Buscar

Tecnologia limpa em favor do desenvolvimento sustentável

Prévia do material em texto

MAIONE ROCHA BEZERRA 
Economista, Mestre em Economia com área de concentração em Mercado do Trabalho pela 
Universidade Federal da Paraíba e Professora Efetiva da Universidade Regional do Cariri – 
URCA. CPF: 023425084-41. End. Rua Senador Pompeu, 12 – apto.202 – Centro – Crato – 
CE. CEP: 63100-080. Fone: 88 – 3521-4609 E-mail: maionerb@yahoo.com.br / 
maionerb@hotmail.com 
 
FRANCIVALDO PEREIRA DOS SANTOS 
Bacharel em Ciências Econômicas pela URCA-CE. CPF: 023425084-41. End. Rua 
Senador Pompeu, 12 – apto.202 – Centro – Crato – CE. CEP: 63100-080. Fone: 88 – 3571-
1183 / 3512-1822 
Email: 
 
GRUPO DE PESQUISA 
06 – Agricultura e Meio Ambiente 
 
FORMA DE APRESENTAÇÃO 
Oral 
Apresentação com presidente da sessão e sem a presença de debatedor 
 
 
Este trabalho tem com base a monografia de graduação
 
 
TECNOLOGIA LIMPA EM FAVOR DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
 
Francivaldo Pereira dos Santos1
 
Maione Rocha Bezerra2
 
RESUMO 
A economia em grande parte dos países, impulsionada pela Revolução Industrial e o avanço 
da tecnologia, cresceu, se dinamizou e se desenvolveu, levando a reboque o aumento do 
uso dos recursos naturais, trazendo conseqüências desagradáveis para o meio ambiente. O 
presente estudo foi realizado, através de materiais bibliográficos, utilizando-se da literatura 
relacionada ao tema e dados sobre tecnologias ambientais, bem como dados secundários 
retirados de pesquisas realizadas por órgãos e entidades como o BNDES, CNI, SEBRAE, 
IBGE e Ministério do Meio Ambiente. A existência de tecnologias ambientais, dentre elas 
as “tecnologias limpas” e “de limpeza”, estão aqui relatadas, e estão aliadas às políticas de 
“gestão ambiental” nas empresas adotam uma “produção mais limpa”, mais predominante 
em paises desenvolvidos, mas que já se encontram também em países como o Brasil. 
Conclui-se que as tecnologias ambientais se tornaram indispensáveis para a conservação 
dos recursos naturais e do meio ambiente, fazendo os países se preocuparem mais com as 
gerações futuras, buscando uma “produção limpa”, para promoção do desenvolvimento 
sustentável. 
PALAVRAS CHAVES: Tecnologia, Desenvolvimento e Meio Ambiente. 
INTRODUÇÃO 
 
O desenvolvimento sustentável surgiu de questões não levantadas pelos teóricos 
do crescimento como Adam Smith, Ricardo, Marshal, Schumpeter e do desenvolvimento 
(Lewis, Myrdal, Nurse), entre muitos outros. O fato veio de questionamentos sobre os 
“limites do crescimento” do Clube de Roma, o qual foi citado por Celso Furtado quando 
falou do “mito” que permeia o desenvolvimento econômico. Este “limite” foi discutido a 
partir de Conferências e debates sobre o futuro da humanidade. Surgiu assim, o conceito de 
“desenvolvimento sustentável” e quais seriam os procedimentos a serem praticados por 
todos (população, governo, empresas, etc) para obtê-lo. 
Este trabalho enfatiza a preocupação em buscar uma melhor utilização dos 
recursos naturais e menor poluição ambiental por parte das empresas, do questionamento 
sobre a continuidade da produção que degrada de maneira incessante o meio e seus 
impactos sobre as gerações futuras. Dessa maneira, métodos considerados mais eficientes à 
conservação do meio ambiente e dos recursos naturais deveriam ser utilizados, 
principalmente pelas indústrias, através de novas tecnologias. Dessa questão aborda as 
 
1 Bacharel em Ciências Econômicas pela URCA-CE, email: 
2 Mestre em Economia do Trabalho pela UFPB-PB e Prof. Efetiva do departamento de Economia da URCA-
CE. Email: maionerb@yahoo.com.br. 
 
tecnologias ambientais, tratadas pelo Ministério do Meio Ambiente também como 
tecnologias limpas3, as quais serviram como fonte de discussão deste trabalho. 
A metodologia empregada é de natureza bibliográfica, descritiva e a pesquisa se 
deu de forma indireta, já que os dados para construção deste trabalho foram obtidos de 
através de livros, biblioteca da URCA e particular. Também foram coletadas matérias e 
textos pesquisados por meio eletrônico em diversos sites que tratam sobre o assunto. Este 
trabalho ainda é composto de fonte de dados adquiridos de estudos e pesquisas realizadas 
por órgãos como o SEBRAE, CNI, BNDES, FINEP, IBGE, Ministério do Meio Ambiente 
e outras instituições importantes para o contexto empresarial e econômico brasileiro no 
cenário internacional. 
O objetivo geral deste trabalho é mostrar como a tecnologia, essencial ao 
desenvolvimento econômico, pode contribuir com a sociedade na aquisição e manutenção 
do desenvolvimento sustentável, através da utilização de métodos produtivos “limpos”, 
advindos do uso de tecnologias ambientais. 
 
2. O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E A TECNOLOGIA 
 
Um desenvolvimento sustentável em nível local e mundial pode se dar, quando 
há viabilidade política e idéias que estimulem o processo de crescimento econômico, 
visando oferecer à população uma vida de melhor qualidade, buscando conciliação com a 
natureza. A fim de evitar que os recursos naturais se tornem escassos para a humanidade no 
futuro ou entraves para o desenvolvimento econômico. 
Esta “escassez” torna-se um problema para a economia, se não tratada. Aloísio 
Ely (1990, p.5) fala da questão citando que “o problema central da economia é buscar 
alternativas eficientes para alocar os recursos escassos da sociedade. O meio ambiente é um 
recurso escasso como qualquer outro na concepção do economista”. 
Em prol da resolução do problema devem ser consideradas tanto as ações de 
implantação de normas ambientais até a mudança nos fatores produtivos e inovações 
tecnológicas. Sobre este aspecto, Ely (1990) destaca a importância das formulações que 
levam à “economia do meio ambiente”, colocando-as como partes integrantes da “melhoria 
da qualidade de vida do homem”. Assim, ele escreve que, “(...) dessa forma, sua 
importância reside na contribuição da escolha de políticas, na adequação tecnológica do 
sistema de produção e na adequação dos padrões do comportamento de consumo para a 
melhoria da qualidade do meio ambiente” (ELY, 1990, p. 8). 
As questões acima citadas (política, tecnologia, produção e consumo em favor 
do meio ambiente) são de extrema relevância ao desenvolvimento sustentável. Este capítulo 
sintetizará algumas informações a respeito da “economia do meio ambiente”, falando sobre 
os recursos naturais (renováveis e não renováveis) e enfatizando o fator tecnológico 
(tecnologias ambientais). 
 
