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01/06/2014 1 Universidade do Estado Universidade do Estado Universidade do Estado Universidade do Estado Universidade do Estado Universidade do Estado Universidade do Estado Universidade do Estado do Rio de Janeirodo Rio de Janeirodo Rio de Janeirodo Rio de Janeirodo Rio de Janeirodo Rio de Janeirodo Rio de Janeirodo Rio de Janeiro EletroquímicaEletroquímica ��Teorias de IonizaçãoTeorias de Ionização ��Mobilidade IônicaMobilidade Iônica ��Número de transporteNúmero de transporte Profa. Angela S. Rocha Objetivo fundamental da eletroquímica (revendo...) �Estudar sistemas capazes de produzir trabalho útil elétrico a partir de reações de oxirredução (células galvânicas). e/ou �Estudar sistemas nos quais ocorrem processos de oxirredução ao receber trabalho elétrico útil (eletrólise). 01/06/2014 2 Eletroquímica (revendo...) 1) Estudo de eletrólitos: �No equilíbrio →→→→ termodinâmica dos eletrólitos, teorias de dissociação eletrolítica, equilíbrios iônicos em solução, etc. �Fora do equilíbrio →→→→ fenômenos de transporte de massa. 2) Estudo da interface eletrodo/solução: �No equilíbrio →→→→ dupla camada elétrica. �Fora do equilíbrio →→→→ cinética eletroquímica, eletrodeposição, corrosão. Condutividade Molar � Pode-se definir uma nova variável, a condutividade molar (Λ): Λ=lambda c = conc. molar � Unidade: Λ [=] m2 Ω-1 mol-1 ou m2 S mol-1 . � Na verdade, o que interessa é capacidade da solução em conduzir corrente elétrica. Assim, é preferível especificar a condutividade por mol de cargas e não por mol de substância. � Ex.: 1 mol de NaCl(aq.) possui o mesmo número de cargas que ½ mol de ZnSO4. � Esta condutância por mol de cargas é conhecida também como Condutância Equivalente. c κ =Λ 11 − =⇒= ρκ R C 01/06/2014 3 Variação de Λ com a concentração � À medida que a concentração diminui (ou a diluição aumenta), a condutividade molar aumenta, tendendo ao valor conhecido como condutividade molar limite (Λ∞). v (diluição) Λ Λ∞ Λ ∝ 1/c ou Λ ∝ ν (diluição) Variação de Λ com a concentração � Experimentalmente verificou-se que a Λ não é independente da concentração, mas varia linearmente com a raiz quadrada da concentração para eletrólitos fortes, a baixas concentrações. � Kohlrausch (1900) desenvolveu a seguinte equação empírica para soluções de eletrólitos fortes: sendo k uma constante empírica e c a concentração em molaridade de carga ou normalidade. ck−Λ=Λ ∞ 01/06/2014 4 Variação de Λ com a concentração � Obtendo-se a reta de Λ x √c, a constante -k será o coeficiente angular da reta e Λ∞ será o coeficiente linear, para eletrólitos que obedecem a equação de Kohlrausch. ck−Λ=Λ ∞ Λ Λ∞ c -k Variação de Λ com a concentração ck−Λ=Λ ∞ 01/06/2014 5 Variação de Λ com a concentração � Curvas experimentais reais: Λ c KCl COOHCH3 4ZnSO Variação de Λ com a concentração � Eletrólitos Fortes: altos valores de Λ em toda a faixa de concentração. Ex.: KCl e NaCl. � Eletrólitos Fracos: condutividade baixa até atingir grandes diluições (baixas concentrações) em que Λ cresce enormemente. Ex.: bases e ácidos orgânicos. � Eletrólitos Intermediários: situam-se entre os dois extremos anteriores. Ex.: sais de metais de transição (ZnSO4). 01/06/2014 6 Variação de Λ com a concentração Tipos de eletrólitos Estudo do eletrólito em condições de equilíbrio Soluções eletrolíticas = eletrólitos Estas soluções são caracterizam-se pela presença de íons livres em solução. Ex.: Ácidos, bases ou sais em água (mais estudada) ou outros solventes. 01/06/2014 7 Estudo do eletrólito em condições de equilíbrio Teorias de ionização � Svante Arrhenius (1887) – 1ª teoria de ionização bem sucedida. Foi proposta para explicar o comportamento distintos das soluções eletrolíticas em relação às não eletrolíticas. � Postulados da teoria da ionização/dissociação eletrolítica: 1) As moléculas do eletrólito se ionizam em íons de cargas opostas quando dissolvidas num solvente apropriado. 2) A carga total dos íons positivos é sempre igual à carga total dos íons negativos, de modo que a solução permanece eletricamente neutra. Observação experimental: A matéria é eletricamente neutra. ⇒ Princípio da eletroneutralidade. 01/06/2014 8 Teorias de ionização Princípio da eletroneutralidade: �Não é possível obter uma solução apenas com cátions Na+ ou ânions Cl-. Para um eletrólito genérico tem-se: Generalizando-se: 0=+ −−++ zz νν 0=∑ i ii zν zi é a carga do íon νi é a atomicidade do íon Teorias de ionização 3) Os íons se distribuem caotica e uniformemente em solução, de tal forma que as atrações interiônicas se anulam. 4) A dissociação das moléculas em íons não é completa, sendo que, no equilíbrio, moléculas e íons coexistirão na solução. Quanto maior a formação de íons, maior o grau de ionização (α). 01/06/2014 9 Teorias de ionização � Em eletrólitos fracos, tem-se íons presentes em solução em equilíbrio com moléculas não ionizadas. −+ +↔ ABBA � Diluição ↑ ⇒⇒⇒⇒ equilíbrio é deslocado para a direita, ocorrendo maior ionização. � OBS.: aumentar a diluição significa colocar mais solvente, diminuindo a concentração de eletrólitos. �Limite: diluição infinita ⇒⇒⇒⇒ ionização total. Total sDissociado n n =α Vimos que: c κ =Λ � condutividade molar (Λ) � condutividade (κ) v (diluição) Λ Λ∞ ck−Λ=Λ ∞ Equação de Kohlrausch para eletrólitos fortes: 01/06/2014 10 Arrhenius (1887) � Logo, Λ∞ deveria ser uma medida do número total de íons que podem ser formados. � Λ = indicação do número total de íons presentes em solução. � Se as velocidades dos íons não variarem com a concentração: sendo α o grau de ionização: fração de moléculas de soluto que se ionizou. α= Λ Λ ∞ Lei de diluição de Ostwald (1888) � Aplicou a lei do equilíbrio à ionização de eletrólitos. � eletrólito binário BA com concentração inicial c � fração ionizada: α � fração não ionizada: 1-α � Seja a reação: ][ ]][[ BA ABK −+ = −+ +↔ ABBA �Constante de equilíbrio (supondo solução ideal): Início: c - - Equilíbrio: c(1-α) cα cα 01/06/2014 11 � Então: � Os valores de α podem ser obtidos por medidas de condutância. Kc = − )1( 2 α α Lei da diluição de Ostwald para eletrólitos 1:1 α α α α α αα − = − = − == −+ 1 . )1( ).( )1( . ][ ]][[ 22 c c cc c cc BA ABK Lei de diluição de Ostwald (1888) � Substituindo a lei de Arrhenius na lei de Ostwald: Kc = − )1( 2 α α ( ) K c = ΛΛ−Λ Λ ∞∞ 2 2 Lei de diluição de Ostwald (1888) α= Λ Λ ∞ ∞∞∞∞ ∞ ∞ ∞∞ ∞ ∞ ∞∞ ∞ ∞ ΛΛ−Λ Λ = Λ−ΛΛ Λ = Λ−Λ Λ Λ Λ Λ Λ = Λ Λ−Λ Λ Λ Λ Λ = Λ Λ − Λ Λ = 2 22 2 )( . )( .. . 1 c cK c cc K 01/06/2014 12 Condutância e Ionização Teoria de Arrhenius é satisfatória para ácidos fracos. Dados para o ácido acético a 25oC (Λ∞=390,7 Ω-1cm2mol-1) c (mol/L) ΛΛΛΛ (ΩΩΩΩ-1cm2mol-1) αααα 105αααα2c/(1-αααα) 0,001 48,63 0,1245 1,77 0,005 22,80 0,05835 1,81 0,01 16,20 0,04150 1,80 0,02 11,57 0,02963 1,81 0,05 7,36 0,01884 1,81 0,1 5,20 0,01331 1,80 Condutância e Ionização Teoria de Arrhenius é satisfatória para ácidos fracos. Dados para o ácido acético a 25oC (Λ∞=390,7 Ω-1cm2mol-1) 01/06/2014 13 Condutância e Ionização Teoria de Arrhenius é satisfatória para ácidos fracos. Dados para o ácido acético a 25oC (Λ∞=390,7 Ω-1cm2mol-1) ( ) ( ) c K KKc Kc Λ Λ + Λ= Λ ⇒ Λ− Λ Λ =Λ⇒ = ΛΛ−Λ Λ ∞∞ ∞ ∞ ∞∞ . 