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Arquitetura Brasileira I
Arquitetura Rural e Urbana
SOCIESC - Arquitetura e Urbanismo
Profª Disciplina: Arq. Anne E. R. Soto
Semestre: 2010.1
Autoria do Material:
Prof. Arq. Rodolfo Marques Sastre
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Características Gerais
- Novo modo de agricultura implantado para
colonizar o país e torná-lo menos deficitário:
Plantation (grande propriedade monocultora, mão de
obra escrava, voltada para mercado externo);
- Cana-de-açúcar como opção mais adequada;
- Séc. XVII: plantação de cana em plena atividade e
surgimento dos primeiros núcleos urbanos no litoral.
A casa no Brasil começa a estabelecer sua forma;
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Influências
- Vários fatores contribuíram para a forma da
moradia: clima tropical e úmido, a flora, os índios, e o
principal, o colonizador português;
- O “velho portuga” (definição de Lúcio Costa),
mistura de oriente com ocidente, enfrentou as
condições adversas, compreendeu-as e resolveu-as,
criando uma nova forma sem perder a identidade.
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Com o índio aprendeu que cozinhar era uma tarefa realizada
do lado de fora, em uma varanda ou um puxado ao lado da
casa. O clima não recomendava o calor na parte interna.
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A solução para o
escoamento das
chuvas foi retirada
do Oriente,
trazendo dessas
regiões as
inflexões dos
telhados e dos
beirais alongados
com desenhos ou
figuras.
De Portugal trouxe
as paredes
caiadas e os
portais coloridos
(Alentejo e
Algarves).
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As plantas refletiam a estrutura familiar colonial
representada na rígida setorização segregadora.
“Quem viu uma casa brasileira viu quase todas” (Louis
Valthier – eng. francês que trabalhou no Recife)
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Arquitetura Rural
1. Engenhos: Associação de diversos edifícios, todos voltados
para a produção do Açúcar ou como atividades suporte.
- Casa-Grande
- Senzala
- Engenho
2. Chácaras / Casa Bandeirista
3. Estâncias
4. Charqueadas
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1. Engenho
- Primeira forma consolidada de moradia do colonizador;
- Partido variado conforme a época e a geografia, mas
tinham em comum a varanda como forma de vigília,
controle e amenização climática.
- Os primeiros engenhos de cana-de-açúcar que foram
construídos, sobretudo no Nordeste, sofreram
influência européia.
- O sistema patriarcal de colonização portuguesa no
Brasil, representado pela casa-grande, ao mesmo
tempo em que demonstrou uma imposição imperialista
da raça adiantada à atrasada, uma imposição de
formas européias ao meio tropical, representou uma
contemporização com as novas condições de vida e de
ambiente.
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Organização Espacial:
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O engenho tem fábrica e campo. O campo abarca uns
mil ha; a cana não cobre 10%; o resto são pastos (o
transporte é em carro-de-boi), matas (as caldeiras
queimam muita lenha), cultivos para consumo
(mandioca, feijão, milho), áreas para deslocar a
plantação quando a terra “cansa”.
Os escravos de eito (60% do total) plantam, limpam e
cortam, vigiados por feitores. As escravas enfeixam a
cana. A jornada de trabalho vai das 6 às 18 hs. Na
safra, de agosto a abril, há ainda um turno extra
(kiningo) na fábrica.
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A fábrica
A fábrica, o engenho propriamente, inclui: 1) A moenda
movida a água (rasteira ou copeira segundo a posição
da roda) ou tração animal; nos trapiches, 3 grossos
cilindros moem as canas. 2) A casa das caldeiras, onde
se coze e bate o melado; trabalha dia e noite nos 7-8
meses da safra, sob as ordens do mestre de açúcar e
do banqueiro; é o trabalho mais insalubre e perigoso
(Vieira compara-o ao inferno). 3) A casa de purgar, que
decanta o açúcar por 40 dias em formas cônicas; 4) A
caixaria, onde o produto vai para caixas de madeira de
500-600 kg, calafetadas com barro e forradas com
folhas de bananeira.
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O engenho inclui ainda oficinas, casa-grande, senzala
enfermaria, capela, quase sempre cais e alambique.
Emprega barqueiros, calafates, carapinas, alfaiates,
carreiros, oleiros, vaqueiros. Assalariados, e mais
tarde escravos, realizam as funções especializadas
(inclusive a de feitor-mor). Um engenho real (de bom
porte) fabrica 150-250 t de açúcar (mil vezes menos
que uma usina hoje) e tem 150-200 escravos. Um
pequeno, 50 escravos. Abaixo deste piso está o
lavrador, que mói sua cana na fábrica alheia.