2.1. Tecnologia ambientais em busca do desenvolvimento sustentável 
 
 
3 Trata-se de tecnologias que fazem com que o processo produtivo atue de maneira menos poluente sobre o meio 
ambiente. 
 
 
Embora a tecnologia tenha exercido papel de fundamental importância à 
evolução da economia mundial, algumas avaliações são feitas quanto aos efeitos do 
desenvolvimento e uso das tecnologias sobre a natureza. 
Observou-se que no mundo atual cada vez mais fábricas estão desenvolvendo 
atividades industriais que derramam dejetos sobre o meio natural, principalmente poluindo 
os rios, o ar, além de ter gerado outros fatores negativos ao meio ambiente. Isso acontece 
também devido à produção de diversos tipos de produtos, a qual tem como objetivo 
principal atender ao aumento do consumo da população mundial. A ótica principal do ramo 
industrial é atender às necessidades do consumidor, sem avaliar os impactos ambientais 
gerados durante o processo produtivo e as conseqüências da deposição desses produtos (o 
lixo). Sobre esse assunto Cavalcanti (2001, p. 236) escreve o seguinte: 
Dentre esses efeitos indiretos ambientais resultantes de processos 
desenvolvimentistas pode-se enumerar a crescente queima de combustíveis 
fósseis e biomassa, contribuindo assim para a poluição do ar e doenças 
respiratórias, danos em florestas e plantações, epara o efeito estufa; a poluição 
de rios pela deposição de dejetos químicos e esgoto não tratado a um nível 
superior à sua capacidade de absorção, contaminando reservas de água potável 
e a vida aquática; e a gradual inserção da agricultura mecanizada e pastagens 
extensivas em florestas nativas, exacerbando a erosão do solo, desequilibrando 
o balanço hidrográfico e ameaçando a diversidade animal e vegetal. 
 
Os efeitos indiretos ambientais citados, basicamente aconteceram pela busca 
incessante do crescimento econômico, sem ter prévias avaliações dos efeitos negativos à 
natureza e ao homem. Pindyck e Rubinfeld (1999) classificam esses efeitos como 
“externalidades negativas”, que surgidas de processos de desenvolvimento, geram custos 
externos para a sociedade. E ainda, que estes custos marginais sociais não estão embutidos 
nos preços e custos da empresa, ou seja, não estão sendo internalizados. 
E a inovação tecnológica voltada a preservação do Meio Ambiente busca 
internalizar estas externalidades negativas ou pelo menos minimizá-las. Com relação às 
tecnologias de cunho ambiental, pode-se citar as “tecnologias de limpeza” e as “tecnologias 
limpas”, que segundo Braga e Miranda (2002), pelo estudo junto ao Ministério do Meio 
Ambiente do Brasil (MMA), sobre “Comércio e Meio Ambiente” (2002), denominou-as 
como “tecnologias ambientais”. 
As “tecnologias de limpeza” podem ser divididas em: setores de tratamento de 
água e de efluentes, gerenciamento de resíduos, controle da qualidade do ar, recuperação do 
solo, redução do barulho, e serviços afins. 
Almeida (apud. BRAGA e MIRANDA, 2002, p. 137), exemplifica: 
Essas tecnologias incluem interceptadores de poeira e de óleo, dispositivos de 
lavagem, filtros, processadores coletivos de fluxos de resíduos, incineradores 
de resíduos, aterros, compostadores e instrumentos que removem e isolam a 
poluição no meio ambiente e reutilizam os resíduos. 
 
Ainda segundo o autor, as “tecnologias limpas” são classificadas como: 
Aquelas que otimizam os processos produtivos existentes por meio do ajuste 
apropriado e regular das máquinas, assegurando a medida exata dos inputs4 e a 
redução de poluição durante e após a atividade econômica. Elas também 
 
4 O termo é usado como insumo, o qual resultará no output (produto). Ver Sandroni (1999, p. 305). 
 
incluem tecnologias que induzem mudanças mais drásticas nos processos 
produtivos e na composição do produto, evitando poluição desde o início do 
processo produtivo (ALMEIDA, apud. BRAGA e MIRANDA, 2002, p. 137). 
 
Na busca por processos mais limpos as empresas investem em P&D (Pesquisa e 
Desenvolvimento), buscando inovação de processos produtivos e tecnológicos, para se 
obter maior eficiência econômica com menos custos sobre o ambiente, conciliando ambos. 
Destacando a relação entre economia e meio ambiente, enquanto a economia se 
desenvolve, deve existir a conservação ambiental e da natureza, porque boa parte dos 
materiais e energia utilizada pelas empresas na produção é extraída dos recursos naturais. E 
neste caso, a manutenção desses recursos será importante para as futuras gerações, pois 
garantirá meios para que elas possam gerar renda. Bellia (1996, p. 39) diz que o uso do 
meio ambiente pelo homem dá-se com três funções econômicas básicas: 
• como fornecedor de recursos – (cedendo os recursos naturais – matérias, 
energia – para produção); 
• como fornecedor de bens e serviços – (recursos intangíveis – paisagem, 
patrimônio cultural, etc); 
• como assimilador de dejetos – (capacidade de absorver a emissão de 
resíduos da atividade humana). 
 
O autor ainda destaca que a energia é a capacidade para realização de atividades 
(trabalhos) e é regida pela 1ª lei da termodinâmica (ou lei da conservação de energia) e pela 
2ª lei da termodinâmica (ou lei da entropia). Segundo Bellia (1996, p. 40), a primeira lei diz 
que “a energia não pode ser criada ou destruída, embora possa ser transformada de um tipo 
para outro”; e na segunda lei “não ocorrem processos de transformação de energia 
espontâneos”, ou seja, há uma “dispersão” (perca) de parte da energia utilizada durante um 
processo de transformação ou após ele. A energia é transformada, mas parte dela retorna 
para o meio ambiente (como produto para consumo ou desejos) que a assimilará (ver 
Quadro 2). Porém, essa assimilação por parte da natureza é limitada, ou seja, ela não 
absorve completamente todos os dejetos (gases, lixo, resíduos) que nela são lançados. 
 
QUADRO 2 BALANÇO DE MATÉRIA E ENERGIA 
 
 SISTEMA ECONÔMICO 
 BENS DE CAPITAL 
 
 
 
 
 
 
 
PRODUÇÃO CONSUMO 
RECICLAGEM
MEIO AMBIENTE 
ASSIMILADOR DE 
MEIO AMBIENTE 
PROVEDOR DE 
RECURSOS NATURAIS
MEIO AMBIENTE 
PROVEDOR DE BENS 
FONTE: LEAL, 1986 (apud. BELLIA, 1996, p. 41).
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No Quadro 2 Bellia (1996) mostra que o processo produtivo que utiliza recursos 
naturais, coloca de volta ao meio ambiente os mesmos recursos, mas como forma de bens 
ou dejetos, os quais degradam-se com o passar do tempo. Nessas condições, utilizar-se de 
maneira regular a matéria e a energia produzidas pela natureza, é essencial para a 
continuidade da economia e para a promoção do desenvolvimento sustentável. Além disso, 
deve-se evitar o lançamento de resíduos tóxicos e materiais que interrompem o processo 
natural e particular de assimilação dos recursos naturais não renováveis e que agridem ao 
meio ambiente. 
A explanação acima de Bellia (1996) assegura a importância do cuidado que 
deve o ser humano ter com o meio ambiente e a natureza. Segundo Ely (1990), para 
contribuir com a natureza, deve o homem (causador da poluição), retirar dela os dejetos por 
ele lançados e executar processos de reciclagem e de menores poluições. 
Deste modo, a sociedade é responsável pela preservação ambiental e deve 
articular ações que beneficiem o meio ambiente em consonância com as demandas da 
economia. No caso particular dos empresários, estes estão se atrelando às questões 
ambientais. Conforme Braga e Miranda (2002, p. 138), “(...) a indústria das tecnologias 
ambientais é um dos setores de mais rápida expansão na economia mundial”, tendo como 
destaque os EUA (39%) e União Européia (24%), as quais lideram o mercado. Seguindo o 
passo, segundo Braga e Miranda, o Japão quer competir no mercado e se afirmar no ramo 
de comercialização de tecnologias limpas, pois o governo estrutura acordos e consórcios 
com empresas privadas, com a finalidade de desenvolver pesquisas na área. 
Contudo, os países em desenvolvimento têm certa dificuldade em se inserirem 
fortemente nesse mercado, Barton (apud. BRAGA e MIRANDA, 2002, p. 138) diz que, 
ainda existem o “[...] pioneirismo dos países avançados no desenvolvimento das indústrias 
de tecnologias ambientais, associado ao rigor e antecedência das regulações ambientais 
nesses países”. E enquanto os países em desenvolvimento se engajam ao mercado 
ambiental internacional5, o melhor momento para eles seria tratar das tecnologias 
ambientais (de limpeza, limpas, etc) de maneira interna, ou seja, visando o mercado local, 
embora a inserção deles à industrialização ambiental ocorra de maneira atrasada. A esse 
respeito Almeida (apud BRAGA e MIRANDA, 2002, p. 138) diz que isso deve acontecer 
“(...) devido às dificuldades encontradas (...) em criar uma capacitação local e um núcleo 
endógeno de geração de tecnologias ambientais”. Os empresários devem ser capacitados 
para o uso e desenvolvimento dessas tecnologias e a coletividade precisa receber educação 
e informações das questões que permeiam o fator ambiental. 
A inserção da educação ambiental, de projetos e estudos voltados para o meio 
ambiente, para as tecnologias limpas e para todos os tipos de tecnologias ambientais,deve 
ser constante. São propostas que abranjam a criação de novas fontes energéticas, um 
melhor aproveitamento dos recursos naturais, reciclagem de lixo e resíduos, não poluição 
do ar e dos rios, conservação dos solos, técnicas de reflorestamento, etc. 
 
