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TCC Mariana Soares Figueiredo

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FACULDADE INTEGRAL DIFERENCIAL 
CURSO DE ODONTOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIANA SOARES FIGUEIREDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATORES ETIOLÓGICOS ASSOCIADOS A HIPOMINERALIZAÇÃO MOLAR 
INCISIVO (HMI): REVISÃO DE LITERATURA SISTEMATIZADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA 
2017
 
 
MARIANA SOARES FIGUEIREDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATORES ETIOLÓGICOS ASSOCIADOS A HIPOMINERALIZAÇÃO MOLAR 
INCISIVO (HMI): REVISÃO DE LITERATURA SISTEMATIZADA 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado à 
Faculdade Integral Diferencial – DeVry | Facid como 
requisito para conclusão do curso de graduação de 
Odontologia. 
 
Orientadora: Profa. Dra. Neusa Barros Dantas Neta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA 
2017 
 
 
MARIANA SOARES FIGUEIREDO 
 
 
 
FATORES ETIOLÓGICOS ASSOCIADOS A HIPOMINERALIZAÇÃO MOLAR 
INCISIVO (HMI): REVISÃO DE LITERATURA SISTEMATIZADA 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado à 
Faculdade Integral Diferencial – DeVry | Facid como 
requisito para conclusão do curso de graduação de 
Odontologia. 
 
 
 
Monografia aprovada em:____/____/____ 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
___________________________________________________________ 
Profa. Dra. Neusa Barros Dantas Neta 
Orientadora 
 
 
 
___________________________________________________________ 
Profa. Me. Daniela Nunes Nogueira 
DeVry | Facid – Faculdade Integral Diferencial 
 
 
 
___________________________________________________________ 
Profa. Me. Marcia Regina Soares Cruz 
DeVry | Facid – Faculdade Integral Diferencial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho as pessoas mais 
importantes da minha vida: aos meus pais 
e minha irmã. O apoio de vocês, foi 
essencial para essa conquista. Só tenho a 
agradecer! Amo vocês. 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
Primeiramente a Deus, porque nunca foi sorte, mas sim Ele! Que sempre 
esteve presente em mim, guiando, fortalecendo, me fazendo acreditar, me mostrando 
que nunca devemos baixar a cabeça diante das dificuldades quando você tem um 
objetivo. 
Aos meus pais, por todo o amor, carinho, trabalho, apoio, estimulo, que 
apesar das dificuldades nunca mediram esforços para proporcionar o meu 
crescimento, amo muito vocês. 
A minha irmã, Larruama Soares, que me acompanhou durante todo esse 
caminho, sendo meu alicerce, sem você eu não conseguiria chegar até aqui! Te amo. 
E ao meu cunhado, Denival Filho que sempre me apoiou e incentivou. 
A minha família, que apesar da distância sempre esteve torcendo por mim. 
As amizades que fiz durante o curso, me proporcionando maior leveza. 
Especialmente a minha dupla Nubia Alves, permanecemos juntas durante todo o 
curso, passando por tristezas e alegrias. 
Aos pacientes, pela confiança depositada em mim e pelo carinho que 
recebi. 
E não menos importante a minha orientadora, Neusa Barros! Que eu 
deveria ter conhecido no início da minha vida acadêmica, pois me proporcionou 
experiências incríveis, em pouco tempo de orientação. Só tenho a agradecer pela 
paciência e incentivo. Além disso, pela assistência que nunca faltou, antes, durante e 
após a gestação do Francisco Miguel. Obrigada Professora! 
 
 
 
FIGUEIREDO, M. S. Fatores etiológicos associados a hipomineralização molar 
incisivo (HMI): revisão de literatura sistematizada. 2017. 50 f. Trabalho de Conclusão 
de Curso orientado pela Profa. Dra. Neusa Barros Dantas Neta (Graduação em 
Odontologia) – Faculdade Integral Diferencial – DeVry │Facid, Teresina, 2017. 
RESUMO 
A hipomineralização molar - incisivo (HMI) é um defeito de desenvolvimento do 
esmalte dentário causada por um distúrbio que afeta os ameloblastos durante a fase 
precoce da maturação amelogênica. Desta forma, é um defeito qualitativo, identificado 
visualmente como uma anormalidade na sua translucidez, que se caracteriza por 
áreas de coloração branca, creme, amarelas ou castanhas, de superfície lisa e 
espessura normal de esmalte. Por ser uma alteração no esmalte, pode ser confundida 
com outras doenças como: hipoplasia do esmalte dentário, fluorose dentária e 
amelogênese imperfeita. A sua prevalência varia entre 2,4% a 40,2% no mundo. Sua 
etiologia é incerta mas acredita-se que seja multifatorial envolvendo fatores genéticos 
e ambientais. O objetivo do estudo foi verificar os fatores etiológicos associados a HMI 
através de uma revisão de literatura sistematizada. A pesquisa foi feita através da 
consulta nas seguintes bases de dados on line secundárias: Scielo, Lilacs, Pubmed e 
ScienceDirect. Os critérios de inclusão foram: artigos com disponibilidade na íntegra, 
em idiomas português ou inglês ou espanhol, que apresentassem coerência com a 
temática, com data de publicação entre 2007 e 2017, que usassem os critérios da 
Academia Europeia de Odontopediatria (EAPD). Foram excluídas publicações cujos 
títulos e/ou objetivos não possuíam ligação direta com a temática ou que fugiam ao 
objetivo do estudo e que fossem do tipo revisão bibliográfica. Os dados obtidos foram 
organizados em forma de tabelas. Em seguida, foi feita uma análise das pesquisas a 
fim de verificar quais artigos corroboravam do assunto em questão. Das publicações 
mencionadas, 21 artigos específicos dos últimos 10 anos debatem a etiologia da HMI, 
Destes 71,42% (n=15) mencionaram a como fator etiológico, os fatores pré (antes do 
parto), peri (durante o parto) e pós natais ( após o parto), 9,54% (n=2) a genética e 
19,4 % (n=4) como indefinida. Portanto conclui-se que os fatores pré, peri e pós-natais 
tem grande influência em relação a causa da HMI. De posse dessas informações 
pode-se propor que a partir do conhecimento dos fatores etiológicos associados a HMI 
é possível a adoção de estratégias de tratamento diferenciadas de acordo com a 
causa encontrada e a detecção precoce da doença contribui para evitar a sua 
progressão. 
 
Palavras-chave: Hipomineralização. Molar incisivo. Desmineralização do Dente. 
Etiologia 
 
 
 
FIGUEIREDO, M. S. Etiologic factors associated to incisive molar 
hypomineralization (HMI): systematized literature review. 2017. 50 p. Completion of 
Course Work directed by Prof. Dr. Neusa Barros Dantas Neta (Graduation in Dentistry) 
– Faculdade Integral Diferencial – DeVry │Facid, Teresina, 2017. 
ABSTRACT 
Molar-incisor hypomineralization (MIH) is a developmental defect of tooth enamel 
caused by a disorder that affects the ameloblasts during the early phase of amelogenic 
maturation. In this way, it is a qualitative defect, visually identified as an abnormality in 
its translucency, characterized by white, cream, yellow or brown areas with a smooth 
surface and a normal enamel thickness. Because it is a change in the enamel, it can 
be confused with other diseases such as: hypoplasia of dental enamel, dental fluorosis 
and imperfect amelogenesis. Its prevalence ranges from 2.4% to 40.2% in the world. 
Its etiology is uncertain but is believed to be multifactorial involving genetic and 
environmental factors. The objective of the study was to verify the etiological factors 
associated with HMI through a literature review. This work was a review of 
systematized literature. The research was done through the consultation in the 
following secondary online databases: Scielo, Lilacs, Pubmed and ScienceDirect. 
Inclusion criteria were: articles with full availability in Portuguese or English or Spanish, 
which were consistent with the theme, published between 2007 and 2017, using the 
criteria of the EuropeanAcademy of Pediatric Dentistry (EAPD). We excluded 
publications whose titles and / or objectives had no direct link with the subject or that 
fell outside the scope of the study and were of the type literature review. The data 
obtained were organized in the form of tables. Afterwards, an analysis of the research 
was done to verify which articles corroborated the subject in question. Twenty-one 
articles were evaluated, of which 71.42% (n = 15) mentioned as a etiological factor pre, 
peri and postnatal factors, 9.54% (n = 2) and 19.4% (n = 4) as indefinite. Therefore, it 
is concluded that pre, peri and postnatal factors have a great influence on the cause 
of MIH. With this information, it can be proposed that, based on the knowledge of the 
etiological factors associated with MIH. It is possible to adopt differentiated treatment 
strategies according to the cause found and the early detection of the disease 
contributes to avoid its progression. 
 
