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Doutrina da Proteção Integral (direito ECA)

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Doutrina da Proteção Integral
A doutrina é composta por um conjunto de princípios. Pela primeira vez estes princípios atendem que crianças e adolescentes são sujeitos de direito. 
PRINCIPIO DA PRIORIDADE ABSOLUTA: fundamentação no art. 227 da CF e o art. 4 do ECA. (garantia de prioridade compreende em: primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstancias; precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância publica; preferência na formulação e na execução das politicas sociais públicas e destinação privilegiada de recursos públicos nas aéreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude). 
Âmbito judicial, administração publica e outros setores. 
PRINCIPIO DO MELHOR INTERESSE: compreende decisões para resguardar os direitos fundamentais da criança e do adolescente sem subjetivismos e sem violar o contraditório e a ampla defesa. 
PRINCIPIO DA MUNICIPALIZAÇÃO: foram criados dois órgãos essenciais (Conselho tutelar e o conselho municipal de direitos da criança e adolescente); CT e CMDCA. Hoje o atendimento as crianças e adolescentes são por meio de rede. 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Art. 3 Parágrafo único.  Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem. (incluído pela Lei nº 13.257, de 2016); os indígenas são tutelado pelo ECA (art. 230, CF). 
A VIDA, A SAÚDE (ART. 7º a 14): 
Gestantes: § 5o  A assistência referida no § 4o deste artigo deverá ser prestada também a gestantes e mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção, bem como a gestantes e mães que se encontrem em situação de privação de liberdade. Art. 8,13, ECA. 
Aleitamento materno: art. 9, ECA.  O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas à medida privativa de liberdade. Art. 396 da CLT. 2x dia meia hora até os seis meses e as mães presas tem direito a aleitamento até 1,6 meses da criança. Art. 318, CP; 
Garantia do alojamento conjunto: art. 10, inciso V ECA; Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a: V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe. 
Internação hospitalar: art. 12 ECA; Art. 12.  Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de cuidados intermediários, deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente.
Art. 13 Eca: Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais. Combinado com o art. 245 Eca;
“Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente. Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência”. Denuncia de suspeita ou confirmação de maus-tratos. 
DIREITO FUNDAMENTAL A EDUCAÇÃO: ART. 53, e seguintes do ECA, lei 9.394/96. 
Educação básica: infantil (creches 0-3 → pré-escola 4-5 anos), fundamental (6 anos) e ensino médio. 
Educação superior;
OBS: havendo previsão no estatuto é licito que escolas publicas e particulares tomem providencias de advertência, suspeição ou expulsão dos alunos. 
LIBERDADE, RESPEITO E DIGNIDADE: 
Apreensão do adolescente em duas hipóteses: flagrante de ato infracional e no cumprimento de ordem jurídica fundamentada (mandado de apreensão); art. 106, Eca; “Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente. Parágrafo único. O adolescente tem direito à identificação dos responsáveis pela sua apreensão, devendo ser informado acerca de seus direitos”. Caso violarem a sua liberdade será punido conforme o art. 230, Eca “Privar a criança ou o” adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária competente: Pena - detenção de seis meses a dois anos, parágrafo único: incide na mesma pena aquele que procede à apreensão sem observância das formalidades legais. 
OBS: de acordo com o art. 143 “E vedada à divulgação de atos judiciais, policiais e administrativos que digam respeito a crianças e adolescentes a que se atribua autoria de ato infracional, parágrafo único: qualquer notícia a respeito do fato não poderá identificar a criança ou adolescente, vedando-se fotografia, referência a nome, apelido, filiação, parentesco, residência e, inclusive, iniciais do nome e sobrenome”. 
Lei 13.185/15: praticas reiteradas para caracterizar bullying; 
DIREITO A PROFISSIONALIZAÇÃO E NÃO TRABALHO:
Proibido: em regra é proibido antes dos 16 anos, porém possuí duas exceções. 
Contrato de aprendizagem: 14 à 24 anos de idade, pelo período máximo de 2 anos exceto aprendizes com deficiência que não possui período máximo. 
Alvarás judiciais que autorizam crianças menores de 16 anos trabalharem. Ex: artistas circenses, esporte, atores mirins, etc. 
16- 18 anos incompletos: poderão trabalhar em atividades que não seja perigoso, insalubre e noturno. 
Previsões legais: art. 7, inciso XIII da CF combinado com o art. 60 Eca. Art. 428 da CLT, art. 406 e 407 da CLT (alvarás judiciais). 
DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA: previsão legal no art. 19, eca. 
Guarda mãe/pai: código civil. 
Guarda para descentes: eca. 
Família extensa: afinidade e laços de afetos, art. 25, p. ú, eca. 
Família substituta: família que não possui laços consanguíneos, art. 28, eca. 
ADOÇÃO: é regulamentada por duas leis, o eca e o código civil. (eca: pessoas menores de 18 anos, já o código civil poderá ocorrer à adoção de pessoas de maior). 
Conceito: adoção é um vinculo jurídico que cria status de filiação por intermédio do poder judiciário em atendimento ao melhor interesse da criança e do adolescente. Com base no art. 41 e 43 do eca. 
Pedido de adoção regulamentado pelo eca: juiz da infância e juventude Art. 148, 147. Fórum de competência da criança. 
Pedido de adoção regulamentado pelo código civil: juiz de família. Art. 1618. 
Adotante: toda pessoa maior de 18 anos independente do estado civil, opção sexual e que tenha se inscrito no cadastro nacional de adoção e que oferece condições adequadas e todo pretendente tem que passar por um curso de no mínimo 10 horas, para poder adotar. 
Adotados: podem ser adotadas pessoas de todas as idades, provando o vinculo afetivo em caso de maiores de 18 anos. 
 Adoção á brasileira? 
Modalidade ilegal de adoção de 1988 em diante. Podem responder civilmente e criminalmente pois se trata de uma adoção ilegal. Art. 242 do cp. 
Adoção intuito persona: em regra é proibida no Brasil, possui três exceções sobre essa adoção. É a adoção sem inscrição nos cadastros permitida exclusivamente nas hipóteses do art. 50, paragrafo 13 eca. 
Se tratar de pedido de adoção unilateral;
For formulada por parente com o qual a criança ou adolescente mantenha vínculos de afinidade e afetividade;
Oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal de criança maior de três anos ou adolescente, desde que o lapso de tempo de convivência comprove a fixação de laços de afinidade e afetividade, e não seja constatada a ocorrênciade má-fé ou qualquer das situações previstas nos art. 237 ou 238 desta Lei.
art. 124, 125, 126, 128 do CP; 
CONSELHO TUTELAR: 
Art. 131 eca. 
É um órgão permanente e autônomo, uma vez criado ele não pode ser extinto. A partir de uma iniciativa de lei municipal, não somente a implementação, mas também o orçamento. Não jurisdicional, pois não pertence à justiça, ele esta ligado a administração publica municipal. Ele representa a sociedade. 
É um órgão colegiado, são cincos conselheiros que são submetidos a votação para decidir sobre alguns assuntos. 
É um órgão permanente, autônomo, não jurisdicional que representa a sociedade e é formado por um colegiado. 
Autonomia: art. 137 eca. 
CRIAÇÃO DOS CONSELHOS TUTELAR: art. 132, eca. 
Cada município devera ter no mínimo um conselho tutelar. Formado por cinco membros, seu mandato dura por quatro anos tendo possibilidade de uma recondução. 
FUNCIONAMENTO DO CONSELHO TUTELAR: art. 134, eca. 
Tem disposições genéricas previstas no eca no entanto são obrigatórias:
Remuneração;
Previdência; 
Férias + 1/3 salario 
Licenças: maternidade e paternidade. 
O conselheiro não é funcionário publico, somente é equiparado a condição de funcionário publico. 
ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO TUTELAR: art. 136, eca. 
Sempre que a criança e adolescente estiver nessas situações: de risco e ato infracional. 
I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; art. 98.
II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável; art. 98. 
III - em razão de sua conduta. Art. 98. 
Ao ato infracional praticado por criança corresponderão as medidas previstas no art. 101, I à VII. Esta indicando as medidas de proteção. 
I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade; 
II - orientação, apoio e acompanhamento temporários;
III - matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental;
IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família, da criança e do adolescente; 
V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial;
VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
VII- acolhimento provisório. 
Atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII; 
I - encaminhamento a serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família;  
II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
III - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;
IV - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua frequência e aproveitamento escolar;
VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado;
VII - advertência;
Promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:
Requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança;
IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente;
CONSELHEIRO TUTELAR: art. 135, eca. Requisitos para exercer a função:
21 anos de idade;
Residir no município; 
Reconhecida idoneidade moral; 
Alguns municípios podem definir outros critérios. 