5 Almeida (apud BRAGA e MIRANDA, 2002) reforça que a inserção dos países em desenvolvimento se daria pela 
transferência de tecnologias ambientais dos países desenvolvidos. 
 
 
 
2.2. Inovação tecnológica para o desenvolvimento sustentável 
O desenvolvimento sustentável é pujante quanto a continuidade do 
desenvolvimento, e a tecnologia vem contribuir para que os países industrializados reduzam 
a poluiçao e que sirva como meio de alavancagem dos que buscam o desenvolvimento. 
Constata-se que a sociedade desempenha um papel de suma importância para se conservar 
o meio ambiente e maximizar o seu proveito para o desenvolvimento. Esse meio o qual é 
referido, é principalmente aquele que tenha em seu processo de fabricação, a adoção de 
métodos que preocupem com a qualidade do meio ambiente e conservação da natureza. São 
por esses e outros motivos que o Estado deve ter uma atuação mais firme para definição de 
normas regulatórias, incentivos e fiscalização. Dentro desse contexto, a Conferência das 
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento – 1992 (Rio 92), formulou idéias 
a esse respeito na chamada Agenda 21 e dentre elas encontra-se o Princípio 16, que diz: 
As autoridades nacionais devem procurar promover a internacionalização dos 
custos ambientais e o uso de instrumentos econômicos, tendo em vista a 
abordagem segundo a qual o poluidor deve, em princípio, arcar com o custo da 
poluição, com a devida atenção ao interesse público e sem provocar distorções 
no comércio e nos investimentos internacionais (MINISTÉRIO DO MEIO 
AMBIENTE, 2003). 
 
É visando justamente as normas governamentais e procurando encaixar-se a elas 
que as empresas buscam recursos inovadores através do melhoramento nos métodos 
produtivos e de tecnologias, adaptados aos novos modelos de desenvolvimento. Isso é tão 
evidente que existem incentivos fiscais e políticas governamentais que visam compensar 
aquelas empresas que efetuam sua produção sem denegrir o meio ambiente. 
Para as indústrias que demandam altos níveis de recursos naturais em seus 
processos de fabricação, os seus preços tendem a elevar-se, pois, há taxações quanto ao uso 
dos recursos da natureza como matéria-prima. Além do risco de extinção dos mesmos. 
Outros fatores de taxação acontecem sobre indústrias que poluem o meio ambiente 
consideravelmente. Por conta disso, a inovação tecnológica entra como ponto fundamental 
para melhoria ambiental e uso adequado de matérias-primas naturais, fazendo-se gerir 
novos processos de industrialização em busca do crescimento econômico de mais 
qualidade, lançando-se menores quantidades de poluentes e dejetos no meio ambiente e 
diminuindo ou substituindo o uso destes. Como escreveu Kiperstok (2003): é um tipo de 
inovação em prol do meio ambiente e dos recursos naturais, com prioridades para a 
“produção limpa”, utilizando-se de tecnologias limpas, para que o setor produtivo possa 
atuar de maneira mais positiva. 
Kiperstok (2003), mostra ainda a discussão de diversos escritores, os quais 
formularam informações sobre a regulação ambiental e disseram que: “(...) o desafio ao 
Desenvolvimento Sustentável, para o setor produtivo, requer o redirecionamento das ações 
para a fonte dos problemas e a busca da produção limpa”. Há a necessidade de uma 
“inovação radical”, que trate de uma “inovação ambiental”. O autor busca fornecer 
esclarecimentos sobre a “influência da regulação ambiental sobre o processo inovativo e a 
necessidade de uma maior coerência entre políticas ambientais e de desenvolvimento 
tecnológico” (KIPERSTOK, 2003, p. 1). São ações regulatórias que visem a inovação 
tecnológica como questão positiva sobre os fatores ambientais. 
 
Na Europa já existem cidades sustentáveis, como também setores da agricultura, 
que têm em todo seu contexto sócio-cultural e econômico o uso de medidas que avançam 
com o desenvolvimento sustentável, principalmente a inovação à tecnologia ambiental. O 
site da União Européia (2004) classifica positivamente a tecnologia ambiental e informa 
que ela “refere-se a todas as atividades que produzem bens e serviços para medir, prevenir, 
limitar ou corrigir as ameaças ao ambiente e aos problemas relativos aos resíduos, ao ruído 
e aos ecossistemas”; e para esse tipo de tecnologia já existe em larga escala um mercado 
consumidor na Europa e no mundo. A inovação tecnológica voltada para o meio ambiente é 
estudada em várias nações do mundo, mas sabe-se que naqueles países em que há um maior 
poder de investimento, a tendência é que eles se sobressaiam frente aos demais. 
No estudo sobre “Comércio e Meio Ambiente”, há destaque às “tecnologias 
ambientais radicalmente inovadoras”, as quais são denominadas: 
(...) tecnologias ambientais de processo limpo (clean-process-integrated-
technologies) e têm as conseqüências ambientais de um produto, pensadas 
desde o momento de sua concepção. Tais conseqüências envolvem desde o 
design, passando pela seleção da matéria-prima e insumos em geral, o processo 
produtivo, embalagem, distribuição, consumo, até a disposição final dos seus 
resíduos (CRAMER & ZEGFELD apud BRAGA e MIRANDA, 2002, p. 139). 
 
Dados todos esses fatores, a sua observância sinalizou nas Conferências 
Mundiais, para que todos os países do mundo conhecessem a nova tendência de 
desenvolvimento, e para que através de normas estabelecidas, todas as nações envolvidas 
pudessem discutir sobre os meios tecnológicos e científicos para a promoção do 
desenvolvimento sustentável. 
A inovação, mais do nunca, hoje é essencial, pois o mundo está mais 
preocupado com o futuro da humanidade, e Cavalcanti (2001) fala da questão em que os 
recursos da natureza possam chegar à exaustão, provocada pela má exploração. O autor 
indica que deve existir: 
[...] ajustes apropriados no conjunto de recursos utilizados e produtos 
procurados, e premiar a inovação na busca de novos materiais e fontes 
energéticas. Uma extração mais eficiente e a crescente reciclagem industrial 
irão posteriormente estender a disponibilidade dos recursos ameaçados para 
além do ponto de exaustão inicialmente previsto (CAVALCANTI, 2001, p. 
238). 
 