Keywords: Molar incisor hypomineralization. Tooth demineralization. Etiology 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS E QUADROS 
Figura 1 – Imagens eletrônicas do esmalte ............................................................... 22 
Figura 2 – Dentes com opacidades que variam de branco a marrom ....................... 23 
Figura 3 – Diagnóstico diferencial ............................................................................. 24 
Figura 4 – Esmalte desintegrado de molares ............................................................ 25 
Figura 5 – Prevalência de alguns lugares do mundo ................................................ 27 
Figura 6 – Fluxograma da metodologia da pesquisa ................................................. 31 
Quadro 1 – Descrição dos resultados ....................................................................... 33 
Quadro 2 – Relação dos artigos incluídos na revisão de literatura sistematizada ..... 42 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
AINEs Anti-inflamatórios Não Esteróides 
EAPD Academia Europeia de Odontopediatria 
FDI Federação Dentária Internacional 
GINIplus Influence of Nutrition Intervention plus air pollution and genetics 
on allergy developmet 
HMI Hipomineralização Molar Incisivo 
LISAplus Lifestyle factors on development of the Immune System and 
Allergies in East and West Germany plus air pollution and 
genetics on allergy development 
Soro 25(OH) D 25-hidroxi vitamina D 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 19 
2 DESENVOLVIMENTO ...................................................................................... 21 
2.1 Características Bioquímicas do Dente com HMI .......................................... 21 
2.2 Hipomineralização Molar Incisivo ................................................................. 22 
2.3 Prevalência ...................................................................................................... 26 
2.4 Etiologia ........................................................................................................... 30 
3 METODOLOGIA ............................................................................................... 31 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................ 33 
5 CONCLUSÃO ................................................................................................... 45 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 47 
 
19 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
A hipomineralização idiopática extensa severa do esmalte de incisivos e 
molares permanentes em crianças foi vista pela primeira vez no final da década de 
setenta, nos serviços públicos odontológicos na Suécia. Esses molares eram referidos 
como opacidades do esmalte não fluoretado, hipoplasia do esmalte interno, manchas 
de esmalte não endêmico, manchas opacas, opacidades do esmalte idiopático, 
opacidades do esmalte e molares de queijo (KOCH et al. 1987) 
Somente 14 anos depois, propuseram o termo hipomineralização molar-
incisivo (HMI) para descrever este defeito do esmalte dentário. Causado por um 
distúrbio que afeta os ameloblastos durante a fase precoce da maturação 
amelogênica. Essa definição é pela Academia Europeia de Odontopediatria (EAPD) 
(WEERHEIJM et al., 2001). 
Com o desenvolvimento dos critérios de classificação da EAPD para a HMI 
houve um crescente interesse mundial na investigação da prevalência de opacidades 
delimitadas no esmalte dos dentes. Entretanto, a falta de um sistema padronizado 
para fins de registro de dados em levantamentos epidemiológicos sobre o tema tem 
contribuído grandemente para as grandes variações na prevalência entre os estudos 
(GHANIM et al., 2015). O esmalte hipomineralizado é frágil e pode se destacar 
facilmente, deixando a dentina exposta e causando problemas como sensibilidade 
dentária e maior risco para o desenvolvimento de lesões de cárie (BASSO et al., 
2007). 
Clinicamente, a HMI difere da hipoplasia de esmalte por ser um defeito 
qualitativo, caracterizado por opacidades demarcadas de esmalte. Além disso, 
quando ocorre perda de estrutura, as margens do tecido fraturado são ásperas e 
irregulares, diferenciando dos defeitos quantitativos das hipoplasias, que apresentam 
margens lisas e arredondadas (JEREMIAS et al., 2010). 
A prevalência da HMI é incerta e a maioria das pesquisas sobre o tema são 
baseados na população europeia, no entanto alguns estudos indicam uma prevalência 
que varia entre 2,4% a 40,2% no mundo (KEMOLI, 2008). 
A HMI permanece ainda uma entidade relativamente desconhecida e de 
etiologia não totalmente definida, pois a falta de evidência na literatura não permite 
estabelecer os fatores etiológicos desta doença de forma clara. Contudo, fatores de 
20 
 
natureza sistêmica, como as doenças respiratórias e as complicações pré-natais no 
último trimestre gestacional são consideradas como possíveis causas (JEREMIAS et 
al., 2010). 
Este estudo justifica-se pelo fato de que a partir do conhecimento dos 
fatores etiológicos associados a HMI é possível a adoção de estratégias de tratamento 
diferenciadas de acordo com a causa encontrada. Neste sentido, a detecção precoce 
da doença contribui para evitar a sua progressão, diminuindo sensibilidade dentária e 
risco de lesões de cárie. O objetivo do presente trabalho foi verificar com base numa 
revisão de literatura sistematizada quais os fatores etiológicos associados à HMI. 
21 
 
 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
2.1 Características Bioquímicas do Dente com HMI 
O processo de formação do esmalte é um fenômeno complexo que pode 
ser dividido em diferentes estágios. A fase secretora, na qual o esmalte é depositado 
em toda a sua espessura, e é seguida pela fase de maturação, onde a água e a 
matéria orgânica são removidas do tecido para propiciar um influxo adicional de 
mineral (ELHENNAWY et al., 2017). 
Os dentes com HMI apresentam-se porosos, e isso pode ser devido a um 
intervalo de tempo, durante a diferenciação dos ameloblastos, desde o nascimento 
até o 1º ano de vida. Nessa fase, em que os ameloblastos perdem a capacidade de 
extrair magnesio (Mg) da matriz do esmalte durante o estágio de maturação, 
mostrando que os valores médios de Mg são significativamente maiores no esmalte 
hipomineralizado em comparação com o normal (CROMBIE et al., 2013). Além disso 
os niveis de cálcio (Ca) e potássio (P) em um dente com HMI são menores, 
apresentando os molares permanentes com um menor conteúdo mineral e menor 
dureza micro comparada ao esmalte normal, mas também possuem maiorteor de 
carbonato (MELIN et al., 2015). 
Comprovado os dados a cima, uma pesquisa avaliou e contastou 
sistematicamente as diferenças relatadas em microestrutura, densidade mineral, 
propriedades mecânicas e químicas entre dentes afetados por HMI e dentes normais. 
Nessa pesquisa 22 estudos foram incluídos. Foi encontrado uma redução da 
quantidade mineral e da qualidade (teor reduzido de calcio e potassio), redução de 
dureza, aumento da porosidade, e concentrações de carbono / carbonato em dentes 
com HMI. Com isso percebe-se que o esmalte afetado por HMI é muito diferente do 
esmalte não afetado. O que implica em novas as estratégias de procedimento 
(ELHENNAWY et al., 2017). 
A cor dos defeitos do esmalte hipomineralizado pode refletir na diferenças 
da dureza, porosidade e conteúdo mineral. Os defeitos amarelo-castanho têm valores 
de dureza mais baixos e maior porosidade do que defeitos brancos e esmalte normal 
(WILLIAN et al., 2006). Isso confirma a degradação pós-eruptiva dos dentes com HMI, 
que é um dos muitos sintomas clínicos observados (FAGRELL et al., 2010). 
22 
 
