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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Prof. Patrícia Paty Santos: Mestranda em Construção Civil e Materiais AGREGADOS (CONCEITOS GERAIS) TÓPICOS DA AULA Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos • Conceitos Gerais; • Função dos agregados; • Classificação; • Divisão dos materiais agregados; • Processo de britagem e seus principais produtos; • Agregados Miúdos e suas aplicações; • Propriedades físicas; • Substâncias nocivas, teor de umidade e inchamento. CONCEITOS Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos Materiais granulosos, naturais ou artificiais, divididos em partículas de formatos e tamanhos quase uniformes. Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos FUNÇÃO Atuar como material inerte nas argamassas e concretos aumentando o volume da mistura e reduzindo seu custo. AGREGADOS (CLASSIFICAÇÃO) Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A ORIGEM NATURAIS (Natureza) ARTIFICIAIS (Industrializados) Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A ORIGEM Naturais: os que já se encontram em forma particulada na natureza – areia e cascalho. Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A ORIGEM Industrializados: os que têm sua composição particulada obtida por processos industriais. A matéria prima pode ser rocha, escória de alto forno. Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A DIMENSÃO DAS PARTICULAS GRAÚDOS MIÚDOS Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos CLASSIFICAÇÃO – NBR 7211 SEGUNDO A DIMENSÃO DAS PARTICULAS Miúdo: areia, pó de pedra e siltes. Esses fragmentos passam na peneira com 4,8 mm de abertura. Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos CLASSIFICAÇÃO – NBR 7211 Graúdo: f ≥ 4,8 mm. Exemplo: seixo rolado, brita, cascalhos e argila expandida. Esses fragmentos são retidos na peneira com abertura de 4,8mm. Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos CLASSIFICAÇÃO – NBR 7211 SEGUNDO O PESO ESPECÍFICO • Ex. agregados artificiais como vermiculita expandida e escória expandida. AGREGADOS LEVES < 1120 kg/m3 • Ex. areia lavada de rio, britas graníticas e calcárias. AGREGADOS MÉDIOS 1500 e 1800 kg/m3 • Ex. Barita e hematita. AGREGADOS PESADOS > 1800 kg/m3 Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos CLASSIFICAÇÃO – NBR 7211 SEGUNDO O PESO ESPECÍFICO LEVES MÉDIOS PESADOS MATERIAL KG/M3 MATERIAL KG/M3 MATERIAL KG/M3 Madeira leves (pinho) Até 600 Pó de pedra 1500 Granito 2600 a 3000 Madeiras duras (peroba) Acima 750 Clinker de cimento 1500 Mármore 2500 a 2800 Cal hidráulica 700 Asfalto 1600 a 2000 Aço 7800 Cortiça natural 240 Brita graduada 1700 Areia quartzosa úmida 1800 a 2000 Cimento em pó 1100 a 1700 Bica corrida 1600 Arenito 2100 a 2300 FONTE: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfB4AAA/tabela-pesos-especificos AGREGADOS (DIVISÃO DOS AGREGADOS) Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos DIVISÃO DOS AGREGADOS PEDRA BRITADA AREIA CASCALHO ARGILA EXPANDIDA ESCÓRIA DE ALTO FORNO AGREGADOS (AGREGADO MIÚDO) Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos DEFINIÇÃO AREIA Agregado miúdo que pode ser originário de fontes naturais como leitos de rios, depósitos eólios, bancos e cavas ou de processos artificiais como a britagem. Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos CLASSIFICAÇÃO - 7225 AREIA Areia Fina: de 0,075 a 0,42 mm Areia Média: de 0,42 a 1,2 mm Areia Grossa: de 1,2 a 2,4 mm Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos CLASSIFICAÇÃO – BAUER (2008) AREIA Tamanho de grãos para as três faixas granulométricas da areia: Areia Fina: de 0,15 a 0,6 mm Areia Média: de 0,6 a 2,4 mm Areia Grossa: de 2,4 a 4,8 mm Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos APLICAÇÕES AREIA Preparo de argamassas; Concreto betuminoso; Concreto de cimento Portland; Pavimentos rodoviários; Base de paralelepípedos; Confecção de filtros para tratamento de água e efluentes; Entre outras aplicações. Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos APLICAÇÕES AREIA • É usada em várias partes: Fundações; Coberturas; Estrutura; Vedações; e Acabamentos. Para cada finalidade deve ser escolhido um tipo, variando a granulometria e a pureza do material. Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos EXTRAÇÃO AREIA PRODUTOS E APLICAÇÃO Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos AREIA Podem ser utilizadas em: • Concreto; • Argamassa de assentamento e revestimento; • Pavimentação asfáltica; • Filtros; • Lastro e permeabilização de vias e pátios. “As chamadas areias lavadas, possuem granulometria mais grossa e por isso são usadas na elaboração de argamassas para estruturas”. Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos PRODUTOS E APLICAÇÕES AREIA LAVADA FINA Usada para acabamento da obra, normalmente para reboco. Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos PRODUTOS E APLICAÇÕES AREIA LAVADA MÉDIA A mais utilizada, pois sua estrutura permite que seja usada em praticamente todas as fases da obra. Para argamassa de assentamento de tijolos usa-se areia grossa ou média. Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos PRODUTOS E APLICAÇÕES AREIA LAVADA GROSSA Geralmente é usada como agregado do concreto, ou em trabalhos que exijam uma maior resistência. Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos PRODUTOS E APLICAÇÕES Massa fina Massa grossa Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos PRODUTOS E APLICAÇÕES CHAPISCO Argamassa de areia e cimento, no traço de 1:3. Pode-se utilizar areia média ou grossa, sem peneirar. Espessura pequena e acabamento áspero. A cura dá-se após 24horas. É comum a adição de cola branca (PVA) à massa do chapisco, numa proporção de 1:12 (1 litro de cola para 12 litros de água). Isso fixa melhor a argamassa na parede, evitando o escorrimento. Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos PRODUTOS E APLICAÇÕES EMBOÇO Preparada a partir de uma mistura de cimento, cal hidratada e areia média, no traço de 1:2:8. Pode receber um aditivo impermeabilizante. Camada de no máximo 5mm. Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos PRODUTOS E APLICAÇÕES REBOCO Constituído, mais comumente, de argamassa de cal e areia no traço 1:2:9. Existe argamassa ensacada pronta, sacos de 50kg. Espessura de 2mm. Prof. Esp. Mestrandaem Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos PRODUTOS E APLICAÇÕES AREIA LIMPA OS FILTROS: Tem a função de permitir a passagem da água e impedir a passagem de partículas finas do solo. Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos PRODUTOS E APLICAÇÕES AREIA Em princípio, não se lava a areia de rio pois considera-se que ela já está lavada. Já a areia de cava (ou de barranco) pode exigir lavagem por conter impurezas. Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos PRODUTOS E APLICAÇÕES CONCRETO Pode usar areia grossa, média ou fina. Entretanto, areias finas podem conter um teor excessivo de material intruso pulverizado (outros compostos) o que pode causar sérios danos à qualidade do concreto. Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos EXTRAÇÃO AREIA Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos DEFINIÇÃO GRANULOMETRIA A granulometria é uma propriedade que reflete a distribuição dos tamanhos dos grãos de um agregado; A distribuição granulométrica é determinada por meio de um ensaio descrito na NBR 7217; O peneiramento da amostra é realizado com o uso de peneiras padronizadas pela ABNT: (Série Normal e Série Intermediária). Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos DEFINIÇÃO GRANULOMETRIA DIMENSÃO MÁXIMA CARACTERÍSTICA DO AGREGADO (mm) MASSA MÍNIMA DE AMOSTRA PARA O ENSAIO (Kg) Menor que 4,8 0,5 6,3 3,0 Entre 9,5 e 25 5,0 Entre 32 e 38 10,0 50 20,0 Entre 64 e 76 30,0 Distribuição Granulométrica Fonte: NBR 7217 Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos ENSAIO DE GRANULOMETRIA COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA – NBR 7217 Peneiras 1º Determinação 2º Determinação % Retida Média % Retida Acumulada n° mm Peso Retido (g) % Retido Peso Retido (g) % Retido 3/8” 9,5 0 0 1/4” 6,3 0 0 4” 4,8 9,6 8,4 8 2,4 16,6 15,1 16 1,2 31,7 28,9 30 0,6 132,8 147,7 50 0,3 