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0038259 13.2017.8.03.0001 #22 Contestação Principal 3056361

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO 1ª VARA CIVEL E 
DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DA COMARCA DE MACAPÁ/AP. 
 
 
 
Processo nº 0038259-13.2017.8.03.0001 
 
 
 
 
 
 
 
REGIO E SIMÃO LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ 
sob o nº 10715.721/0001-31, com sede na Rua São Francisco de Assis nº 
1161, Bairro Distrito do Coração, em Macapá/AP, representada neste ato por 
seu advogado que esta subscreve, vem respeitosamente a presença de Vossa 
Excelência apresentar 
 
CONTESTAÇÃO 
 
aos fatos norteadores da ação de danos morais e patrimoniais ajuizada por 
MIRTES MARIA DE OLIVEIRA KASKELIS, brasileira, viúva, servidora pública, 
portador do RG n.º 131.937 SSP/AP, CPF n.º 524.773.809-82, residente e 
domiciliado na Rua Equador nº 90, Residencial Jardim América, Rodovia Duca 
Serra, Bairro Marabaixo, nesta cidade de Macapá/AP, CEP 68.906-301, o que 
faz pela razões de fáticas e jurídicas a seguir aduzidas 
SINTESE DOS FATOS 
 
Em breve síntese, alega a Requerente que, no dia 07 de janeiro de 
2014 firmou contrato de Empreitada de Construção com a Reclamada 
CONSTRUSOL REGIO e SIMÃO, objetivando a execução da construção de 
uma casa de dois pavimentos, localizada na Rua Equador, s/n Bairro Jardim 
América - Rodovia Duca Serra, Macapá-Ap, no valor de 324.603,64 (trezentos e 
vinte e quatro mil, seiscentos e três reais e sessenta e quatro centavos) e que 
foi repassado a Empresa Reclamada 20% (vinte por cento) do valor global do 
imóvel, qual seja R$ 64.920,00 (sessenta e quatro mil novecentos e vinte reais) 
sendo restante pago conforme medição mensal, por meio de transferência 
bancária, conforme cláusula primeira, parágrafo primeiro e segundo do contrato 
de empreitada. E que ainda repassou cerca de R$ 195.500,00 (cento e noventa 
e cinto mil reais e quinhentos), durante o período da obra. 
Alega ainda, que realizou compra de diversos matériais utilizados na 
obra supostamente indicados pela Construtora requerida totalizando um valor 
de R$ 110.440,11 (cento e dez mil e quatrocentos e quarenta e quatro reais e 
onze centavos). E além das transferências supramencionada a parte autora 
teria pagado á Construtora Ré, o montante de R$ 40.615,50 (quarenta mil 
seiscentos e quinze reais e cinquenta centavos). Consta ainda que, devido ao 
atraso na obra a parte autora mudou-se para a residência ainda em fase de 
construção, pois estava morando de aluguel. E que o imóvel supostamente 
apresentava diversos problemas, que teve que contratar um especialista para 
vistoria do imóvel e que os supostos prejuízos teriam chegado ao montante de 
R$ 80.372,13 (oitenta mil reais e trezentos e setenta e dois reais e treze 
centavos), E como foram supostamente constatado pela vistoria que havia 
vícios/ defeitos, a autora achou por bem desembolsar cerca de R$ 8.900,00 
(oito mil reais e novecentos reais), para sanar tais vicio/defeitos. Como houve 
um suposto atraso na obra por parte da Construtora Ré, a parte convivia em 
meio à construção de sua casa. Para isto requer a multa pelo descumprimento 
do contrato, reparação do dano, dano patrimonial pelos supostos vícios, 
restituição dos valores pagos em alugueis, reparações no imóvel, dano material 
pelo pagamento de honorários advocatícios contratuais, restituição de laudo 
técnico de vistoria e dano moral. 
Excelência, o exposto acima não merece prosperar, haja vista que os 
fatos realmente se deram de outra maneira, onde passo a descrevê-los abaixo. 
Os serviços foram iniciados na segunda quinzena de janeiro de 
2014, com a locação da obra e inicio das escavações. No final do mês a 
senhora Mirtes, fez um repasse eletrônico no valor de R$ 10.000,00 (dez mil 
reais) para viabilizarmos a compras dos materiais necessários para a obra. Não 
cumprindo assim, o contrato que era de 20% (vinte por cento) do valor total. 
Durante a obra ocorreram muitos problemas como: mudança no 
projeto, demolições e adaptações para adequar ao querer da Requerente. Ela 
pediu que o projeto fosse espelhado (para que a escada ficasse para o pôr do 
sol), também que o escritório fosse demolido (pois no projeto original estava 
dentro da sala) e edificado atrás da garagem, ampliando a sala, também foram 
demolidas por duas vezes as paredes da cozinha e reedificada para ganhar 
espaço. O Requerido, Edinaldo Régio representante da Empresa Regio & 
Simão, conversou com a Requerida a senhora Mirtes (pois até então, tinham 
um acordo amistoso), sobre as alterações e que isso viria a mudar também o 
orçamento, ela por sua vez se disse insatisfeita com o projeto e que deveriam 
mudar sem hesitação. 
Continuaram com os serviços da obra com muitas dificuldades, pois, 
não havia recurso próprio e teriam que esperar pela visita de medição da caixa 
econômica federal para prosseguirem, isto fez com que muitas vez ficassem até 
30 (trinta) dias sem atividades na obra. A Reclamante chegou a informar ao 
requerido sobre uma venda de um imóvel de sua propriedade no estado de 
Minas Gerais, e que se conseguisse vender poderiam acelerar a obra, o que 
não ocorreu. 
Ao chegarem com os trabalhos no segundo pavimento foi informada 
a reclamante que a cobertura (segundo a planilha) era de telhas fibrocimento 
simples (também conhecida como brasilit), então, a Reclamante solicitou ao 
requerido que fizesse outra laje para proteção e adequação da obra. Fazendo 
assim, os custos aumentarem. Ao final dos serviços, quando já estavam 
fazendo os acabamentos de pintura, a Reclamante, foi contatada pelo requerido 
para reverem as contas e custos da obra. Foi-lhe apresentada à planilha 
original, bem como a planilha que estavam os serviços excedentes (anexo), A 
Requerente disse que não poderia dar um parecer, mas que, consultaria 
alguém que entendesse de obra para avaliar a situação e que voltariam a 
conversar sobre os acertos, o que nunca ocorreu. A Requerente mudou-se para 
dentro da obra sem que tivesse fechado com o Requerido o termo de conclusão 
da obra, surgiram alguns problemas que deveriam ser reparados, e os mesmos 
foram corrigidos. Então o Requerido voltou a falar com Requerente sobre os 
acertos finais, porém nunca obteve resposta. 
DA NÃO INCIDÊNCIA DA MULTA POR DESCUMPRIMENTO DE 
CONTRATO 
Aduz a parte Autora, que houve descumprimento do contrato no que 
tange à cláusula quarta do referido contrato. 
Ocorre Excelência, que quem veio a descumprir primeiramente o 
contrato foi a Requerente, quando não fez o primeiro depósito que consta na 
cláusula primeira, § 1º “a” do contrato, isso comprovado pelos extratos da conta 
do Requerido do mês de janeiro em anexo. 
Ademais Excelência, como houve mudança no projeto original e no 
cronograma físico/financeiro (planilha), conforme podemos verificar pelo 
documento anexo, desta forma, ocasionando na demora no término da obra. 
Portanto, não podemos falar em multa por descumprimento de contrato, se não 
vejamos a cláusula sétima do referido contrato: 
“Todos e quaisquer serviços extraordinários, que não constem do 
presente contrato, bem como supressões, deverão ser objeto de 
propostas adicionais, as quais serão acordadas o preço e prazo. As 
modificações na planta original serão executadas somente após 
concordância das partes, tanto em relação ao aumento do prazo 
inicialmente determinado quanto em relação aos preços, ficando por 
conta e responsabilidade do CONTRATANTE o fornecimento dos 
materiais necessários.” 
Pelo exposto, pugnamos pela improcedência de tal pedido. 
DA NÃO INCIDÊNCIA DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
Excelência, não há que se falar em inversão do ônus da prova, haja 
vista que a Autora era perfeitamente capaz de produzir todas as provas do 
direitopleiteado, não estando caracterizada assim sua hipossuficiência 
probatória, também urge sua total improcedente deste quesito. 
DA NÃO REPAÇÃO DE DANO. 
Os danos materiais, conforme pacífica e reiterada jurisprudência, 
exigem a comprovação do quantum reclamado, posto que, ao contrário dos 
danos morais, não são presumíveis. 
Para que haja a condenação da parte requerida, é indispensável que 
a parte requerente comprove a extensão dos prejuízos patrimoniais que 
suportou, em decorrência do suposto ato ilícito. 
Por tal motivo, a prova do dano material é de fundamental 
importância na ação indenizatória. 
A distribuição do ônus probatório vem fixada no Código de Processo 
Civil segundo requisitos claros e objetivos, previstos em seu artigo 373, que 
dispõe: 
" Art. 373. O ônus da prova incumbe: 
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; 
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou 
extintivo do direito do autor. 
III § 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da 
causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade 
de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de 
obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus 
da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão 
fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de 
se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.” 
A sistemática adotada pelo Processual Civil pátrio, no que 
concerne ao ônus da prova, está muito clara no art.373. 
Excelência, a parte autora requer reparação de dano pelo 
atraso nas obras, como já fartamente demostrado pelo contestante, tal atraso 
não foi ocasionado por este, e sim pela mudança no projeto e cronograma 
físico/financeiro da obra, desta forma incabível a reparação e improcedente tal 
pedido. 
DA NÃO INCIDÊNCIA DO DANO PATRIMONIAL DOS VÁRIOS VÍCIOS NA 
CONTRUÇÃO – LAUDO TÉCNICO DE VISTORIA DO IMÓVEL 
Não merece prosperar a assertiva autoral de dano patrimonial por 
vícios, pois em nenhum momento foi solicitado pela parte autora ao Requerido, 
quaisquer vistoria ou reparos pelos suposto vícios ocasionados, como já 
exposto nos fatos o Requerido chegou a efetuar algumas correções em 
problemas que surgiram no decorrer da obra. Excelência da mesma forma tal 
pedido deve seguir a total improcedência. 
DA NÃO INCIDÊNCIA DOS ALUGUÉIS 
Excelência, a parte autora requereu a restituição de valores 
despendidos com alugueis, pelo suposto atraso na obra, que conforme 
cronograma físico/financeiro e o projeto do imóvel foram alterados pela parte 
autora, portanto também descabido tal restituição e improcedente esse pedido. 
DA NÃO INCIDÊNCIA DOS REPAROS NO IMÓVEL 
Excelência, em nenhum momento a autora formalizou qualquer 
pedido a Ré, com o intuito de reparar supostos danos ao imóvel, devendo-se 
observar que é da Autora o ônus da prova quanto aos fatos constitutivos de seu 
direito, nos termos do artigo 373 do CPC. 
DA NÃO INCIDÊNCIA DANO MATERIAL PELO PAGAMENTO DOS 
HONORÁRIOS ADVOCATICIOS CONTRATUAIS. 
Igualmente não podem prosperar os pedidos de condenação em 
honorários advocatícios e custas processuais, haja vista que a improcedência 
da ação é medida que se impõe. 
DA IMPUGNAÇÃO DO LAUDO TECNICO DE VISTORIA 
Excelência, como já especificado pelos argumentos 
supramencionados, não deve prosperar tal restituição. 
DA NÃO INCIDÊNCIA DO DANO MORAL 
Ademais, quanto ao dano moral alegado, igualmente não merece 
prosperar, na medida em que não demonstrou ter a Ré praticado qualquer ato 
ilícito, capaz de gerar algum dano ao foro íntimo da Autora, e que suposto dano 
tivesse qualquer nexo causal com alguma conduta praticada pela Ré. 
Com efeito, o instituto do dano moral, não pode ser banalizado, não 
é qualquer mero aborrecimento ou dissabor do cotidiano que se mostra 
indenizável, sendo necessária prova cabal do abalo psicológico, do dano à 
dignidade, ao foro íntimo capaz de gerar forte angústia, o que não se mostra 
evidente no caso em tela. Por fim não há que se falar em quantum 
indenizatório, uma vez inexistente a vindicada obrigação principal. 
DOS PEDIDOS 
 