Em relação a microestrutura do esmalte hipomineralizado em dentes 
permanentes é descrita como bainhas de prismas menos diferenciadas e 
desorganização dos cristais (FAGRELL et al., 2010). Corroborando com o que foi 
mencionado, um artigo analisou o esmalte afetado por HMI e através de uma 
espectrometria, e em concordância com o que já foi colocado, concluiu que nas 
imagens elétron transmitidas, o esmalte hipomineralilizado aparece mais escuro em 
comparação com o esmalte normal, nucleos aprismaticos e desoganização dos 
cristais (Figura 1A – 1B) (MELLIN et al, 2015). 
Figura 1 – Imagens eletrônicas do esmalte 
 
A: Esmalte normal; B: Esmalte com HMI. 
Fonte: MELLIN et al, 2015 
2.2 Hipomineralização Molar Incisivo 
Na década de setenta, nos serviços púbicos odontológicos na Suécia, a 
hipomineralização molar incisivo (HMI) foi identificada pela primeira vez, como uma 
hipomineralização idiopática extensa severa do esmalte de incisivos e molares 
permanentes (KOCH et al., 1987). 
A HMI é uma desordem de origem sistêmica no esmalte dentário 
caracterizada pela diminuição da mineralização de um até 4 primeiros molares 
permanentes e que surge constantemente associada aos incisivos permanentes, os 
quais podem ou não estar, igualmente, afetados (Figura 2) (BASSO et al., 2007; 
FERNANDES et al., 2012; SOUZA, et al 2011). Esse distúrbio afeta os ameloblastos 
durante a fase precoce da maturação amelogênica que é uma condição relativamente 
comum, mas ainda desconhecida por muitos (WEERHEIJM et al. 2001). 
23 
 
 
Figura 2 – Dentes com opacidades que variam de branco a marrom 
 
Fonte: Weerheijm et al., 2001 
Os defeitos de desenvolvimento de esmalte de acordo com a Federação 
Dentária Internacional (FDI) são classificados em duas categorias distintas: 
hipomineralizações e hipoplasias. As hipomineralizações ou opacidades são definidas 
como desordens qualitativas dos tecidos dentários, identificados visualmente como 
uma anormalidade na sua translucidez, e se caracterizam por áreas de coloração 
branca, creme, castanhas ou amarelas, de superfície lisa e espessura normal de 
esmalte. As hipoplasias são descritas como defeitos quantitativos do esmalte, nas 
quais há o envolvimento da superfície do dente (defeito externo). Estas estão 
associadas a uma menor espessura do esmalte na área afetada, apresentando-se 
como fossas profundas, sulcos horizontais ou verticais, bem como áreas com 
ausência parcial ou total de esmalte (BASSO et al., 2007). 
A HMI também pode ser distinguida da fluorose dentária, já que esta é 
associada à exposição prolongada ao flúor e as opacidades de esmalte são mais 
difusas e simétricas. O diagnóstico diferencial com a amelogênese imperfeita é 
baseado no fato de que na HMI raramente os molares são igualmente comprometidos 
enquanto na amelogênese, quase toda dentição é afetada e há sempre um padrão 
hereditário correlacionado (Figura 3) (JEREMIAS et al., 2010). 
24 
 
Figura 3 – Diagnóstico diferencial 
 
Fonte: BASSO et al, 2007; JEREMIAS et al, 2010 
A hipomineralização de molares e incisivos é classificada quanto à 
opacidade e à severidade dos defeitos. Em relação as severidades são classificadas 
em: leve (dentes que apresentarem opacidades demarcadas sem a necessidade de 
tratamento), moderada (lesões em dentes com esmalte áspero ou fraturado) e grave 
(lesões associadas à perda de estrutura dental afetando tanto o esmalte e quanto a 
dentina, substituição de tecidos duros com restaurações atípicas e dentes extraídos 
devido à hipomineralização (LEPPÄNIEMI; LUKINMAA; ALALUUSUAA, 2001). A 
opacidade do defeito é classificada quanto a tonalidade em: branco, amarelo e 
marrom (KOCH et al., 1987) 
Clinicamente, os molares com hipomineralização podem gerar desconforto 
para a criança. Os dentes afetados podem ser muito sensíveis a uma corrente de ar, 
frio e calor. A degradação do esmalte pode ocorrer logo após a erupção dentária, ou 
mesmo quando não há desintegração, os estímulos mecânicos, como por exemplo o 
fato de escovar os dentes, pode instigar a dor nestes elementos que estão frágeis, 
devido a sua porosidade (Figura 4). 
 
25 
 
 
Figura 4 – Esmalte desintegrado de molares 
 
Fonte: Weerheijm et al., 2001 
Com isso as crianças tendem a evitar os molares sensíveis durante a 
escovação, levando ao aumento da estagnação de alimentos e acúmulo de placa 
bacteriana facilitando o desenvolvimeto das cáries. Este distúrbio é agravado porque 
a evolução da lesão cariosa pode mascarar a razão por trás da susceptibilidade da 
HMI nestes molares, por isso a necessidade do dentista em analisar com muita 
atenção esta sensibilidade (KACZMAREK; JAWORSKI, 2014) 
O melhor momento para o exame clinico é quando os primeiros molares 
permanentes estiverem erupcionados, que é geralmente aos 8 anos de idade (GARG 
et al., 2012). O esmalte exposto é poroso e a dentina pode promover a penetração 
bacteriana na dentina resultando em inflamação crônica da polpa e dificuldades na 
obtenção de analgesia local adequada (FAGRELL et al., 2008). Assim, a criança pode 
estar mais ansiosa quanto ao tratamento, necessitando de uma gestão 
comportamental considerável. Portanto, opções de tratamento ideais podem não ser 
possíveis e planos de tratamento alternativos podem ser necessários (LYGIDAKIS et 
al., 2010) 
As modalidades de tratamento disponíveis para HMI são extensas, desde 
prevenção, restauração até extração. A decisão sobre o qual o tratamento deve ser 
utilizado é complexa e depende de vários fatores. Os fatores comumente identificados 
são a gravidade da condição, a idade do paciente, a base e a expectativa social da 
criança / pai (LYGIDAKIS et al 2010). 
Embora a ocorrência de defeitos nos incisivos seja menor que nos molares, 
o esmalte destes dentes raramente apresentam perda estrutural, mas apresentam 
frequente queixa em relação à estética, tanto da criança quanto dos familiares 
(FRAGELLI et al., 2015). A aparência dos dentes anteriores, com manchas que vão 
26 
 
do branco ao amarelo acastanhado, pode gerar uma autoimagem desfavorável e 
prejudicar sua interação social. É comum a insatisfação com relação ao sorriso, 
normalmente acompanhado de problemas na escola e no convívio com outras 
crianças. A estética facial, incluindo a estética oral, pode afetar severamente a 
qualidade de vida das crianças, causando problemas físicos, sociais e psicológicos 
(Figura 2) (SCHEFFEL et al., 2014). 
Logo é importante fornecer um tratamento dental estético adequado para 
a reabilitação de uma criança, quando isto se tornaa principal fonte de bullying. 
Melhorando significativamente a auto-estima, autoconfiança e socialização na escola 
e em seu próprio ambiente familiar atraves de uma condição estética satisfatória, 
reduzindo a exposição a violência física ou psicológica causando dor e angústia 
desses indivíduos (SCHEFFEL et al., 2014). 
Por ser uma doença dentária frequente na população pediátrica é 
necessário um diagnóstico precoce e o acompanhamento, que este deve ser realizado 
junto aos pais e profissionais de saúde. Além disso é importante compreender as 
propriedades estruturais, mecânicas e químicas dos dentes afetados pelo HMI 
impedindo a exigência de um tratamento invasivo para reduzir a gravidade da HMI 
(MISHRA; PANDEY, 2016). 
2.3 Prevalência 
Apesar de ainda precisar de uma investigação mais aprofundada, 
considerando amostras populacionais, com padronização da metodologia, verifica-se 
claramente que diferentes países, em diferentes regiões do mundo estão realizando 
pesquisas epidemiológicas usando as definições da EAPD para HMI (Figura 5). 
27 
 
