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36972498 Direito Constitucional

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Direito Constitucional
Prof. Susanna Schwantes
1. Constituição
Conceito: É um ramo do Direito Público apto a 
expor, interpretar e sistematizar os princípios e 
normas fundamentais do Estado. É a ciência positiva 
das constituições. 
Constituição é a norma fundamental de 
organização do Estado e de seu povo, que tem como 
objetivo primordial - estruturar e delimitar o poder 
político do Estado e garantir direitos fundamentais 
ao povo. 
O constitucionalismo originou-se da consolidação 
das Constituições Norte-Americana de 1787 e da 
Francesa de 1791. 
Objeto: É a CONSTITUIÇÃO POLÍTICA DO 
ESTADO, cabendo a ele o estudo sistemático 
das normas que integram a constituição
Corresponde à base, ao fundamento de 
todos os demais ramos do direito; deve 
haver, portanto, obediência ao texto 
constitucional, sob pena de declaração de 
inconstitucionalidade da espécie normativa, e 
conseqüente retirada do sistema jurídico
A Constituição pode ser definida em sentido 
jurídico, político e sociológico. 
Sentido jurídico – Percussor Hans Kelsen –
Nessa concepção, a Constituição pode ser 
entendida como o conjunto de normas 
fundamentais que exterioriza os elementos
essenciais de um Estado. Para Kelsen, com 
base no sentido lógico-jurídico, a Constituição 
é norma hipotética fundamental. 
Sentido Político – percussor Carl Schimitt –
para ele a Constituição é a decisão política 
fundamental, não se confunde com leis 
constitucionais. Complementa que, a 
Constituição deveria cuidar apenas da estrutura 
do Estado e direito fundamentais. 
Sentido sociológico – percussor Ferdinand 
Lassale – pra ele, a Constituição é uma soma dos 
fatores reais de poder presentes em um 
determinado Estado.
CLASSIFICAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO
Quanto ao conteúdo:
Formal: regras formalmente constitucionais, é o 
texto votado pela Assembléia Constituinte, estão 
inseridas no texto constitucional.
Material: regras materialmente constitucionais, 
é o conjunto de regras de matéria de natureza 
constitucional, isto é, as relacionadas ao poder, quer 
esteja no texto constitucional ou fora dele.
Quanto à forma:
Escrita: pode ser: sintética (como a Constituição 
dos Estados Unidos) e analítica (expansiva, como a 
Constituição do Brasil). A ciência política recomenda 
que as constituições sejam sintéticas e não 
expansivas como é a brasileira.
Não escrita: é a constituição cuja normas não 
constam de um documento único e solene, mas se 
baseie principalmente nos costumes, na 
jurisprudência e em convenções e em textos 
constitucionais esparsos.
Quanto ao modo de elaboração: 
Dogmática: é Constituição sistematizada em um 
texto único, elaborado reflexivamente por um órgão 
constituinte; é escrita. É a que consagra certos 
dogmas da ciência política e do Direito dominantes 
no momento.
Histórica ou costumeira: é sempre não escrita e 
resultante de lenta formação histórica, do lento 
evoluir das tradições, dos fatos sócio-políticos, que 
se cristalizam como normas fundamentais da 
organização de determinado Estado. Como exemplo 
de Constituição não escrita e histórica temos a 
Constituição do Reino Unido da Grã Bretanha e da 
Irlanda do Norte. (ex. Magna Carta - datada de 
1215)
A escrita é sempre dogmática; A não escrita é 
sempre histórica.
Quanto a sua origem ou processo de positivação: 
Promulgada: aquela em que o processo de 
positivação decorre de convenção, são votadas, 
originam de um órgão constituinte composto de 
representantes do povo, eleitos para o fim de as 
elaborar. Ex.: Constituição de 1891, 1934, 1946, 
1988. 
Outorgada: aquela em que o processo de 
positivação decorre de ato de força, são impostas, 
decorrem do sistema autoritário. São as elaboradas 
sem a participação do povo. Ex.: Constituição de 
1824, 1937, 1967, 1969.
