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PERDAS DE PRECIPTAÇÃO EVAPORAÇÃO, INTERCEPTAÇÃO E EVAPOTRANSPIRAÇÃO

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FACULDADE ESTÁCIO SÃO LUÍS
DISCIPLINA: HIDROLOGIA
PROFESSOR: 
PERDAS DE PRECIPTAÇÃO: EVAPORAÇÃO, INTERCEPTAÇÃO E EVAPOTRANSPIRAÇÃO
 SÃO LUÍS
2018
INTRODUÇÃO
 	A precipitação é considerada o principal fator climático relacionado à degradação de terras agrícolas e, entre suas características, a intensidade se destaca como o principal fator condicionador do processo erosivo.
 	Na Terra a evapotranspiração representa a transferência da água da superfície continental e oceânica para atmosfera, ou seja, a passagem da água do estado líquido para o gasoso. Na atmosfera essa água se condensa, formando nuvens, que se precipitam na direção da superfície terrestre - formando um processo inverso à evapotranspiração. Ou seja, o retorno da água retida na atmosfera, através da chuva, neve e o granizo.
Assim sendo a precipitação é definida em Climatologia como sendo toda água proveniente do meio atmosférico que atinge a superfície terrestre na forma de chuva, neve e granizo.
A superfície terrestre se constitui, em macro escala, obviamente, dos continentes e dos oceanos. Muito embora a menor parte do ciclo hidrológico seja constituída pela circulação da água nas superfícies continentais, isto é: a circulação de água no interior e na superfície dos solos e rochas, nos lagos e rios e principalmente no interior dos ecossistemas naturais.
Num ecossistema, a fonte da entrada de água no solo é composta de precipitação pluviométrica menos a parcela dessa água que é gradativamente interceptada pela vegetação até que, pela saturação do dossel, essa água é então redistribuída por percolação direta pela copa e escoamento superficial ao longo do tronco. Já que é através da interceptação vegetal que, uma importante parcela das chuvas que atingem os ecossistemas naturais retorna à atmosfera por evaporação sem atingir ao solo, afetando a dinâmica do escoamento superficial e o processo de infiltração. 
Desse modo a vegetação exerce um importante papel no ciclo hidrológico tanto no nível de quantidade como de qualidade de água não somente pela evapotranspiração, mas também pela interceptação da água de chuva.
DESENVOLVIMENTO
A evaporação:
 É responsável pelo movimento da água para o ar a partir de fontes como o solo, dossel florestal e corpos d'água, como lagos, córregos, rios e mares. A água recebe calor solar e aquece até que atinge seu ponto de ebulição. A partir daí, o calor não eleva mais a temperatura da água, ele age como calor latente de vaporização e converte a água do estado líquido para o gasoso. Este vapor d'água se liberta do líquido e passa a compor a atmosfera, situando-se nas camadas mais próximas da superfície.
A Interceptação:
É climatologicamente definida como sendo a capacidade que a vegetação ou outro tipo de obstáculo possuem de reter a chuva nas suas copas. É um processo fortemente dependente das características das precipitações, das condições climáticas, da densidade da vegetação, da estrutura e arquitetura do dossel e do comportamento fisiológico das plantas durante o ano. Cabe-nos ressaltar que, em geral, uma folha não é capaz de absorver quase nada da água interceptada em sua superfície. Que a capacidade individual de retenção foliar é correlacionada com o tamanho da folha, com sua forma e com a viscosidade da água. Ressaltando-se as pressões externas causadas por ação dos ventos, do tipo e frequência das precipitações dentre outras também influenciam no teor de água retida na vegetação.
A Evapotranspiração:
Cerca de 70% da quantidade de água das chuvas sobre a superfície terrestre retorna à atmosfera pelos efeitos da perda de água do solo por evaporação e perda de água da planta por transpiração.
A evapotranspiração nada mais é que a soma destes dois fenômenos, fundamentais ao ciclo da água em todo o planeta.