Mas, embora haja essa preocupação, as desigualdades existem. Assim, é preciso 
inovar para tornar a industria mais eficiente e ecologicamente correta. 
 
3. AS TECNOLOGIAS AMBIENTAIS NAS EMPRESAS 
 
Esta seção tratará sobre a gestão nas empresas voltadas ao meio ambiente, com 
base em informações da organização que certifica as empresas como modelo de gestão 
ambiental, a ISO 14000 e outros modelos de gestão, obtidas de órgãos como o SEBRAE e 
o Ministério do Meio Ambiente. Vale salientar que as empresas aqui referidas são do ramo 
industrial. Na seqüência, têm-se as questões sobre o comércio internacional de produtos 
vindos de processos produtivos e tecnologias ambientais. 
Visando o mercado internacional e as melhorias em prol da preservação do meio 
ambiente, as empresas do Brasil tem procurado se enquadrar nas normas e padrões 
 
ambientais, com o apoio de instituições como o CNI, FINEP, BNDES, SEBRAE e CNTL 
(Centro Nacional de Tecnologias Limpas), entre outras. 
A aplicação de estratégias para produção limpa busca principalmente a 
eficiência na produção, menor consumo dos recursos naturais e materiais usados nas 
empresas e a menor emissão de poluentes. Tem-se uma visão que contribui para o 
desenvolvimento sustentável a partir da atuação de empresas com tecnologias ambientais e 
produtos menos degradantes ao meio ambiente. 
 
3.1 Comércio internacional de produtos e tecnologias ambientaisCavalcanti (2001, p. 402) discute que a “adaptação à regulamentação ou 
exigência do mercado, incorporando equipamento de controle da poluição nas saídas”, com 
modificações nos processos produtivos e nas embalagens; são ações de comprometimento 
ambiental e necessárias para se tornarem competitivas. 
O autor ainda reforça que além da responsabilidade ambiental, estas ações 
também são incorporadas como medidas estratégicas para as empresas, fazendo-as 
aproximarem-se e adequarem-se às exigências nacionais e internacionais do mercado. 
Algumas empresas utilizam as ações ambientais como estratégias de marketing, com o 
intuito de obter maiores fatias do mercado consumidor para seus produtos. 
De qualquer maneira, há certas pressões sobre as empresas que poluem o meio 
ambiente, quando executam sua atividade produtiva. Elas são pressionadas a se adequarem 
para uma produção mais limpa, visando o bem estar ambiental. A esta questão, Cavalcanti 
(2001) fala sobre as “auditorias ambientais”6, que induzem a adoção de tecnologias limpas 
pelas empresas, para que elas possam melhor exercer as funções em prol do 
desenvolvimento sustentável. Há também a auditoria e pressão da população e de 
movimentos ecológicos, para fiscalização das empresas. 
A questão envolve pontos cruciais de gestão ambiental para a competitividade 
internacional, que de acordo com o estudo do Ministério do Meio Ambiente, além dos já 
citados, há a adoção da “rotulagem ambiental”, com os chamados “selos verdes”, os quais 
identificam que a mercadoria que está sendo vendida é ambientalmente correta. Vários 
produtos (como os têxteis, calçados, papel e celulose) comercializados mundialmente, são 
obrigados a se adequarem às normas dos ‘selos verdes’, pois alguns países importadores 
exigem dos “[...] produtores a se submeterem a programas de rotulagem, originários dos 
mercados de destino das suas exportações” (BRAGA e MIRANDA, 2002, p. 141). 
Os países desenvolvidos impõem barreiras comerciais, exigindo que os produtos 
estrangeiros se submetam às certificações por eles impostas (selos verdes). São barreiras 
que não cobram tarifas, mas impedem que as mercadorias estrangeiras entrem no território 
dos países exigentes do certificado. É o que o CNI/FINEP (2002) chama de “barreiras 
verdes”. As indústrias do Brasil sofrem esse impacto. Essa questão de rotulagem ambiental 
é definida como opção de imposição comercial, mas que também contribui para o meio 
ambiente e: 
 
6 Definida por Cavalcanti (2001, p. 403), trata-se de “[...] um instrumento de gestão que compreende uma evolução 
sistemática, documentada, periódica e objetiva sobre a organização, a gestão e os equipamentos ambientais, visando 
auxiliar a resguardar o meio ambiente, facilitando a gestão do controle das políticas ambientais e avaliando a 
compatibilidade com as demais políticas da empresa”. 
 
As pressões ecológicas fizeram com que as empresas criassem novas 
oportunidades de mercado através da inovação tecnológica e de alterações dos métodos 
produtivos. Surgiram produtos ecológicos, denominados por Cavalcanti (2001 p. 405) 
como o “ecobusiness”, que “[...] designa uma gama de produtos cuja demanda cresce com a 
difusão da consciência ecológica”. Dentro deste setor existem ainda as indústrias de 
despoluição do ar, da água, de reciclagem de lixo, de controle de ruídos, entre outras. São 
setores que utilizam métodos inovadores de produção e de tecnologias limpas, voltadas 
principalmente à não poluição do ar ou despoluição da água, óleos ou de indústrias 
químicas. 
O SEBRAE apud Castro (1998) informa que no Brasil o ecobusiness está em 
expansão e está ligado mais intensamente aos equipamentos para tratamento de água, esgoto 
e despoluição do sistema de produção de empresas como a CSN (Companhia Siderúrgica 
Nacional). São também tidos como equipamentos que visam “produção mais limpa”. 
De acordo com o BALANÇO AMBIENTAL 2003, realizado pela CSN (2004), 
ela divulgou ter encerrado o ano com ciclo de investimentos ambientais de R$ 250 milhões, 
o qual foi realizado na Usina Presidente Vargas em Volta Redonda (Rio de Janeiro). Cerca 
de R$ 180 milhões foram destinados ao controle de redução de poluição e atingidas metas 
estabelecidas para a qualidade do ar e das águas. Foi criado um verdadeiro Sistema de 
Gestão Ambiental (SGA). 
São sistemas como o da CSN que fazem com que a industrialização e o 
comércio internacional de produtos ecológicos e de tecnologias ambientais (limpas) se 
desenvolva a cada dia, dando importante avanço na economia mundial. 
O SEBRAE (1998) informa que os chamados “produtos verdes” são assim 
denominados por virem de processos produtivos que minimizam o uso de materiais tóxicos, 
conservam os recursos naturais, usam menos água e energia, têm embalagens 
biodegradáveis e que podem ser recicladas com facilidade. O que se observa então, é um 
mercado de tecnologias ambientais, que de acordo com a OCDE, 1993 apud BARTON, 
1998 (apud BRAGA e MIRANDA, 2002, p. 138), “em 1990, a indústria era avaliada em 
200 bilhões de dólares, com crescimento previsto de 50% até o ano 2000”. Segundo a 
mesma fonte, “a indústria de tecnologias ambientais é um dos setores de mais rápida 
expansão na economia mundial.” 
Esse crescimento, segundo Lemos e Castro (2004 p. 6), se propagou 
mundialmente principalmente a partir do lançamento, em 1989, do “Programa de Produção 
Mais Limpa” pelo PNUMA e logo após em 1995, em parceria com a “Organização das 
Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial – UNIDO, um programa para instalar 
vinte centros de produção limpa em países em desenvolvimento”. Um deles foi instalado no 
Brasil, em Porto Alegre, no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI)/ 
Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS). 
Os países em desenvolvimento se inserem na corrida das tecnologias 
ambientais, a fim de participar dos ganhos econômicos gerados pelos produtos fabricados 
por métodos voltados ao desenvolvimento econômico e ao meio ambiente. Com vistas 
nesses fatores, vê-se que as tecnologias quando inovadas e adaptadas à boa conservação do 
meio ambiente e utilização adequada dos recursos naturais, contribuem tanto para o 
desempenho da economia, como fortalece a idéia positiva em prol do desenvolvimento 
sustentável. 
 