A “dispersão” das atividades em várias construções é
uma adaptação tipicamente brasileira, muito
relacionada ao uso do Escravo Africano. Em locais
onde a ocupação se deu lentamente.
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- A casa-grande e a senzala representam este sistema
econômico, social, político de produção, de transporte,
de religião, de vida sexual e de família, de higiene do
corpo e da casa, e de política.
- Ela foi ainda fortaleza, banco (dentro de suas
grossas paredes, debaixo dos mosaicos ou tijolos, no
chão, enterrava-se dinheiro, guardavam-se jóias,
ouros, valores), cemitério (costume de enterrar os
mortos dentro de casa – na capela que era um anexo
da casa – abaixo dos santos e acima dos vivos,
governando e vigiando o mais possível a vida dos
filhos, netos, bisnetos), hospedaria, escola, e santa
casa de misericórdia.
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- O patriarcalismo se expressava nas residências com
vastas salas de jantar, numerosos quartos para filhos e
hóspedes, corredores, capela, puxadas para a
acomodação dos filhos casados, camarinhas no centro
para a quase reclusão das filhas solteiras, gineceu,
copiar, cozinhas enormes, despensa, senzala.
- Gilberto Freyre (casa grande e senzala):
“O estilo das casas-grande pode ter sido de
empréstimo; sua arquitetura, porém, foi honesta e
autêntica. Brasileirinha da silva. Teve alma. Foi
expressão sincera das necessidades, dos interesses, do
largo ritmo de vida patriarcal que os proventos do
açúcar e o trabalho eficiente dos negros tornaram
possível.”
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- A casa-grande venceu a igreja no Brasil nos impulsos
que esta se manifestou para ser a dona da terra.
Vencido os jesuítas, o senhor de engenho ficou
dominando a colônia quase sozinho.
-O verdadeiro dono do Brasil, mais do que os vice-reis e
bispos. “A força concentrou-se nas mãos dos senhores
rurais. Donos das terras. Donos dos homens. Donos das
mulheres. Suas casas representam este imenso poderio
feudal. “Feias e Fortes”. Paredes grossas. Alicerces
profundos.”
- Em conseqüência disto, no entorno destessenhores de
engenho criou-se o tipo de civilização mais estável da
América hispânica, ilustra-o a arquitetura “gorda”,
horizontal, das casas-grandes.
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2. Chácaras / Casa Bandeirista
Região:
- Planalto Paulista;
- Ocupado pela fundação da Vila de Piratiniga pelos
jesuítas;
- Consistia mais um marco de posse do que uma vila
em desenvolvimento.
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Características:
- Sítios auto-suficientes
- Modelo singular de moradia, apresentando algumas
particularidades tanto no conjunto como no partido da
casa-grande;
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Organização Espacial:
- Área social na frente (varanda, oratório e quarto de
hóspedes), Área íntima nas laterais (dormitórios no
entorno da varanda central), depósito e acesso à
varanda no fundo. Cozinha separada, no fundo do
quintal
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Um exemplo da casa de trama compacta, e o registro
mais perfeito que sobrevive até hoje, vamos observar na
casa do Padre lnácio, em Cotia, São Paulo.
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3. Estâncias
- Estância era a instalação rural dedicada à pecuária
onde vivia a família do grande proprietário de terra,
seus escravos e alguns trabalhadores livres.
- Algumas delas compreendiam dois ou três municípios
atuais, reunindo milhares de cabeças de gado.
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- Ficando muito distantes umas das outras e das
poucas cidades existentes, o número de escravos e
pessoas livres deveria ser bastante numeroso, pois a
estância deveria ter autonomia produtiva. Isto também
se reflete nas instalações que deveriam possuir,
conforme o mesmo autor, seriam as seguintes:
sobrado, residência da família; capela; atafona
(engenho de farinha de mandioca), tulha (depósito de
grãos e verduras); casa do charque (em estâncias de
meados do séc. XIX), pomar, jardim, depósito geral
(máquinas e ferramentas); área de serviços gerais e
circulação; e senzala
- Nas estâncias maiores existia ainda uma capela
separada dos outros blocos, devidamente consagrada
pelo vigário, e cuidada pela família.