111 2 2 2 Condutância e Ionização Teoria de Arrhenius é satisfatória para ácidos fracos. 01/06/2014 14 Condutância e Ionização Teoria de Arrhenius não é satisfatória para eletrólitos fortes. Dados para o cloreto de potássio a 25oC (Λ∞=149,86 Ω-1cm2mol-1) c (mol/L) ΛΛΛΛ (ΩΩΩΩ-1cm2mol-1) αααα 105αααα2c/(1-αααα) 0,001 147,0 0,981 0,0506 0,005 143,6 0,958 0,1093 0,01 141,3 0,943 0,1561 0,02 138,3 0,923 0,2214 0,05 133,4 0,890 0,3600 0,1 129,0 0,861 0,5330 � Conclusão ⇒⇒⇒⇒ para eletrólitos fortes: � Pensando em eletrólitos fortes: � São eletrólitos cujos íons estão completamente (ou quase completamente) dissociados em qualquer concentração. � Na forma cristalina, sabe-se que a ligação iônica que os une é muito forte. Ex.:ponto de fusão do NaCl = 801oC. � Então, por que os íons são separados tão facilmente quando dissolvidos em água? Condutância e Ionização α≠ Λ Λ ∞ 01/06/2014 15 � Resposta: por que a água tem grande capacidade de solvatar (acomodar) íons. � Lembrando da lei da Coulomb: F = força elétrica q = carga �ε = constante dielétrica do meio (mede a capacidade de um solvente “acomodar” cargas). Depende da mobilidade e da polaridade do solvente. � εH20 = 78,5 e εar = 1 � Assim, a força de atração em meio aquoso é cerca de 80 vezes menor , por isso é tão fácil separar os íons. Constante Dielétrica 2 0 21 4 r qqF piεε = Falha da teoria de Arrhenius � O grande erro na teoria de Arrhenius é não considerar as interações eletrostáticas entre íons em solução. � A teoria prevê satisfatoriamente o comportamento dos eletrólitos fracos porque, nestas soluções, a concentração dos íons é tão pequena (devido a um grau de dissociação ser menor que zero), que as forças interiônicas tem pequena influência. � É possível aceitar que nos eletrólitos fracos exista realmente um equilíbrio de ionização entre moléculas e íons, caracterizado por uma constante de equilíbrio pequena. � Para resolver o problema ⇒ teoria de Peter Debye (Petrus Josephus Wilhelmus Debije – holandês) e Erich Armand Arthur Joseph Hückel (alemão). 01/06/2014 16 Teoria de Debye-Hückel (1923) � Base da visão moderna de eletrólitos fortes. � Considerações: � Íons não estão distribuídos aleatoriamente na solução. � Cada cátion é circundado majoritariamente por ânions. � Cada ânion é circundado majoritariamente por cátions. � Efeitos parcialmente compensados pela agitação térmica. � Conclusão: forma-se uma “nuvem” com íons de carga oposta em torno de cada íon em solução. Teoria de Debye-Hückel (1923) Cada íon é envolvido por uma atmosfera iônica de carga oposta sob a forma de uma nuvem iônica. As propriedades do eletrólito são determinadas pela interação entre os íons centrais e sua atmosfera iônica, que dependem da: � Carga dos íons. � Concentração dos íons. � Temperatura da solução. � Constante dielétrica do meio. 01/06/2014 17 Forças opostas à migração iônica � A atmosfera iônica influencia no movimento dos íons em solução. � Aplicando-se um campo elétrico, este acelera cátions e ânions em direções opostas. � Quando a corrente flui, o cátion se move na direção do eletrodo negativo e sua nuvem aniônica se move na direção oposta. � Ocorre uma distorção da atmosfera iônica. Sem campo Com campo aplicado � Considera-se que a nuvem original se rompe e uma nova se forma. Tempo necessário para esse processo = tempo de relaxação. � O cátion