Pactuadas: são aquelas em que os 
poderosos pactuavam um texto 
constitucional, o que aconteceu com a Magna 
Carta de 1215.
OBS: A expressão Carta Constitucional é 
usada hoje pelo STF para caracterizar as 
constituições outorgadas. Portanto, não é 
mais sinônimo de constituição.
Quanto à estabilidade ou mutabilidade: 
Imutável: constituições onde se veda 
qualquer alteração, constituindo-se relíquias 
históricas – imutabilidade absoluta.
Rígida: permite que a constituição seja 
mudada mas, depende de um procedimento 
solene que é o de Emenda Constitucional que 
exige 3/5 dos membros do Congresso Nacional 
para que seja aprovada.
Flexível: o procedimento de modificação 
não tem qualquer diferença do procedimento 
comum de lei ordinária . Ex.: as constituições 
não escritas, na sua parte escrita elas são 
flexíveis
Semi-rígida: aquela em que o processo de 
modificação só é rígido na parte 
materialmente constitucional e flexível na 
parte formalmente constitucional.
Quando à extensão
Sintéticas ou resumidas: dispõe somente 
sobre os aspectos essenciais para organização 
e formação do Estado, possui poucos artigos.
Analíticas ou prolixas: dispõe sobre as 
mais diversas matérias no corpo da 
Constituição, abrange temas que poderiam ser 
objeto de leis infraconstitucionais. 
Quanto à dogmática
Ortodoxas ou simples: baseada em um 
único ideal. 
Ecléticas ou complexas: baseia-se nos mais 
diversos ideais, o que resulta em um 
agrupamento de forças políticas existentes em 
um determinado momento histórico.
Quanto ao modelo
Constituição-garantia: a Constituição estrutura e 
delimita o poder do Estado, estabelece a divisão de 
poderes e respeito às garantias individuais de seu 
povo. 
Constituição-balanço: a Constituição abarca a 
situação política, econômica e social em 
determinado momento, com a alteração significativa 
de qualquer desses fatores nova Constituição seria 
promulgada. Busca contemplar a luta de classes e a 
evolução do Estado. 
Constituição-dirigente: A constituição não 
contempla somente a estrutura e delimitação 
do Estado, mas propõe diretrizes e programas 
a serem seguidos por ele
Elementos da constituição 
Elementos orgânicos ou organizacionais: organizam 
o estado e os poderes constituídos.
Elementos limitativos: limitam o poder – direitos e 
garantias fundamentais.
Elementos sócio-ideológicos: princípios da ordem 
econômica e social
Elementos de estabilização constitucional: 
supremacia da CF (controle de constitucionalidade) e 
solução de conflitos constitucionais
Elementos formais de aplicabilidade: são 
regras que dizem respeito a aplicabilidade de 
outras regras (ex. preâmbulo, disposições 
Classificação da Constituição Brasileira de 1988.
São as seguintes classificações da CF/88: (formal, 
escrita, dogmática, promulgada, rígida, dirigente, 
analítica e ecléticatransitórias)
2. PODER CONSTITUINTE 
O poder constituinte pode ser conceituado 
como o poder de criar um texto constitucional 
(poder originário) ou de atualizar seu 
conteúdo (poder derivado). 
Independentemente de quem crie uma nova 
constituição, tem-se naquele momento a 
manifestação do poder constituinte. 
PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO - original, 
incondicionado, ilimitado; não se submete a 
nenhuma limitação. É o poder que cria e põe em 
vigor as normas constitucionais, sendo também 
chamado de inicial ou inaugural. Esse poder instaura 
uma nova ordem jurídica, ou seja, é a partir de sua 
obra - A Nova Constituição - que todo o 
ordenamento jurídico passa a ter validade. A 
doutrina estabelece ser ele inicial (Inaugura uma 
nova ordem jurídica. 
Dessa forma ele rompe com a Constituição 
anterior, revogando-a. As normas 
infraconstitucionais existentes estarão também 
revogadas pelo fenômeno da não-recepção), 
ilimitado (esse poder não encontra qualquer 
limite para estabelecer as regras que deseja), 
autônomo (Apenas ao seu titularé dado o poder 
de determinar as regras da nova constituição) e 
incondicionado (não precisa obedecer a qualquer 
regra pra a produção de suas normas. Ele mesmo 
cria o processo legislativo que entende correto 
para a sua formação).