A transpiração representa o movimento da água dentro de uma planta, e a consequente perda da mesma para a atmosfera. As plantas, para desempenhar suas necessidades fisiológicas, retiram a água do solo através de suas raízes, retêm uma pequena fração e liberam o restante através de microscópicas válvulas presentes nas superfícies das folhas (os estômatos), sob forma de vapor d'água.
O conhecimento da água perdida por evapotranspiração é fundamental para se conhecer o balanço hídrico de uma certa região. Ela afeta diretamente o rendimento de bacias hidrográficas, a umidade atmosférica, a determinação da capacidade de reservatórios, regime de chuvas, entre outros. A evapotranspiração é melhor percebida em ambientes onde estes dois processos ocorrem simultaneamente: em solos com cobertura vegetal é praticamente impossível separar o vapor d'água proveniente da evaporação do solo daquele originado da transpiração das plantas.
Diferentes ambientes apresentarão diferentes taxas de evapotranspiração, uma vez que ela é afetada por vários fatores, como: estágio de crescimento da planta crescimento ou nível de maturidade, tipo de folha, a porcentagem de cobertura vegetal do solo, radiação solar, umidade, temperatura e o vento. A taxa de evapotranspiração da floresta será muito maior do que qualquer cultivo ou pastagem, mas modificações no uso do solo, geralmente implicam em mudanças no fluxo de vapor de água para a atmosfera e, consequentemente, no ciclo da água.
Por exemplo, o desmatamento e a exploração madeireira diminuem a quantidade de água que a vegetação libera para a atmosfera (evapotranspiração) e, consequentemente, reduz o volume das chuvas. Com a redução do volume de chuvas, há maior possibilidade de ocorrência de incêndios florestais que, por sua vez, provocam a mortalidade de árvores. Estes incêndios e as queimadas em campos agrícolas e pastagens produzem fumaça que interfere nos mecanismos de formação das nuvens, também dificultam a ocorrência de chuvas.
CONCLUSÃO
 Em um planeta em que a água potável está se tornando cada vez mais escassa e (consequentemente) cara, o estudo das perdas hídricas assume importância crescente. Para o solo vegetado e para os reservatórios de água doce, a evapotranspiração e a evaporação representam, respectivamente, uma demanda considerável de água, justiçando todos os esforços para quantificá-la e tentar minimizá-la. As perdas por evaporação ou evapotranspiração, exatamente por subtraírem uma substancial fração dos recursos hídricos disponíveis, não podem ser negligenciadas em nível de planejamento e tampouco de execução, em inúmeras atividades humanas. Neste contexto enquadra-se o abastecimento de água para as populações, a agricultura e a indústria.
Em regiões áridas e semiáridas, onde a disponibilidade hídrica é fator limitante da produção agrícola e, em situações menos favoráveis chega mesmo a por em risco a sobrevivência de populações inteiras, o conhecimento da distribuição espacial e temporal da transferência de vapor d’água para a atmosfera facilita bastante o estabelecimento de políticas visando ao uso racional da água. Estudos dessa natureza possibilitam a aquisição de conhecimento que proporcionem melhor controle do aproveitamento de grandes reservatórios, racionalizando a demanda de água para fins industriais, domésticos e agrícolas. Também torna possível quantificar melhor as laminas de água usada na irrigação e os turnos de rega, minimizando os desperdícios e mantendo o solo em uma faixa de umidade adequada às plantas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://br.monografias.com/trabalhos3/ciclo-hidrologico-conceito/ciclo-hidrologico-conceito2.shtml
http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28768-o-que-e-evapotranspiracao/
http://www.nugeo.uema.br/?page_id=137
http://www.deha.ufc.br/ticiana/Arquivos/Graduacao/Apostila_Hidrologia_grad/Cap_7_Evaporacao_e_Evapotranspiracao.pdf

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