os deveres oriundos da avença feita. O domicílio de eleição dependerá de manifestação expressa dos contratantes, da qual surge a competência especial, determinada pelo contrato, do foro que irá apreciar os possíveis litígios decorrentes do negócio jurídico contratual. O local indicado no contrato para o adimplemento obrigacional será também aquele onde o inadimplente irá ser demandado ou acionado.

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