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Estâncias da Boa Vista,(antiga N.S. da Vitória, a 1º), Rio Pardo, séc.
XVIII, e Estância N.S. da Vitória, a 2º , Gravataí, 1816.
Distribuição das áreas
Projeto: desconhecido
(fonte: Riopardense de Macedo, 1987)
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- Este isolamento também se refletia na tipologia da
construção, muito condicionada à defesa.
- Ficavam preferencialmente no topo das colinas, para
o controle das visuais, as construções eram “pesadas”,
com grossas paredes e pequenas aberturas, e por
vezes eram cercadas por um sólido muro. Porém, das
que “sobreviveram”, poucas passaram o tempo sem
sofrer alterações.
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- A arquitetura rural da pecuária riograndense
constituiu um conjunto formal heterogêneo sob
aspectos construtivos, plásticos e de distribuição de
interior”, do qual o responsável seria o longo período
de hegemonia desta atividade econômica, quase dois
séculos.
- Outro fator seria o posicionamento geográfico das
estâncias, o ambiente, e, principalmente, as
polarizações comerciais, criando diferentes vínculos
sócio-culturais. Vínculos estes polarizados entre norte
e sul,
-“o Norte manteve-se vinculado à rústica Sorocaba dos
tropeiros... Já o Sul enriqueceu e sofisticou-se,
fornecendo gado para a indústria do charque
concentrada em Pelotas e outros centros menores
como parte do Rio Jacuí.” (LUCCAS, 2000)
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4. Charqueadas
A charqueada como instalação específica, que deu
origem a um complexo arquitetônico bem definido, e
com a produção voltada para a comercialização tem
origem somente no século XIX. Mas, cabe lembrar que
o charque já era produzido nas estâncias, mais voltado
para o próprio consumo.
Das que resistiram ao tempo, a charqueada São João,
em Pelotas, é a que melhor conservou seu prédio
principal.
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Charqueada São João, Pelotas. Entre 1807 e 1810
(http://www.charqueadasaojoao.com.br/index.htm)
Projeto: desconhecido
(fonte: http://www.charqueadasaojoao.com.br/, out/2006)
OBS: Hospedou Saint-Hilaire em sua visita ao RS.
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Arquitetura Urbana
1. Casa Térrea
2. Sobrado
- Recife
- Bahia
- Rio de Janeiro
- São Paulo e Minas
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O lote urbano Colonial
As vilas e cidades apresentavam ruas de aspecto
uniforme, com casas térreas e sobrados construídos
sobre o alinhamento das vias públicas e sobre os
limites laterais dos terrenos. Uma organização
derivada de antigas tradições urbanísticas de Portugal.
As casa ou eram urbanas ou rurais, não tinha meio
termo, ou seja, não se admitia casas urbanas recuadas
com jardins. Esses só apareceram no século XIX.
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A organização da via
pública envolvia a
própria idéia do que ela
seria. Em uma época
na qual as ruas, com
raras exceções, ainda
não tinham calçamento,
nem eram conhecidos
passeios (desenvolvido
posteriormente como
seleção do tráfego),
não seria possível
pensar em ruas sem
prédios, ruas sem
edificações, definidas
por cercas.
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- A uniformidade dos terrenos correspondia a
uniformidade dos partidos arquitetônicos: as casas
eram construídas de modo uniforme e, em certos
casos, tal padronização era fixada nas Cartas Régias
ou em Posturas Municipais. Dimensões e número de
aberturas, altura dos pavimentos, e alinhamento com
edificações vizinhas foram exigências correntes no
século XVIII. Uma preocupação de caráter formal para
garantir que as vilas e cidades tivessem uma aparência
portuguesa.
- Vida doméstica ocorrendo no fundo do lote;
- Vida social na rua;
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1. Casa Térrea
Região:
A casa popular urbana dos tempos coloniais
praticamente teve a mesma planta pelo Brasil em
geral, apesar das diferenças nas técnicas construtivas.
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Organização Espacial:
- Terrenos estreitos e profundos;
- Casas geminadas;
- Cômodos encarreirados com planta dividida em três
partes: Frente com porta e janela no alinhamento da
rua (Sala, oficina de artesanato ou comércio); Meio
(Dormitórios, “alcovas”); Fundos (cozinha com
alpendre – quintal – instalação sanitária)
- Diferenciação social pela quantidade de mobiliário,
fartura na mesa, número de escravos, jóias e
vestuário, cargos públicos, trabalho manual,
propriedadese animais;
- Trabalho e domicílio no mesmo local;
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Os cômodos intermediários, acessíveis por corredor
lateral, eram os dormitórios, naquele tempo chamados
de camarinhas, alcovas ou “casas de dormir”. Nos
fundos, fechava a fila a cozinha, a varanda alpendrada
que dava acesso ao quintal, onde sempre havia um
arremedo de instalação sanitária (casinha, secreta ou
sentinha).