 
Figura 5 – Prevalência de alguns lugares do mundo 
 
Fonte: FIGUEIREDO (2017) 
Isso é essencial para verificar a prevalência da HMI, para traçar estratégias 
para o diagnóstico, monitoramento e tratamento do dente com HMI. Assim, é essencial 
fazer estudos clínicos de design adequados considerando critérios de diagnósticos 
estabelecidos na literatura (SANTOS; MAIA, 2011). 
Com o desenvolvimento dos critérios de classificação da Academia 
Europeia de Odontopediatria (EAPD) para a HMI, houve um crescente interesse 
mundial na investigação da prevalência de opacidades delimitadas no esmalte dos 
dentes. Entretanto, a falta de um sistema padronizado para fins de registro de dados 
em levantamentos epidemiológicos sobre o tema tem contribuído grandemente para 
as grandes variações na prevalência entre os estudos (GHANIM et al., 2015). 
No 6º Congresso da EAPD, em 2003, foi relatado um aumento mundial na 
prevalência da HMI. Entretanto, havia limitações em estudos anteriores com relação a 
prevalência e etiologia, pois as pesquisas apresentavam diferentes critérios para 
avaliação e diagnóstico. Isso dificultou comparações, o que contribuiu para que os 
pesquisadores desviassem a atenção para a abordagem nos defeitos de mineralização 
envolvendo os primeiros molares permanentes (WEERHEIJM et al. 2003) 
Os membros da EAPD decidiram padronizar as caracterizações e assim 
cada dente deveria ser classificado individualmente de acordo com os seguintes 
critérios: ausência ou presença de opacidades demarcadas maiores que 1mm, 
28 
 
desintegração pós-eruptiva do esmalte, restaurações atípicas, exodontias de molares 
devido à HMI ou falha na erupção de molares e incisivos (WEERHEIJM et al. 2003). 
Eles também decidiram que em casos de presença de outras alterações no esmalte 
como amelogênese imperfeita, hipoplasia, opacidades difusas, lesões de manchas 
brancas, manchas de tetraciclina, erosão, fluorose, cúspide e cristas marginais 
brancas o diagnóstico de HMI deve ser excluído (WEERHEIJM et al., 2003). 
A partir desse Congresso os autores passaram a utilizar essa metodologia 
como forma de padronização. Entretanto, ainda se encontra artigos com metodologias 
para classificação da HMI baseado em outros índices (CHO; KI; CHU, 2008; 
FAGRELL et al., 2008; COSTA-SILVA et al., 2010) 
A prevalência da HMI é incerta e a maioria das pesquisas sobre o tema são 
baseados na população europeia, devido essa patologia ser mais comum nesses 
países. No entanto alguns estudos indicam que a prevalência varia entre 2,4% a 
40,2% no mundo (KEMOLI, 2008). A menor prevalência ocorre em crianças chinesas, 
e a maior no Brasil (SOVIERO et al., 2009). 
Resultados semelhantes foram encontrados em uma pesquisa recente, 
com o objetivo de investigar a prevalência em todo o mundo e a HMI. Na qual, 70 
estudos, foram avaliados e mostrou-se uma prevalência de 14,2% globalmente. A 
América do Sul (18%) e a Espanha (21,1%) apresentaram maior prevalência e não 
houve diferença significativa entre homens (14,3%) e mulheres (14,4%). Mas em 
relação a idade, o índice de crianças com 10 anos de idade ou menos (15,1%) foi 
muito maior do que a prevalência em crianças mais velhas (12,1%). Com isso é 
notável a alta incidência globalmente, especialmente entre crianças menores de 10 
anos de idade. É, portanto, imperativo desenvolver estratégias de cuidados 
odontológicos mais adequadas para cuidar dessas crianças e identificar a etiologia da 
HMI para prevenir sua ocorrência (ZHAO et al., 2017). 
Em Araraquara/SP, Brasil um estudo com 1157 escolares do ensino 
fundamental, com idade entre 6 a 12 anos foram examinadas com o objetivo de 
determinar a prevalência e a severidade da HMI e sua relação com a cárie dentária. 
Foi encontrada uma prevalência de 12,3%, sendo mais comum nas meninas (62%). 
Resultado preocupante, especialmente por ter apresentado correlação com a cárie 
dentária na dentição permanente (JEREMIAS 2010). 
Outro estudo com a mesma faixa etária foi realizado no Brasil, em Minas 
Gerais, na cidade de Botelhos. No qual buscou avaliar 918 escolares da rede pública 
29 
 
 
da zona rural e urbana dessa região. As crianças possuiam todos os 4 primeiros 
molares erupcionados. Foi encontrado uma prevalência de 19,8%, sendo a maior 
encontrada na zona rural (24,3%). Além disso, foi afirmado que não houve associação 
da HMI com o gênero (p=0,14), mas que houve com a idade (p=0,001) (COSTA-SILVA 
et al., 2010). 
Com isso é notavel o impacto do meio ambiente em associação a HMI. 
Logo a prevalência nessa região merece atenção dos profissionais e administradores 
de saúde, especialmente em um país com distribuição desigual de doenças bucais, 
onde a contextualização das ações de promoção e prevenção da saúde é necessária 
(COSTA-SILVA;MIALHE, 2012; SOUZA et al., 2012) 
Um estudo observacional transversal com 594 escolares de 11 a 14 anos, 
do município de Teresina, Piauí, Brasil, foi feito com o objetivo de identificar a 
prevalência nessa região. Resultados mostraram um valor de 18.4%, sem associação 
com o gênero. Os primeiros molares permanentes foram os dentes mais afetados pela 
condição. A cor predominante dos defeitos foi a amarelada (ANDRADE, 2014) 
No Brasil ainda, na cidade de São Luís, foram incluídos 1179 alunos com 
idades entre 7-14 anos de ambos os sexos, todos com os primeiros molares e incisivos 
permanentes na cavidade oral. A prevalência de HMI encontrada foi de 2,5% 
(RODRIGUES et al., 2015). Valor menor também foi achado em um trabalho na região 
de Gama, Distrito Federal no Brasil com 168 crianças entre 6 e 8 anos de idade, que 
frequentavam escolas públicas e nasceram no Hospital Regional do Gama. A 
prevalência foi de 5,36% (KAIRALA, 2015). Em Manaus/AM depois de examinar 2.062 
crianças do ensino fundamental de escolas públicas com idade entre 6 a 10 anos o 
estudo apresentou uma prevalência de 9,12% (HANAN, 2014). Esses dados foram 
menores que em outras cidades do Brasil, mas semelhante a dados de outros países 
(RODRIGUES et al., 2015). 
No oeste da India, por exemplo, foi feito um levantamento transversal no 
qual investigou-se a prevalência de 1.366 crianças com HMI, com idade entre, 8-12 
anos. Dados mostraram uma prevalência de 9,2% na população pesquisada 
(PARIKH; GANESH; BHASKAR, 2012) 
Já em um estudo transversal na população suburbana na Nigéria, houve a 
combinação entre a prevalência de HMI e as variáveis sócio demográficas de cada 
criança, sendo que 83 das 469 crianças examinadas (17,7%) tiveram HMI (OYEDELE 
et al., 2015). 
30 
 
Outro estudo transversal, teve objetivo determinar a prevalênciade 
hipomineralização molar incisivo e quaisquer causas associadas em crianças de duas 
divisões rurais no Quênia. Analisou um total de 3.591 crianças, de seis a oito anos de 
idade, de uma comunidade de baixo poder socioeconômico e com pouco acesso a 
cuidados de saúde (médicos ou odontológicos). 55,6% eram do sexo masculino e 
44,4% do sexo feminino. A prevalência encontrada de HMI foi 13,73%, sendo 
associada com as más condições de saúde que as crianças viviam durante o período 
mais vulnerável entre o nascimento e a idade de três anos (KEMOLI, 2008). 
Um grupo de crianças iranianas (n= 810), entre 9 e 11 anos, apresentaram 
uma prevalência alta de HMI (20,2%). Isso levando em consideração uma possível 
influência de parâmetros biográficos e sócio demográficos. No final foi declarado que 
esses parâmetros pareciam não ter correlação significativa com a HMI exceto o peso 
corporal, o que justifica pesquisas futuras (GHANIN et al., 2013). Como foi descrito no 
início a prevalência dessa patologia varia de acordo com a região e o tipo de corte 
(WEERHEIJM, 2003). 
2.4 Etiologia 
Não existem dados conclusivos quanto à etiologia da HMI, pois a 
compreensão é limitada em relação à patogênese exata, contudo tem-se tido um 
entendimento mais amplo em relação as características clínicas das opacidades 
(MISHRA; PANDEY, 2016). Entretanto estudos apontam os fatores pré, peri e pós natal 
como sendo os principais envolvidos. Sendo considerado um fator pré natal, qualquer 
problema antes da gravidez, como episódios repetitivos de febre alta ou o uso de 
medicamentos utilizados pela gestante (LYGIDAKIS; DIMOU; MARINOU, 2008). 
Destaca-se um fator peri natal, as complicações durante o parto como por 
exemplo a prematuridade (BROGARDH; MATSSON; KLINGBERG, 2011). Já o fator 
pós natal é marcado por perturbações após o parto, que acontecem com o bebê que 
pode ter feito uso de antibióticos e antinflamatórios até os 3 anos de idade, hipóxia, 
hipocalcemia, febre alta, deficiência na nutrição, doenças na primeira infância, 
problemas respiratórios (Alaluusua, 2010) 
Existe ainda a possibilidades de fatores genéticos, estarem associados a 
HMI. Porém é necessário novos estudos mais detalhados (Jeremias, 2010).
31 
 
 
 
3 METODOLOGIA 
Tratou-se de uma revisão de literatura sistematizada. As informações 
foram obtidas mediante artigos científicos que usavam os critérios da Academia 
Europeia de Odontopediatria (EAPD). 
A pesquisa foi operacionalizada nas bases de dados feita através da 
consulta nas bases de dados on line: Scielo, Lilacs, Pubmed e ScienceDirect. Os 
critérios de inclusão foram: artigos com disponibilidade na íntegra, em idiomas 
português ou inglês ou espanhol, que apresentavam coerência com a temática e com 
data de publicação entre 2007 e 2017. Foram excluídas da pesquisa, publicações 
cujos títulos e/ou objetivos não possuíam ligação direta com a temática ou que fugiam 
do objeto de estudo e artigos classificados como revisão bibliográfica. Utilizaram-se 
os seguintes descritores: Molar incisor hypomineralization, tooth demineralization e 
etiology. Das publicações mencionadas, 21 artigos específicos dos últimos 10 anos 
debatem a etiologia da HMI (Figura 6). 
A coleta de dados se baseou em um levantamento sistemático do material, 
o qual foi adquirido através de downloads, constituindo-se por arquivos em pdf e 
impressão. Os dados obtidos obedeceram aos objetivos propostos na pesquisa e a 
temática em estudo. Em seguida, foi feita uma análise das pesquisas a fim de verificar 
quais artigos corroboravam e/ou discordavam do assunto. Os dados obtidos foram 
organizados em forma de tabelas, em que se colocou o(s) autor (es), ano, país, faixa 
etária, tamanho da amostra, objetivo, tipo de estudo e resultados. Em seguida, foi 
realizada uma análise das pesquisas a fim de verificar quais artigos corroboraram e/ou 
discordaram do assunto em questão. 
Figura 6 – Fluxograma da metodologia da pesquisa 
 
Fonte: FIGUEIREDO (2017) 
 
 
33 
 
 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Com o intuito de identificar os fatores etiológicos associados a HMI foi 
realizada uma revisão de literatura sistematizada nas bases de dados Scielo, Lilacs, 
Pubmed e ScienceDirect. Com data de publicação entre 2007 e 2017, utilizando os 
seguintes descritores: Molar incisor hypomineralization, tooth demineralization e 
etiology. A quantidade final de artigos foram 21, organizados em forma de tabela 
(Quadro 1). Foi encontrado uma maior associação entre a HMI e os fatores pré, peri 
e pós natais 71,42% (n=15), sendo o fator pós natal 38,1% (n=8) o mais relevante 
apresentado em crianças que fizeram uso de antibióticos e antiflamatórios até os 3 
anos de idade, hipóxia, hipocalcemia, febre alta, deficiência na nutrição, doenças na 
primeira infância, asma, pneumonia e alergias. Outras associações foram observadas, 
como o período peri-natal 4,8% (n=1), período peri e pós-natal 4,8% (n =1), período 
pré e pós-natal 19,0 %(n=4), período pré, peri e pós-natal 4,8% (n=1). Foi encontrada 
associação com a genética 9,5% (n=2) e outro estudo relatou a etiologia como causa 
indefinida 19,0 % (n=4) (Quadro 1). 
Quadro 1 – Descrição dos resultados 
FATORES % n 
Pré Peri Pós 4,8 % 1 
Pré - Pós 19,0 % 4 
Peri - Pós 4,8 % 1 
Peri - - 4,8 % 1 
Pós __ __ 38,1 % 8 
GENÉTICA 9,5 % 2 
INDEFINIDA 19, 0% 4 
Fonte: FIGUEIREDO (2017) 
A etiologia da hipomineralização molar-incisivo permanece desconhecida, 
a literatura aponta como sendo multifatorial (AHMADI et al., 2012; ALALUUSUA, 2010; 
ALLAZZAM; ALAKI; MELIGY, 2014; BIONDI et al., 2010; BROGARDH; MATSSON; 
KLINGBERG, 2011; FAGRELL et al., 2011; JEREMIAS et al., 2013; JEREMIAS, 2010; 
KÜHNISCH et al., 2015; KUSCU et al., 2013; LAISI et al., 2009; LYGIDAKIS; DIMOU; 
MARINOU, 2008; MISHRA; PANDEY, 2016; OLIVEIRA, 2015; SERNA et al., 2016; 
SILVA et al., 2016; SONMEZ; YILDIRIM; BEZGIN, 2013; SOUZA et al., 2012; SOUZA 
et al., 2013; TEXEIRA et al., 2017; WHATLING; FEARNE, 2008). Um estudo recente 
34 
 
mostrou que apesar da causa da HMI ser indefinida, devido à ausência de um 
consenso sobre essa patogênese, tem-se tido mais conhecimento sobre as 
características clínicas das opacidades (MISHRA; PANDEY, 2016). 
O uso de antibióticos pode estar ligado a HMI, durante o primeiro ano de 
vida. No entanto, novamente não é possível ter certeza se doença da infância / febre 
ou o tratamento com um antibiótico é o fator causal ou se ambos estão envolvidos 
(LAISI et al., 2009). 
Na Finlândia uma pesquisa analisou o risco de HMI associada ao uso de 
antibióticos durante o primeiro, segundo, terceiro e quarto anos de vida. As 
informações sobre Amoxicilina, Penicilina V, Cefalosporin, Eritromicina, Sulfonamida 
e Trimetoprim foram obtidas nos prontuários médicos do centro de saúde local. 147 
crianças (com idade entre 7,8 à 12,7 anos) participaram do estudo. Dessas 85% 
receberam pelo menos um tipo de antibiótico. Das crianças com HMI, 52,2% tomaram 
antibióticos durante o primeiro ano de vida, entretanto esse trabalho é contraditorio 
pois ele mostra que o indice de antibiotico em si nao é considerado um fator etiologico, 
mas ao final, ele conclui que o uso desse medicamento aumenta a chance dessa 
patologia no paciente (LAISI et al., 2009). 
Um estudo populacional parecido foi executado com 903 crianças com 
idade entre 6-12 anos, nascidas e residentes em áreas rurais e urbanas da cidade de 
Botelhos, Estado de Minas Gerais, Brasil. Suas mães completaram um questionário 
estruturado de histórico médico, desde a gravidez até o 3º ano de vida da criança. 
Dois examinadores avaliaram crianças para HMI de acordo com os critérios sugeridospela Academia Europeia de Odontopediatria. A HMI foi significativamente mais 
comum entre aqueles cujas mães tiveram problemas médicos durante a gravidez, que 
tiveram infecções na garganta, e que apresentaram febre alta e que utilizaram a 
Amoxicilina associada a outros antibióticos durante os primeiros 3 anos de vida 
(SOUZA et al., 2012). 
Na Arábia Saudita, outro estudo se mostrou corroborar com os anteriores. 
Um grupo de crianças de 8 a 12 anos foi recrutado. Elas tinham pelo menos um 
primeiro molar permanente. Foram obtidas informações demográficas, histórico 
médico infantil e dados relacionados à gravidez. De forma significativa a HMI foi 
associada a doenças durante os quatro primeiros anos de vida, incluindo asma, 
infecções adenoides, amigdalite, febre e ingestão de antibióticos (ALLAZZAM; ALAKI; 
MELIGY, 2014) 
35 
 
 
Resultado semelhante tambem encontrado em uma pesquisa realizada na 
Faculdade de Odontologia de Araraquara, com o intuito de avaliar o efeito da 
Amoxicilina, e da associação da Amoxicilina com fluoreto no desenvolvimento do 
esmalte dentário de ratos. Nos dados observados, concluiu-se que a Amoxicilina é um 
fator etiológico da HMI (SOUZA et al., 2013). 
Esse antibiótico interferiu nos estágios iniciais da amelogênese, 
provocando uma redução da matriz do esmalte e alterações morfológicas nos 
ameloblastos. Não foram relatadas evidências sobre o mecanismo de ação desse 
fármaco na amelogênese, dentre as hipóteses estudadas, acredita-se que a 
Amoxicilina provoca atraso na diferenciação dos ameloblastos, em células secretoras. 
É possível que a Amoxicilina possa atrasar o processo de mineralização da dentina e 
consequentemente atrasar a diferenciação dos ameloblastos. Além disso, a pesquisa 
sugere que estudos experimentais são necessários para evidenciar o mecanismo de 
ação da Amoxicilina em ameloblastos, incluindo análise ultraestrutural de 
experimentos in vitro (SOUZA et al., 2013). 
Outro estudo tipo caso controle citando a mesma associação, foi realizado 
em Londres, com 109 crianças. Dos quais 57 possuíam o distúrbio e 52 eram 
controles, com média de idade de 8,3 anos. A hipomineralização molar-incisivo foi 
significativamente mais comum entre aqueles cujas mães tiveram problemas durante 
a gravidez, aqueles que tiveram varicela com idades entre 3 e 3,9 e entre as crianças 
fizeram uso apenas da Amoxicilina. (WHATLING; FEARNE, 2008) 
Apesar da causa da HMI ser incerta, é importante investigar as doenças 
que afetam as crianças até os três anos, como a varicela e também o uso 
indiscriminado da Amoxicilina nesses pacientes. Além disso, os autores descrevem 
que mudanças patológicas nos ameloblastos foram observadas nos estágios de 
transição e maturação por métodos histológicos. Uma zona de hipomineralização em 
incisivos foi observada após 4 semanas, indicando toxicidade de antibióticos 
(WHATLING; FEARNE, 2008) 
Alguns autores realizam experimentos com animais devido ao fato de que 
em humanos apenas podem ser feitas observações clínicas, e animais controlados 
não, pois existe um acompanhamento (ALALUUSUA, 2010). Com base nisso, uma 
pesquisa realizada com leitões, por exemplo, apresentou-se resultados diferentes. 
Com uma amostra de 20 desses animais, os quais foram separados em três grupos, 
sendo que dois grupos receberam diferentes doses de Amoxicilina na infância, 
36 
 
destacou-se que enquanto a HMI é um distúrbio multifatorial, o presente estudo 
tentava destacar os achados clínicos de uma possível relação entre o uso de 
Amoxicilina e HMI com auxílio de micro tomografia de raios-X, mas não teve 
associação (KUSCU et al., 2013). 
Uma revisão sistematica foi realizada com o objetivo de aprofundar outras 
causas da HMI, na qual avaliou os principais fatores envolvidos em experiências com 
animais, estudos sobre a etiologia e opacidades demarcadas em primeiros molares 
permanentes. A busca sistemática foi pelo banco de dados on-line Medline. Foram 
escolhidas 28 pesquisas, que envolviam problemas médicos durante o período pré-
natal, perinatal e pós-natal, medicação da criança durante os primeiros anos de vida 
e exposição ao flúor ou tóxicos ambientais (dioxinas e PCBs) na primeira infância.. 
Entre os fatores sugeridos e encontrados para causar defeitos de esmalte em 
experimentos com animais foram: alta febre, hipoxia, hipocalcemia, exposição a 
antibióticos (Amoxicilina, macrólido) e dioxinas. Com base na avaliação dos artigos, 
ainda não foi possível citar especificamente os fatores que causam HMI, embora 
tenham sido apresentadas correlações entre vários fatores potenciais e HMI. Qualquer 
efeito combinado de vários fatores deve ser levado em consideração. Estudos 
experimentais de dose / resposta e pesquisa sobre os mecanismos moleculares que 
causam a função anormal dos ameloblastos também são necessários para aprofundar 
o conhecimento de HMI (ALALUUSUA, 2010). 
Mais pesquisas foram realizadas a fim de examinar os fatores etiológicos 
envolvidos com essa patologia. Uma população 4.049 crianças (2.029 meninas, 2020 
meninos) foi estudada com idades entre 7-12 anos. As crianças foram examinadas no 
ambiente escolar. Os fatores etiológicos supostos foram avaliados utilizando um 
questionário enviado às famílias das crianças, incluindo questões sobre condições 
sistêmicas pré-natal, perinatal e pós-natal. A prematuridade, problemas 
gastrointestinais, pneumonia, febre alta frequente, sarampo e a varicela antes dos 4 
anos de idade, estava significativamente relacionada com HMI. Confirmando que a 
etiologia da HMI não está clara ainda, os resultados deste estudo apoiam os 
resultados de estudos anteriores sobre o efeito causal de vários fatores (SONMEZ; 
YILDIRIM; BEZGIN, 2013). 
Em relação a prematuridade citada como fator etiológico no estudo anterior, 
na Suécia foi realizada uma pesquisa com o objetivo de avaliar a associação entre 
crianças suecas de 10 a 12 anos que nasceram prematuras e o desenvolvimento da 
37 
 
