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CASOS 1 a 8 DPCII

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CASO CONCRETO 1
Mario ajuizou ação indenizatória em face da Loja FREE MAGAZINE com o objetivo de obter reparação pelos danos decorrentes da aquisição de um condicionador de ar defeituoso. A demanda foi ajuizada perante a Vara Cível da Capital, pelo procedimento comum, onde o autor pretender obter indenização no valor de 20.000,00 (vinte mil reais)... Diante da situação INDAGA-SE: A) O juiz agiu de acordo com as regras do CPC acerca do procedimento comum? R: Não agiu, considerando que a realização do negócio processual não depende de homologação judicial (enunciado n º 1 33 d o FPPC – Fórum Permanente Processualistas Civis). Ademais, a atividade d o juiz neste caso limita-se a controlar a abusividade e casos de vulnerabilidade. Cabe ressaltar, ai n da que as partes estejam dispostas a renunciar o prazo a seu favor, conforme dispõe o § único do ar t. 190, CP C. O que é permitido. B) A referida demanda poderia ter sido ajuizada nos Juizados Especiais Cíveis? R: Sim, Conforme a (L ei nº 9.09 9 /9 5), p ara ajuizamento de um a ação no JEC. Existem requisitos que deve m ser observados, um deles é considerar o valor d a causa. (art.3º, CPC).
CASO CONCRETO 2
Pedro ingressou com uma ação indenizatória em face do Estado de Belo Horizonte pleiteando indenização no valor de R$ 200.000,00, por ter sido incluído, de forma fraudulenta, no quadro societário do Frigorífico Boi Bom. O primeiro especialista apresentou parecer favorável a interposição de recurso, pois a improcedência liminar viola o princípio da inafastabilidade da tutela jurisdicional (art. 5º, XXXV, da CF/88), inviabilizando o amplo acesso à justiça. O segundo especialista apresentou parecer no sentido de que embora haja a garantia constitucional da inafastabilidade da tutela jurisdicional, admite-se a limitação dessa garantia em algumas hipóteses definidas em lei sem que haja violação do texto constitucional. A) Considerando a divergência entre os especialistas, qual é o parecer mais adequado de acordo com a jurisprudência e a doutrina? R: O primei o parece r é o mais adequado ao caso exposto, visto que a improcedência liminarmente julgada pelo magistrado não se teve como arrimo nenhuma d as hipóteses do artigo 332 do CP C , cujas mesmas são taxativas, e a inda, a l ide do caso em tela carece d e fase instrutória . Portanto, e xis te a possibilidade d e entrar com o recurso de apelação junto ao tribunal de justiça. O magistrado poderá retratar-se, e mesmo que isso não faça, deverá cita r o réu p ara a apresentação d e defesa. N esses termo s o artigo 332 do C P C : Inciso I a IV e parágrafo 1 a 4. B) Existe diferença entre Improcedência Liminar do Pedido e Indeferimento da Petição Inicial? R: A principal diferença está no teor das decisões terminativas, tendo em vista que na decisão de improcedência liminar do pedido, quando ocorre r alguma das hipóteses dispostas no artigo 33 2 d o C PC, será com efeitos de resolução de mérito não podendo o autor entrar com a mesma causa de pedir em nova ação. Já no indeferimento da petição inicial ocorre quando h á um algum vício n a peça inicial constata do p elo magistrado, nos termos d o artigo 330 do C PC , aqui, via de regra, o juiz poderá conceder ao autor a oportunidade de emendar a inicial, salvo se a peça for flagrantemente inepta. A decisão terminativa será sem a resolução do mérito, com isso, poderá o autor entrar novamente com a mesma causa de pedir e pedidos, atentando agora para os requisitos da exordial apta. Nesse senti do: art 330 inciso 1 a IV e parágrafos 2 e 3.