 
3.2 A gestão ambiental e tecnologia ambiental no Brasil 
O Brasil por ser um país em desenvolvimento está demonstrando a percepção, 
através de órgãos institucionais e empresas, da importância da evolução econômica e da 
inserção nas novas tendências mundiais. Tendências essas que vêm como uma ordem, para 
que tanto as empresas como todo o país seja parte integrante de um esforço para melhorar 
os índices ambientais conciliado com o crescimento econômico. 
Através da pesquisa divulgada pelo CNI/FINEP (2002) sobre a tecnologia nas 
indústrias do Brasil em 2001, foi revelado que entre as 531 empresas, há a adoção de 
estratégias de desenvolvimento tecnológico, mas que muitas empresas ainda sentem certa 
dificuldade para inovar devido aos poucos financiamentos para este fim. Muitos 
empresários buscam meios próprios e atuam de forma isolada na “inovação de produtos e 
processos” e expansão da capacidade produtiva. 
A inovação e aumento permanente da produtividade nas indústrias são ações 
estratégicas para que as empresas se mantenham no mercado. As estratégias vão desde a 
aquisição de novas máquinas e equipamentos atuais (desenvolvimento tecnológico que 
obedecem às imposições ambientais), até a capacitação de pessoal (desenvolvimento do 
corpo funcional para manusear/operar as tecnologias). 
Além disso, ao contrário dos anos 90, segundo o CNI/FINEP (2002), nos cinco 
anos após aquela década, a maior abertura comercial e a busca pelo espaço no mercado 
externo será estratégico para o crescimento industrial.O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o CNI e 
o SEBRAE divulgaram em 1998, pesquisa realizada em nível nacional e setorial (indústria) 
abordando a “Gestão Ambiental na Industria Brasileira”, investigando dados sobre o que as 
indústrias estavam realizando ou o que pretendiam realizar em prol do meio ambiente. A 
gestão ambiental das grandes empresas tem dado um destaque maior ao controle da 
poluição, como a redução de gases e emissões atmosféricas. Já as micro-empresas o 
trabalho é voltado mais para o controle dos custos, como por exemplo, à redução de 
intensidade de uso por produto da matéria-prima (ver Gráfico 1, a seguir). 
A pesquisa mostrou que, independente do porte da empresa, algum tipo de 
procedimento gerencial ambiental já é adotado, e que tais não representam um custo 
operacional muito elevado. Dentre estes procedimentos, destacam-se a reciclagem e 
disposição dos resíduos; controle de ruídos e vibrações; redução do uso de matérias-primas; 
conservação da água e energia; controle, recuperação ou reciclagem das descargas líquidas; 
preferência por fornecedores e distribuidores com boa imagem ambiental. 
De acordo com o “Gráfico 1”, a “reciclagem de sucatas, resíduos e refugos” é 
verificada em quase todas as empresas, independente do porte ou região, sendo a Região 
Sul e as empresas de grande porte as mais atuantes. Em seguida vem o controle, 
“recuperação e reciclagem das descargas liquidas” e depois a “disposição dos resíduos e 
lixo”. Parte das soluções desses procedimentos (reciclagem de sucatas, resíduos e refugos; 
controle, recuperação de emissões gasosas; controle, recuperação ou reciclagem das 
descargas líquidas, redução do uso de matérias-primas e disposição de resíduos e lixo) são 
conseguidas através das tecnologias ambientais (limpas). 
 
 
 
 
 
 
GRÁFICO 1 PROCEDIMENTOS GERENCIAIS DE GESTÃO AMBIENTAL DE 
 EMPRESAS BRASILEIRAS – SUBDIVIDIDAS POR REGIÃO E 
 PORTE (1997/1998) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FONTE: BNDES, CNI, SEBRAE (1998). 
 
Valores em (%)
Lemos e Castro (2004) cita o BNDES, CNI e SEBRAE, que realizaram pesquisa 
do mesmo nível em 2000 e constataram que no período de 1998/1999 as empresas de 
grande porte se destacavam na busca de melhorias da gestão ambiental, mas que em 
2000/2001 as médias e pequenas empresas também avançavam nesse quesito. Segundo os 
autores, estava acontecendo “(...) uma maior preocupação com as atividades relacionadas a 
um nível mais avançado da gestão ambiental, privilegiando treinamento, implantação de 
SGA7 e adoção de fontes mais limpas de energia” (LEMOS e CASTRO, 2004, p. 28). 
A pesquisa realizada pelo BNDES, CNI e SEBRAE (1998) revela ainda que 
parte das soluções voltadas para a produção em prol do meio ambiente, são geralmente 
formuladas dentro das empresas, tendo as grandes e médias normalmente recebendo apoio 
de órgãos ambientais e as menores com o acompanhamento e assistência técnica de 
entidades patronais. Os recursos do governo para o financiamento de investimentos 
ambientais ainda são muito baixo, como também a falta de recursos técnicos e financeiros 
próprios ou de terceiros, o que fazem com que as empresas sintam certas dificuldades em 
fazer correções em favor do meio ambiente. 
 
7 SGA – Sistema de Gestão Ambiental 
0 1 0 20 30 40 50 60 70 80
Micro
Peq uena
Média
Grande
N. e C. Oes te
Nordes te 
Sudes te
Sul
preferência por
fornecedores com
boa imagem
ambiental 
Recliclagem de
sucatas, resíduos e
refugos
controle,
recuperação de
emissões gasosas
controle,
recuperação ou
reciclagem das
descargas líquidas
conservação da água
e energia
redução do uso de
matérias-primas
controle de ruídos e
vibrações
 
Ainda segundo o estudo do BNDES, CNI e SEBRAE (1998, p.12) tem-se “que a 
origem dos equipamentos e maquinários para gestão ambiental é predominantemente 
nacional” (ver Gráfico 2 a seguir), ou seja, foram desenvolvidos pelos próprios empresários 
brasileiros, embora fossem máquinas sem grandes evoluções tecnológicas. A tecnologia 
mais avançada seria encontrada nas empresas estrangeiras, as quais tinham melhor acesso 
em adquirí-las, pois suas matrizes instaladas nos países de origem, poderiam obter no 
mercado estrangeiro e distribuir para suas filiais. 
São investimentos em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) e C&T (Ciência e 
Tecnologia) que priorizam dimensionar a atuação sobre o desenvolvimento sustentável e 
que segundo o IBGE (2004), tanto as empresas quanto o governo estão atuando nessa 
questão. Ver Tabela 4 na seqüência. 
 