PODER CONSTITUINTE DERIVADO - Não é 
originário, é condicionado, limitado. Também 
conhecido como Poder Instituído, Constituído, 
Secundário ou de Segundo Grau, esse poder 
busca estabelecer as formas de atualização da 
obra oriunda do poder constituinte originário. 
Como poder constituído não possui as 
características do poder originário, tendo em 
vista a existência de limites, condições e 
regras para que possa ser exercido. 
PODER CONSTITUINTE DERIVADO - Não é 
originário, é condicionado, limitado. Também 
conhecido como Poder Instituído, Constituído, 
Secundário ou de Segundo Grau, esse poder 
busca estabelecer as formas de atualização da 
obra oriunda do poder constituinte originário. 
Como poder constituído não possui as 
características do poder originário, tendo em 
vista a existência de limites, condições e 
regras para que possa ser exercido. 
Poder Constituinte Derivado Reformador
É o poder delegado pelo Poder Constituinte 
Originário a alguns órgãos para poder reformar a 
Constituição. Consiste em poder alterar o texto 
constitucional original, criando-lhe emendas de 
reforma, ou, simplesmente, emendas. É um poder 
cujos limites encontram-se previamente 
estabelecidos na Constituição Federal e que não 
pode fugir da obediência de tais regras. 
Poder Constituinte Derivado Revisional
Esse poder de revisar o texto constitucional foi 
criado com a intenção de, cinco anos após a 
promulgação da Constituição de 1988, permitir 
alterações sobre temas que, durante esse prazo, 
se mostrassem conflitantes ou impraticáveis. 
Poder Constituinte Derivado Decorrente
Consiste tal poder na possibilidade de os 
Estados-membros elaborarem suas Constituições 
Estaduais e dos Municípios e Distrito Federal 
elaborarem suas leis orgânicas.
Tal poder é uma decorrência da capacidade de 
auto-organização, autogoverno e auto-
administração de que são investidos, pela 
Constituição Federal, os Estados-membros. 
Autonomia - poder de auto-governo e auto-organização. 
Poder de eleger seus próprios governantes. 
Poder Constituinte Derivado Decorrente: Poder 
concedido pelo Constituinte Originário para que os 
Estados Federados promulguem sua constituição de 
acordo com a Constituição Nacional.
LIMITES
Poder Constituinte Derivado REFORMADOR 
a) limites processuais - Estabelecem um 
processo legislativo mais rigoroso para a 
aprovação de uma proposta de emenda à 
Constituição (PEC); 
b) limites circunstanciais - Sendo a emenda 
à constituição uma regra que altera o texto maior 
de um Estado, sua promulgação tem de ocorrer 
em períodos de tranquilidade política e 
institucional. Assim, a Constituição Federal proibiu 
que seu texto fosse emendado na vigência de 
intervenção federal, estado de defesa e estado de 
sítio; 
c)limitações materiais - Consistem nos temas que 
não podem ser abolidos por meio de Emenda à 
Constituição.
§ 1º. A Constituição não poderá ser emendada na 
vigência de intervenção federal, de estado de defesa 
ou de estado de sítio. 
§ 2º. A proposta será discutida e votada em cada 
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, 
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três 
quintos dos votos dos respectivos membros. 
§ 3º. A emenda à Constituição será promulgada pelas 
Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado 
Federal, com o respectivo número de ordem. 
§ 4º. Não será objeto de deliberação a 
proposta de emenda tendente a abolir: 
– I - a forma federativa de Estado; 
– II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
– III - a separação dos Poderes; 
– IV - os direitos e garantias individuais.
- Processuais - tem que seguir as normas 
- Materiais expressos - Parágrafo 4º do Art. 60 
da Constituição, consideradas cláusulas 
pétreas; 
- Materiais implícitos - Decorrem da razão.

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