Impedimentos: art. 140, eca. 
Marido e mulher, 
Ascendentes e descendentes, 
Sogro e genro ou nora, 
Irmãos, cunhados, durante o cunhadio,
Tio e sobrinho, 
Padrasto ou madrasta e enteado.
Remuneração: Art. 134, paragrafo único. 
 A remuneração e formação continuada dos conselheiros tutelares. Ambas são obrigatórias. 
PROCESSO DE ESCOLHA: Art. 139, eca. 
Eleição unificada, primeiro domingo de outubro posterior às eleições para presidente. Primeira vez que aconteceu no Brasil a eleição unificada foi em 2015. 
Tomaram posse em 10 de janeiro de 2016, mandatos de quatro anos. 
ATO INFRACIONAL: são condutas descritas como crimes ou contravenções penais desde que praticadas por crianças ou adolescentes conforme o art. 103, eca. Ato infracional análogo ao crime tal. 
Inimputabilidade penal: art. 228, CF/88. Aos menores de 18 anos, lei especial. 
Garantia individual? Sim (clausula pétrea), não (emenda constitucional). 
Verificação da idade: art. 104, paragrafo único, a idade do adolescente na data do fato. 
Crime permanente: é aquele cujo momento da consumação se prolonga no tempo por vontade do agente (sequestro).
Crime continuado: comete dois ou mais crimes da mesma espécie e sendo aplicada a pena mais grave e se idêntica acrescida de 1/6 a 2/3 terços. Art. 71, cp. 
Sumula 711, STF. 
Antecedentes infracionais: não configuram antecedentes criminais (decisão STJ habeas corpus 289/098). Porem indica a personalidade do agente caracterizando periculosidade. 
Crianças: Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança corresponderão às medidas protetivas previstas no art. 101.
Adolescentes: medidas socioeducativas.
Autoridade que apura o ATO INFRACIONAL: art. 136, II.
Criança: praticado pela criança, o conselho tutelar.
Adolescente: praticado por um adolescente, delegado de policia. Art. 172, eca. 
Direitos e garantias do infrator: 
Comunicações a cerca da sua apreensão: família, pessoa que indicar juiz (art. 107). 
Atribuições do delegado:
Analisar se pode entregar o adolescente aos pais. 
Internação provisória: antes da instauração do acolhimento, pedido pelo delegado no prazo máximo de 45 dias. Habeas corpus é o remédio para caso o infrator ficar mais do que 45 dias. 
FASE MINISTERIAL: apuração de atos infracionais. 
Oitiva informal: primeiro momento que o adolescente será entrevistado pelo promotor, aonde ele irá tirar suas convicções pessoais sobre o ato infracional. Familiares, vitimas e testemunhas. Art. 179, eca. 
MP: pode tomar três providencias diferente. Art. 180, eca. 
- arquivamento dos autos: será solicitado nas hipóteses que o promotor identificar a não prova no cometimento daquele ato infracional, quando for criança, não existir prova, etc. art. 189, eca. → possibilidade de requisitar medidas protetivas (art. 101). → sempre dependerá de homologação do juiz (pode deferir ou indeferir). Indeferimento: art. 181, Procurador Geral Justiça pode designar outro membro do mp para oferecer representação ou ratificar, ou ainda ele mesmo oferta a representação. 
- Remissão (perdão): art. 126, 127 eca, o pedido de remissão feito pelo ministério publico tem como efeito a exclusão do processo, pois não foi instaurada a ação socioeducativa. → não importa confissão. → não faz antecedente. Podem cumular medidas protetivas + as socioeducativas, e não pode aplicar a semiliberdade e internação. Recurso art. 128, eca. 
- representação: nome da peça processual em que o mp envia ao juiz para que ele instaure a ação. 
* aspectos formais: art. 182, eca. → resumo dos fatos, opinar sobre a medida socioeducativa que seria melhor para o adolescente. 
* natureza da ação é publica incondicionada. 
* competência: art. 147, paragrafo primeiro, será do juiz competente do lugar da ação ou omissão. Art. 148, inciso I, a justiça da infância e juventude. 
Observação: o juiz deverá homologar o pedido de remissão ofertada pelo mp. Se o juiz discordar: art. 181, eca. Procurador Geral da Justiça: designa outro membro do mp, ratifica ou oferta a representação.
FASE JUDICIAL:
- inicia com o recebimento da representação (instaurada a ação socioeducativa). 