GRÁFICO 2 - AQUISIÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE GESTÃO 
AMBIENTAL NO BRASIL – SUBDIVIDIDAS POR REGIÃO E PORTE (1997/1998) 
Valores em (%)
70
71
71
79
67
60
71
73
8
4
9
10
6
15
9
6
21
25
20
12
28
25
20
21
0 1 0 2 0 30 4 0 5 0 60 7 0 8 0 90
Micro
Pequena
Méd ia
Grande
N. e C. Oes te
No rd es te 
Sud es te
Sul Não sabe
origem
Fabricados no
exterior
Fabricados no
Brasil
 
 
 
 
 
 
 
 
 FONTE: BNDES, CNI, SEBRAE (1998). 
TABELA 4 INVESTIMENTOS DISPENDIDOS EM P&D E C&T PELO GOVERNO E 
EMPRESAS – PERÍODO 1999/2002 
DISPÊNDIOS POR SETOR EM P&D E C&T (EM 1.000.000 R$ CORRENTES) 
P&D C&T Ano 
Governo Empresas Governo Empresas 
1999 5.242,77 3.153,20 8.264,60 4.757,60 
2000 6.408,87 4.560,80 - (*) - (*) 
2001 4.024,67 - (*) - (*) - (*) 
2002 3.917,55 - (*) - (*) - (*) 
FONTE: IBGE (2002 e 2004) / (*) Dados não disponíveis. 
 
A participação do governo em dispêndio para P&D se mostrou considerável nos 
anos de 1999 e 2000, mas que vêm sofrendo reduções nos anos de 2001 e 2002. Já as 
empresas mostraram crescimento no dispêndio de valores no período de 1999 para 2000. 
 
Vê-se que no “gráfico 3” o BNDES, CNI e SEBRAE (1998) não divulgou dados 
referentes às empresas de micro e de pequeno porte, e nem não foram relatados os motivos 
de tal supressão. Mas, se deu ênfase aos dados das empresas de médio e grande porte, que 
na sua maioria e em todas as regiões mostram que as etapas de “aperfeiçoar procedimentos 
de monitoramento ambiental” e “expandir programa de investimento e controle ambiental”, 
são tidas como primordiais no processo de continuidade da melhoria de gestão. 
GRÁFICO 3 ETAPAS FUTURAS DE GESTÃO AMBIENTAL QUE AS EMPRESAS 
DESEJAM REALIZAR APÓS PERÍODO DE 1998 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FONTE: BNDES, CNI, SEBRAE (1998). 
Valores em (%)
0 10 20 30 40 50 60 70
Micro
Pequena
Média
Grande
N. e C. Oeste
Nordeste 
Sudeste
Sul
Po
rte
 d
a 
em
pr
es
a
R
eg
iã
o 
da
 e
m
pr
es
a
Usar imagem ambiental
como marketing
institucional
Habilitação para
rotulagem ambiental
Desenvolver
/aperfeiçoar sistemas
de auditoria ambiental
Aperfeiçoar
procedimentos de
monitoria ambiental
Expandir programa de
invest. em controle
As empresas têm, segundo Lemos e Castro (2004) uma motivação para investir 
em procedimentos e tecnologias ambientais, pois o mercado consumidor tem crescido 
muito. O autor reforça a idéia seguindo a fonte de dados do BNDES, CNI e SEBRAE de 
2000, por ele citada, quando diz que as empresas desejam – em prol do meio ambiente – 
atender os requisitos legais, melhorar a imagem da empresa, melhorar sua gestão e ter 
acesso a novos mercados. 
Já tem disponível algumas informações de projetos e estudos de casos de 
empresas nacionais, realizados pela FIERGS (Federação das Indústrias do Rio Grande do 
Sul) e pelo CNTL (Centro Nacional de Tecnologias Limpas), buscando adaptá-las a uma 
“produção mais limpa” e promover a sua sustentabilidade. 
O CNTL/SENAI-RS, atua principalmente com fundamentos voltadospara “a 
disseminação da informação”, na “implementação de produção mais limpa nos setores 
produtivos”, “na capacitação de profissionais” e na “atuação de políticas ambientais”. Isso 
tem como principal ordem a integração das indústrias com o meio ambiente, fazendo com 
os dois lados sejam beneficiários das políticas de gestão ambiental implementadas e das 
tecnologias limpas instaladas na produção. Busca-se um processo de “produção mais 
limpa”, a qual “[...] pretende integrar os objetivos ambientais aos processos de produção, a 
fim de reduzir os resíduos e as emissões em termos de quantidade e periculosidade” 
(CNTL/SENAI-RS, 2004). 
Foram colhidas informações em 26 empresas, das quais 21 eram do período de 
1998/1999 e 5 foram de estudos de 2000, distribuídas em portes médios (50%) e grandes 
 
(50%). Das empresas acompanhadas pelo CNTL, 5 delas atuam predominantemente no 
mercado nacional e 21 comercializam tanto no mercado nacional como internacional, que 
representam 19% e 81%, respectivamente. 
Isso mostra que as empresas voltadas tanto para o comércio local quanto para o 
exterior (81%) têm uma preocupação veemente em se adequar às normas de gestão e 
produção ambiental, para que assim possam atuar com maior competitividade no mercado 
internacional. 
GRÁFICO 4 SUBDIVISÃO POR MERCADO ATUANTE DAS EMPRESAS E 
 OBTENÇÃO DE RECURSOS PARA A “PRODUÇÃO MAIS LIMPA” 
 
 
 
 
 
 
 
 
69
31
1 9
81
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Próprios
Terceiros (Bancos/outros)
Nacional
Nacional/Internacional
R
ec
ur
so
s
M
er
ca
do
Valorem em (%)
Empresas
 FONTE: CNTL/SENAI-RS (2004). 
Em seguida vê-se que os recursos utilizados pelas empresas são mais de origem 
própria (69%), contra apenas 31% de recursos adquiridos nos bancos ou outros 
estabelecimentos. São recursos que servirão para a implementação das medidas ambientais. 
Dentre as medidas implementadas, segundo do CNTL/SENAI-RS (2004), estão a 
capacitação de pessoal, aquisição novos equipamentos, reutilização de resíduos e alteração 
do processo produtivo. Estas estão entre as mais usuais medidas de “produção limpa”. O 
quadro 5 sintetiza as informações. 
São medidas que geram resultados empresariais e ambientais, os quais 
incentivam as empresas prosseguirem com a implementação, para que possam obter ganhos 
econômicos na produção, na comercialização e consigam contribuir ainda mais com o meio 
ambiente. 
QUADRO 5 RESULTADOS NAS EMPRESAS E BENEFÍCIOS AMBIENTAIS OBTIDOS 
DE MEDIDAS IMPLEMENTADAS PARA A “PRODUÇÃO MAIS LIMPA” 
Medidas Implementadas Resultados nas empresas Benefícios Ambientais 
Capacitação de pessoal e P&D Otimização do processo produtivo Menor disposição de resíduos 
Aquisição de novos equipamentos Qualidade do produto Menor geração de resíduos sólidos e líquidos 
Reutilização de resíduos Diminuição do consumo de água e energia Menor uso dos recursos naturais
Alteração do processo produtivo Menor consumo de materiais Menor contaminação ambiental
 
Utilização de novos materiais Produtos menos defeituosos Maior competitividade 
 FONTE: CNTL/SENAI-RS (2004). 
O quadro 6 mostra o desempenho econômico obtido pelas principais indústrias 
acompanhadas pelo CNTL. As empresas atuam na área de metalurgia, produtos químicos e 
acessórios para bens de consumo duráveis. 
As medidas implementadas pelas empresas, de acordo com o CNTL/SENAI-RS 
(2004), contribuíram tanto para suas economias quanto para o meio ambiente e fizeram 
também com que elas se tornassem mais competitivas e procurassem estabelecer metas 
futuras para o uso de tecnologias limpas. Há uma reestruturação ainda maior do seu 
processo produtivo e de gestão em busca da certificação ambiental. 
As empresas não somente do exterior, como também as do Brasil, estão 
extremamente vinculadas à idéia de melhoria do meio ambiente. Essa melhoria é 
caracterizada pela concorrência internacional que ocorre para os produtos ambientais e pela 
idéia de avanço do desenvolvimento sustentável disseminada em todo o planeta. 
QUADRO 6 BENEFÍCIOS ECONÔMICOS OBTIDOS POR EMPRESAS BRASILEIRAS 
QUE INSTALARAM SISTEMAS DE TECNOLOGIAS LIMPAS PARA 
“PRODUÇÃO MAIS LIMPA” 1998/2000 
Empresa Faturamento anual 
Medidas 
Implementadas 
Investimento 
(R$) 
Benefício 
Econômico 
(R$) 
Agco do Brasil R$ 300 milhões Substituição de materiais e 
alteração no processo produtivo 
Não houve 
investimento 44.633,28/ano 
Cooperativa Regional 
Agropecuária Vale do 
Itajaí 
R$ 51 milhões Instalação de gerador de energia elétrica 64.000,00 21.640,00/ano 
CFP SENAI de Artes 
Gráficas 
 
