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* * * Diabetes Melito na Gestação Profa. Andréa Oliveira * * * Diabetes Gestacional Classificação das gestantes Portadoras prévias de Diabetes Mellitus – DM tipo 1, 2 ou outros tipos específicos (defeitos genéticos na ação da insulina, endocrinopatias...) Portadoras de Diabetes Gestacional Algum grau de intolerância à glicose com início ou reconhecimento na gestação, podendo ou não persistir após o parto * * * Epidemiologia Diabetes Melito Gestacional (DMG): 7% MUNDO 4,3% AUSTÁLIA 12,3% NOVA ZELÂNDIA 7,6% BRASIL 0,7% DAS CAUSAS DE ÓBITOS MATERNOS NO BRASIL * * * Fatores de risco para DMG * * * Aspectos etiológicos do DMG HLP: Lactogênio placentário humano. * * * Ajustes maternos na gestação * * * Efeito Diabetogênico da gestação Hormônios induzem à hiperglicemia Hormônio Lactogênio Placentário; Estrogênio e progesterona; Cortisol; Insulina: sofre ação dos hormônios da gestação, diminuindo sua eficácia (antagônicos da insulina) * * * Efeito Diabetogênico da gestação Gestantes Normais Compensam o processo com o aumento da produção pancreática de insulina Gestante com reserva pancreática limitada Desenvolve a intolerância aos carboidratos * * * Insulina materna Não atravessa a placenta Diabetes gestacional não controlado ↑ transferência de glicose para o feto hipertrofia das células β fetais ↑ insulina fetal ↑ depósito de tec adiposo no feto* * Transporte de AG por difusão simples Repercussões do DMG MACROSSOMIA FETAL * * * *excesso de líquido amniótico Repercussões do DMG MALFORMAÇÕES FETAIS Hiper ou hipoglicemia, hiperinsulinismo fetal e doença vascular útero placentária (↓ 40% do fluxo); asfixia e sofrimento fetal, prematuridade REPERCURSÕES MATERNAS Distúrbios hipertensivos, infecções urinárias, cetoacidose e DM tipo 2 pós gestacional, polidrâmnia* * * * Diagnóstico Medida de glicose soro ou plasma após jejum de 8 a 12 horas Teste padronizado de TG – 75g de glicose TESTES LABORATORIAIS MS, 2012 * * * Glicemia de Jejum 1ª consulta <85 g/dl Glicemia de Jejum Após a 20ª semana ≥85 g/dl Presença de FR Rastreamento positivo <85 g/dl Ausência de FR ≥85 g/dl Presença de FR Rastreamento positivo Rastreamento negativo FLUXOGRAMA PARA RASTREAMENTO E DIAGNÓSTICO DO DMG MS, 2012 * * * Diagnóstico Teste padronizado de TG – 75g de glicose TESTES LABORATORIAIS MS, 2012 Dois valores devem estar acima do normal para confirmação diagnóstica * * * Hemoglobina glicada (A1C) Quantidade de glicose ligada à hemoglobina por meio da glicação de proteínas é diretamente proporcional à concentração média de glicose no sangue; Fornece uma avaliação do controle glicêmico médio no período de 60 a 120 dias antes do exame. Associa-se a malformações fetais Freqüência: 2 vezes/ano em todos os pacientes ou 4 vezes/ano, quando alteração da medida terapêutica (a cada 3 meses) Diagnóstico * * * Insulinoterapia Para quem já fazia uso; Iniciar em gestantes diabéticas (prévias) tipo 2 em uso de hipoglicemiante oral; Iniciar nos casos de diabetes gestacional em que não se consegue controle glicêmico após 2 semanas de dieta; O uso de hipoglicemiantes orais está contraindicado: efeito teratogênico e hiperbilirrubinemia neonatal * * * TERAPIA NUTRICIONAL Avaliação antropométrica e ganho de peso recomendado Avaliação dietética: Nº refeições Composição/ quantidade das refeições Uso de produtos dietéticos Alergias/intolerância/modificações em função da gestação * * * Avaliação clínica: Ritmo intestinal, sinais de carência nutricionais, pressão arterial. Avaliação obstétrica: Aborto, intervalo interpartal, antecedentes de DM. Exames complementares: sumário de urina, glicemia de jejum, Hb-glicada, colesterol total e frações, creatinina sérica, clearance de creatinina, fundoscopia, USG. TERAPIA NUTRICIONAL * * * VET Manter as orientações já propostas para gestantes saudáveis CUIDADO NUTRICIONAL Distribuição de macronutrientes da dieta Carboidratos 45 a 65% Proteínas 15 a 20% Adicional de 10g dia. Lipídeos 20 a 35% <7% VET de gordura saturada Colesterol: <200mg/dia Desestimular gorduras trans * * * Distribuição energética por refeições Desjejum 10 a 15% Colação 05 a 10% Almoço 20 a 30% Lanche 10 a 15% Jantar 20 a 30% Ceia 05 a 10% CUIDADO NUTRICIONAL Prevenção de hiper/hipoglicemia * * * Vitaminas e minerais Sódio: Não restringir visando síndromes hipertensivas; Estimular consumo de vit A e antioxidantes devido ao estresse oxidativo no DM; Demais nutrientes conforme recomendação para gestantes; Adequada e potássio, magnésio, zinco e cromo. A deficiência pode agravar a hiperglicemia. * * * Álcool e cafeína ÁLCOOL Desencorajar consumo: -Risco de hipoglicemia materna e síndrome alcoólica fetal CAFEÍNA Ingestão deve ser moderada (<300mg/dia): - Risco de aborto, restrito desenvolvimento fetal, má formações congênitas, menor absorção de ferro. * * * Percentual de aumento da glicemia após ingestão de 25g do alimento comparado com a ingestão de 25g de glicose A quantidade de carboidratos por refeição é mais importante do que a fonte ou tipo. Restringir a 2 alimentos com ↑ IG na mesma refeição Sacarose não precisa ser excluída, deve-se evitar os excessos. Pode ser substituida por adoçantes. Índice Glicêmico dos Alimentos * * * Índice Glicêmico dos Alimentos * * * Contagem de carboidratos Contagem de CHO por refeição 1. Lista de equivalentes 2. Contagem em gramas Dosagem de insulina/g CHO - 1 UI/20-30g CHO (crianças) - 1 UI/15g CHO (adultos). * * * Os alimentos são agrupados de forma que cada porção do alimento escolhido pelo paciente corresponda a 15g de carboidrato; Classificando-os em categorias (grupo de alimentos) e porções de uso habitual de nossa realidade; Os grupos são formados com base na função nutricional e na composição química. Contagem de carboidratos Método 1 Lista de equivalentes * * * * * * * * * * * * Consiste em somar os gramas de carboidrato de cada alimento por refeição, obtendo-se informações em tabelas e rótulos dos alimentos; Após definido o VET da dieta: calcula-se o valor total de carboidratos ou por refeição; O paciente pode usar o alimento de acordo com a preferência. Contagem de carboidratos Método 2 Contagem em gramas * * * Contagem de carboidratos -Método 2 45/15 = 3 O paciente usará 3U de insulina nessa refeição. * * * Comparação entre os métodos * * * Qual o melhor método? O método de contar carboidratos por gramas oferece informações mais precisas. Entretanto, estimar carboidratos por substituições é mais simples e preserva o valor nutricional dos alimentos, mas não é tão preciso. A escolha do método deve levar em conta a necessidade da pessoa com diabetes, sendo que muitas vezes estes métodos podem ser utilizados ao mesmo tempo.
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