 
HMI. Os resultados mostraram que 82 filhos prematuros, nascidos entre 24 e 32 
semanas de gestação, tinham uma maior associação com HMI em relação às 82 
crianças do grupo controle, nascidos entre 37 e 43 semanas de gestação. Isso devido 
a essas crianças serem mais suscetíveis a alguma alteração durante a amelogênese 
(BROGARDH; MATSSON; KLINGBERG, 2011) 
Em Zahedan no Iran, pesquisadores fizeram um estudo com 433 crianças 
de 7 a 9 anos e concluíram que problemas pré-natais e doenças na primeira infância 
foram significativamente notáveis nas crianças com HMI. Além disso, problemas 
renais, catapora, asma, alergias e uso de Amoxicilina nos primeiros anos, foram 
também mais presentes nesses pacientes (AHMADI et al., 2012). 
Em Atenas, um estudo se propôs a examinar a causa da HMI. O exame 
clínico nas crianças e uma entrevista pessoal com os pais foram realizados. Das 3.518 
crianças, 360 apresentaram HMI, e 316 registraram problemas médicos associados. 
Os mais frequentes foram os problemas perinatais (parto por cesariana e outras 
complicações de parto) e pós-natal (condições respiratórias, episódios repetidos de 
febre alta e doença neonatal), apenas 8,6 % estavam relacionados a pré-natal, antes 
do parto, (episódios repetitivos de febre alta). Vale ressaltar que muitos casos de HMI 
apresentaram mais de um problema médico durante o período peri e pós-natal. Com 
isso as crianças com HMI apresentam mais problemas médicos do que controles 
durante o período pré-natal, perinatal e pós-natal (LYGIDAKIS; DIMOU; MARINOU, 
2008). 
Um estudo epidemiológico possuiu os mesmo resultados em uma 
população pediátrica indiana quis determinar a prevalência de HMI em crianças 
indianas e analisaros possíveis fatores etiológicos. Foram examinadas 1.369 crianças 
de 8 a 12 anos. Os pais receberam um questionário sobre história pré e pós-natal das 
crianças. Um total de 191 crianças foi diagnosticado com HMI. A prevalência de HMI 
foi de 13,9% na faixa etária de 8 a 12 anos. As infecções pré-natais e pós-natais 
desempenham um papel importante na hipomineralização de molares e incisivos 
(MISHRA; PANDEY, 2016). 
Em concordância com o estudo anterior uma revisão sistemática com 28 
publicações, apresentou associações significativas entre HMI e doenças da infância 
mas citando a febre, asma e pneumonia (SILVA et al., 2016) A febre tem demonstrado 
experimentalmente ter uma influência prejudicial sobre a amelogênese. E isso é 
explicado pelo fato de que ela pode causar uma disfunção ameloblástica e 
38 
 
degeneração celular completa. As experiências mostraram também que as condições 
que afetam o pH da matriz do esmalte, isto é, acidose respiratória e níveis anormais 
de oxigênio resultantes da hipoventilação em várias doenças respiratórias inibem a 
ação das enzimas proteolíticas e o desenvolvimento da hidroxiapatita de cristal, 
resultando na hipomineralização do esmalte. Com base nisso os filhos nascidos 
prematuros e aqueles com pouca saúde geral ou condições sistêmicas nos seus 
primeiros 3 anos podem desenvolver HMI (TOURINO et al., 2016; Alaluusua, 2010). 
Corroborando as pesquisas mencionadas, um estudo tipo caso controle 
feito em escolares no Paranoá-DF, teve como objetivo de analisar os possíveis fatores 
etiológicos e o impacto dessa condição na qualidade de vida. 131 crianças foram 
diagnosticadas como portadoras de HMI e 131 sem HMI (controles). Foram aplicados 
dois questionários validados, um a respeito de possíveis fatores etiológicos da HMI e 
outro sobre qualidade de vida. As mães dos casos e controles foram entrevistadas por 
telefone e responderam a ambos os questionários. As crianças casos e controles 
responderam apenas ao questionário de qualidade de vida na própria escola sob a 
supervisão da avaliadora. Como resultado, para o questionário de etiologia, constatou-
se haver associação estatisticamente significante entre doenças na primeira infância, 
febre alta, uso de antibiótico, trauma ou infecção na boca, manchamento dos dentes 
e sensibilidade dentária. Em relação ao questionário de qualidade de vida, observou-
se que os casos apresentaram dificuldade em sorrir espontaneamente, menor 
satisfação com o alinhamento e manchamento dos dentes em comparação aos 
controles. Da mesma forma, as mães dos casos mostraram-se mais incomodadas 
com a aparência e cor dos dentes dos seus filhos quando comparadas com as mães 
dos controles. Desta forma, conclui-se que intercorrências médicas na primeira 
infância estejam associadas ao desenvolvimento da HMI, assim como existe um 
impacto negativo dessa condição na qualidade de vida das crianças acometidas, tanto 
sob a visão da criança quanto de sua mãe (OLIVEIRA, 2015). 
Contrariando as causas mencionadas anteriormente, na área urbana de 
Araraquara, no Brasil foram estudados 1.151 indivíduos de 7 a 12 anos para 
determinar os potenciais fatores etiológicos nas crianças brasileiras. Suas mães 
completaram um questionário estruturado sobre história médica, desde a gravidez até 
os 3 primeiros anos da vida. Crianças com rinite, bronquite, e febre alta foram mais 
prevalentes no grupo de HMI, mas não houve diferenças significativas entre os 
grupos. Sendo assim nenhum fator etiológico possível investigado foi associado com 
39 
 
 
HMI, logo estudos prospectivos são necessários para definir os fatores etiológicos 
envolvidos com HMI (SOUZA et al., 2013). 
Outro estudo em Araraquara/SP, Brasil, foi realizado. Com uma amostra 
de 1157 crianças entre 6 a 12 anos, porém apenas 142 possuiam HMI, na qual estas, 
não tiveram associação entre HMI e a história médica da gestação e dos primeiros 
três anos de vida da criança, incluindo: riscos gestacionais, nascimento, doenças 
sistêmicas, hábitos, amamentação, uso de medicamentos e uso de flúor. A 
complexidade e dificuldade em se estabelecer os fatores etiológicos, estudos 
prospectivos são necessários, abrangendo a área clínica, laboratorial e até mesmo a 
área genética para definição efetiva da etiologia (JEREMIAS, 2010) 
Outro fator etiológico teve relação com HMI, em um estudo no Sudeste da 
Suécia, em que os autores avaliaram os fatores etiológicos da HMI nos primeiros 
molares. Abrangendo: dados pré, peri e neonatais da criança e sua mãe; doenças 
durante os primeiros 3 anos de vida infantil; medicamentos e vacinas durante o mesmo 
período, fatores socioeconômicos e nutrição durante os primeiros 3 anos de vida 
infantil foram inseridos no banco de dados. Após a análise logística de regressão, os 
resultados encontrados mostraram que as condições nutricionais durante os primeiros 
6 meses de vida podem influenciar o risco de desenvolver opacidades demarcadas 
severas nos primeiros molares permanentes (FAGRELL et al., 2011). 
Em relação as condições nutricionais é importante citar a vitamina D, que 
desempenha um papel fundamental na formação de tecido duro. Com isso, um estudo 
teve como objetivo analisar a relação entre o estado sérico de vitamina D e os dados 
de saúde dentária obtidos de 1.048 crianças sobre a Influência da Intervenção 
Nutricional mais a poluição atmosférica e a genética no desenvolvimento de alergias 
(GINIplus) e estudo sobre os fatores do Estilo de Vida no desenvolvimento do Sistema 
Imunológico e Alergias na Alemanha Oriental e Ocidental, além da poluição do ar e 
da genética no desenvolvimento de alergias (LISAplus) .O exame odontológico incluiu 
o diagnóstico de HMI e registro de lesões de cárie (não) cavitadas em dentes primários 
e permanentes. As concentrações de soro 25 (OH) D foram retiradas de amostras de 
sangue da investigação de 10 anos e medidas com um sistema modular totalmente 
automatizado. Diferentes modelos de regressão logística e Poisson foram calculados. 
Nesse estudo concluiu-se que menores concentrações séricas de vitamina D foram 
associadas a uma maior probabilidade de restaurações relacionadas com HMI e 
caries em crianças de 10 anos de idade. Esta descoberta notável e ao número limitado 
40 
 