R$ 420 mil 
 
Substituição de materiais 
/equipamentos 
Reorganização do processo 
produtivo. 
36.742,00 
 
10.285,67/ano 
 
 
Rio cell S/A 
 
 
US$ 120 milhões
 
Mudanças na produção 
Readaptação de equipamentos 
Reutilização de resíduos 
33.000,00 
 
1.050.000,00/ano
 
OPP Petroquímica 
S/A 
 
R$ 1 bilhão 
 
Reorganização produtiva 
Instalação de equipamentos 
Reaproveitamento de água e 
resíduos 
56.730,00 
 
132.766,00/ano 
 
Pigozzi S/A 
Engrenages e 
Transmissões 
R$ 20 milhões 
Instalação de novos equipamentos 
Alteração no processo produtivo 
Capacitação funcional 
17.100,00 21.240,00/ano 
Lupatech S/A 
 
R$ 33 milhões 
 
Substituição de materiais 
Reprocessamento/ reutilização de 
resíduos 
Não houve 
investimento 
 
89.600,00/ano 
 
 
Mecrill Metalúrgica 
Criciúma Ltda 
 
R$ 30 milhões 
 
 
Instalação de novos equipamentos 
Uso de novos 
materiais/embalagens 
Reaproveitamento da água 
25.000,00 
 
 
99.528,00/ano 
 
 
 
Randon S/A 
 
 
R$ 323 milhões 
 
 
Redução consumo de água e 
energia 
Substituição de equipamentos e 
materiais 
Reutilização de resíduos 
27.816,00 
 
 
87.219,00/ano 
 
 
 
Medabil Tessenderio 
S.A 
 
R$ 34 milhões 
 
 
Reaproveitamento de materiais 
Reorganização do processo 
produtivo 
Instalação de novos equipamentos 
490.000,00 
 
 
285.000,00/ano 
 
 
 FONTE: CNTL/SENAI-RS (2004). 
Diante das informações, vê-se que a idéia das empresas produzirem em equilíbrio 
com o meio ambiente, utilizando-se tecnologias ambientais, gera fatores positivos para 
ambos os lados. Assim, conclui-se que a tecnologia pode ser favorável ao desenvolvimento 
sustentável, estabelecendo benefícios aos integrantes da sociedade e às futuras gerações. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Foi mostrado que a participação das empresas (industrias), a utilização de 
tecnologias ambientais e métodos de “produção mais limpa” é fator promotor do 
desenvolvimento sustentável. Desta maneira, diante de todos os pontos levantados, pode-se 
concluir que o objetivo principal que se pretendia esclarecer neste estudo, foi alcançando, 
ao avaliar que a tecnologia está a favor do desenvolvimento sustentável. 
Mesmo com todos esses pontos positivos, sabe-se que a sustentabilidade do 
desenvolvimento econômico ainda demandará muito trabalho, isto porque mesmo com 
todas formulações e estudos a respeito do assunto, ainda existem muitas forças que 
impedem uma igualdade social e um meio ambiente livre de degradações. 
Neste sentindo, reportando-se mais uma vez à idéia do “mito”, de Celso 
Furtado, vê-se que uma real sustentabilidade do desenvolvimento trata-se de mais um 
paradigma nacional e internacional a ser quebrado; e que para isso, o esforço da 
coletividade e dos governantes tem que ser aumentado. Cabe a todos os membros da 
sociedade a responsabilidade e mobilização, além de vontade política para propiciar as reais 
condições de um desenvolvimento sustentável. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
1 - ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Informação e documentação – 
citações em documentos – apresentação.Rio de Janeiro: NBR 10.000, 2002. Disponível 
em: <www.abnt.org.br>. 
2 - ACTUALIDADE DA UNIÃO EUROPÉIA. A tecnologia ambiental na Europa. 
Disponível em: <http://europa.eu.int/scadplus/leg/pt/lvb/l28121.htm>. Acesso em: 19-04- 
2003. 
3 - ADELMAN, Irma. Teorias do desenvolvimento econômico. Rio de Janeiro: Forense, 
1972. 
4- AGÊNCIA EUROPÉIA DO AMBIENTE. Sinais ambientais 2004. Disponível em: 
<http://www.cijdelors.pt/Newsletters/Ambiente_ecologia/PT_Signals_web.pdf>. 
Actualização da Agência Européia do Ambiente sobre questões específicas. Luxemburgo: 
 
Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Européias, 2004. Acesso em: 14-11-
2004. 
5 - ANTUNES, Paulo de Bessa. Rio + 10 iniciativa energética. Disponível em: 
<http://www. amaerj.org.br/ambiental.htm>. Acesso em: 20-05-2003. 
6 - BALDWIN, Robert E. Desenvolvimento e crescimento econômico. São Paulo: 
Livraria Pioneira/Univesity of Wsconsin, 1979. 
7 - BARRADAS, Manoel do Nascimento, et. al. Desenvolvimento sustentável: em busca 
da operacionalização. Fortaleza: Programa Editorial da Casa José de Alencar, 1999. 
(Coleção: Alagadiço Novo. 224). 
8 - BELLIA, Vitor. Introdução à economia do meio ambiente. Brasília: Instituto 
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), 1996. 
9 - BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social); CNI 
(ConfederaçãoNacional da Indústria); SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e 
Pequenas Empresas). Pesquisa de gestão ambiental na indústria brasileira. Rio de 
Janeiro/Brasília: BNDES/CNI/SEBRAE, 1998. 
10 - BRAGA, Antonio Sérgio; MIRANDA, Luiz Camargo de (Org.). Comércio & meio 
ambiente: uma agenda para a América Latina e Caribe. Brasília: MMA/SDS, 2002. 
11 - BRESSER PEREIRA, Luiz C. Desenvolvimento e crise no Brasil. 9. ed. São Paulo: 
Brasiliense, 1980. 
12 - CANEDO, Letícia Bicalho. A revolução industrial. 3. ed. Campinas, SP: Atual, 1987. 
(Coleção Discutindo a História). 
13 - CASTRO, Newton de. (Coord.). A questão ambiental e as empresas. 3. ed. Brasília: 
SEBRAE, 1998. 
14 - CAVALCANTI, Clóvis. (Org.) et. al. Desenvolvimento e natureza: estudos para uma 
sociedade sustentável. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2001. 
15 - CEFET-SP. Fordismo e taylorismo. Disponível em: <http://www.cefetps.br/edu/eso/ 
fordtaylorismo.html>. Acesso em: 05-06-2004. 
16 - CNI. Indústria sustentável no Brasil - Agenda 21: cenários e perspectivas. Brasília: 
2002. 
17 - CNI/FINEP. A indústria e a questão tecnológica. Brasília: Ministério da Ciência e 
Tecnologia, 2002. 
18 - CNTL (Centro Nacional de Tecnologias Limpas); SENAI-RS (Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial). Estudo de casos: produção mais limpa (1998/1999 e 2000). 
Disponível em: <http://www.rs.senai.br/cntl/cntl.htm>. Acesso em: 20-08-2004. 
19 - CSN (Companhia Siderúrgica Nacional). Balanço ambiental 2003. Disponível em: 
<http://csna0004.csn.com.br/pls/ebiz/docs/PAGE/HPC_CT1/BKHPC_DESTAQUE_CT_P
T/BALAMBIENTAL1.PDF>. Acesso em: 05-11-2004.
20 - DHNET – REDE DE DIREITOS HUMANOS E CULTURA. Declaração de 
Estocolmo sobre o meio ambiente humano 1972. Disponível em: 
<http://www.dhnet.org.br/direitos/ sip/onu/doc/estoc72.htm>. Acesso em: 10-05-2003. 
21 - ELY, Aloísio. Economia do meio ambiente. 4. ed. Porto Alegre, RS: Fundação de 
Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser, 1990. 
22 - EUROPA. Atividades da União Européia. Disponível em: 
<http://www.europa.eu.int/ pol/enlarg/index_pt.htm> e 
<http://www.europa.eu.int/scadplus/leg/pt/cig/g4000u.htm>. Acesso em: 09-06-2004. 
 
