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A extensão rural no brasil passou a ser expressiva em meados de 1948, através de um modelo humanista assistencialista, inspirado no modelo clássico do progresso técnico como o único caminho para o desenvolvimento, sendo este processo de modernização o fator de mudanças sociais, buscando através da difusão de tecnologia químico-mecânicas o aumento da produtividade agrícola e a melhoria de vida da população rural. Veja bem, primeiro desejava-se a produtividade e como consequência a melhoria da qualidade de vida da população rural, com a diminuição da mão de obra, aumento da renda, melhoria de hábitos de higiene, administração do lar e da produção e reformas nas moradias, criando então grupos de agricultores, donas de casa e jovens rurais. Possuía dois grandes grupos de extensionistas, domésticas e agrícolas, com público alvo o pequeno produtor. Partia-se da orientação pedagógica do ‘’ensinar fazendo’’, induzindo a mudança de comportamentos, isto de forma vertical sem problematizar com o agricultores. Eram utilizadas metodologias preestabelecidas que não favoreciam o florescimento da consciência crítica dos indivíduos,atendendo apenas suas necessidades imediatas. Neste período surgiram as ACAR , associações de crédito e extensão rural em cada estado. Isto foi mudando com o tempo diante da não eficiência e das mudanças governamentais, atingindo um modelo difusionista produtivista entre 1964 e 1984, baseado na aquisição dos produtores de um pacote tecnológico modernizante com uso intensivo de capital (máquinas e insumos industrializados) com foco nos grandes e médios produtores, período marcado pela abundância de crédito subsidiado, chegando a juros reais negativos. Sua idéia era trazer a mudança da mentalidade dos produtores do tradicional para o moderno, neste período houveram 2 grandes linhas de crédito uma com foco no médio e grande produtor para enriquecer o país, aumentar a produtividade e realizar exportação e outra com foco no pequeno produtor para seu consumo e o excedente para ser vendido a cooperativas. Neste período foi instituída a EMBRATER, Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural e a EMATER’s – estruturas governamentais de ATER’s, havendo grande expansão dos serviços de 10% para 77% porém o serviço dos extensionistas era condicionado ao crédito agrícola, sendo assim diversos pequenos agricultores não tiveram sucesso na obtenção do crédito ficando a margem do serviço de extensão rural. Época que o governo prometia vida excelente na Amazônia região centro oeste e extremo sul do país. Posteriormente a extensão rural começou a apresentar um caráter crítico devido a não eficiência do modelo passado , aumento a exclusão social e devido seus impactos ambientais desastrosos, iniciaram uma nova proposta de ATER, baseada no pluralismo, em metodologias participativas, na relação sujeito-sujeito valorizando a transferência vertical da tecnologia gerada e disseminada com exclusão dos sujeitos , abrangendo toda a diversidade, através da visão freireana de valorização dos saberes locais, construção coletiva de soluções, capitaneadas pelos próprios agricultores e o extensionista intermediados, possuía pacto federativo (federal, estadual e municipal). Seu público alvo é a família de pequenos e médios agricultores , baseado no dialogo problematizador , a tecnologia possui papel essencial mas dentro dos padrões de equilíbrio ecológico energético e social.
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