Por todo o exposto, requer a extinção do feito com resolução do 
mérito, haja vista, a ação ter sido ajuizada 03 (três) anos após o fato ocorrido, 
conforme o artigo 206, § 3º, inciso V, do Código Civil; 
Caso assim não entenda Vossa Excelência, requer sejam julgados 
totalmente improcedentes os pedidos da exordial por total inaplicabilidade aos 
fatos apresentados pela Requerente. Sejam rechaçados todos os pedidos do 
autor, principalmente os danos patrimoniais tendo em vista que o réu não deu 
causa ao ocorrido; 
Que seja feito o levantamento de medição da construção por perito 
da justiça, para comprovar que houve mudanças substanciais no projeto inicial, 
demonstrando dessa forma, que o novo cronograma físico/financeiro 
apresentado pelo requerido tem fundamento. 
Condenação total do Autor ao pagamento dos honorários 
advocatícios de sucumbência, bem como o reembolso das despesas 
processuais adiantadas, nos termos do artigo 20 do Código de Processo Civil. 
Protesta por todos os meios de direito admitidos para comprovar os 
fatos alegados, especialmente prova documental, testemunhal e depoimento 
pessoal das partes. 
Nestes termos, 
Pede Deferimento. 
 
Macapá, 11 de Abril de 2018. 
 
 
 
Rafael Anderson de Oliveira Souza 
OAB/AP 3632 
 
 
 
Rol de Testemunhas: 
1) Edinaldo Balieiro; 
2) Joel da Costa Garcia; 
3) Alexsandro da Silva Cardoso.

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