23 - FURTADO, Celso. O mito do desenvolvimento econômico. 2. ed. Rio de Janeiro: 
Paz e Terra, 1998. (Coleção Leitura). 
24 - ________________. Teoria e política do desenvolvimento econômico. São Paulo: 
Abril Cultural, 1983. (Coleção: Os Economistas). 
25 - HENDERSON, Willian Otto. A revolução industrial. São Paulo: Verbo (Editora da 
Universidade de São Paulo), 1979. 
26 - IBGE. Indicadores de desenvolvimento sustentável - Brasil 2002. Disponível em: 
<http://www.ibge.gov.br/home/geografia/ambientais/ids/default.shtm>. Acesso em: 18-10-
2004. 
27 - ____________. Indicadores de desenvolvimento sustentável - Brasil 2004. 
Disponível em: 
<http://www2.ibge.gov.br/pub/Indicadores_Desenvolvimento_Sustentavel/ids2004/>. 
Acesso em: 08-11-2004. 
28 - INMETRO. Dados estatísticos. Disponível em: 
<http://www.inmetro.gov.br/gestao14001/ dados.estat.asp?Chamador=INMETRO14>. 
Acesso: 15-11-2004. 
29 - KIPERSTOK, Asher. Inovação como requisito do desenvolvimento sustentável. 
Disponível em: <http://read.adm.ufrgs.br/read30/artigos/artigo02.pdf>. Mestrado 
Profissional em Produção Limpa (MEPLIM)/Universidade Federal da Bahia. Acesso em: 
01-04-2003. 
30 - LEMOS, Haroldo Mattos; CASTRO, Maria Isabel S. M. C. Competitividade e meio 
ambiente na República Federativa do Brasil. Disponível em: <www.mercosurgtz. 
org/web/espanhol/publicaciones/informes_paises/informe_final_brasil.pdf>. Cooperação 
Técnica entre o Mercosul (SGT6) e Alemanha (GTZ). Acesso em: 06- 07-2004. 
31 - MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Declaração do Rio sobre meio ambiente e 
desenvolvimento. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/sc/agen21/agen21global/ 
deel_rio.html>. Acesso em: 16-04-2003. 
32 - ____________. Ciência e tecnologia para desenvolvimento sustentável. Brasília: 
IBAMA, 2000. 
33 - MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, SECEX (Secretaria Executiva). Agenda 21 - 
perguntas e respostas: sustentabilidade na visão do governo. Disponível em: 
<http://www.mma.gov.br/port/se/agen21/visaogov>. Brasília: Secretaria da Comissão de 
Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional. Acesso em: 24-04- 
2003. 
34 - MONTIBELLER FILHO, Gilberto. Entrevista: a economia do desenvolvimento. 
Disponível em: <http://www.guiafloripa.com.br/energia/entrevistas/gilberto.php>. Núcleo 
de Economia Ambiental e Desenvolvimento Regional/Departamento de Economia da 
UFSC. Acesso em: 20-05-2003. 
35 - NOBRE, Jailson Matos. Alca: perspectivas para o Brasil. Crato: Universidade 
Regional do Cariri (URCA), 2003. (Monografia de Graduação do Curso de Ciências 
Econômicas). 
36 - ORTIZ, Lúcia Schild. (Org). Fontes alternativas de energia e eficiência energética: 
opção para uma política energética sustentável no Brasil. Campo Grande, MS: Coalizão 
Rios Vivos/Fundação Heinrich Böll, 2002. 
 
37 - PENNAFORTE, Prof. Charles. Do fordismo ao pós-fordismo: uma visão da 
acumulação flexível. Disponível em: 
<http://www.charlespennaforte.pro.br/fordismo_e_pos-fordismo. htm>. Acesso em: 05-06-
2004. 
38 - PINDYCK, Robert S.; RUBINFELD, Daniel L. Microeconomia. 4. ed. São Paulo: 
Makron Books, 1999. 
39 - RÁDIO DAS NAÇÕES UNIDAS. Joanesburgo: Conferência da ONU dará ênfase à 
erradicação da pobreza. Disponível em: <http://www.un.org/av/radio/portuguese/2002/apr/ 
0401.html>. Acesso em: 11-05-2003. 
40 - RIBEIRO, Wagner Costa. A ordem ambiental internacional. São Paulo: Contexto, 
2001. 
41 - SANDRONI, Paulo. Novíssimo dicionário de economia. 2. ed. São Paulo: Best 
Seller, 1999. 
42 - SCHUMPETER, Joseph A. A teoria do desenvolvimento econômico. São Paulo: 
Victor Civita/Abril Cultural, 1982. (Coleção: Os Economistas). 
43 - SILVA, Conceição de Fátima. Uma reconstrução racional da Teoria das Vantagens 
Comparativas. Pesquisa & Debate 11, São Paulo, v. 8, n. 2, out. 1987. PUC-SP. 
44 - SOUZA, Nali de Jesus de. Desenvolvimento econômico. 4. ed. São Paulo: Atlas, 
1999. 
45 - SPÓSITO, Maria Encarnação Beltrão. Capitalismo e urbanização. 3. ed. São Paulo: 
Contexto, 1991. 
46 - 3G CONSULTORIA. Gestão ambiental. Disponível em: 
<http://www.3gconsultoria.com. br/download/Dirceu_gestao%20ambiental.pdf>. Acesso 
em: 16-09-2004 
47 - UNICAMP. O desenvolvimento sustentável. Disponível em: 
<http://www.fec.unicamp. br/bibdta/desensus.htm#futuro2>. Acesso em: 12-05-2003. 
48 - UNIVERSIDADE DE SANTA CATARINA. Relatório do Clubede Roma: limites 
do crescimento (1968). A interdisciplinaridade ambiental. Disponível em: <http://www.ens. 
ufsc.br/~danieljs/bacias_hidro/arquivos/artigo/inter_ambiental.doc>. Acesso em: 05-05- 
2003. 
	Este trabalho tem com base a monografia de graduação 
	TECNOLOGIA LIMPA EM FAVOR DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
	1 - ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Informação e documentação – citações em documentos – apresentação. Rio de Janeiro: NBR 10.000, 2002. Disponível em: <www.abnt.org.br>. 
	2 - ACTUALIDADE DA UNIÃO EUROPÉIA. A tecnologia ambiental na Europa. Disponível em: <http://europa.eu.int/scadplus/leg/pt/lvb/l28121.htm>. Acesso em: 19-04- 2003.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes