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Princípios Constitucionais do Processo
Uma espécie de norma que prescreve um comportamento 
Nos princípios não existe hierarquia, mas a professora considera o PRIMEIRO (princípio do devido processo legal) a base para todos os outros.
O processo só vai ser válido se tiver as garantias mínimas:
Contraditório;
Ampla Defesa;
Igualdade entre as partes;
Juiz natural e imparcial; 
Publicidade (que o processo seja público);
Adequação ao que foi pedido e decisão efetiva;
Da duração razoável do processo.
Princípio do devido processo legal
Art.5º, LIV, CF/88.
O que é esse princípio? Esse princípio foi copiado do Direitos dos EUA, que lá é conhecido como “DUE PROCESS OF LAW”. 
Ressalva da Doutrina: O processo não tem que respeitar apenas a lei, mas tudo o que está incluso.
Teve seu desenvolvimento em duas dimensões. A primeira é:
Procedural due Process (devido processo legal procedimental) [dimensão formal]
Todo processo deve ser estruturado nas garantias mínimas do 1 (contraditório), 2 (ampla defesa), 3 (igualdade entre as partes), 4 (juiz natural e imparcial), 5 (publicidade), 6 (adequação ao que foi pedido e decisão efetiva) e 7 (duração razoável do processo).
Se o processo não trouxer uma dessas garantia, o processo não será válido. Ele não terá validade.
Regularidade formal significa que todo o procedimento, todo o processo está previsto em lei. Toda a maneira do processo acontecer tem que estar prevista em lei, para evitar a violação do direito das partes.
Além de conter as garantias mínimas, o processo deve conter também a regularidade formal.
Regularidade formal: É o procedimento ou rito, a maneira de praticar atos processuais já deve estar preestabelecidos em lei.
O que é um processo justo (no formal)? Um processo que tenha garantias mínimas e respeite as regularidades formais.
 Substantive due Process (devido processo substancial) [dimensão material]
Mecanismo de controle das decisões judiciais. 
É o mecanismo de controle do conteúdo das decisões judiciais. Se o juiz vai se basear nas leis materiais (para a decisão), o que vai regular essa decisão é a dimensão material.
Em um primeiro momento, essa dimensão material se dirige ao legislador, dizendo: “olha legislador, para você elabora ou editar uma lei, ela precisa ser justa e seguir os critérios de justiça a Razoabilidade e a Proporcionalidade. ” Mas não pode deixar apenas nas mãos do legislador, porque nem sempre ele faz uma lei justa.
Em um segundo momento, essa dimensão material dirige-se juiz, dizendo: “ olha juiz, nem sempre o legislador vai seguir todos esses critérios, então você vai ter que fazer o controle de constitucionalidade e a interpretação da lei. ”
PROF: O juiz antes de aplicar a lei deve fazer o controle de constitucionalidade e deve interpretar a lei de maneira a garantir a máxima efetividade aos Direitos Fundamentais.
Princípio do Juiz natural e da imparcialidade do Juiz
Art.5º, XXVII (não haverá tribunal de exceção no Brasil) e LIII (só o juiz ou tribunal competente poderá julgar), CF/88.
Garante a toda pessoa o direito de ser julgada por um órgão investido de jurisdição, pré-constituído, competente e imparcial.
Órgão investido de jurisdição: Juiz togado ou tribunais. Nos tribunais tem o colegiado de juízes e 1/5 do colegiado não precisa ser concursado. O Juiz Togado que passou no concurso, teve três anos de experiência e é bacharel em Direito.
Não existe tribunal de exceção no Brasil, porque é necessário que já seja pré-constituído e os tribunais de exceção são tribunais criados para julgar crime de uma pessoa específica. 
Pré-constituído: Significa que já está previsto em lei antes da ocorrência do fato. Proíbe-se tribunais de exceção.
Competente: Um dos critérios é a matéria (se é cível, família...), a pessoa (depende do agente), território. Entre os juízes e tribunais existe uma ordem pré-estabelecida na lei de competências.
Imparcial: Imparcialidade do Juiz, o juiz não pode ter interesse no objeto do conflito, nem razões para privilegiar qualquer das partes.
O Juiz não pode ser impedido (art.144, CPC) nem suspeito (art.145, CPC)
Princípio da Igualdade das partes (autor e réu)
Significa que o autor e réu devem ter as mesmas oportunidades de fazer alegações e produzir provas no processo.
É possível que haja um tratamento diferenciado para a parte que precisar.
OBS: Princípio do “Favor rei” (em favor do réu): O interesse do réu possui prevalente proteção. Exemplo: Absolvição por insuficiência de provas.
OBS2: Processo Civil. Igualdade material, nomeação de curador especial para o incapaz. Para a proteção de herança na maioria das vezes.
Defensor dativo para um réu revel (que não respondeu o processo) que foi citado por edital.
Princípio do Contraditório e Ampla Defesa
Dois princípios diferentes que são estudados juntos por estarem interconectados.
Contraditório: Traz duas garantias para o autor e para o réu. 
Direito a informação 
Significa que o réu tem o direito de saber que está sendo processado e que ambas as partes tem o direito de tomar ciência dos atos praticados no processo. 
Atos de comunicação processual
Citação: SEMPRE quem vai receber é o RÉU. Informa ou comunica ao réu que ele está sendo processado e que tem o direito a se defender. PROF: Oportunizando-lhe a defesa.
Intimação: Pode ser dirigida ao autor, ao réu ou terceiro que faz parte do processo. Traz uma informação ou uma convocação dirigida as partes, testemunhas ou MP.
Notificação: Significa a mesma coisa de Citação, mas ele é utilizado no processo de trabalho e mandado de segurança.
Direito de reação (ou sua possibilidade)
Direito de se defender. Significa o Direito do autor e do réu de contraditar/ de impugnar o que foi dito pela outra parte.
Se o réu não se defender no processo civil ou trabalhista, o juiz vai entender que o réu aceita o que o autor falou. Vai gerar revelia, que é a aceitação das alegações do autor como verdadeiras.
No Processo Penal não há essa presunção de que o réu é culpado. A revelia no Processo Penal gera apenas a nomeação de um defensor público.
PROF: Significa o direito do réu de se defender no processo. A ausência de defesa causa revelia. O efeito no Processo Civil ou Trabalhista, a regra é que o Juiz presumirá verdadeiros os fatos alegados pelo autor na inicial. Mas não é em todos os processos que irá acontecer essa revelia.
No Processo Penal o Juiz nomeará um defensor dativo ao réu.
Da Ampla Defesa (art.5º, LV, CF/88): Vai garantir tanto ao autor e ao réu o amplo acesso aos meios de prova em direito admitidos.
OBS: O inquérito policial NÃO tem contraditório. Serve para coletar provas (indícios de autoria) da materialidade do crime que aconteceu.
O MP pode dispensar o inquérito e fazer ele mesmo o inquérito.
EXCEÇÃO: Existem provas que não tem como repetir a sua coleta porque os indícios vão desaparecer. Exemplo: agressão. 
Princípio da Ação, Demanda ou Inércia Processual
Embora o Estado tenha o poder de solucionar os conflitos, se ele não for provocado, não vai solucionar o conflito. Por quê? Porque o Juiz/Estado é inerte, a jurisdição é inerte, ela precisa ser provocada.
Na demanda é porque o Juiz não pode conferir ao autor mais do que foi pedido ou algo diverso do que ele pediu.
Regra: O Juiz só pode exercer jurisdição se ele for provocado pelo legítimo interessado. O Juiz não pode dar início ao processo de ofício.
Exceção: Juiz Penal nunca poderá ajuizar uma ação incriminadora contra alguém, mas ele pode entrar com uma ação de Habeas Corpus.
Um exemplo no Direito Civil é quando uma pessoa não deixa herdeiros e o juiz pode dar início ao processo para abrir o inventário e os bens da pessoa passa para o Estado.
No trabalhista se houver um sindicato, o juiz de ofício (por conta própria) poderá entrar com uma ação.
Princípio do impulso oficial
Determina que uma vez iniciado o processo, cabe ao juiz, e não às partes, mover o procedimento de fase em fase, até exaurir a função jurisdicional.
Preclusão: É a perda de um direito ou faculdadeprocessual.
Temporal: Em razão do seu não exercício no prazo legal.
Lógica: Em razão da prática de um ato incompatível com esse direito. É contrário ao que você vai praticar no recurso.
Consumativa: Em razão da sua consumação.
Princípio da Publicidade
Art.93, inciso 9 e art.11º, CF/88
Quando o processo é público. Significa a) presença do público nas audiências e b) consultas aos autos processuais por qualquer pessoa, menos quando corre em segredo de justiça.
Princípio da Motivação das Decisões Judiciais
Art.93, IX, CF/88.
O Juiz tem que dizer/fundamentar a sua decisão. Todas as decisões judiciais (isso que precisa ser fundamentada) precisam ser fundamentadas, sob pena de nulidade da decisão. Decisão interlocutória e sentença são decisões judiciais. 
Princípio da Efetividade 
Ele gera o Direito Fundamental à tutela executiva. Ele diz que o Devido Processo Legal deve ser um processo efetivo, isto é, capaz de realizar na prática o Direito reivindicado.
O Juiz deve utilizar todos os meios executórias previstos em leu e adequados para garantir a pronta e integral satisfação/efetividade do Direito reconhecido no processo.
Chiovenda diz- Máxima da maior coincidência possível. O processo deve garantir a quem tem razão o exato bem da vida a que teria Direito, se não precisasse do Processo.
Não é expresso na CF, decorre do devido processo legal. 3 regras:
O Juiz deve interpretar as normas que regulam meios executórios, de modo a lhes emprestar a máxima efetividade possível.
O Juiz pode deixar de aplicar restrição legal a meio executório, se ela não for motivada por um Direito Fundamental.
O Juiz deve garantir o uso de todos os meios executórios legais e constitucionais para satisfazer o Direito.
Princípio da adequação
Momento pré-jurídico ou legislativo: Determina que o legislador, ao criar leis prevendo os procedimentos deve levar em consideração a natureza jurídica e as peculiaridades da situação jurídica material que será analisada no processo.
Possui três critérios:
Adequação subjetiva: Quem serão as partes?
Adequação teleológica: Quais os valores norteiam o processo?
Adequação objetiva: Qual é a natureza o Direito? Como ele se apresenta? Existe situação de urgência?
 Momento Processual (princípio da adaptalidade ou da elasticidade): O Juiz pode adaptar o procedimento previsto em lei ao caso concreto, sempre que isso for necessário para realizar um Direito Fundamental Processual.
Princípio da Boa-Fé ou lealdade processual
Juiz, autor e réu têm um padrão objetivo de conduta proba, leal, honesta, ética.
Autor e Réu: Não podem abusar de um poder processual; 
Não podem criar obstáculos imotivados no andamento do processo;
Não podem criar incidentes manifestamente protelatórios;
Não podem adotar um comportamento contraditório.
Caso haja algum desses fatos, vai resultar na perda do direito. Se não houver responsabilidade com o prazo, ocorrerá a perda dele. Deve haver cooperação entre as três partes.
Princípio da Cooperação
Se aplica apenas ao JUIZ. Cria três deveres para ele:
Dever de consulta: Deve consultar as partes antes de tomar uma decisão.
Dever de esclarecimento: Deve esclarecer as dúvidas das partes/advogados.
Dever de prevenção: Dever de prevenir nulidade, determinar a correção de errados Materiais.
Princípio da Instrumentalidade
Determina que o processo não é um fim em si mesmo, mas figura como instrumento de efetivação do Direito Material. O Direito Processual e o Direito Material, embora diferentes, autônomos entre si, estão vinculados por u nexo de finalidade.
Princípio da duração razoável do processo/celeridade
Art.5º, LX, XVIII, CF/88.
Gera o Direito das partes a um Processo sem dilatações indevidas. A corte europeia de Direitos Humanos tem três critérios para analisar se a demora processual é ou não indevida:
Complexidade da causa;
Comportamento das partes e de seus advogados;
Comportamento do Juiz (inércia indevida)
Disponibilidade X Indisponibilidade
Disponibilidade: Processo Civil e Trabalhista. Autor ajuíza a ação se desejar; pode desistir da ação; cabe acordo.
Exceção: Incapaz
Indisponibilidade: Direito Penal. O MP deve oferecer denúncia, se houver justa causa; não pode desistir da ação nem do recurso; não cabe acordo.
Exceção: Ação Penal Privada (ex: dano). Vai ser a atuação no Juizado.
Princípio da Livre Investigação das Provas
Inicialmente a produção de provas e ônus das partes.
Processo Civil (temperado pelo princípio dispositivo): Significa que o Juiz pode determinar, de ofício, as provas que entender necessárias para o esclarecimento dos fatos ou o pode se contentar com a verdade formal.
Processo Penal: O Juiz não só pode, como deve determinar as provas necessárias para alcançar a verdade penal.
Princípio da Persuasão Racional ou Convencional motivado do Juiz 
No Brasil, não existe hierarquia entre os meios de poder, cabendo ao juiz valorar as provas produzidas de acordo com seus critérios críticos e racionais, mas a decisão do Juiz deve ser baseada no conjunto probatório e deve ser fundamentada.
Princípio da Instrumentalidade das Formas
Autoriza o aproveitamento do ato processual praticado fora da forma prevista em lei, se ele tiver alcançado a sua finalidade e não tiver prejudicado ninguém.

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