arrasta consigo vários ânions de sua atmosfera iônica, o que gera uma diminuição da sua velocidade de locomoção ⇒ efeito de relaxação ou assimetria. � Existe ainda o efeito provocado pelas moléculas de solvente que hidratam os íons. � As moléculas do solvente também são arrastadas juntamente com os íons, dificultando o movimento dos íons de carga oposta ⇒ efeito eletroforético. Forças opostas à migração iônica 01/06/2014 18 Teoria de Debye-Hückel (1923) � Conclusão: velocidade dos íons varia com a concentração. Por isso a teoria de Arrhenius não funciona para eletrólitos fortes. � Quanto mais concentrada for a solução, mais próximos estarão os íons de carga oposta e maior será o arraste menor a velocidade de migração. � Quando a solução é diluída ⇒ densidade da nuvem iônica diminui ⇒ velocidade dos íons aumenta ⇒ condutividade molar aumenta . � À diluição infinita ⇒ efeitos interiônicos nulos ⇒ condutividade máxima. Equação de Onsager � Cálculos de Debye-Hückel foram modificados por Onsager, resultando na eq. de Debye-Hückel-Onsager: sendo A e B constantes que dependem da temperatura e da natureza do solvente. � Onsager = justificativa teórica para a equação empírica proposta por Kohlrausch. � Equação válida para C ≤ 10-3 mol/L � Razoável até 10-2 mol/L ( ) cBA ∞∞ Λ+−Λ=Λ 01/06/2014 19 Equação de Onsager � Para soluções concentradas ou eletrólitos multivalentes, a equação de Onsager falha. � Motivo: � ↑ concentração ⇒ podem ocorrer pares de íons de cargas opostas em solução ⇒ pares estáveis ; troca constante de parceiros. � Pares iônicos comportam-se como um única espécie de carga nula. Razão de condutância � Em soluções diluídas de eletrólitos fracos há poucos íons em solução ⇒ efeitos interiônicos são desprezíveis, por isso a eq. de Arrhenius funciona. � Então α=Λ/Λ∞ somente quando as velocidades dos íons independem da concentração. � Λ/Λ∞ = medida da variação da velocidade dos íons com a concentração, para eletrólitos fortes. � Assim, é preferível chamar ΛΛΛΛ/ΛΛΛΛ∞∞∞∞ de razão de condutância. 01/06/2014 20 Condutividade Molar Limite (Λ∞) � Dados de condutância para eletrólitos a 25oC � (condutividade molar limite em Ω-1cm2mol-1) Eletrólitos ΛΛΛΛ∞∞∞∞ Diferença Eletrólitos ΛΛΛΛ∞∞∞∞ Dif. KCl 149,86 23,41 KCl 149,86 4,90 NaCl 126,45 KNO3 144,96 KNO3 144,96 23,41 NaCl 126,45 4,90 NaNO3 121,55 NaNO3 121,55 KI 150,32 23,41 ½ BaCl2 139,94 4,90NaI 126,91 ½ Ba(NO3)2 135,04 Condutividade Molar Limite (Λ∞) � Lei da migração iônica independente: cada íon contribui com uma quantidade definida da condutividade molar limite total do eletrólito, independendo da natureza dos outros íons em solução. � Λ∞+ e Λ∞- são as condutividades molares de cátions e ânions. � Condutividade do íon = medida da quantidade de corrente que ele pode transportar. ∞ − ∞ + ∞ Λ+Λ=Λ 01/06/2014 21 Condutividade Molar Limite (Λ∞) � Condutividades equivalentes limites a 25oC (Ω-1cm2mol-1). Cátion ΛΛΛΛ∞∞∞∞+ Ânion ΛΛΛΛ∞∞∞∞- H+ 349,8 OH- 197,6 Na+ 50,11 Cl- 76,34 K+ 73,52 NO3- 71,44 Ag+ 61,92 ½ SO42- 80 ½ Mg2+ 53,06 CH3COO- 40,9 ½ Ca2+ 59,50 I- 76,8 Condutividade Molar Limite (Λ∞) � OBS.: Λ∞(½ Mg2+) = ½ Λ∞(Mg2+) � Λ∞(½ MgCl2) = Λ∞(½ Mg2+) + Λ∞(Cl-) � Λ∞(½ MgCl2) = 53,06 + 76,34 = 129,40 Ω-1cm2mol-1 � Λ∞(MgCl2) = Λ∞(Mg2+) + 2Λ∞(Cl-) = 258,80 Ω-1cm2mol-1 Geralizando: ∞ −− ∞ ++ ∞ Λ+Λ=Λ νν 01/06/2014 22 Condutividade Molar Limite (Λ∞) � Principal aplicação da lei da migração independente: cálculo de Λ∞ para eletrólitos fracos. � Útil pois Λ∞ não pode ser extrapolada no gráfico para eletrólitos