Tais moradias poderiam ser de “porta e janela”, mas
também de duas ou mais janelas conforme a situação
do proprietário, e quando as fachadas eram mais
generosas, o corredor de acesso à sala dos fundos
(nesse caso a cozinha estava sempre em um puxado
lateral) dividia as alcovas em dois blocos simétricos.
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Materiais:
- O processo construtivo foi adaptado conforme as
condições locais;
- As técnicas construtivas eram geralmente primitivas.
Nos casos mais simples as paredes eram de pau-a-
pique, adobe ou taipa de pilão e nas residências mais
importantes empregava-se pedra e barro, mais
raramente tijolos ou ainda pedra e cal.
-O sistema de cobertura, de duas águas, lançava uma
parte das águas sobre as ruas e outra sobre o quintal,
evitando-se qualquer sistema de recolhimento de
águas pluviais, algo raro.
-As variações mais importantes apareciam nas casas
de esquina ou em corpos elevados , do tipo “água
furtada”.
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1. Sobrados
Região:
Construção comum em cidades com grande inclinação
nas ruas.
Pará e Maranhão: uso de azulejos;
Recife: altos e estreitos por causa do adensamento,
podendo chegar a cinco pavimentos (cozinha no último
pavimento)
Bahia: riqueza por ser a capital;
Rio de Janeiro: maior incidência de sobrados a partir
do séc. XIX;
São Paulo e Minas: mais rara a incidência de sobrados
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A ausência de equipamentos adequados nos centros
urbanos (água, esgoto) permaneceram falhas, pois não
eram tão necessárias com a presença do escravo que
fazia as vezes de carregador de água e recolhedor de
esgoto.
As casas ricas quase sempre eram de propriedade de
comerciantes abastados, porque os fazendeiros e
senhores de engenho tinham suas moradas nas suas
propriedades rurais.
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Na grande maioria eram casas assobradadas.
Embaixo a loja, os armazéns, os depósitos, ou os
escritórios. Esses sobrados existiram pelo país todo,
mas somente nas cidades ricas, ou que passaram por
surtos de prosperidade é que vemos sobrados grandes
e bem cuidados. Nessas ocasiões a intenção plástica
era prevalente, apelando-se aos estilos vigentes e aos
mestres e empreiteiros de renome, principalmente na
Bahia.
A relação da casa de “chão batido” (térrea), e o
sobrado tinha uma relação tão forte com a condição
social que, quando os pavimentos térreos dos
sobrados não eram utilizados como lojas, eram
utilizados para os escravos e os animais. Nunca para
os proprietários e suas famílias.
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A influência árabe em nossa arquitetura, (inclusive no
costume pela preservação e reclusão da mulher), se
faz presente pelo constante uso dos muxarabis ou
gelósias. Um tipo de treliça de madeira emoldurada por
um quadro, vedando as janelas, basculando para fora,
presas por dobradiças de couro cru.
Em época na qual o vidro era raro, o sistema
propiciava ventilação dos cômodos e conferindo-lhes
toda a privacidade necessária, apesar de poucos
exemplos autênticos restarem. Muito colaborou para
isso a vinda da Família Real portuguesa, pois essa
passa a considerar esses elementos como
deselegantes, atrasados e sujos.
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Bibliografia:
1. DERENJI, Jorge. Indígena. In MONTEZUMA, Roberto (org.).
Arquitetura Brasil 500 anos: uma invenção recíproca. Recife: UFPE,
2002.
2. LEMOS, Carlos. História da casa brasileira. São Paulo: Contexto, 1989.
3. REIS FILHO, Nestor Goulart. Quadro da arquitetura no brasil. São
Paulo: Perspectiva, 1970.
4. MENDES, Chico; VERÍSSIMO, Chico; BITTAR, William. Arquitetura
Brasil: de Cabral a Dom João VI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio,
2007;
5. BICCA, Briane Elisabeth Panitz; BICCA, Paulo Renato Silveira. (org
Arquitetura na formação do Brasil. Brasília: UNESCO/IPHAN, 2008. 2°ed.
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