234,1 242,9 100 0,15 79,4 63,4 Fundo <0,15 23,6 18,4 TOTAL 527,8 524,8 Composição Granulométrica – NBR 7217 Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos MÓDULO DE FINURA DA AREIA Módulo de finura– NBR 7211 Valores de módulo de finura para areias consideradas bem graduadas, conforme a tabela a seguir: CASSIFICAÇÃO DA AREIA MÓDULO DE FINURA Muito Fina 1,39 a 2,25 Fina 1,71 a 2,85 Média 2,11 a 3,38 Grossa 2,71 a 4,02 Areia de Praia 1,39 Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos SUBSTÂNCIAS NOCIVAS As impurezas contidas nos agregados podem interferir química e fisicamente no uso que se faz deles. Partículas de origem orgânica ou mineral, que podem dar origem a reações químicas expansivas com o cimento. Partículas com dimensões iguais ou inferiores às do cimento, que interferem na estrutura do material hidratado, enfraquecendo-o. Partículas com baixa resistência ou com expansões e contrações excessivas. A presença de matéria orgânica (húmus), que interferem na pega e endurecimento do cimento, diminuindo a resistência inicial. Impurezas constituídas por sais minerais, que interferem principalmente na pega e na resistência do concreto e também dão origem a reações prejudiciais com o cimento ou com armaduras do concreto armado. Ex: chumbo, zinco, sulfatos, cloretos. Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos SUBSTÂNCIAS NOCIVAS MATERIAIS CARBONOSOS (ASTM) Em concreto cuja aparência é importante 0,5% Nos demais concretos 1,0% TORRÕES DE ARGILA (NBR7118) Porcentagem máxima permitida 3,0% MATERIAL PULVERULENTO (NBR NM 46) Em concreto submetido à desgaste superficial 3,0% Nos demais concretos 5,0% IMPUREZAS ORGÂNICAS (NBR 7220) Se a colocação ficar mais escura que a de uma solução padrão, ficará condicionada ao resultado do ensaio previsto na NBR 7221 – Ensaio de Qualidade da Areia. Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos DEFINIÇÃO MASSA UNITÁRIA OU ESPECÍFICA – APARENTE (δ) Relação entre a massa (M) e o volume aparente (Vap) do agregado (volume aparente = volume dos grãos + volume dos vazios). Utilizada como: Medida indireta da quantidade de vazios presentes entre os grãos de agregados; e Para transformar quantidades de material de peso para volume e de volume para peso. Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos DEFINIÇÃO – TEOR DE UMIDADE Definido como a relação entre o peso da água (Ph-PS) e o peso do material seco (PS) em estufa a mais de 100ºC. Importante para dosagem de concretos; O método mais utilizado é a secagem em estufa, cuja amostra é pesada antes de ser colocada na estufa a 100°C. Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos TEOR DE UMIDADE De acordo com o teor de umidade, podemos considerar o agregado nos seguintes estados: • Seco em estufa: toda a umidade, externa e interna, foi eliminada por um aquecimento a 100ºC. • Seco ao ar: não apresenta umidade superficial, tendo umidade interna sem saturação. Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos TEOR DE UMIDADE • Saturado, superfície seca: a superfície não apresenta água livre, mas os vazios permeáveis das partículas de agregados estão cheios dela. • Saturado: apresenta água livre na superfície. Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos DEFINIÇÃO - INCHAMENTO A água presente entre os grãos de agregado provoca o afastamento entre eles, o que resulta no inchamento do conjunto. Ocorre até determinado teor de umidade acima do qual o inchamento permanece praticamente constante. UMIDADE CRITICA Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos DEFINIÇÃO – COEFICIENTE DE VAZIOS Número que, multiplicado pelo volume total do agregado dá o volume de vazios nesse agregado. Quanto maior o coeficiente de vazios maior o consumo de pasta para ligar os agregados. Depende da massa específica e da massa unitária do material. Prof. Esp. Mestranda em Const. Civil e Materiais, Arq. Patrícia Paty Santos Até a próxima Aula. Obrigado! E-mail: 28shpatriciapaty@gmail.com E-mail da turma: LOGIN: matconstrucaoprofessora@gmail.com SENHA: profpatricia
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