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1 DELEGADO FEDERAL E ESTADUAL – MÓDULO II Disciplina: Direito Administrativo Prof.: Alexandre Mazza Aula: 03 Monitor: Munir MATERIAL DE APOIO - MONITORIA Índice I. Anotações da aula II. Lousas I. ANOTAÇÕES DA AULA TEORIA DOS ATOS ADMINISTRATIVOS São atos jurídicos praticados no exercício da função administrativa. Teoria dos 3 planos lógicos - Existência / Perfeição; - Validade; - Eficácia. * Teoria alemã trazida para o Brasil por Pontes de Miranda. DICA: A diferença fundamental entre o ato administrativo e as demais espécies de atos jurídicos está no regime jurídico aplicável (conjunto de princípios e regras). - Função dogmática da teoria do ato: A teoria do ato administrativo foi desenvolvida como um mecanismo de controle sobre a atividade administrativa, como decorrência do Estado de Direito. OBS: O Estado de Direito surgiu após a Revolução Francesa (1789). Antes do Estado de Direito vigorava o Estado de Polícia (vontade da administração ação concreta). Com o Estado de Direito há um processo tripartido (vontade da administração declaração de vontade – ato administrativo ação concreta). Conceito de ato administrativo - declaração de vontade, no exercício da função administrativa, com caráter infralegal, expedido para produzir efeitos de direito (jurídicos). Sentido amplo: inclui atos abstratos ou normativos (decretos e regulamentos) e bilaterais (contratos). Sentido estrito: só os concretos (licença para construir) e unilaterais (interdição de estabelecimento). 1) Com caráter infralegal (legalidade): o ato administrativo está submetido a vontade popular (lei). 2 2) Efeitos jurídicos: criar, extinguir, modificar, declarar direitos e deveres ou relações jurídicas. Declarar – atos enunciativos – certidões (o Estado declara fato de que tinha ciência prévia como, por exemplo, certidão de objeto e pé) e atestados (o Estado declara fato de que não tinha ciência prévia como, por exemplo, atestado médico). Existência, validade e eficácia 3 planos lógicos; Relativa independência. Plano da existência – ciclo de formação do ato, elementos e pressupostos para sofrer a incidência da norma jurídica e ingressar no mundo do direito. - Elementos de existência – conteúdo e exteriorização. - Pressuposto de existência – ato praticado no exercício da função administrativa. Plano da validade – avalia a conformidade do ato com o ordenamento. Existem 5 requisitos: - Sujeito (competência); - Objeto; - Forma; - Motivo; - Finalidade. Plano da eficácia – reúne condições para produzir efeitos de direito. - Efeitos prodrômicos / iniciais / preliminares 1) Existente, válido e eficaz; 2) Existente, válido e ineficaz; 3) Existente, inválido e eficaz (presunção de legitimidade); 4) Existente, inválido e ineficaz; 5) Ato inexistente: é inválido e nunca produz efeitos jurídicos. Teoria das invalidades do ato administrativo Os diferentes tipos de impacto que um vício / defeito podem gerar no ato. Para concurso público, é adotada a corrente quadripartida (Celso Antônio Bandeira de Mello). a) Ato inexistente; b) Ato nulo (inconvalidável); c) Ato anulável (convalidável); d) Ato irregular. Ato administrativo inexistente: não cumpriu seu ciclo de formação. Exemplos: multa de trânsito não preenchida, ato administrativo proibindo e permitindo determinada conduta, decreto proibindo a morte, edital de concurso exigindo do candidato domínio de idioma extinto, texto de ato administrativo esquecido na gaveta, promoção de servidor falecido, usurpador de função pública. Regime jurídico do ato inexistente: 3 - juridicamente ineficaz; - não gera obrigatoriedade; - admite reação manu militari; - não admite convalidação; - não tem presunção de legitimidade; - é incaducável. Ato administrativo nulo: - ato existente; - vício insanável (não admite convalidação); - presunção de legitimidade; - gera efeitos. - defeitos no motivo, objeto, finalidade; - não admite reação manu militari. Ato administrativo anulável: - defeito sanável; - admite convalidação (corrigir defeitos leves do ato – ver artigo 55 da Lei do Processo Administrativo – é um poder); - vícios na competência ou na forma. Atos irregulares: - defeitos superficiais, normalmente em formalidades não essenciais. Silêncio da Administração - Inércia da Administração pode gerar consequências no Direito? Em regra, o silêncio não é relevante para o Direito. A lei pode atribuir significado ao silêncio, ligando efeitos jurídicos à omissão. Taxonomia (natureza jurídica): fato administrativo. O ato administrativo é sempre voluntário, enquanto o fato administrativo é involuntário. No direito, o silêncio pode ser de uma aprovação (não exige motivação) ou de uma rejeição (exige motivação) ao que está sendo requerido. - A lei não atribui significado ao silêncio. Artigo 48 da LPA: a Administração tem o dever de decidir. Prazo legal se a Administração silencia, caracteriza abuso de poder. Não há prazo legal invoca-se o princípio da duração razoável do processo. Na falta de prazo legal, a Administração tem 30 dias para decidir, prorrogáveis motivadamente por igual período. Carvalho Filho mandamental. Bandeira de Mello constitutiva. Extinção do ato administrativo 4 Diversas formas de extinção: - automática (pleno direito) – ipsu juri. a) Termo final; b) Condição resolutiva; c) Exaurimento do conteúdo. Se contrapõe a retirada do ato. A retirada é a extinção de um ato administrativo por outro ato administrativo. O processo tem que ter o contraditório e a ampla defesa. Ato anulatório (anulação) o ato inicial é existente, inválido e eficaz prescreve em 5 anos efeitos ex tunc. Ato revocatório (revogação) o ato é existente, válido e eficaz não tem prazo prescricional efeitos ex nunc. 5 II. LOUSAS 6 7 8 9 10
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