fracos. � Ex.: Λ∞(CH3COOH) = Λ∞(CH3COO-) + Λ∞(H+) Λ∞(CH3COOH) = 349,8 + 40,9 Λ∞(CH3COOH) = 390,7 Ω-1cm2mol-1 Relembrando � Curvas experimentais: Λ c ForteEletr. FracoEletrólito 01/06/2014 23 Mobilidade Iônica � Condutividade (κκκκ) = medida da corrente que um eletrólito pode conduzir. Depende de 3 fatores: 1.Número de carga de cada íon (z) ↑z ↑ κ 2.Concentração dos íons (c) ↑c ↑ ↓ κ 3.Velocidade dos íons (u) ↑u ↑ κ Íons diferentes têm velocidade diferentes Mobilidade Iônica � A velocidade u depende de outros 4 fatores: a) Intensidadedo campo elétrico: o íon sofre a ação de uma força eletromotriz proporcional à intensidade do campo elétrico. (↑I ↑u) b) Viscosidade do solvente: efeito aumenta conforme a velocidade aumenta e opõe-se à aceleração. Depois de um tempo muito curto, o íon se move com velocidade constante. (↑η ↓u) c) Efeito de assimetria da atmosfera iônica (relaxação). d) Efeito eletroforético (hidratação). Os dois últimos efeitos já foram discutidos. 01/06/2014 24 Mobilidade Iônica Plano Imaginário u+ u - Mobilidade Iônica � É necessário, portanto, considerar o efeito da velocidade na condutância de um eletrólito. � Considere uma superfície de área A localizada no interior da solução. + - A 01/06/2014 25 Mobilidade Iônica � Um cátion localizado em A, após um tempo t, terá percorrido uma distância = u+t, sendo u+ a velocidade do cátion. � A quantidade de carga transferida pelos cátions passando por A num tempo t = carga transportada pelos cátions confinados num bloco de volume = u+t A. + - A u+t Mobilidade Iônica � Quantidade de cátions contidos no bloco = c+.V = c+u+t.A, sendo c+ a concentração de cátions. � A carga transportada por mol de cátions é o produto entre a carga do cátion e a constante de Faraday = z+F � A quantidade de carga transferida pelos cátions da caixa, passando por A num tempo t é: c+.V. z+F = c+u+t A z+F. � Analogamente, os ânions transportam uma carga c - u - t.A.z - F através de A num tempo t. � Genericamente, a carga transportada por íons saindo da área A após um tempo t será: tAFzuc ..|| ±±±=cargadeQuantidade 01/06/2014 26 Mobilidade Iônica � As velocidades de transferências de carga pelos cátions e ânions são obtidas dividindo as quantidades acima (carga transportadas) pelo tempo. � A velocidade de transferência de carga pelos íons é a corrente transportada pelos íons através da área A, denominada I+ e I- . � Assim, as correntes transportadas são: � E a corrente total: FAzucI ++++ = FAzucI || −−−− = FAzucFAzucIII || −−−+++−+ +=+= Mobilidade Iônica � Se um mol de eletrólito fornece ν+ cátions e ν- ânions, teremos: � Substituindo na equação anterior: � Em termos de densidade de corrente (j), j = I/A: cc αν ++ = FAzucFAzucI || −−−+++ += αναν cc αν −− = |)|( −−−+++ += zuzuFAcI ννα |)|( −−−+++ += zuzuFcj ννα 01/06/2014 27 Mobilidade Iônica � De acordo com a lei de Ohm (U = I.R), a velocidade dos íons deve ser proporcional ao potencial elétrico: sendo m+ e m- constantes chamadas de mobilidade de cátions e ânions, e E a ddp por unidade de comprimento. � Relembrando a definição de condutividade (κ = j/E) e condutividade molar [Λ = κ/c = j/(cE)], teremos: Emu ++ = |)|( −−−+++ += zmzmFEcj ννα Emu −− = |)|( −−−+++ +=Λ zmzmF ννα Mobilidade Iônica � À diluição infinita, α = 1, assim: sendo m∞+ e m∞- as mobilidades limites. � Comparando com a equação da lei da migração independente, Fmz ∞++ ∞ + =Λ |)|( − ∞ −−+ ∞ ++ ∞ +=Λ zmzmF νν Fmz ∞ −− ∞ − =Λ || ∞ −− ∞ ++ ∞ Λ+Λ=Λ νν
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