- indeferir o recebimento? Pode sim, caso houver hipóteses de que o adolescente já tenha completado 21 anos ou caso de criança, não visto no procedimento antes. 
1- audiência de apresentação: somente ocorrerá se o adolescente estiver presente, o juiz irá interrogar o mesmo, seus pais. Sem essa audiência não começara a ação socioeducativa. Caso o adolescente não for localizado suspende-se a ação. Art. 184, paragrafo terceiro.Se houver convicções o juiz já poderá decidir nesta primeira audiência. 
2- audiência de continuação:
 - prazo para defesa previa: art. 186, paragrafo terceiro. Três dias contado da audiência de apresentação, oferecerá defesa prévia e rol de testemunhas. 
3- o juiz pode: 
- conceder a remissão antes da sentença, suspensa ou extinção. Art. 126, paragrafo único. O mp deve ter consciência sobre a remissão, caso não concorde entra com recurso de apelação. 
- deferir: art. 190, intimação do adolescente e o defensor somente quando for medida privativa de liberdade (semiliberdade e internação). Se for medidas protetivas somente a intimação ao defensor. 
- indeferir: medidas protetivas e socioeducativas. 
MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS: previsão legal no art. 112, eca. Rol taxativo. 
Advertências: admoestação verbal, ou seja, “puxão de orelha” escrito e assinado pelo adolescente e seus pais. É aplicada pelo juiz sempre na presença dos pais ou responsáveis. Art. 115, eca. Faz antecedente, pode ser aplicada na hipótese do art. 114, paragrafo único, desde que tenha sempre prova da materialidade e indícios suficientes da autoria.
Obrigação de reparar o dano: imposta ao adolescente infrator. Medida aplicada em atos infracionais que importam redução patrimonial não se confundindo com a responsabilidade civil, sendo possível acumular outras medidas conforme o art. 116.
Prestação de serviços comunitários: medida preferencial na pratica. Consiste na realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por período não excedente a seis meses, junto a entidades assistenciais, hospitais, escolas e outros estabelecimentos congêneres, bem como em programas comunitários ou governamentais, devendo ser cumpridas durante jornada máxima de oito horas semanais, aos sábados, domingos e feriados ou em dias úteis, de modo a não prejudicar a frequência à escola ou à jornada normal de trabalho. Art. 117. 
Liberdade assistida: o juiz nomeia um orientador, que tal já conheça a realidade do adolescente para exigir tarefas, educação os quais esse não recebeu. Também analisa os pais do adolescente durante seis meses, enviando relatórios ao juiz todo o tempo. Caso o juiz não observar resultados a medida pode ser agravada. Art. 118, 119 eca. Em analogia a medida mais gravosa o prazo máximo é de três anos. 
Semiliberdade: O regime de semiliberdade pode ser determinado desde o início, ou como forma de transição para o meio aberto, possibilitada a realização de atividades externas, independentemente de autorização judicial. São obrigatórias a escolarização e a profissionalização, devendo, sempre que possível, ser utilizados os recursos existentes na comunidade. A medida não comporta prazo determinado aplicando-se, no que couberem, as disposições relativas à internação. Art. 120 eca. Prazo máximo é de 3 anos, e a cada 6 meses a situação tem que ser reavaliada. Somente pode ser cumprida em casas de semiliberdade. 
Internação: é a mais rigorosa de todas as medidas e esta condicionada ao cumprimento de três princípios: art. 121, CAPUT. 
- brevidade: menor tempo possível.
- excepcionalidade: o juiz somente aplica essa medida se não conseguir aplicar outra. 
- respeito à condição peculiar: deveriam ter condições adequadas para receber o adolescente, infraestrutura do local. 
Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe técnica da entidade, salvo expressa determinação judicial em contrário. A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis meses.
Observação: depois de passado os três anos o juiz pode regredir a medida de semiliberdade. Os 45 dias já contam no calculo dos 3 anos e nos de 6 meses para reavaliar. 
Mandado de soltura: juiz e o mp, se concordam com a liberação ou precisa da aplicação de outra medida. 
Hipóteses de internação:
Ato infracional com grave ameaça ou violência contra a pessoa;
Por reiteração a partir do terceiro crime grave; ex: estupro de vulneráveis e trafico de drogas. 
Por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta; (INTERNAÇÃO SANÇÃO: três meses, e terá que voltar e cumprir as outras medidas após esse prazo).

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