de estudos e dados, é necessário investigar o papel da vitamina D a partir de 
diferentes perspectivas em futuros estudos antes de generalizar essa descoberta 
(KÜHNISCH et al., 2015). 
Em um estudo de caso-controle participaram 98 crianças com HMI e 98 
sem, cujas mães concordaram em informar a história da criança. Além disso, foi 
realizada uma avaliação clínica para registrar: dentes afetados, extensão, gravidade 
e hipersensibilidade. Os autores encontraram associações positivas com infecções 
respiratórias, ingestão de lixos especiais e administração de antiinflamatórios não 
esteróides. Mesmo com a etiologia da HMI ainda obscura, na pesquisa observou-se 
associação firme com a ingestão de antiinflamatórios não esteróides (AINES) . Em 
relação à utilização de AINEs, geralmente o ibuprofeno e o paracetamol, mas não há 
resultados relatados em outros estudos, seria necessário continuar a investigar, uma 
vez que existe alguma sobreposição entre o momento da HMI, e desuso de dipirona 
e ácido acetilsalicílico em pacientes pediátricos (BIONDI et al., 2010). 
Como relatado bem no início tantos os fatores genéticos como ambientais 
podem estar envolvidos. Para investigar se esses fatores tem relação com a HMI, foi 
realizado um estudo transversal avaliando sua ocorrência entre pares de gêmeos 
monozigóticos e dizigóticos e a associação com fatores ambientais. Os pais dos 167 
pares de gêmeos, de 8 à15 anos, em Teresina - PI,Brasil,responderam um 
questionário sobre dados sociodemográficos e saúde pré, peri-, e pós-natal e um 
exame odontológico foi realizado por dois examinadores calibrados para o diagnóstico 
de HMI. Houve uma maior concordância no diagnóstico de HMI entre os gêmeos 
monozigóticos o que indica uma influência genética, embora fatores ambientais, como 
renda familiar e hemorragia durante a gravidez, também estejam associados à sua 
ocorrência (TEXEIRA et al., 2017). Outro estudo apresentou varias conclusões e uma 
delas revela que 12,2% dos casos estudados , não houve histórico médico relatado, 
indicando a possível implicação de outros fatores etiológicos sistemáticos ou 
genéticos (LYGIDAKIS; DIMOU; MARINOU, 2008) 
Outro estudo, tentou analisar a variação nos genes de formação de esmalte 
a essa patologia, levando também em consideração a experiência da cárie. Foram 
estudadas amostras de DNA de 163 casos com HMI e 82 controles não afetados da 
Turquia e 71 casos com HMI e 89 controles não afetados do Brasil. Como resultado 
vários genes envolvidos na formação de esmalte parecem contribuir com HMI. Isso 
porque, o período de maturação do esmalte dentário comumente afetado por HMI 
41 
 
 
corresponde ao último trimestre da gravidez até o terceiro ano da vida de uma criança, 
é possível que a variação genética possa de alguma forma interagir com fatores 
ambientais. Estudos posteriores são necessários para avaliar essa interação 
potencial, bem como padrões de penetrância de HMI (JEREMIAS et al., 2013). 
Uma revisão sistemática foi realizada com objetivo de verificar a associação 
da HMI e outros fatores etiológicos, como o uso de drogas quimioterapêuticas, 
antibióticos, medicamentos para asma, antiepilépticos, antivirais, medicamentos 
antifúngicos e medicamentos. Essa pesquisa abrangia um período entre 1965 a 2014. 
E por fim concluíram que estudos adicionais e com alta qualidade são necessários 
antes que se possa alcançar conclusões firmes sobre a possível relação entre HMI e 
a ingestão de drogas durante a infância (SERNA et al., 2016). 
É notável a indefinição da HMI em relação a etiologia, sugere-se novos 
estudos mais especificos, pois a detecção precoce da doença contribui para evitar a 
sua progressão, diminuindo os desconfortos dos pacientes. 
 
 
Quadro 2 – Relação dos artigos incluídos na revisão de literatura sistematizada 
(continua) 
Autor Ano País Faixa etária 
Tamanho da 
amostra 
Tipo de 
estudo 
Resultados 
Lygidakis; 
Dimou; 
Marinou 
2008 Grécia 
5,5 a 12 
anos 
3.518 crianças Retrospectivo Período pré-natal, perinatal e pós-natal 
Whatling; 
Fearne 
2008 
Reino 
Unido 
8,3 anos 109 crianças Caso controle 
Mães que tiveram problemas durante a gravidez; 
Crianças que tiveram varicela entre 3 e 3,9 anos; 
Crianças fizeram uso apenas da Amoxicilina. 
Laisi et al 2009 Finlândia 
7,8 a 12,7 
anos 
147 crianças 
Coorte 
Retrospectivo 
Amoxicilina 
Alaluusua 2010 - - 28 publicações 
Revisão 
Sistemática 
Febre alta; hipóxia; hipocalcemia; antibióticos; 
dioxinas. 
Biondi et al 2010 Argentina 7 a 16 anos 196 crianças Caso Controle AINes 
Jeremias 2010 Brasil 6 a 12 anos 
1157 escolares 
 
Transversal 
História médica da gestação e dos primeiros três 
anos de vida da criança NÃO teve associação 
Brogardh; 
Matsson; 
Klingberg 
2011 Suécia 
10 a 12 
anos 
164 crianças 
Caso controle 
baseado na 
população 
transversal 
Prematuridade 
Fagrell et al 2011 Suécia 12 anos 
17.000 
crianças 
Caso Controle Nutrição durante os primeiros 6 meses 
Ahmadi et al 2012 Iran 7 a 9 anos 433 crianças Prospectivo 
Período pré-natais; 
Doenças na primeira infância 
Problemas renais, catapora, asma, alergias 
Amoxicilina 
 
4
2
 
 
 
Quadro 2 – Relação dos artigos incluídos na revisão de literatura sistematizada 
(continuação) 
Autor Ano País 
Faixa 
etária 
Tamanho da 
amostra 
Tipo de 
estudo 
Resultados 
Souza et al 2012 Brasil 6 a 12 anos 903 crianças 
Estudo 
populacional 
Ploblemas durante a gravidez 
Infecções na garganta 
Febre alta 
Antibioticos 
Jeremias etal 2013 Brasil/Turquia - 160/245 Caso Controle Genética 
Kuscu et 
al.,2013 
2013 Turquia 20 leitões Randomizado Sem associação HMI/Amoxicilina 
Sonmez; 
Yildirim; 
Bezgin 
2013 Turquia 7-12 anos 
4.049 
crianças 
Transversal 
Prematuridade; problemas gastrointestinais; 
pneumonia; febre alta; sarampo e a varicela antes 
dos 4 anos 
Souza et al 2013 Brasil 7 a 12 anos 
1.151 crianças 
 
Prospectivo 
Sem associação entre HMI/crianças com rinite; 
bronquite; febre alta 
Allazzam; 
Alaki; Meligy 
2014 
Arabia 
Saudita 
8 a 12 anos 267 crianças 
Estudo 
Transversal 
Asma; infecções adenoides; amigdalite; febre; 
antibióticos 
KUHNISCH et 
al 
2015 Alemanha 10 anos 1.048 crianças Coorte Menor concentração de vitamina D 
Oliveira 2015 Brasil 9 anos 162 crianças Caso controle Intercorrências médicas na primeira infância 
Mishra; 
Pandey 
2016 Índia 8 a 12 anos 
1.369 
Crianças 
Transversal Período pré-natais e pós-natais 
Serna et al 2016 - - - 
Revisão 
sistemática 
Indefinida 
Silva et al 2016 - - 28 publicações 
Revisão 
sistemática 
Febre; asma; peneumonia 
Teixeira et al 2017 Brasil 8 à15 anos 
167 pares de 
gêmeos 
Transversal Genética 
Fonte: FIGUEIREDO (2017)
4
3
 
 
 
45 
 
 
5 CONCLUSÃO 
Diante do presente trabalho é visível a associação dos fatore pré, peri e 
pós natais com a hipomineralização molar incisivo. Destacando como fator principal o 
pós natal, incuindo principalmente crianças que fizeram uso de antibióticos e 
antinflamatórios até os 3 anos de idade, hipóxia, hipocalcemia, febre alta, deficiência 
na nutrição, doenças na primeira infância, asma, pneumonia e alergias. 
 
 
 
47 
 
 
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