CASO CONCRETO 3
O Banco BMD ajuizou ação de cobrança em face de Antônio, pelo procedimento comum, sob o fundamento de que o réu não efetuou o pagamento da quantia de 15.000,00 referentes a um empréstimo realizado. Após a realização infrutífera da audiência de conciliação, Antônio pretende, através de seu advogado, alegar que: a) não reconhece a dívida vez que o empréstimo já foi quitado; b) a devolução em dobro do valor pago indevidamente, vez que o banco cobrou numero de parcelas maior do que o acordado e c) a incompetência territorial do juízo. Diante da situação acima indaga-se: A) Quais as modalidades de resposta do réu devem ser utilizadas pelo advogado do réu? R: O patrono do réu deverá utilizar como resposta a peça de contestação integrando nesta a propositura de reconvenção (Art. 343. CPC), que devem ser a presentadas em até 1 5 dias úteis, a contar o termo inicial conforme as ocas iões em que se verificar no artigo 335 do CPC. Que assim dispõe: Art 335 I a III, ART 343
B) Caso o réu pretenda alegar sua ilegitimidade para a causa, como deve proceder? R: O réu deverá alegar a sua ilegitimidade passiva na ação proposta na preliminar de mérito de sua peça de contestação. Conforme o que declara o artigo 337, inciso XI do CPC. Com is so, o magistrado facultará ao Autor, no prazo de 1 5 dias úteis, a oportunidade de substituição do polo passivo da demanda. Ressaltando que o Réu, desde sua alegação de ilegitimidade, caso conheça a parte legítima para integrar o respectivo polo, deve indicá-lo s ob pena de arcar com as despesas processuais e indenizar o autor pelos prejuízos causados pela ausência de indicação. Nesse sentido os artigos 338, 339 do CPC.
C) Quais os significados dos Princípios da Eventualidade e Ônus da Impugnação Específica para fins do 
momento processual dos artigos 335 e seguintes do CPC? R: O PRINCÍPIO DA EV ENTUALIDADE, també m chamado de principio da c oncentração, significa que é na contestação a oportunidade do réu alegar (concentrar) todo o arsenal de a rgumentos de defesa que na ocasião possui, ainda que sejam alternativos, ou de certa ma neira incoerentes entre s i, sob pena de preclusão, e com isso a impossibilidade de se trazer outro argumento de defesa no decorrer do feito. No mesmo sentido: art 336, 342 O ÔNUS DA IMPUGN AÇ ÃO ES PECÍFICA p ertence ao réu, em outra s palavras, é um rebatimento proposto por ele, uma vez que o mes mo deverá refutar, de modo precis o, toda a alegação trazida pelo Autor, sob pena de se ter como fato incontroverso as argumentações não rebatidas. Assim se pode entender da re dação do a rtigo 341 do CPC (com o devido alerta para as ressalvas): art 341.
CASO 4
Marina realizou uma cirurgia de implante de silicone nos seios na Clínica de Estética Bem Viver. Após a cirurgia, Marina identificou que um seio ficou visivelmente maior que o outro. Frustrada com a situação em que foi submetida, a paciente promoveu uma ação indenizatória em face da referida Clínica pleiteando indenização por danos morais, estéticos e materiais. Embora tenha sido devidamente citada a Clínica não ofereceu a contestação, o que foi devidamente certificado pelo Cartório. O juiz decretou a revelia da ré. Diante dessa circunstância indaga-se: A) A revelia acarreta necessariamente a procedência do pedido do autor? R: Não, considerando que a presunção de veracidade dos fatos narrados pelo autor na inicial é RELATIVA. 
Obs.: Mesmo com a Revelia decretada não acarreta necessariamente a procedência, mas sobre o réu pesa esse ônus de presunção relativa. B) Caso a r é apresentasse contestação admitindo o f ato, mas arguindo a prescrição, quais seriam as consequências processuais? R: Neste caso o juiz determinaria como providência preliminar que o autor se manifestasse no prazo de 15 dias na forma do art. 350, CPC. Obs.: Prescrição é matéria de mérito indireta. 
CASO 5
André ajuizou uma ação em face de Paulo para obter a rescisão contratual de determinado negócio jurídico firmado entre as partes. Na Petição Inicial André afirma que Paulo descumpriu três cláusulas contratuais distintas, causando danos materiais e morais e por tais razões, não mais deseja manter o vínculo contratual, requerendo ainda, além de seu desfazimento, o pagamento de multa contratual prevista em cláusula específica. Junta apenas documentos comprobatórios e afirma não necessitar de outros meios para sustentar o alegado... Após acertificação da tempestividade da defesa apresentada, os autos vão conclusos ao juiz. A partir do texto acima responda às seguintes questões: A) Caso o Juiz considere pertinente a defesa apresentada por Paulo será possível o julgamento antecipado do mérito? R: Não, considerando que no caso concreto deve ser o autor intimado para se manifestar sobre os argumentos aduzidos pelo réu na contestação de acordo com o art. 350, CPC. B) Caso o Juiz entenda que existe fato incontroverso poderá haver julgamento antecipado parcial do mérito.

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